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Johnn

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Quando você achar que você é otário lembre-se que há pessoas que pagam até 30 mil cruzados para trabalhar de graca para um comitê bilionário...

Gringos gastam até R$ 30 mil e vêm até da Sibéria para trabalhar na Rio-16

http://olimpiadas.uol.com.br/noticias/redacao/2016/07/25/gringos-gastam-ate-r-30-mil-e-vem-ate-da-siberia-para-trabalhar-na-rio-16.htm

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6 horas atrás, Torf disse:

Quando você achar que você é otário lembre-se que há pessoas que pagam até 30 mil cruzados para trabalhar de graca para um comitê bilionário...

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Rapaz... Eu fico chocado.

 

apenas-galinha-chocada-de-easter-em-sua-

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10 horas atrás, Torf disse:

Isso é controverso. Ou você tem provas que isso você está falando é verdade absoluta?

Controverso nada, pesquise e comprovará o que eu falei.Aproveita que vc fala 5 línguas, vai achar mais fontes do que eu que mau falo 2.

 

 A Fédération Aéronautique Internationale descreveu o voo de 1903 durante o 100º aniversário em 2003 como "o primeiro voo motorizado, sustentado, controlado e motorizado de uma máquina mais pesada que o ar.

Contraditório é isso , Santos Dummont voou na frente de MUITAS testemunhas tanto no Brasil quanto na França , os irmão Wright NUNCA fizeram isso e quando fizeram foi com uma máquina catapultada .

Esse título ( ter voado com uma máquina mais pesada do que o ar) é de Santos Dummont , ele foi o primeiro a fazer isto, pesquise , mas de fontes sérias e PRIMÁRIAS , OBVIO que TODA fonte advinda dos países ricos irão dizer que foram os irmãos Wright que fizeram isso e aquilo, eles não aceitam um mero cidadão de terceiro mundo ser  inventor de uma máquina tão complexa.

O engraçado é que assisti um programa de pesquisa onde eles fizeram um re-teste e comprovaram que a máquina dos irmãos Wright NUNCA sairia do chão sem ser catapultada , diferente da máquina de Dummont ( acho que isso foi feito na Escócia ou na Irlanda , não lembro bem o país ) 

 

 

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11 horas atrás, Danilo Z disse:

 

 

11 horas atrás, Torf disse:

 

 

Botando + lenha no fogo:

 

