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Parece que näo houve muito critério técnico...

Novo chefe do Ibama na BA tem multa ambiental de R$ 133 mil

Nomeado para a superintendência do Ibama na Bahia pelo presidente interino Michel Temer (PMDB), Neuvaldo David de Oliveira possui uma multa de R$ 133 mil pendente junto ao próprio Ibama e é parte contrária em um processo movido pelo órgão ambiental.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/07/1794293-novo-chefe-do-ibama-na-ba-tem-multa-ambiental-de-r-133-mil.shtml

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4 horas atrás, Faabs disse:

Astrologia: a mais antiga das pseudociências

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A astrologia nasceu provavelmente em 3000 AC, na Babilônia, onde os antigos acreditavam que o Sol e a Lua exerciam grande influência sobre a vida de reis e nações. Com as conquistas de Alexandre, o Grande, a astrologia chegou à Grécia, onde foi desenvolvida para um conceito mais democrático e abrangente: de que todos os planetas – ou pelo menos os planetas conhecidos até aquele momento – influenciavam a vida de todos. Nessa época, nasceu o conceito de que a configuração planetária no momento do nascimento do indivíduo afetava sua personalidade e seu futuro. Essa forma de astrologia, conhecida como astrologia natal, perdura até hoje. E, aliás, perdura sem sofrer nenhuma alteração. A astrologia queria muito ser uma ciência. Ela utiliza cálculos matemáticos complicados e argumentos pseudocientíficos para nos convencer de que tem base científica. Mas não tem. E vamos descobrir o porquê.

Enquanto a astronomia avançou como ciência, descobrindo novos planetas como Urano, Netuno e Plutão (recentemente rebaixado), a astrologia permaneceu a mesma. Curiosamente, os novos planetas parecem não ter ação retroativa e não invalidam as previsões ou mapas astrológicos feitos antes de sua descoberta. Seu suposto efeito sobre nossa personalidade também não parece ter feito falta na personalidade dos nossos antepassados.

Os astrólogos dividiram o céu em 12 constelações, e as batizaram de acordo com o que pensavam enxergar. Assim, a constelação de Áries foi batizada por lembrar um carneiro, e as pessoas desse signo são consideradas pessoas agressivas e obstinadas. Acho que qualquer cão pastor discorda; mas até aí, a opinião deles não deve interessar, já que não existe uma constelação de cachorro. Os planetas, o Sol e a Lua percorrem essas constelações ao longo de um ano, e o mapa astral de uma pessoa é definido pela posição dos astros nessas constelações no momento do seu nascimento.

O mapa astral define que quando a pessoa nasceu, a Lua estava em Touro, o Sol em Sagitário, Marte estava em Gêmeos e assim vai. A ideia seria de que a posição dos astros no momento do nascimento influencia nossa personalidade e nosso destino. Outra curiosidade interessante é que parecia haver uma 13ª constelação, mas ela foi descartada porque o ano já era dividido em 12 meses, então os astrólogos decidiram simplificar para 12 constelações.

Mas a configuração do céu há 2000 anos era diferente da configuração atual! Isso ocorre devido ao efeito de precessão dos equinócios. O que é isso exatamente? Você já viu um pião rodando no eixo? Já reparou que ele não roda exatamente retinho e perfeito, mas que varia o eixo onde roda? O mesmo acontece com o planeta. A Terra não é uma esfera perfeita, e não roda em um eixo único e alinhado. Esse eixo varia. O alinhamento do eixo Norte-Sul determina a estrela polar, que todos já ouviram falar. Você sabia que essa estrela não é sempre a mesma? Claro, pois se o eixo varia, então a estrela também varia. Isso quer dizer que a posição das constelações em relação ao planeta também varia e o céu que enxergamos hoje não é o mesmo de 2000 anos atrás.

eixo_da_terraA astrologia simplesmente ignora esse fato e trata as constelações como se fossem fixas. Por exemplo, o Sol é um dos astros que percorre essas constelações e assim determinamos nosso signo solar. Então, se o Sol entra na constelação de Touro em 21 de abril e sai em 20 de maio, como dizem os astrólogos, qualquer um nascido nesse período tem o Sol em Touro, certo? Mas isso foi feito para as constelações de 2000 anos atrás.

