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Roger Gracie Cogita Voltar À Categoria De Cima Se A Perda De Peso Atrapalhar


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Os fãs de MMA receberam com surpresa e expectativa uma informação divulgada pela imprensa americana nesta semana de que o Strikeforce vai realizar seu último evento em janeiro e depois fechar as portas. A organização é gerenciada pelo mesmo grupo que comanda o UFC, que assim absorveria os lutadores que bem entendesse. Alguns importantes nomes brasileiros estão entre eles, como Ronaldo Jacaré, Rafael Feijão e Roger Gracie. Este último desceu de categoria e fez sua estreia no peso-médio no dia 14 de julho. Venceu o ex-UFC Keith Jardine e também uma dura batalha contra a perda de peso. Com 1,94m, ele viu o quanto é difícil chegar aos 84,4kg para lutar na divisão.

- Sofri muito com a perda de peso, também cometi erros na dieta. Se eu conseguir fazer tudo certo nas próximas lutas, continuo no peso-médio. Se a perda de peso não for como a gente quer, então vou voltar para a categoria de cima - disse Roger, em entrevista por telefone.

O dez vezes campeão mundial de jiu-jítsu na faixa-preta também conversou com o SPORTV.COM sobre alguns outros assuntos, como o seu retorno à arte suave após mais de dois anos. No mês passado, ele empatou uma luta com o atual vencedor do Mundial, Marcus Buchecha, no Metamoris Pro Jiu-jítsu Invitational, evento que inovou ao mudar regras para tentar levar mais emoção ao público. Não houve, por exemplo, pontuações. Só haveria vencedor se alguém finalizasse. Tudo isso dentro de um tempo máximo de 20 minutos.

Confira o bate-papo:

SPORTV.COM: Como foi o seu retorno ao jiu-jítsu? Gostou da sua atuação depois de tanto tempo sem uma luta oficial?

ROGER GRACIE: Por um lado fiquei feliz por lutar de quimono depois de tanto tempo, mas fiquei meio triste. Não porque o desempenho foi ruim, mas sim porque meu preparo físico não foi muito bom. Treinei bastante para a luta, mas tive uma infecção poucos dias antes da luta, tomei três antibióticos. Aceitei lutar porque ia ser só uma luta de 20 minutos e eu achei que poderia acelerar o ritmo em alguns momentos decisivos, mas senti o gás desde os sete minutos. Foi uma luta boa, movimentada, e ainda passei por um sufoco ali no fim.

Esse "sufoco" a que você se refere foi uma chave de braço que o Buchecha encaixou no finzinho (Roger conseguiu escapar). O golpe chegou a te machucar?

Deu uma esticada ali, ficou dolorido por alguns dias. Mas não rompeu nada e nem chegou a esgarçar o ligamento.

SporTV.com/Combate: confira as últimas notícias do mundo do MMA

E o que você achou das regras do Metamoris?

Para competição fica inviável por causa do tempo. A confederação tem que existir, é importante, mas também é legal haver eventos assim. É uma forma de os lutadores ganharem dinheiro. Tem muita gente migrando para o MMA, pois o retorno financeiro é maior. Então, quanto mais eventos assim, melhor. Sobre o Metamoris em si, as regras são diferentes, as pessoas não estão acostumadas, mas o fato de não ter pontuação acaba com a amarração. Todo mundo busca muito a finalização, senão empata.

roger_gracie_x_keith_jardine.jpgRoger Gracie (dir.) tem cinco vitórias e uma derrota no MMA (Foto: Getty Images)

Em 2013 você pretende lutar mais jiu-jítsu e o ADCC, que vai ser no Brasil?

Ano que vem na verdade está tudo incerto para mim por causa desses boatos sobre o fim do Strikeforce. Meu foco hoje em dia é o vale-tudo, mas, havendo oportunidade, claro que vou lutar, como aconteceu nesse evento. E eu espero que a oportunidade seja no mundial (de jiu-jítsu, em 2013). Vou tentar o ADCC também.

Sobre o Strikeforce, se o fechamento da organização for mesmo confirmado, você acha que o UFC vai aproveitar todo mundo ou alguns lutadores ficarão desempregados?

O UFC está querendo fazer mais eventos, então acho que eles vão pegar todo mundo. O próximo passo é todos irem para o Ultimate.

E como você se vê dentro do peso-médio do UFC? Estaria no top 10, no top 15?

É difícil dizer. Só fiz uma luta na categoria e espero poder continuar nela. Só que eu sofri muito com a perda de peso, também cometi erros na dieta. Se eu conseguir fazer tudo certo nas próximas lutas, continuo no peso-médio. Se a perda de peso não for como a gente quer, então vou voltar para a categoria de cima.

O peso-médio do UFC tem muitos brasileiros. Prefere enfrentar os estrangeiros ou tanto faz?

Na verdade, tanto faz. Se for para escolher, é claro que com 100% de certeza eu escolheria um estrangeiro. Você quer defender a bandeira do Brasil e fica difícil fazer isso em uma luta contra um compatriota. Mas há tantos brasileiros na categoria (no UFC) que chega uma hora que você vai ter que acabar lutando. Só que não sou eu que escolho.

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