Spoiler

ELE NÃO INVENTOU O AVIÃO - NEM O RELÓGIO DE PULSO O aviador mineiro Alberto Santos Dumont foi uma grande figura. Filho de um dos maiores cafeicultores do mundo, amigo de magnatas e princesas e provavelmente gay, era uma estrela dos cafés e dos bulevares de Paris durante a Belle Époque. Nos anos de paz, otimismo e inovação que alegraram a França no começo do século 20, enquanto os irmãos Lumière inventavam o cinema e os expressionistas inovavam a pintura, Santos Dumont encantava a capital do mundo com os balões. Provou que as estruturas movidas a hidrogênio ou ar quente poderiam ser dirigíveis e tornou propriedade pública o direito de alguns de seus inventos, permitindo que qualquer pessoa copiasse os projetos de graça. Infelizmente, entre as conquistas do brasileiro não se inclui a descoberta do avião. Na verdade é um pouco infantil insistirmos que Santos Dumont inventou o avião. O crédito dessa descoberta é obviamente dos irmãos Orville e Wilbur Wright. Os dois fabricantes de bicicletas dos Estados Unidos voaram antes, voaram mais e contribuíram muito mais para a indústria aeronáutica que o inventor brasileiro. Os patriotas que defendem Santos Dumont como o grande pioneiro da aviação costumam se basear em dois argumentos principais: 1. O argumento do registro oficial Santos Dumont foi o primeiro homem a registrar um voo controlável com um objeto mais pesado que o ar (e não um balão de ar quente). Essa façanha ocorreu no dia 12 de novembro de 1906, no Campo de Bagatelle, arredores de Paris. A bordo do 14-Bis, ele voou uma distância de 220 metros. Apesar de ter atingido uma altura máxima de 6 metros, conquistou um prêmio de 1.500 francos do Aeroclube Francês, destinado a quem conseguisse voar por mais de 100 metros de distância. Já os irmãos Americanos Orville e Wilbur Wright e outros pioneiros, que afirmam ter voado antes de 1906, não registraram o feito nem o comprovaram em público como fez o brasileiro. 2. O argumento do estilingue Os aviões dos irmãos Wright não saíam do chão usando força própria. Uma catapulta os impulsionava no momento da decolagem, que também era facilitada por uma linha de trilhos em declive. Como o comitê francês que premiou Santos Dumont proibia forças externas empurrando os aparelhos, a façanha dos Wright é inválida. Já o 14-Bis de Santos Dumont realizou um voo autônomo, impulsionado por um motor próprio. Veja a seguir cinco razões para não acreditar nesses dois argumentos. E uma boa história sobre prováveis picaretagens do grande herói brasileiro. Enquanto os irmãos Wright inventavam o avião, Santos Dumont construía balões É 17 de dezembro de 1903. Das 10 horas e 35 minutos até o meiodia, os irmãos Orville e Wilbur Wright fazem pequenos voos (de 36, 53, 61 e 260 metros) numa praia perto de Kitty Hawk, Carolina do Norte, Estados Unidos. O Museu do Ar e do Espaço, da França, e a Associação Aeronáutica Internacional reconhecem o episódio como a primeira vez em que o homem saiu do chão com uma máquina dirigível mais pesada que o ar. O Flyer 1 usa correntes de bicicleta, madeiras de construir casas e, exatamente como os aviões do futuro, hélices, um motor a gasolina e asas levemente curvas. O garoto Johnny Moore, o salva-vidas John Daniels e mais outras duas pessoas testemunham o fato; uma foto o registra. Um operador de telégrafo transmite a notícia para o pai, fazendo a novidade, contra a vontade dos dois irmãos, vazar para a imprensa. O jornal Dayton Daily News começa citando um homem que na época fazia sucesso mundial com balões dirigíveis: GAROTOS DE DAYTON IMITAM O GRANDE SANTOS DUMONT Orville e Wilbur Wright construíram um avião que fez três testes com sucesso. O jornal logo acrescenta uma novidade frente ao balonismo: O Wright Flyer é uma máquina de voar de verdade. Não tem bolsas de ar ou balão de nenhum tipo, mas é suportada por um par de aerocurves ou velas. E a energia vem de um motor a gasolina. Na mesma época, Santos Dumont mal imagina que pode sair do chão com um aparelho desprovido de bolsas de ar quente. Os balões lhe rendiam fama mundial desde 1901, quando, a bordo de um modelo alongado, com hélice e um leme, conseguiu dar uma volta na Torre Eiffel. Em 1903, o brasileiro não quer abandonar os balões, pelo contrário. Acha que eles são o futuro do transporte urbano. Enquanto, nos Estados Unidos, os irmãos Wright voam em aparelhos motorizados com asas levemente curvadas, o brasileiro constrói o dirigível-ônibus. Trata-se de um balão com dez cadeiras enfileiradas. O aparelho nunca decolou com mais de uma pessoa e não deixou legado nem para o balonismo nem para a aviação moderna. A façanha de Santos Dumont abriu caminho para a criação de enormes balões transatlânticos, como o Zepelim. Há, sim, provas e testemunhas dos voos dos irmãos Wright É verdade que não houve registro oficial do voo dos americanos, sobretudo porque não existia, nos Estados Unidos, prêmios e concursos para pioneiros iguais aos que havia na França. Também