Hoje, graças à precessão dos equinócios, sabemos que o Sol atualmente cruza Áries de 18 de abril a 12 de maio, Touro de 13 de maio a 20 de junho, Gêmeos de 21 de junho a 19 de julho, Câncer de 20 de julho a 9 de agosto, Leão de 10 de agosto a 15 de setembro, Virgem de 16 de setembro a 30 de outubro, Libra de 31 de outubro a 22 de novembro, Escorpião de 23 de novembro a 28 de novembro, Ofiúco (esse é o 13º signo esquecido) de 29 de novembro a 16 de dezembro, Sagitário de 17 de dezembro a 18 de janeiro, Capricórnio de 19 de janeiro a 15 de fevereiro, Aquário de 16 de fevereiro a 11 de março e Peixes de 12 de março a 17 de abril.

Nesse caso, uma pessoa nascida em 10 de maio é designada como nascida com Sol em Touro, mas na verdade, o Sol estava na constelação de Áries quando ela nasceu! Mas o mapa astral só leva em conta o dia, hora e o local do nascimento, e não o ano. Assim, pessoas nascidas no mesmo dia, hora e local, mesmo com dez anos de diferença, compartilham o mesmo mapa astral, e deveriam, então, ter personalidade e eventos muito parecidos em suas vidas. Parece razoável?

Vamos analisar mais um detalhe. Por que a astrologia escolhe o momento do nascimento e não o da concepção como o momento formador do destino de uma pessoa? Então, tudo o que sabemos hoje sobre genética, epigenética e a importância das experiências intra-uterinas na gestação deve ser descartado? Nada disso tem a menor importância para a formação da personalidade? Além disso, como se define com precisão o momento do nascimento? Afinal, os astrólogos dizem que precisam de hora e minutos exatos. Mas de qual momento? Do momento em que começam as contrações? Do rompimento da bolsa? Da hora em que aparece a cabeça? Do corte do cordão umbilical? E no caso de um trabalho de parto demorado, que dure 20 horas? Ou de uma cesárea antecipada e com hora marcada? Nesse caso a decisão da mãe alterou o destino da criança para a eternidade? Ou será ainda que tudo bem se o momento do nascimento for a hora em que o médico lembrar de olhar no relógio? E o que pode acontecer se o relógio do médico estiver errado?

Outro argumento muito usado pelos astrólogos é que os planetas exercem força gravitacional sobre nós, portanto, é óbvio que influenciam nosso destino. Ora, mas a força gravitacional é diretamente proporcional à massa e inversamente proporcional à distância, de acordo com a fórmula F = G. m/D2 . Calculemos, então, a força de atração que o planeta mais próximo, Marte, pode exercer sobre um recém-nascido.

Considerando os dados da NASA sobre massa e distância de Marte à Terra quando ele está mais próximo, essa força totaliza 207G. Mas, se considerarmos um obstetra de aproximadamente 80 kg, a força gravitacional que ele exerce sobre o bebê é de 2000G. Isso levando em conta Marte em sua posição mais próxima da Terra, algo que os astrólogos também ignoram, partindo do pressuposto de que a influência de Marte, ou de qualquer outro planeta, é fixa. Quando Marte está em seu ponto mais distante, a força cai para 4G. Conclusão: se você quer assegurar a influência dos planetas sobre seu filho, melhor escolher um obstetra bem magrinho?

Mas e testes científicos, com duplo cego, com aplicação do método científico? Foram feitos para validar a astrologia? Sim. O mais famoso foi o experimento realizado em Berkeley, publicado na Nature. O físico Shawn Carlson reuniu um grupo de voluntários que forneceram suas informações de nascimento para que uma organização astrológica renomada confeccionasse seu mapa astral. Os participantes também preenchiam um questionário sobre sua personalidade. Os astrólogos que participaram foram escolhidos pela organização. Eles recebiam, então, três questionários e um mapa astral, e deviam tentar acertar qual questionário correspondia àquele mapa.

Os astrólogos imaginaram que teriam uma margem de acerto maior do que 50%, já que o mapa astral traria a descrição da personalidade dos participantes. A taxa de acerto no entanto, foi de 33,4%, ou 1/3 – exatamente a taxa esperada para o acaso. Afinal, se escolhessem a esmo, tinham 3 chances em uma de acertar.

Outros trabalhos científicos foram conduzidos para testar a validade da astrologia. O psicólogo Bernard Silverman, da Michigan State University, estudou o casamento de 2978 casais e o divórcio de 478 casais, comparando com as previsões de compatibilidade ou incompatibilidade dos horóscopos. Ele não encontrou qualquer correlação, concluindo que pessoas “incompatíveis” casam-se e divorciam-se com a mesma frequência que as “compatíveis”. 

