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  1. “Pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e muita sinceridade é absolutamente fatal”. Oscar Wilde Saudações, jovens pterodátilos (e pterodátilas)! Já vem algum tempo que venho reunindo textos, estudos, teorias e observando meu entorno para propor uma reflexão a todos. Na realidade, não é nenhuma novidade aquilo que vou falar. Está mais do que obvio, em nosso cotidiano, desde a televisão, filmes, séries, outdoors, revistas e nas próprias academias mundo a fora. Os maiores corpos que você encontrar certamente não são naturais. Eles podem até estarem naturais, mas não foram construídos desta forma. Tirando os efeitos que, claro, foram usados Gerard Butler é bem diferente naturalmente do seu Leônidas. Quando você se depara com notícias como “'Vocês estão dez anos atrás de nós', diz médico americano”, “TRT, entenda a polêmica terapia de reposição de testosterona”, percebe o quanto os hormônios sintéticos (esteróides anabolizantes) estão presentes no nosso dia a dia. Aquela mesma “panicat” que 90% das garotas invejam e que 99% dos homens babam, os lutadores de MMA, os atores de Hollywood e muitos outros. Todos estes casos, sem exceções, usam ou usaram estes hormônios em sua vida. Que fenômeno, hein? “Como você pode afirmar isto de forma tão categórica, señor?” – Pergunta o jovem Pterodátilo. E eu vos respondo: porque é notável. Da mesma forma de quem consume alguma droga ilícita e é perceptível, para quem já teve algum tipo de contato, quem (da mesma forma) teve contato com esteróides anabólicos consegue identificar quem fez ou faz uso destes recursos. Mesmo com todo esse photoshop, sabemos que o corpo da Juju Salimeni é um dos TOPOS hoje em dia, né meninas? Não é apenas a voz de pato que as meninas adquirem ou pelos no bigodinho, não é pelas espinhas nas costas, por uma calvície precoce, pela suadeira excessiva. Não, não é apenas por isto. É pelo próprio corpo. Então chegamos ao senso comum máximo dos jovens espinhentos de 14 anos que leem o gh15 traduzido por neandertais da web: “é tudo droga!” (it’s all about drugs). A resposta é dupla: não e sim. Vamos por partes. [Não] O começo e a busca por um corpo funcional Existe um ponto central em toda esta discussão que me trouxe até este texto. Esta semana, neste mesmo fórum, na parte geral eu li um texto do Dovakin que falava sobre a busca de um “corpo funcional”. A importância de moldar seu corpo e seus objetivos de forma a torná-lo um corpo ativo e saudável. E esta concepção é a que mais se aproxima da realidade, para pessoas naturais. A grande questão, neste ponto, é bem simples; Todos os dias, sem piedade, nós somos bombardeados com corpos que não são naturais e são apresentados como tais. Nós nascemos, crescemos e admiramos corpos que são impossíveis de serem atingidos naturalmente. Novamente, isto não é uma suposição. É um fato. Volte ao segundo parágrafo e imagine os exemplos. Então a própria concepção de um corpo “natural” de quem começa neste mundo é deturpada, irreal. E isto é extremamente maléfico não só para o esporte, mas para a própria pessoa. Pois é frustrante saber que aquilo que todos os caras grandes e mulheres saradas “vendem” que pode ser alcançado apenas com disciplina, dieta e treino não é bem assim. Talvez, a princípio, eu esteja sendo um tanto quanto apocalíptico. Mas não é. Conforme você lê e estuda, você percebe isto. Porém, é justamente neste ponto que o texto já referido [do Dovakin] tem seu brilhantismo: é possível atingir um corpo estético, funcional e harmônico. Não vai ser um corpo no padrão que é “vendido” pela sociedade comum, mas é um corpo alcançável. E vai requerer tudo aquilo que já colocamos como essencial: disciplina, dieta e treino. [sim] O lado obscuro do esporte Embora muita gente acredita que o