porque os dois irmãos estavam muito mais preocupados em ganhar dinheiro com a fabricação de seu projeto que conquistar prêmios e notícias adulatórias nos jornais. Quando alguém perguntava por que eles não faziam voos públicos, os dois diziam: ”Não somos artistas de circo”. Além da discrição, os Wright pensavam que, se alguém patenteasse o avião antes deles, todo o esforço em construir as estruturas e testá-las iria pelos ares. Temiam que o projeto fosse copiado por outros inventores, sobretudo o físico Samuel Langley. Ao contrário dos dois bicicleteiros, Langley era um inventor influente. Estudos que ele fez fundamentaram a primeira medição do efeito estufa, realizadas pelo químico sueco Svante Arrhenius. Em 1898, o físico americano construiu um pequeno planador não tripulado, que voou 1.200 metros. Secretário do Instituto Smithsonian, o grande centro de museus e pesquisas dos Estados Unidos, tinha recebido 70 mil dólares do governo americano para construir um avião tripulado. Se esse inventor renomado copiasse o projeto dos Wright, os dois irmãos morreriam tentando provar o plágio. Preferiam, portanto, ter certeza de que haviam inventado o avião antes de divulgar a descoberta. A certeza chegou em 1904, quando os Wright somaram 45 minutos de voo. Estavam tão seguros do pioneirismo que resolveram chamar a imprensa. voos desse ano e do seguinte foram testemunhados por viajantes, empresários e repórteres. Em outubro de 1905, os dois mandaram trinta convites para que testemunhas de credibilidade os assistissem. E elas se deslumbraram. No dia 5 de outubro, Wilbur Wright voou com o Flyer 3 durante 39 minutos, percorrendo 38,9 quilômetros. Bateu o recorde de distância e fez os primeiros voos circulares, dando trinta voltas no campo de testes. Cerca de sessenta pessoas assistiram àquela e a outras demonstrações. A lista de testemunhas incluía o dono do terreno onde os voos aconteceram, o presidente de um banco da cidade de Dayton, além de um auditor público, o tesoureiro de uma casa de empréstimos, dois farmacêuticos, um administrador dos Correios e um bombeiro. Outra testemunha, Amos Root, um criador de abelhas metido a jornalista, escreveu uma carta para a revista Scientific American oferecendo um artigo sobre a descoberta dos irmãos. Os editores recusaram — provavelmente porque naquela época anúncios assim eram comuns e quase sempre infundados. A revista desconfiava dos dois bicicleteiros. Em fevereiro de 1906, um de seus artigos perguntava se os dois eram ”aeronautas ou mentirosos”, visto que tentavam vender seu projeto antes de fazer demonstrações aos compradores. Um ano depois, porém, a Scientific American admitiu o erro. Depois de entrevistar 17 testemunhas dos voos, a revista voltou atrás e concordou com a versão dos Wright. Um ano antes de Santos Dumont exibir-se com o 14-Bis, voar já era uma rotina para os irmãos Wright. Depois dos voos espetaculares de 1905, eles resolveram encerrar a fase de testes. Dedicaram-se a vender a ideia e ganhar dinheiro com ela. No dia 19 de outubro de 1905, escreveram para o Departamento de Guerra dos Estados Unidos já com um toque de arrogância: Não pensamos em pedir ajuda financeira do governo. Nós propomos vender os resultados dos experimentos feitos com nosso próprio dinheiro. Também pediram detalhes do negócio: Não podemos fixar um preço nem um prazo de entrega, até ter uma ideia das qualificações necessárias para a máquina. Também precisamos saber se vocês desejam reservar o monopólio do uso dessa invenção, ou se permitirão que aceitemos pedidos de máquinas similares para outros governos, e para dar demonstrações públicas etc. Se não houve demonstrações na França como aconteceu com o 14- Bis, existem ao menos documentos provando que os Wright construíam aviões muito antes de Santos Dumont. Em maio de 1906, os dois obtiveram o registro de patente número 821.393, referente a controles de uma máquina de voar. A patente contém esboços do Flyer 1, detalhando dimensões e o funcionamento dos mecanismos de aerodinâmica e controle, possibilitando máquinas voarem para os lados, para cima e para baixo. Na descrição do projeto, os irmãos definem sua criação: ”Nossa invenção é relacionada à classe de máquinas de voar em que o peso é sustentado por reações resultantes em aeroplanos sob um pequeno ângulo de incidência, através da aplicação de força mecânica ou pela utilização da força da gravidade”. Lembra um avião, não? A patente (registrada, comprovada e existente até hoje) foi requerida três anos antes, ou seja, em 1903. Demorou para ser aprovada, mas nem tanto. Saiu em maio de 1906, seis meses antes de Santos Dumont ganhar prêmios com o 14-Bis. Se o herói brasileiro não foi tão importante para aviação, pelo menos se atribui a ele, como um prêmio de consolação, a invenção do relógio de pulso. A ideia teria surgido num dos tantos jantares no badalado restaurante Maxim’s com o joalheiro Louis Cartier. SANTOS DUMONT NÃO INVENTOU O