Os astrônomos Roger Culver e Philip Ianna registraram as previsões publicadas de astrólogos bem conhecidos e organizações astrológicas por cinco anos. Das mais de 3000 previsões específicas, envolvendo muitos políticos, atores e outras pessoas famosas, somente 10% se concretizaram.

Em 2011 foi realizado um experimento com gêmeos nascidos com menos de 5 minutos de diferença. Eles têm exatamente o mesmo mapa astral. Nenhuma similaridade significativa foi encontrada em suas personalidades ou eventos que ocorreram em suas vidas.

Um dos experimentos mais impressionantes, no entanto, e que já foi repetido no mundo todo, está descrito no livro de Carl Sagan, “O mundo assombrado pelos demônios”. Um cientista coloca um anúncio no jornal oferecendo mapa astral gratuito. Recebe 150 respostas, com os devidos dados de dia, hora e local de nascimento. O mapa astral é enviado a cada um dos solicitantes, junto com um questionário sobre seu grau de exatidão. Dos participantes, 94% respondem que conseguem se enxergar com exatidão, e 90% de seus familiares corroboram essa opinião. No entanto, todos haviam recebido o mesmo mapa astral. E esse havia sido traçado para um assassino em série francês.

James Randi repetiu esse experimento com alunos de uma universidade. Os alunos forneceram seus dados, receberam um mapa astral e atribuíram um valor de 1 a 5 para o grau de reconhecimento de suas personalidades. O grau 4-5 foi escolhido por 80% dos alunos. Em seguida, Randi pede que examinem o mapa astral do colega ao lado, e os estudantes descobrem que os mapas são todos iguais. Por que isso ocorre? Porque somos todos humanos. O mapa é elaborado com frases ambíguas e genéricas, como “Você algumas vezes é introspectivo e introvertido, mas em outras ocasiões pode ser audacioso e comunicativo”. Ou “Você passou por experiências difíceis e superou algumas, mas ainda está lutando para superar outras”.

A astrologia pode ser divertida. Pode ser inofensiva, afinal, que mal faz olhar o horóscopo no jornal? Mas ela não é, definitivamente, e de forma alguma, uma ciência. Ela não tem embasamento científico, não passa pelo método científico, e não aceita os avanços da ciência verdadeira para alterar seus conceitos.

Ah, mas eu gosto de astrologia. E você não pode me provar que realmente não funciona. É verdade, não posso. Assim como não posso provar que não existe um dragão na garagem e que Papai Noel não existe. Eu apenas posso demonstrar que não é uma ciência; e que a ciência, pelo método científico, refuta seus argumentos e demonstra que não funciona. E essa é a proposta do Café na Bancada: mostrar como a ciência de verdade funciona. Espero vocês para mais uma pseudociência no próximo post da série. Dito isso, qual será o signo do zodíaco que mais toma café?

 

 

Para saber mais:

 

A Double Blind Test of Astrology, S. Carlson, 1985, Nature, Vol. 318, p. 419.

https://www.youtube.com/watch?v=3Dp2Zqk8vHw

Astrology: True or False, (1988, Prometheus Books), Roger Culver e Philip Ianna

Pigliucci, Massimo (2010). Nonsense on stilts : how to tell science from bunk ([Online-Ausg.]. ed.). Chicago: University of Chicago Press.ISBN 9780226667850.

 

http://cafe-na-bancada.com.br/index.php/astrologia-mais-antiga-das-pseudociencias/

 

O que foi refutado foram os horóscopos (efeito forer). A ciência admite correlação astrológica. Tem estudos feitos com populações inteiras. Tem alguns aqui:

http://www.deldebbio.com.br/2010/06/15/astrologia-e-ciencia/

http://www.deldebbio.com.br/2012/07/12/estudos-sobre-astrologia/

 

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Dilma diz que não autorizou. Mas não nega caixa 2 em campanha

 

Parece uma criança tentando enrolar depois de fazer merda.

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1 hora atrás, FrangoEctomorfo disse:

 

O que foi refutado foram os horóscopos (efeito forer). A ciência admite correlação astrológica. Tem estudos feitos com populações inteiras. Tem alguns aqui:

http://www.deldebbio.com.br/2010/06/15/astrologia-e-ciencia/

http://www.deldebbio.com.br/2012/07/12/estudos-sobre-astrologia/

 

 

Os estudos que você postou não comprovam a validade da astrologia, e alguns dos estudos tem os dados manipulados.

Quando o Danilo quis fazer meu mapa astral e eu passei meus dados errados (de propósito), ele falou características e comportamentos que eu tenho, e que praticamente todas as pessoas possuem. Depois passei os dados certos e o resultado foi o mesmo. Só nesse experimento já ficou claro que os acertos da astrologia são puro acaso.

