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Maldonado Queria Lutar Mais Um Round Contra Glover: ‘Me Deixa Apanhar’


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Vindo de duas derrotas bem polêmicas por pontos, Fábio Maldonado foi parado por Glover Teixeira no UFC Rio 3, no dia 13 de outubro, quando levou um grande atraso nos dois primeiros rounds, obrigando o médico a interromper a luta e declarar o nocaute técnico.

Depois da lesão de Rampage Jackson, adversário original de Glover para a terceira edição do Ultimate na Cidade Maravilhosa, o atleta da Team Nogueira pediu a vaga na edição, e mesmo depois da derrota, só tem elogios a fazer ao seu algoz.

“Todo mundo viu que foi difícil para mim. O Glover estava bem melhor do que eu, estava muito duro, muito forte. É um lutador forte, extremamente forte e acho que eu não contava com aqueles dois cruzados de esquerda que eu tomei logo que começou a luta. Aquilo lá foi um atraso para mim”, conta Maldonado, que nunca havia levado um knockdown, nem no MMA e nem na sua carreira no Boxe, ao site Sexto Round.

“O primeiro round eu lutei no automático. Foi meio na raça, lembrando só de não deixar um braço para ele pegar, não deixar o pescoço. Foi tudo no automático, mas tentando segurar a mão dele para ver a outra mão. Ainda bem que eu vi algumas mãos dele, mas ele realmente bate muito forte, me castigou bastante com o cotovelo. Foi muito duro. fiquei pelo menos três minutos grogue, então não deu para avaliar o meu chão”.

Sabendo que “não tem desculpa” para a derrota, Fábio revela que estava “mais nervoso do que o normal” antes do combate, já que “era uma luta que ia dar direção no UFC”.

“Acabei ficando muito nervoso. No segundo round, eu já me recuperei melhor. Começou a luta, ele mudou a estratégia. Ao invés de bater, ele entrou na perna, deu cem quilos em mim, amassou, pegou as costas, bateu, mas eu não fiquei grogue. Nada demais, mas consegui sobreviver. O Glover pesa muito bem por cima, cotovelos muito duros, mas fiquei longe de ser nocauteado. Estava apanhando muito, estava sendo um massacre – essa é a verdade”.

Logo após a luta e nos dias que seguiram o evento, muito foi comentado e discutido sobre a interrupção da luta por conta do médico e árbitro, o brasileiro Mario Yamasaki. Apesar de Glover ter “passado o carro”, Maldonado queria ter tido a chance de lutar mais um round.

“O Mario Yamasaki ficou assustado e pediu para chamar o médico. Eu só pedi para não estragar a minha noite. Me deixa apanhar. A gente, aqui no UFC, faz tanto exame: HIV, hepatite, vê se tem osso quebrado, a cabeça vê se tá boa… Deixa o pau comer. Está na chuva, é para se molhar. Eu não gostei, mas respeito a decisão do médico, do Mario. Eu já apanhei dez minutos, deixa eu apanhar mais cinco. Vai que aquele cruzado entra melhor. Foi isso que eu senti, mas tudo indicava que ia ser mais um round igual ao primeiro e ao segundo. Mas eu não me importo. Até gosto. Até gostei de sofrer um castigo”.

Apesar da sua terceira derrota em quatro lutas dentro to UFC, o meio-pesado vê pontos positivos na luta, que aconteceu na HSBC Arena.

“Fiquei contente, apesar de ele ter me quedado facilmente, de conseguir ficar em pé, ter defendido o katagatame dele. Todo mundo sabe que o Glover tem um katagatame excelente e eu mostrei uma defesa ali e tal, então bacana. Só estou triste com o resultado mesmo. Não tem desculpa, estava bem treinado. Ele que teve mérito de pegar um cruzado em mim. Realmente é muito forte e onde você tiver, vou torcer para você. quero ver você com esse cinturão ainda”. maldonado-pesagem2.jpgMaldonado em nova categoria? (Foto UFC)

Derrotas no UFC são sempre motivos de preocupação e, quando se teve resultado negativo em 75% das vezes que pisou no mais famoso octógono do mundo, há de se pensar em tomar outras direções para tentar se manter vivo no evento que quase todos os lutadores do mundo sonham em estar. Pensando nisso, o atleta de Sorocaba, no interior de São Paulo, pensa em baixar de peso.

“É uma possibilidade. Mas o ideal mesmo seria baixar para um catchweight, se possível. Senão, é um trabalho de três, quatro meses. Um catchweight seria 88,5kg, que nem o Vitor Belfort lutou contra o Rich Franklin antes de lutar com o Anderson Silva… Aí seria muito bom. A gente não descartou. Alguma coisa tem que ser feita. Na minha genética, eu sou gordinho, então parece que essa baixada de peso, essa desidratada está sendo melhor para o cara que é mais seco, só tem massa. É uma hipótese”, afirma, ressaltando que primeiro precisa conversar com seus técnicos: Claudio Pavanelli, Hélio Henrique e Douglas Monteiro.

Sem poder treinar pesado ainda, se tratando dos machucados causados por Glover, Maldonado não pensa em descansar.

“Se tiver uma luta catchweight para dois, três meses, eu vou pegar. Estou bem já, estou com queixo bom. Me sinto bem para caramba. Não sou maluco de treinar duro agora. Tenho que passar três semanas fazendo treino suave, treino recreativo: corridinha e ferro. Estou focando mais em comer certo. Vamos ver no que dá. Não vou treinar forte no próximo mês”.

O patrão: Dana White

Presidente da maior organização de MMA do mundo, Dana White às vezes tem suas desavenças com os atletas que lutam pelo UFC, mas no caso de Maldonado, a relação é boa.

“Meu sonho sempre foi lutar no UFC. Mesmo em outras épocas, mesmo em 2002, sempre foi lutar o UFC, sempre gostei disso, sempre achei que o MMA tem que ser ali. Por outro lado, toda vez que eu subo na pesagem para cumprimentar o Dana White, ou cumprimento o Dana White em outra situação, vejo que cumprimento um cara que honra o que fala mais do que qualquer papel escrito”.

Em relação ao salário, o brasileiro conta que sempre ganhou mais do que estava combinado.

“Às vezes chegue a ganhar quatro vezes mais. Assinava uma coisa no papel e ganhava quatro vezes mais. No Boxe, nunca tinha visto isso antes. O verdadeiro gladiador tem que ser campeão do UFC. É muito bom. Sinto firmeza no cara. Às vezes, no cumprimento de mão com a pessoa, você já sente. Agradeço muito a ele e ao Joe Silva pela oportunidade. Peço desculpas por não ter ganho, mas já passou”.

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