RELÓGIO DE PULSO Queixando-se da dificuldade de consultar a hora durante os voos nos balões, Santos Dumont teria inspirado o amigo a criar o modelo portátil. O brasileiro certamente contribui para o relógio de pulso voltar à moda, mas a invenção do aparelho é de muito antes. Relógios assim eram comuns desde os tempos de Shakespeare - a rainha Elizabeth Primeira (1533-1603) tinha um. Em 1868, a empresa Patek Philippe reinventou a peça, que também foi usada por militares nos campos de batalha do século 19, como na Guerra FrancoPrussiana. O 14-BIS NÃO VOAVA: DAVA PULINHOS Em 1905, enquanto os irmãos Wright preparavam o Flyer para a venda, Santos Dumont passava tardes soltando pipa e atirando com arco e flecha. Não era só um passatempo francês. O aviador tentava aprender um pouco mais sobre aerodinâmica e asas planas, uma ciência nova para ele. Santos Dumont custou a se convencer de que os balões de ar quente não eram o futuro do transporte aéreo. Na virada do século 20, ninguém dominava mais essa tecnologia do que ele, o que lhe rendia prêmios e homenagens ao redor do mundo. Em 1904, foi convidado a participar da competição aérea da feira de Saint Louis, nos Estados Unidos. A cidade sediava as Olimpíadas de 1904 e organizava também uma das maiores mostras de ciência do mundo (veja na página 240 o escândalo que envolveu Santos Dumont nessa cidade). De volta a Paris, onde notícias dos voos dos irmãos Wright já circulavam, o brasileiro percebeu que os pioneiros franceses já não se importavam tanto com balões. Em outubro de 1904, três desafios foram lançados aos aviadores. O maior deles, o Grande Prêmio da Aviação, patrocinado pelos milionários Ernest Archdeacon e Henry Deutsch, daria 50 mil francos para quem voasse pelo menos um quilômetro com um aparelho mais pesado que o ar, e não um balão. Santos Dumont, que já tinha ganhado um prêmio desses em 1901, quando contornou a Torre Eiffel a bordo de um balão, ficou interessadíssimo. Ele adorava ganhar prêmios e sair nos jornais. Com o novo desafio, não perdeu tempo. Correu para estudar as asas planas e apresentar projetos com essa tecnologia. De acordo com o biógrafo Paul Hoffman, Santos Dumont pagava três empresas de clipping, o serviço de recortes de jornais, para seguir as notícias sobre si próprio. A primeira tentativa é o Número 11, um monoplano (avião com apenas uma linha de asas) sem espaço para o piloto. Rebocado por uma lancha para ganhar impulso, o N-11 não descolou do rio Sena. Santos Dumont partiu então para o projeto N-12, um helicóptero com dois motores. Tampouco saiu do chão. Sem paciência e sucesso com as máquinas mais pesadas que o ar, o aviador voltou aos saudosos balões. O Número 13 é o projeto de um balão enorme, uma casa flutuante. Seria um aparelho híbrido, movido a ar quente e gás hidrogênio, que ficaria no ar por dias seguidos. O projeto era um perigo: o gás hidrogênio é um combustível muito potente, usado hoje em dia em foguetes e ônibus espaciais. Advertido pelos amigos sobre a possibilidade de o hidrogênio explodir com a chama que aquecia o ar, Santos Dumont cancelou o projeto antes mesmo de apresentá-lo. Veio então o Número 14. O projeto original desse aparelho também era um híbrido - meio balão, meio avião. Uma bolsa de hidrogênio anexa ao avião aliviava o peso de toda a estrutura. Como o balão tirava o equilíbrio das asas, Santos Dumont resolveu eliminá-lo (também por causa da insistência dos amigos de que balão era coisa do passado). O N-14 era uma máquina enorme, com dez metros de comprimento e doze de largura. Ao contrário de quase todos os aviões posteriores, tinha a hélice atrás e as asas na frente. O piloto, como em balões, ia em pé, numa cesta, e as asas tinham formato de caixas. Apesar da estranheza do aparelho, o aviador resolveu chamar as autoridades para assisti-lo. Depois de uma estreia em outubro, surgiu o dia de sua consagração. Foi em 12 de novembro de 1906. No Campo de Bagatelle, diante de uma multidão, ele ligou o motor improvisado de um automóvel e percorreu, dentro do cesto do 14-Bis, 220 metros, chegando a uma altura máxima de 6 metros. Sem saber que os americanos já tinham voado muito mais nos anos anteriores, os jornais franceses estamparam Santos Dumont como o grande pioneiro aéreo. O brasileiro, porém, não ganhou os 50 mil francos do Grande Prêmio da Aviação, já que percorreu menos de um quilômetro. Levou dois prêmios muito menores: 1.500 francos do prêmio do Aeroclube, destinado a quem conseguisse voar mais de 100 metros com um avião mais pesado que o ar, e 3 mil francos oferecidos por Ernest Archdeacon para quem voasse mais de 25 metros (o milionário era mais generoso que o Aeroclube). É preciso repetir essa informação: havia um grande prêmio para aviadores na França, que Santos Dumont não ganhou. Seu feito de novembro de 1906, que os patriotas defendem como o grande dia da invenção do avião, rendeu apenas prêmios de consolação. O Grande Prêmio foi conquistado em 1908 pelo