 

O Famoso Efeito Marte

Spoiler

[...]Um estudo muito conhecido e comentado foi realizado por Michel Gauqelin, cuja educação formal é na área de estatística. Analisando a posição de Marte no momento do nascimento de grandes atletas ele obteve uma correlação acima da esperada para uma distribuição ao acaso, que ficou conhecida como Efeito Marte. 

Muitos céticos fizeram críticas ao experimento afirmando que houve manipulação de dados e erros de tratamento, o que não era verdade. Simplesmente ocorreu que o universo de atletas analisados por Gauqelin naquele estudo era, não intencionalmente, tendencioso.

Aqui existem três itens a serem analisados. Primeiro, no que diz respeito ao estudo de Gauqelin: um estudo isolado não prova nada até que as afirmações nele contidas sejam testadas por pesquisadores independentes e confirmadas. Até o presente momento não existem provas científicas de que a astrologia seja uma Ciência, mas se mecanismos e teorias forem propostos e exaustivamente testados com resultados independentes positivos, toda a comunidade científica aceitará a Astrologia como Ciência.

Segundo, correlação entre dois fatos não significa que existe uma relação entre eles. Não basta apenas uma correlação estatística, é necessário também que exista uma explicação de como um fenômeno está relacionado ao outro. 

Terceiro, qualquer tipo de fé cega leva a atitudes não inteligentes. Muitas das críticas ao artigo de Gauqelin foram infundadas e baseadas em opiniões pessoais. Isto também não é ciência, é fundamentalismo.

De qualquer modo, o que Gauqelin afirma sobre Marte e os atletas não é verdade, de acordo com um estudo feito por cientistas franceses. Em uma amostra de 1066 atletas franceses comparada com 85280 outros nascimentos quanto a horas, datas de nascimento e localização de Marte nesse momento não foi detectado o "Efeito Marte." 

Esta diferença de resultados pode ser explicada por um fenômeno social simples. As datas de nascimento dos atletas analisados neste último estudo eram mais recentes, ao passo que a maioria das datas de nascimento analisadas por Gauqelin eram do fim do século XIX e início do século passado na Europa ocidental. Nesta época, a astrologia estava em baixa e os poucos resquícios se resumiam a almanaques que publicavam dados sobre o nascer e pôr dos planetas, os quais estavam associados a profissões. Então seria bastante possível que as pessoas, principalmente de famílias eminentes modificassem as datas e horas dos nascimentos para parecer, diante da sociedade, que seus descentes a influência correta dos astros. Afinal, um grande comandante militar, por exemplo, gostaria que seu filho fosse nascido sobre a influência de Plutão e seguisse a carreira militar, continuando, assim, a tradição da família. Geofrey Dean analisou novamente os dados de Gauqelin e encontrou dados que mostram que as horas e dias de nascimentos podem ter sido manipulados pelos pais. Por exemplo, havia poucos nascimentos em dias considerados de mau agouro pelos almanaques como nos dias 13, dias de lua nova, etc. Além disso, certas horas também mal-agouradas como meia-noite são evitadas. Em outras palavras, existe uma componente social por trás do efeito Marte: as pessoas do fim do século XIX e início do XX tinham informação, motivo e oportunidade para inadvertidamente criar um aparente efeito planetário como o efeito Marte. (Skeptical Inquirer, 26(3)).

Michel Gauqelin, mesmo acreditando na astrologia, durante toda a vida se comportou como um verdadeiro cientista, realizando vários experimentos e estudos sobre a astrologia e publicando todos os resultados, mesmo aqueles que iam contra suas crenças pessoais. Ele é uma fonte imensa de artigos que são usados tanto pelos astrocrentes como pelos descrentes.

Graças aos trabalhos de Gauqelin, muitos astrólogos vêm se graduando em cursos relacionados às áreas de estatística e psicologia com o intuito de produzir trabalhos de qualidade que sejam aceitos pela comunidade científica. Infelizmente nenhum deles parece estar preocupado em propor um mecanismo que explique as estastísticas que eles produzem. Correlações estatísticas, conforme comentado, não são suficientes para provar a relação entre dois fenômenos.

http://www.projetoockham.org/pseudo_astrologia_6.html

 