limite real não exista (afinal sempre é possível melhorar, realizar a ruptura de fibras musculares e outros ballonies) é de conhecimento geral que o corpo humano atinge um estado de homeostase entre os 3 e 5 anos de treinamento sério. Quando falo treinamento sério é um treino que preencha os requisitos já listados no tópico anterior. Então, em tese, você precisa ter um corpo “funcional” para seguir esta etapa. Embora isto não seja regra, afinal o corpo é seu e você faz o que quiser com ele. Pois bem, quando falamos de hormônios, existe uma grande mística que envolve o assunto. E até pela questão da zoeira eterna da galera para maquiar o lado obscuro, muito não é revelado. Gh15, tão falado, foi um dos caras que vieram à internet e jogaram a merda no ventilador. Tirou esta questão da obscuridade. O que ele disse foi, basicamente, o que eu disse na primeira parte deste texto. Tem muito hormônio no mundo, tem hormônio em tudo que é lugar e se reclamar vai ter hormônio em dobro! (brinks) Contudo, a existência e o uso dos hormônios por parte de atletas, fisiculturistas, artistas e subcelebridades não explica o sucesso ou insucesso de seus corpos. Embora hormônios sejam “80% do bodybuilding”, como diz a imagem do Zuccaro, os outros 20% são extremamente importantes. E o que seriam estes 20%? A resposta, novamente, está no mesmo tripé: disciplina, dieta e treino. Chega a ser engraçado ver como garotos espinhentos de 15 anos vomitam coisas como “stano bem q mal trem” ou “eiei, devolve meus produtos” e essas zoeiras. Isto deposita uma falsa esperança que, também, é minada ao longo do tempo de quem utiliza esteróides anabólicos. A ideia de que fazendo um ciclo de, seja lá quantas semanas for, seu corpo vai mudar completamente. Não, não vai. E é neste ponto que chegamos ao lado mais obscuro do esporte. Os bodybuilders utilizam esteróides quase que o ano todo. A ideia de ciclos e possibilidades de restart (através da famosa Terapia Pós Ciclo – TPC) são conversas para boi dormir dentre a galera mais hardcore. Esses caras [e minas], pterodátilos, vivem hormonizados. Simplesmente desligam o eixo hormonal por completo através de aplicações exógenas. “Flutuam em altas doses de testo”. Se isto é benéfico ou não… Quem sou eu para julgar? Quem é você para julgar? São escolhas. Da mesma forma que uma pessoa escolhe manter-se natural e funcional, e arca com a possibilidade de nunca atingir aquele corpo desejado baseando-se nos exemplos lá de cima; outra pode manter-se hormonizada, atingir este corpo e, no futuro, arcar com os colaterais. É o chamado “efeito borboleta” ou lei da ação e reação. Infelizmente, ou felizmente, o corpo vai cobrar seu preço. Uma hora ou outra vai cobrar. Porém, a discussão não é esta aqui. A discussão aqui é mostrar à vocês a verdade. Mostrar parte do lado obscuro que existe, sim. Mas que deve ser respeitado. Pois, mesmo hormonizado, mesmo “fora das regras naturais”, o que constrói um físico privilegiado é são fatores idênticos ao de um natural. Utilizar destes recursos não é mérito ou demérito. É simplesmente uma escolha. Que, como todas, tem causas e conseqüências. Referências 'Vocês estão dez anos atrás de nós', diz médico americano – http://veja.abril.com.br/noticia/saude/voces-estao-dez-anos-atras-de-nos-diz-medico-americano TRT, entenda a polêmica terapia de reposição de testosterona – http://www.tatame.com.br/artigo-entenda-a-terapia-de-reposicao-de-testosterona-a-trt/ O efeito borboleta – http://esprema.blogspot.com.br/2014/01/o-efeito-borboleta.html#more Muito cuidado ao receber conselhos de usuários de esteróides – http://www.hipertrofia.org/blog/2014/09/01/muito-cuidado-ao-receber-conselhos-de-usuarios-de-esteroides/ “Evoluindo Depois do Limite Genético” – http://youtu.be/cEYTkCqACTo
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