aviador Henri Farman. A distância do principal voo do 14-Bis foi 180 vezes menor que a do voo mais longo dos Wright em 1905. Um ano antes de Santos Dumont criar o 14-Bis, os irmãos americanos voaram cerca de cinquenta vezes, percorrendo uma distância de 39,5 quilômetros de uma vez só. O herói brasileiro só voaria mais uma vez com o 14-Bis, em abril de 1907. Depois de um voo de 30 metros de distância, a máquina se desequilibrou bruscamente e bateu no chão. A asa esquerda despedaçou-se. É instigante imaginar Santos Dumont exatamente nesse momento. Após meses tentando tirar o aparelho do chão e mantê-lo equilibrado no ar, ele se vê dentro de uma geringonça defeituosa e quebrada. Em silêncio e secretamente, deve ter percebido a verdade dolorosa: o 14-Bis não voava. No máximo, dava uns pulinhos. O projeto foi abandonado. Seu ”pato”, como era chamado pelos franceses(O apelido canard - ”pato” em francês acabou nomeando um estilo de avião em que o leme fica na parte da frente, antes das asas), deixaria um legado pequeno. Nem Santos Dumont nem nenhum outro aviador levariam para frente a ideia de um avião formado com asas em forma de caixa e uma cesta de balão para levar o piloto. A comparação do 14-Bis com um pato não é de todo injusta: soa até como um elogio. Entre as espécies de patos, há diversas aves migratórias, capazes de voar centenas de quilômetros a 1.500 metros de altura — superando de longe os limites do 14-Bis. OS FRANCESES ESQUECERAM SANTOS DUMONT QUANDO CONHECERAM OS WRIGHT Quando a notícia do voo de Santos Dumont chegou aos Estados Unidos, os irmãos Wright deram de ombros. Disseram aos jornalistas que a façanha não tinha para eles ”o mesmo grau de relevância que as pessoas do outro lado do Atlântico atribuem”. Nessa época, não estavam interessados em fazer aviões voar, mas em vendê-los. Em outubro (um mês antes do grande voo de Santos Dumont), já fechavam acordos comerciais. Charles Taylor, um homem de negócios de Nova York, conseguiu permissão para ser o representante de vendas dos Wright na França, Inglaterra e Alemanha. Em maio de 1907, Howard Taft, secretário de Defesa do presidente Americano Theodore Roosevelt, escreveu aos Wright pedindo que apresentassem uma proposta de venda em série de aviões e instruções de voo. Os dois irmãos voltaram para a oficina, com o objetivo de construir várias unidades do Flyer 3. No ano seguinte, finalmente convenceriam os europeus. A Compagnie Générale de Navigation Aérienne, da França, tinha se interessado em comprar a patente e fabricar aviões - não, não os de Santos Dumont, mas os dos irmãos Wright. Para fechar o contrato, era preciso uma demonstração. Ela aconteceu em 8 de agosto de 1908, em Le Mans, a 30 quilometros de Paris. Wilbur Wright deixou os franceses estupefatos com seus longos, altos e ininterruptos voos em forma de oito. ”O senhor Wright tem todos nós em suas mãos”, disse, depois dos testes, Louis Blériot, amigo de Santos Dumont e aviador que no ano seguinte seria primeiro homem a sobrevoar o canal da Mancha. Uma declaração ainda mais efusiva veio de Ernest Archdeacon, o milionário que dois anos antes tinha dado 3 mil francos a Santos Dumont. Disse ele: Por muito tempo, os irmãos Wright foram acusados de serem impostores. Hoje eles são venerados na França e eu me incluo com prazer entre os primeiros a se corrigir. Os irmãos usavam mesmo uma catapulta e trilhos para impulsionar o Flyer. O mecanismo simplificava a decolagem. Ganhando impulso sobre um par de rodas de bicicleta que corria em trilhos, o avião não sofria solavancos causados por buracos ou elevações do chão. Além disso, as rodas deixam o avião mais pesado, o que aumentava a distância que tinha de ser percorrida durante a decolagem. Com um contrapeso de 700 quilos catapultando o avião, os trilhos poderiam ser mais curtos - com apenas 20 em vez de 70 metros -, e não precisavam ficar na direção do vento. Esse artifício ajudava, mas não era imprescindível. Os primeiros voos da história, em dezembro de 1903, e outros quarenta (bem mais altos e longos que os de Santos Dumont) aconteceram antes de eles criarem o sistema de impulso. Em 1908, nas demonstrações da França, os técnicos que observaram o voo de Wilbur Wright questionaram o invento porque ele usava uma força exterior para a decolagem. O americano sequer discutiu. Resolveu decolar sem os trilhos e a catapulta. Voou e quebrou recordes do mesmo modo. Entre agosto e novembro de 1908, Wilbur Wright ganharia 4.500 francos do Aeroclube Francês, por bater o recorde de distância e duração de voo único, o recorde de distância e duração em voo com uma passageira e dois recordes de altura. No dia 31 de dezembro, para fechar as apresentações na França, ele ficou no ar durante 2 horas, 18 minutos e 33 segundos. Ex-mecânico de bicicletas que resolveu fazer aviões, homem que recusava hotéis para dormir no campo de testes, embaixo da asa do seu invento, Wilbur voava tão sem cerimônia e quebrava recordes com