12 perguntas céticas sobre astrologia

Spoiler

[...]É fácil encontrar excelentes textos complementares (aqui,aqui, aqui, aqui, aqui e aqui), bem como vídeos e áudios (aqui e aqui) sobre o assunto na internet. Além disso, estudos experimentais já foram publicados em jornais científicos avaliados por pares com o objetivo de estudar a validade da hipótese astrológica, e nenhum desses mostrou resultado favorável para a validade da prática. Em síntese, vários desses estudos mostram que não há diferença significativa entre o acaso e as previsões astrológicas. Em outras palavras, se uma pessoa não astróloga tentar divinações ela provavelmente terá uma taxa de acerto não muito distinta daquela obtida pelo astrólogo. Alguns desses estudos são: estudo empírico da personalidade e fatores astrológicos, diferenças de personalidade entre gêmeos,demonstração da não eficácia da astrologia, estudos de meta-análise (uma técnica estatística desenvolvida para integrar os resultados de diversos estudos) sugerem que os astrólogos não são capazes de predizer com significância maior seus resultados do que se esperaria se alguém fizesse semelhantes predições ao acaso.

 

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1) Quais os astros influenciam na astrologia?

São os planetas do nosso sistema solar, provavelmente. Mas luas, asteroides e satélites artificiais também estão presentes na via láctea. Somente em nosso sistema há dois cinturões de asteroides relevantes que no somatório de suas massas poderiam ser equivalente a massas de planetas. Além disso, é curioso que outros astros não influenciem na vida das pessoas, como galáxias, quasares e buracos negros (Ainda é importante ressaltar que praticamente todas as estrelas visíveis ao olho nu são pertencentes a nossa galáxia. Estimativas apontam para mais 170 bilhões de galáxias no Universo observável. Há dois mil anos atrás não havia telescópios, e portanto o olho humano limitado não era capaz de considerar a existências de outros objetos estelares).

 2) O planeta Terra não influencia na astrologia?

Talvez o astro mais importante, e que provavelmente poderia ter grande influência, é o planeta Terra, e que aparentemente não e é considerado pela astrologia. Apesar de não estar projetada no céu está projetada no chão. Parece-me arbitrário dizer que só o que está projetado no céu tem influencia e as demais projeções não.

3) Gêmeos monozigóticos possuem características idênticas?

Gêmeos geneticamente idênticos possuem comportamentos distintos.

 4) Em que momento você nasceu?

É difícil definir o horário que o bebê nasce. É muito arbitrário: No corte do cordão umbilical; ou na hora que enfermeira anota depois de ver o relógio, que, talvez, possa não ser exatamente o horário de fato; ou ainda é horário em que a mãe do bebê decide ser a correta, e que por motivos de exaltação emocional do momento, não é necessariamente o horário correto (“horário correto” é outra coisa de difícil definição).

 5) A previsão astrológica só funciona depois do nascimento?

Então deve existir alguma espécie de mágica na placenta que impede a astrologia ser aplicada ao feto também.

 6) A astrologia tem relação com algum componente genético?

Macacos possuem um DNA muito semelhante a nossa espécie. Talvez exista uma astrologia do macaco também. Mas é curioso que a arrogância antropocêntrica não abra espaço para esses estudos. Pois qual motivo da astrologia funcionar para uma espécie e não para outra. Se existe a relação com os genes, vale ressaltar que bananas possuem um código genético mais extenso que o do ser humano. Seria legal poder ler diariamente o horóscopo das bananas. E isso é uma hipótese bem coerente, visto que há evidências que sugerem que metade do DNA dos humanos é semelhante ao das bananas.

7)  Mera coincidência?

Dado a quantidade imensa de corpos celestes no cosmos, é improvável não encontrar uma correlação entre um determinado objeto celeste e um evento específico (desastres, posse de reis que modificaram a história, ou até mesmo acontecimentos pessoais). Entretanto, correlação não é sinônimo de causa e consequência.

 8) Astrologia é científica?

Embora possa ser uma tarefa filosoficamente extensa definir o que é ciência é possível tomar alguns atalhos que não comprometem a visão global da prática científica atual. Esta se faz através de produção de conhecimento justificado e sistematizado. Existem jornais científicos nos quais os pesquisadores submetem suas pesquisas que serão avaliados por seus pares. A astrologia não produz conhecimento sistemático, e seu objeto de estudo, se existe de fato, é confuso e obscuro. O ônus da prova de mostrar a validade da astrologia cabe aos astrólogos, e se querem o status científico devem seguir o escrutínio da mesma maneira que outras áreas seguem. Ainda assim, vários experimentos já foram realizados na tentativa de mostrar a validade da astrologia. Até o momento não existem evidências que a que funcione. Portanto, há uma garantia justificada na alegação que a astrologia não é ciência. Por outro lado, algo não ser científico não significa que não pode ser válido em alguma outra aplicação ou que sua manifestação deve ser impedida.

