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Ex-Segurança Do Tráfico, Lutador De Mma Sonha Com Cinturão Do Ufc

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Postado

A vida de um menino que testemunhou o suicídio da mãe, morou nas ruas e se associou ao tráfico de drogas por 25 anos poderia ter um fim trágico. Porém, a história de Fábio Ventura teve um desfecho diferente. Convidado para trabalhar como faxineiro em uma academia, ele enxergou no jiu-jítsu sua tábua de salvação. A luta deu a ele uma chance de recomeçar e agora Fábio Nativo, como é conhecido, sonha em fazer sucesso no mundo do MMA e conhecer Dana White (assista ao vídeo).

- Eu tinha o costume de tirar o plantão, como dizia no tráfico, fazer a segurança do lugar. Hoje, posso dizer que sou um guerreiro, porque poxa, já passei por tantas, é difícil. Estar na minha pele é difícil.

Fabio ganhou o apelido de "Nativo", tamanha era a ligação com a comunidade do Chapéu Mangueira, localizada no Leme, Zona Sul do Rio de Janeiro, pacificada há três anos. Hoje, é uma figura carismática e um exemplo de superação para os moradores de lá. Mas, nem sempre foi assim, e as tatuagens que ele carrega na pele ajudam a contar um pouco do sofrimento que passou. Uma cruz à direita serve para espantar os maus espíritos, do outro lado, uma lágrima não o deixa esquecer a morte da mãe.

- Através das tatuagens, rasgando a minha pele, eu me sentia em paz. A lágrima é o suicídio da minha mãe. Que ela tacou fogo na nossa frente, a gente viu ela numa bola de fogo. Virei mendigo (...). Meu pai é pobre, enfim, vida de pobre, né? Pobre sofrido.

nativo2.jpgTatuagens de Nativo representam momentos marcantes de sua vida (Foto: Reprodução SporTV)

O início da mudança na vida de Nativo chegou com Marcelo Penca, seu primeiro professor. Ele revela que precisou encarar Nativo armado para convencê-lo a mudar de vida.

- Tudo que ele está falando não é mentira não, eu fui dentro do tráfico puxar ele, estava armado, eu disse: "Meu irmão, larga isso aí, não tem nada a ver com a sua vida. Irmão, tua vida vai ser outra!" - recordou Marcelo.

Penca foi o primeiro a dar uma oportunidade para Nativo, mas na época, ele ainda enxergava o esporte como uma forma de conseguir emprego de segurança dos chefões do tráfico de drogas e chegou a ganhar muito dinheiro com isso.

- Ele é a peça importante dessa história, se não fosse ele, talvez eu estaria até agora lá, armado até os dentes. Pensando em matar alguém - reflete Nativo.

Fui ladrão por 25 anos na minha vida. Quando conheci o Gabriel e ele viu que eu tinha o Jamalzinho, comecei a trabalhar.

Nativo

Ele foi levando sua vida assim, até que sofreu uma lesão no joelho e não conseguiu mais trabalhar. Desesperado, planejou um grande assalto a uma mansão na Urca, mas o surgimento de um outro "anjo" evitou que o roubo acontecesse. No dia anterior ao assalto, Gabriel Ribeiro encontrou Nativo ao lado da mulher, que estava grávida de oito meses, e fez uma proposta que mudou para sempre sua vida.

- Ele falou: "Irmão, não tenho dinheiro pra comer, três meses atrasado, não sei o que eu faço." Tirei R$ 50 do bolso, dei pra ele: "Come lá um macarrão", era um domingo, "na segunda você me liga e a gente vê o que faz" - relembrou Gabriel.

A proposta era para trabalhar de faxineiro na academia de Gabriel e, além do salário, também incluia um lugar para a família morar. Mas Nativo revela que não se sentiu confortável no início.

- Quando cheguei aqui como serviços gerais, eu tinha um pouco de vergonha. (Tinha medo de alguém te reconhecer?) Um pouco. Eu ficava com vergonha porque sou um ex-ladrão, um ex-mendigo.

E Nativo logo quis trocar o balde e a vassoura pelos treinos. Em pouco tempo, o faxineiro estava matriculado num curso de boxe. E hoje, as aulas do professor Nativo são as mais concorridas.

- A gana que ele tem, a vontade que ele tem de dar aula, isso vai contagiando qualquer aluno - afirma Diego Basílio, um dos pupilos de Nativo.

Entre um Jab e um Direto, frases de efeito ajudam a motivar a turma.

"Força de Vontade, como dizia meu avô cubano, gana, gana!"

"Vamos lapidar esse diamante, o 190 sempre dá ocupado!"

"Olha a gravação, filho, vamos sair bonito!"

"Na ponta dos pés, vai desenvolvendo, soltando, os guerreiros bravos!"

Agora, o próximo passo da vida de Nativo é virar lutador profissional de MMA e a primeira vitória, na categoria amadora, aconteceu no fim de outubro.

nativo3.jpgHistória de Nativo incentiva seus alunos durante os

treinos (Foto: Reprodução SporTV)

- Pela minha história, pela vida que eu levo, já sou um lutador. Mas, dentro do profissionalismo, do MMA, meu sonho é conhecer o Dana White.

E, pela evolução de Nativo, ninguém duvida que ele irá conseguir realizar esse sonho.

- Venceu a rua, venceu o roubo, venceu as drogas, imagina o que ele não consegue vencer em cima do ringue? O ringue pra ele é um mínino detalhe - afirma Gabriel.

Marcelo também está na torcida por Nativo.

- Ele tem que abraçar isso agora, igual o mestre fala, o trem vai abrir a porta, se não entrar agora, vai ficar irmão. E só Deus sabe quando vai passar outro trem - diz Marcelo.

O cinturão de campeão do MMA ainda não chegou, mas é um objeto desejado. Porém, hoje, o maior prêmio do lutador é seu filho Jamal, e é por ele que Fábio Nativo promete seguir em frente.

- Às vezes, até pra chorar é ruim, mas, quando penso no Jamal, meu coração amolece. Ele desceu do céu e me fez trabalhar. Coisas que achei que nunca ía fazer, fui ladrão por 25 anos na minha vida. Quando conheci o Gabriel e ele viu que eu tinha o Jamalzinho, comecei a trabalhar. Esse é o primeiro trabalho da minha vida.

Postado

Muito legal histórias assim , eu diria que um cara que já esta a 25 anos no crime não teria volta , mas tai pra provar o contrario , muito bom !

Postado

Torcer a favor nao vou conseguir nao. Ele nunca em 25 anos vai conseguir concertar a vida daqueles que prejudicou e nao pagou nada pelos crimes que cometeu...

Editado por FastApologies

Postado
Torcer a favor nao vou conseguir nao. Ele nunca em 25 anos vai conseguir concertar a vida daqueles que prejudicou e nao pagou nada pelos crimes que cometeu...

Não vamos julgar, afinal o que é melhor 25 anos fazendo vários sofrer ou uma vida inteira?

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