tanta facilidade que, aos olhos franceses, deve ter ficado a ideia de que ele voava já há alguns anos, talvez desde 1903, como afirmava. ”Quando os irmãos Wright realizaram suas demonstrações perto de Mans em 1908, todos os construtores franceses disseram: ’Temos que rever nossos estudos’”, afirma Stéphane Nicolaou, historiador do Museu do Ar e do Espaço da França, no documentário Santos Dumont - O Homem Pode Voar, produzido em homenagem aos cem anos do 14-Bis. ”Eles ficaram entusiasmados e ao mesmo tempo um pouco abatidos por não terem chegado àquele ponto.” Em todo o mundo (com exceção do Brasil), a polêmica sobre o pioneirismo do avião acabou ali. Em 1908, os Wright mostraram que a criação do avião tinha ultrapassado a fase de testes e façanhas extraordinárias. O avião já era uma realidade, bastava apenas alcançar a produção industrial. O mundo todo havia se dado conta de que os irmãos americanos eram incomparavelmente mais importantes para o pioneirismo da aviação. ”Até mesmo os franceses mais nacionalistas convenceram-se de que os Wright realmente dominavam as máquinas mais pesadas que o ar, pois Santos Dumont permanecera no ar por pouco tempo”, afirma o jornalista Paul Hoffman, ex-diretor-presidente da Encyclopedia Britannica e autor de Asas da Loucura, a melhor biografia sobre Santos Dumont. Há traços interessantes na vida de Santos Dumont, como o fato de encarar a aviação como uma arte. Também se afirma que era um pacifista radical. Segundo a lenda em torno de sua morte, em 1932, ele ficou muito triste depois de ouvir um bombardeio aéreo ocorrido perto do seu hotel no Guarujá. Era o auge da Guerra Civil, a Revolução Constitucionalista, e São Paulo lutava para se separar do Brasil. ”Eu nunca pensei que minha invenção fosse causar derramamento de sangue entre irmãos. O que eu fiz?”, teria dito ele logo antes do suicídio. ELE NÃO ERA PACIFISTA É difícil acreditar que o aviador nunca tivesse pensado na utilidade militar dos aviões. Assim como as agências espaciais hoje em dia, os pioneiros da aviação se interessavam muito pela utilidade estratégica dos inventos. Quanto mais importância a tecnologia tivesse, mais atenção e dinheiro arrecadariam. Além disso, elementos voadores como os balões participavam de guerras havia muito tempo. No século 19, estavam na Guerra da Secessão nos EUA e foram usados até pelo Brasil durante a Guerra do Paraguai, para avistar a posição das tropas inimigas nas trincheiras. Na verdade, apesar da pecha de pacifista nos últimos anos de vida, Santos Dumont sabia da utilidade militar dos elementos aéreos e a promovia. Numa carta enviada aos jornais americanos em 1904, ele próprio afirma que ”a França adotou meus planos de balões militares e pretende aproveitá-los na próxima guerra”, e que o Japão solicitava seus balões para uso militar, o que incluía ”jogar explosivos de alta potência em Port Arthur [no Pacífico]”. Guerra no Pacífico, bombas de alta potência... isso lembra os ataques atômicos a Hiroshima e Nagasaki. O MELHOR AVIÃO DE SANTOS DUMONT É MUITO PARECIDO COM O DOS WRIGHT O brasileiro não compareceu a nenhum voo de Wilbur Wright - eles jamais se conheceram. Enquanto o Americano conquistava personalidades e fábricas da França, o brasileiro estava enfurnado na oficina, resolvendo problemas do N-19. A estrutura, construída a partir de 1907, ganhou o nome de Demoiselle - ”Senhorita” em francês. A máquina era quase o contrário do 14-Bis e muito parecida com o Flyer que os Americanos tinham patenteado. O piloto ficava embaixo das asas, sentado(não mais em pé numa cesta de balões), o leme, na parte de trás; as asas não eram em forma de caixa, mas simples asas levemente curvadas. Nos primeiros testes, o N-19 pousou mal e quebrou. Depois, colocando o motor embaixo da cadeira do piloto, Santos Dumont conseguiu fazer do Demoiselle um avião confiável, dirigível, que não dava apenas pulinhos. Após apresentá-lo em março de 1909 num campo entre Paris e Versalhes, percebeu que tinha enfim chegado a um avião de verdade. Com o Demoiselle, o aviador brasileiro quebraria recordes relevantes: bateria 90 quilômetros por hora no fim de setembro de 1909. Também conseguiu, finalmente, criar alguma coisa cujo legado se estenderia até hoje. O Demoiselle N-20 inspirou não exatamente o avião, mas o popular ultraleve. O pioneiro tornou públicos os direitos do projeto - em 1910, a revista Popular Mechanics publicou a planta do Demoiselle, fazendo aviões similares brotarem em todo o mundo. Apesar do sucesso como um dos grandes pioneiros da aviação, o brasileiro já não se animava como antes. Foi pouco a pouco se isolando dos amigos, acusando-os de o terem abandonado. Descobriu que sofria de esclerose múltipla e foi embora de Paris. Passou a morar numa casa à beiramar em Benerville, na Normandia. Ficou lá até 1914, quando os alemães declararam guerra à França. A vizinhança achou que o brasileiro era um espião, uma vez que ele andava pela vila fazendo observações