 9) Qual o critério da sua astrologia ser mais provável que a minha astrologia?

Somente na astrologia Hindu há três segmentos (Siddhānta, Saṁhitā, Horā). Além desses, atualmente ainda existem versões chinesas, tibetanas, etc. Em resumo, basta abrir o programa “stellarium” (simulador do céu de qualquer local do mundo em qualquer época), que você poderá simular as diversas constelações de diversos povos além dos citados, como egípcios, polinésios, navajo, tupi-guarani…

Naturalmente que nenhuma dessas constelações são semelhantes a constelação dos zodíacos. Justamente porque são desenhos arbitrários e distintos em cada cultura.

 10)Em que você acredita?

Desde o século 16, com a manifestação do Papa Sixtus V, a igreja cristã  tem se posicionado contra a astrologia. Alguns pensadores, como Lutero, Calvino e Agostinho de Hipona condenaram a prática da astrologia. Uma visão determinista do mundo compromete o livre-arbítrio. Além disso, a vida das pessoas poderia não ser comandada por uma entidade divina, mas sim pelos astros. Sem entrar no mérito da crença religiosa, é curioso que algumas pessoas continuam mantendo crenças que, muitas vezes por falta de reflexão crítica, são contraditórias quando comparadas.

 11)  A astrologia é dependente das constelações?

A versão ocidental da “atual” astrologia data de mais de dois mil anos atrás. Desde então pouca coisa mudou. Naquela época o sol passava por 12 constelações. Atualmente, ele passa por 13 constelações. Na prática, há uma constelação extra pela qual o sol é projetado atualmente, chamada de Ophiuchus (ou Serpentário). Isso pode ser facilmente verificado no programa supracitado (“Stellerium”), no qual é possível simular as constelações por onde o sol é projetado atualmente bem como por qual passava há dois mil anos atrás.

12) Meu signo é mesmo o que dizem?

O mesmo motivo acima que faz o sol passar por uma 13° constelação é o que faz o sol não passar atualmente pela constelação que passava há dois mil anos atrás (devido aomovimento de precessão da Terra). Ou seja, naquela época eu realmente era de câncer, porém hoje, em Julho, o sol passa pela constelação de gêmeos, e no ano 10.000, no mesmo mês, o sol estará em Peixes. Em outras palavras, no passado eu era de câncer, no presente sou de gêmeos e no futuro serei de peixes.

Link para o download do “Stellarium”, aqui.

http://www.universoracionalista.org/12-perguntas-ceticas-sobre-astrologia/

 

Astrologia não é ciência

Spoiler

A astrologia relaciona a posição dos astros no céu, tanto no nascimento quanto diariamente, com fatos na Terra, incluindo os humores e destinos das pessoas. Ela assume que há ação dos corpos celestes sobre os objetos animados e inanimados e que os ângulos aparentes entre os planetas no céu afetam a humanidade.

 

Astrologia não deve ser confundida com Astronomia, a ciência que verdadeiramente estuda os astros e seu funcionamento, isto é, sua física.

Quando a astrologia começou, no vale dos rios Eufrates e Tigris, no atual Iraque, cerca de 3000 a.C., os mesopotâneos e os babilônios acreditavam que os planetas, incluindo o Sol e a Lua, e seus movimentos, afetavam a vida dos reis e das nações. Os chineses tinham crenças similares por volta de 2000 a.C. Quando a cultura babilônica foi absorvida pelos gregos, por volta de 500 a.C., a astrologia gradualmente se espalhou pelo ocidente. Por volta do segundo século antes de cristo, os gregos democratizaram a astrologia, desenvolvendo a tradição de que os planetas influenciavam a vida de todas as pessoas. Eles acreditavam que a configuração planetária no momento do nascimento das pessoas afetava sua personalidade e seu futuro. Esta forma de astrologia, conhecida como astrologia natal, alcançou seu ápice com o grande astrônomo Claudius Ptolomeu (85-165 d.C.). Seu trabalho de astrologia, Tetrabiblos, permanece como a base da astrologia ainda hoje.

A chave da astrologia natal é o horóscopo, uma carta que mostra a posição dos planetas no céu no momento do nascimento (e não da concepção!), em relação às doze constelações do Zodíaco, definidas naquela época como cada uma ocupando 30 graus na eclíptica, e chamadas signos. As posições são tomadas em relação às casas, regiões de 30 graus do céu em relação ao horizonte.

Uma variante popular da astrologia é baseada no signo solar, que usa somente um elemento, o signo ocupado pelo Sol no momento do nascimento da pessoa. É esta que aparece nos jornais e revistas.