com um telescópio alemão. Ofendido com a suspeita, ele decidiu se mudar para o único lugar onde ainda era conhecido como o inventor do avião: o Brasil. Por aqui, Santos Dumont voltou a ser uma celebridade. O Brasil era um país carente de heróis nacionais e o aviador adorava cumprir essa demanda. Apesar de ter recuperado um restinho do estrelato, ele ficaria para sempre ofendido por ter sido esquecido pelos franceses. ”Foi uma experiência penosa para mim ver - depois de todo meu trabalho com dirigíveis e máquinas mais pesadas do que o ar - a ingratidão daqueles que há pouco tempo me cobriam de glória”, escreveu ele em 1929. Foi o próprio Santos Dumont que criou os argumentos contra os irmãos Wright que os brasileiros usam até hoje. Três anos antes de morrer, o grande aviador brasileiro ainda se incomodava com os dois americanos. Em 1919, sem saber que houve testemunhas e notícias dos voos dos Wright, ele escreveu um manuscrito chamado L’Homme Mécanique. Disse: Os partidários dos irmãos Wright dizem que eles voaram na América do Norte de 1903 a 1908. Tais voos teriam ocorrido perto de Dayton, num campo ao longo de uma linha de bonde. Não posso deixar de ficar profundamente espantado com essa reivindicação ridícula. É inexplicável que os irmãos Wright pudessem ter realizado inúmeros voos durante três anos e meio sem terem sido observados por um único jornalista da perspicaz imprensa americana, que tivesse se dado ao trabalho de assistilos e de produzir a melhor reportagem da época. Doente, deprimido e enraivecido, Santos Dumont se suicidou em 1932, num hotel do Guarujá, São Paulo, enforcado por duas gravatas vermelhas dos tempos de pioneiro dos céus de Paris. Um mistério ronda a vida de Santos Dumont. Quem era o vândalo que sabotava seus balões? A questão é levantada pelo jornalista americano Paul Hoffman, biógrafo do brasileiro. Segundo Hoffman, pelo menos três vezes, em Londres, Paris e Nova York, o balão que levantaria voo foi rasgado e perfurado a faca logo antes da apresentação. O caso mais trágico foi nos Estados Unidos, em 1904, onde o brasileiro participaria de um concurso aéreo da feira de Saint Louis. SANTOS DUMONT ERA UM PICARETA? O evento daria 100 mil dólares a quem percorresse, no menor tempo, um trajeto triangular de 16 quilômetros, desde que numa velocidade mínima de 32 quilômetros por hora. Santos Dumont era o favorito, mas acabou melando a festa. Primeiro, duvidou que o prêmio seria pago e pediu aos organizadores que lhe adiantassem 20 mil dólares (não sem solicitar que mantivessem a ajuda de custo em segredo). Pedido negado: se adiantassem algum dinheiro ao brasileiro, os organizadores teriam que ajudar os outros participantes. Depois, Santos Dumont insistiu para que diminuíssem a velocidade mínima da prova. Como era o principal, senão o único competidor, acabou conseguindo - a velocidade ficou em 24 quilômetros por hora. Ainda obteve mais uma concessão: o trajeto, em vez de triangular, virou uma reta. Em ida e volta, demandaria apenas uma curva. Só então Santos Dumont foi à França pegar o balão, voltando a Nova York em 26 de junho de 1904. Um dia depois de chegar, o aviador foi acordado com a notícia de que o seu balão N-7 tinha sofrido quatro cortes a faca. Os rasgos atravessaram as camadas do tecido dobrado, resultando em mais de quarenta furos. Nervoso e contrariado, ele recusou a ajuda de voluntários que garantiam conseguir consertar o tecido. Disse a todos que o conserto levaria tempo demais e não poderia ser feito nos Estados Unidos ”só confio nos operários franceses”. Foi então que a polícia e os organizadores da feira começaram a desconfiar do próprio Santos Dumont como autor da sabotagem. O aviador tinha sido advertido várias vezes para manter fechada a caixa que envolvia o balão e para deixar, no hangar, um dos seus funcionários como segurança adicional. Preferiu não fazer nada disso. Veio também a notícia de que dois de seus balões já tinham sido sabotados a facadas, em Paris e em Londres, apenas um mês antes do episódio na América. Pareceu, aos investigadores americanos, meio improvável que o mesmo vândalo acompanhasse Santos Dumont somente para sabotá-lo, ou que pessoas diferentes cometessem um crime tão parecido. Pior: depois se soube que, ao ter o balão sabotado em Londres, o brasileiro fechou um acordo com expositores ingleses para cobrar ingressos de quem quisesse ver o tecido despedaçado. De acordo com Hoffman, ele tentou o mesmo acordo com os organizadores da exposição americana, que recusaram a oferta. Nunca se saberá a identidade do misterioso homem que sabotava os balões de Santos Dumont em cada país que ele visitava. O fato é que, no ano em que os irmãos Wright Americanos fizeram mais de cem voos (sem balões), Santos Dumont foi embora dos Estados Unidos sem tirar os pés do chão, e deixando lá a fama de ser um tremendo picareta. Não há provas de que o brasileiro tenha ordenado a própria sabotagem. Mas parece estranho, não?

 

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5 horas atrás, Danilo Z disse:

 

Tudo que você fala é "pesquise mais" e vai dizer que as fontes que eu colocar näo säo confiáveis. Mas enfim, provavelmente você nem sabia que os Wright tinham voado em mais de um aviäo.

 

Até a prórpia Franca, país onde o cara "fez carreira" já reconhece os Wright.

 

No mais, eu vou com o texto do colega acima, retirado do Guia Politicamente Incorrecto da História do Brasil. Ou você acha que eles também deveriam haver pesquisado mais?

 

Confesso que seria legal ver você refutando tudo que foi escrito no texto acima. =)

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6 horas atrás, Torf disse:

 


Acredite no que quiser então.

A fúria dos EUA diante disso já os entrega , vc fala 5 línguas, deixa de ser preguiçoso vai, se eu a uns 5 anos atrás  já sabia dessa farsa dos irmãos Wright, é de se espantar que uma pessoa que fala 5 línguas não saiba.

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Passo 1: Pegue um assunto controverso.

Passo 2: Pergunte ao Danilo Z a opiniäo dele.

 

Parabéns!!! O assunto näo é mais controverso!!!

 

Ok. Parou por aqui, de volta às notícias!

 

Repressão a protestos em sedes olímpicas é mais severa do que na Copa

http://rodrigomattos.blogosfera.uol.com.br/2016/08/08/repressao-a-protestos-em-sedes-olimpicas-e-mais-severa-do-que-na-copa/

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24 minutos atrás, Torf disse:

Engraçado uma turma criticando o temer, chamando até de ditadura não poder protestar e quem protocolou essa lei endurecendo os protestos foi dilma kkkk

 

Boxeador da Namíbia é preso por suspeita de estupro na Vila Olímpica (mais um)

 

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