A necessidade de conhecimento da posição dos planetas levou ao desenvolvimento da astronomia.

A astrologia não é uma ciência. Assim como a astronomia, ela floresceu na Antiguidade, muito antes da formulação da teoria gravitacional e da teoria eletromagnética e do conhecimento de que todos os astros são compostos da mesma matéria existente aqui na Terra. Não existe matéria “celeste” como acreditava Aristóteles (384-322 a.C.). Mas ao contrário da Astronomia, ela não incorpora as teorias científicas e assume que a Terra está no centro do Universo, rodeada pelo Zodíaco, e a definição dos signos ignora a precessão do eixo de rotação da Terra.

Devido à precessão dos equinócios, o Sol atualmente cruza Áries de 18 de abril a 12 de maio, Touro de 13 de maio a 20 de junho, Gêmeos de 21 de junho a 19 de julho, Câncer de 20 de julho a 9 de agosto, Leão de 10 de agosto a 15 de setembro, Virgem de 16 de setembro a 30 de outubro, Libra de 31 de outubro a 22 de novembro, Escorpião de 23 de novembro a 28 de novembro, Ofiúco de 29 de novembro a 16 de dezembro, Sagitário de 17 de dezembro a 18 de janeiro, Capricórnio de 19 de janeiro a 15 de fevereiro, Aquário de 16 de fevereiro a 11 de março e Peixes de 12 de março a 17 de abril.

Tanto a teoria gravitacional de Newton e Einstein quanto a teoria eletromagética de Maxwell comprovam que o efeito dos astros nas pessoas é completamente desprezível, isto é muito menor do que o efeito dos outros corpos na própria Terra. Naturalmente não estamos falando da luz do Sol, principal fonte de energia na Terra, nem dos efeitos de maré da Lua, e em menor parte do Sol, sobre a Terra. Também não estamos falando do efeito real da colisão de um asteróide ou meteorito com a Terra, que muitas vezes tem consequências catastróficas. O obstetra que realiza o parto de uma criança exerce uma atração gravitacional sobre ela seis vezes maior do que o planeta Marte, pois embora a massa de Marte seja muito maior do que a do obstetra, o planeta está muito mais distante. O efeito de maré do obstetra sobre a criança é ainda 2 trilhões de vezes maior do que o de Marte.

Por falar em distâncias, a astrologia, ao calcular os horóscopos, assume que o efeito dos planetas, como Marte, é o mesmo quando Marte está do mesmo lado do Sol que a Terra e quando ele está do outro lado do Sol, cinco vezes mais distante! Todas as forças conhecidas (gravitacional, elétrica e magnética, força fraca e força forte) dependem da distância. Se o efeito não depende da distância, então qual é o efeito das estrelas, galáxias e quasares?

Os sinais de rádio emitidos pelo Sol e por Júpiter, e em menor quantidade por todos os outros planetas, também sinais eletromagnéticos, são muito menos intensos que os sinais emitidos por uma pequena emissora de rádio de 1 kilowatt a 1000 km de distância. Todos os efeitos eletromagnéticos e gravitacionais caem com o quadrado da distância.

A característica fundamental da ciência é basear-se na observação da natureza e na experimentação. Os efeitos das posições dos planetas e da Lua em qualquer pessoa na Terra nunca foram desmonstrados em qualquer estudo sistemático. Nas últimas décadas vários cientistas testaram as previsões da astrologia e comprovaram que não há resultados:

  1. O psicólogo Bernard Silverman, da Michigan State University, estudou o casamento de 2978 casais e o divórcio de 478 casais, comparando com as previsões de compatibilidade ou incompatibilidade dos horóscopos e não encontrou qualquer correlação. Pessoas “incompatíveis” casam-se e divorciam-se com a mesma frequência que as “compatíveis”. O psicólogo suíço Carl Jung (1875-1961), em seu livro “A Interpretação da Natureza e da Psique”, chegou a mesma conclusão.
  2. O físico John McGervey, da Case Western University, estudou a biografias e datas de nascimento de 6000 políticos e 17000 cientistas e não encontrou qualquer correlação entre a data de nascimento e a profissão, prevista pela astrologia.
  3. Um teste duplo-cego da astrologia foi proposto e executado pelo físico Shawn Carlson, do Lawrence Berkeley Laboratory, Universidade da Califónia. Grupos de voluntários forneceram informações para que uma organização astrológica bem estabelecida produzisse um horóscopo completo da pessoa, que também preenchia um questionário de personalidade completo, pré-estabelecido de comum acordo com os astrólogos.
    A organização astrológica que calculava o horóscopo completo da pessoa, juntamente com 28 astrólogos profissionais que tinham aprovado o procedimento antecipadamente, selecionavam entre 3 questionários de personalidade aquele que correspondia a um horóscopo calculado. Como haviam 3 questionários e um horóscopo, a chance de acerto aleatório é de 1/3 = 33%.
    Os astrólogos tinham previsto antecipadamente que a taxa de acerto deveria ser maior do que 50%, mas em 116 testes, a taxa de acerto foi de 34%, ou seja, a esperada para escolha ao acaso! Os resultados foram publicados no artigo A Double Blind Test of Astrology, S. Carlson, 1985, Nature, Vol. 318, p. 419.
  4. Os astrônomos Roger Culver e Philip Ianna, que publicaram o livro Astrology: True or False, (1988, Prometheus Books), registraram as previsões publicadas de astrólogos bem conhecidos e organizações astrológicas por 5 anos. Das mais de 3000 previsões específicas, envolvendo muitos políticos, atores e outras pessoas famosas, somente 10% se concretizaram. Esta taxa é menor do que a de opiniões informadas.
  5. Uma pesquisa coordenada pelo Prof° Salim Simão do Departamento de Produção Vegetal da Universidade de São Paulo, durante sete anos, comprovou que a fase da Lua não tem efeito no crescimento das plantas. (Veja, edição 1638, 1 mar 2000, p. 127).
  6. O médico dermatologista Valcinir Bedin, presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo conclui: “Independentemente da fase lunar, a média de crescimento mensal do cabelo é de 1 centímetro.” (Veja, edição 1638, 1 mar 2000, p. 127).

Portanto, embora mais de 50% da população acredite em astrologia, trata-se somente de uma crença, sem qualquer embasamento científico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  1. “Activities About Astrology”, Andrew Fraknoi.
  2. “Astrologia Não é Ciência”, Kepler de Souza Oliveira Filho, 2001.
  3. “Astrology – It’s Principles and Relation and Nonrelation to Science”, George Abell, The Science Teacher, 1974.
  4. “Marés, Fases da Lua e Bebês”, Fernando Lang da Silveira, 2001.

http://www.universoracionalista.org/astrologia-nao-e-ciencia/

 

 

 

 

Editado por Faabs
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Muito feio explanar o amigo astrólogo. Mais feio ainda pq ele tá suspenso e não pode se defender. Golpe baixo. kkk

 

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Polícia alemã registra múltiplos tiroteios em Munique

 

Eu vi um cara igual o Torf entre as vítimas. :blink:

Editado por FrangoEctomorfo
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1 hora atrás, Faabs disse:

 

Os estudos que você postou não comprovam a validade da astrologia, e alguns dos estudos tem os dados manipulados.

Quando o Danilo quis fazer meu mapa astral e eu passei meus dados errados (de propósito), ele falou características e comportamentos que eu tenho, e que praticamente todas as pessoas possuem. Depois passei os dados certos e o resultado foi o mesmo. Só nesse experimento já ficou claro que os acertos da astrologia são puro acaso.

 

 

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http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/07/tiros-sao-disparados-em-shopping-de-munique-diz-policia.html

 

Uma testemunha ouvida pela emissora RTL afirmou que ouviu um suspeito gritar "estrangeiros de merda". Ele estaria com uma bota do tipo militar.

 

tipico nazi skinhead eleitor do bolsonaro...

Editado por cormaya
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32 minutos atrás, cormaya disse:

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/07/tiros-sao-disparados-em-shopping-de-munique-diz-policia.html

 

Uma testemunha ouvida pela emissora RTL afirmou que ouviu um suspeito gritar "estrangeiros de merda". Ele estaria com uma bota do tipo militar.

 

tipico nazi skinhead eleitor do bolsonaro...

 

neonazismo é nacional socialist amigo, vai no leste europeu e pergunta pra galera como é chamado o nazismo lá que você vai aprender a parar de falar bosta da internet

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6 horas atrás, FrangoEctomorfo disse:

Muito feio explanar o amigo astrólogo. Mais feio ainda pq ele tá suspenso e não pode se defender. Golpe baixo. kkk

 

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Polícia alemã registra múltiplos tiroteios em Munique

 

Eu vi um cara igual o Torf entre as vítimas. :blink:

Estou em Roermond, nos Países Baixos. Escapei dessa.

Deus ainda quer que eu continue enchendo o seu saco por mais um tempinho. =)

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