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Olá pessoal! Tenho uma dúvida, estava querendo usar um termogenico para me ajudar na queima de gordura, pesquisei alguns e me interessei no "Cytocuts Extreme Definition", porém lendo o F.A.Q sobre suplementação, especificamente nesta parte que fala sobre os termogênicos: fiquei meio assustado. Pesquisei muito mas não achei a resposta pra minha pergunta: Tenho problemas com colesterol e tendência a ter diabetes, posso fazer o uso deste suplemento? E usando ele tenho algum risco de ter um infarto ou taquiarritmia? Se alguém já tiver usado e puder me relatar sobre o uso, ficarei agradecido Obs: pretendo fazer exames antes de usar
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Seguinte galera depois que resolvi levar a musculação a sério começei a dieta e tals , fui fazer um hemograma com 2 meses e uns 20 dias mais ou menos de dieta , e minha glicose estava em 106 , achei estranho pq me alimento bem e pratico 2 atividades fisicas 5 vezes na semana (Natação e Musculação).Isso pode ter sido causado pela alta ingestão de carboidratos para ganho de peso ? Eu estava comendo batatado doce 2 vezes , por dia , depois desse exame estou comendo apenas uma me ajudem , é normal a glicose dessa dieta ser um pouco fora do normal ?
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Fala galera, me deem uma ajudinha com o cutting, já que é o primeiro que faço. Bom sei que estou magro - 1,74 com 73,5kg com 13,4% BF, só que como sou diabetico tipo 1 e faço uso de insulina, quero tentar reduzir mais uns 3-4% de gordura antes de começar o bulking, assim consigo manter baixa as dosagens de insulina. Tá boa? Fiz 2 semanas de reeducação alimentar e depois mais 2 semanas de cutting, estou entrando na terceira semana de cutting. To comendo bem isso ai certinho uns 100-200 kcal a mais ou a menos =) Os resultados dá pra ver aqui: http://www.hipertrofia.org/forum/topic/151984-diario-de-um-diabetico-tipo-1-e-com-hipotireoidismo-ajuda/ Tem fotos de quando começei o cutting e outra com duas semanas de cutting.
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Sinto-me um "alien" aqui no fórum por causa da minha idade e pela minha obesidade. Porém tenho quase certeza de que há um monte de tiozão que tem vontade de ter *** E MANTER *** um diário de treinamento, reportar seus progressos, encontrar um time de apoio, etc, como todos aqui utilizam dessa máquina de sinergia que é esse fórum. Acontece que definitivamente após os 40 anos, às vezes antes, o ser humano começa a ser acometido de uma série de males, como hipertensão, baixa produção de testosterona, diabetes tipo 2 e a rainha das doenças, a obesidade. E, a partir disso, o cidadão, mesmo visitando ocasionalmente o fórum, convence-se de que a única saída é a cirurgia bariátrica, o acompanhamento medicamentoso, enfim, torna-se "manso" no preparo para receber uma velhice com fraldas e com mais remédios em suas concentrações máximas. Acontece entretanto também que, podem ter tiozões meio invocados, teimosos, com sangue nos olhos, que foram punks ou metaleiros, que sentiram ódio, que simplesmente não gostam de aceitar como única saída as ações citadas no parágrafo anterior. E, tais pessoas, assistem impressionadas a emagrecimentos de 30 kg em seis meses, cutts espetaculares, enfim, transformações de pessoas jovens, saudáveis, que os fazem sentirem-se desencorajados a fazerem qualquer coisa, sem ao menos saberem que seus metabolismos são mais lentos, que as coisas acontecem em passos de tartaruga. Face ao exposto, sugiro a este formidável fórum a criação de uma seção 40+, para concentrar pessoas interessadas a ingressarem - ou ainda a relatarem suas experiências, dúvidas e problemas peculiares, caso já sejam provenientes de algum destes mundos - tanto no bodybuilding quanto no powerlifting, pois são as atividades físicas que observei que recebem gente de qualquer idade. Uso-me, HUMILDEMENTE, como exemplo: no ranking mundial de powerlifting raw (sem equipamentos), observei que, na minha categoria de peso/idade, eu não ficaria em último lugar...rs Isso pra mim é uma puta duma conquista. Pra endossar a sugestão, cito o fórum bodybuilding.com, o qual mantém uma seção 40+. Enfim, que os colegas moderadores, supermoderadores e administradores pensem a respeito da sugestão, ok? Agradeço ao espaço pra poder escrever isso!
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Galera, boa tarde. Tenho um tipo raro de diabetes chamado Diabetes tipo MODY, ele praticamente não me afeta em nada, pois tenho o subtipo mais brando, porém para alcançar os valores normais de glicemia sem uso de medicação foi necessária uma estratégia de dieta baixa em carboidratos LOWCARB. Eu estava acima do peso quando comecei com essa dieta, tenho 1,71 m e pesava 82,5 kg, em dois meses minha glicemia normalizou e perdi 12,5 kg, sendo que desse peso só perdi 400 gramas de massa magra. Porém juntamente com um nutricionista tracei uma estrategia para ganho de massa magra, e ela aumentou meus carboidratos, o que não teve um impacto muito bom na glicemia, e minha nutricionista deu bomba, e disse que se eu quiser manter nessa dieta terei que retornar o uso de medicamentos para controle da glicose. na próxima ida a minha nutricionista, quero propor a ela ganho de massa através da dieta cetogênica ou LOWCARB, sem ultrapassar 150g de carboidratos por dia. Alguém tem experiência com ganho de massa na dieta LOWCAB? Minnha meta é 70kg com 8% de gordura, hoje devo ter em torno de 12% detalhe hoje eu peso 74,7kg Abraços
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Traduzido a partir de: https://www.t-nation.com/diet-fat-loss/omega-7-the-lifters-fatty-acid Traduzido por: TheyCallMePeter Autoria: Bill Roberts Artigo data de Abril 28, 2015 ================================================================================================ Porque você precisa de ômega 7 e onde encontrá-lo Aqui está o que você precisa saber... 1. Ácidos ômega-7 apresentam uma infinidade de benefícios para saúde e melhora da composição corporal; 2. Os três ômega-7 importantes são ácido cis-palmitoleico, ácido trans-palmitoleico, e ácido vacênico; 3. As melhores fontes de cis-PMA são ovos e certas carnes e nozes; 4. As melhores fontes de ácido trans-palmitoleico e ácido vacênico são comidas comuns como leite integral, creme de leite e manteiga; 5. Suplementos de ômega 7 estão disponíveis no mercado, mas eles são caros e subdosados. Atenha-se aos alimentos A nova ciência dos ômegas-7 Todos nós sabemos sobre ácidos ômega-3 tal como DHA e EPA. Mas ácidos ômega-7? A ciência tem praticamente negligenciado-os... Até recentemente Ômegas-7 não recebem nem de perto a mesma atenção que ômega 3 e ômega 6. Alguns deles estão presente na comida, e um deles têm importantes propriedades a nível corporal. Vale a pena conhecê-los Alguns médicos, desses que aparecem em televisão, e companhias de suplementos estão começando a falar sobre ômegas-7, mas infelizmente as informações estão em grande parte erradas Os três ácidos ômega-7 importantes são: 1. Ácido cis-palmitoleico (cis-PMA); 2. Ácido trans-palmitoleico; 3. Ácido vacênico (VA) O primeiro é uma importante molécula para o corpo humano e bastante achada em carnes, mas não muito em vegetais. Gordura do leite é a principal fonte das outras duas Ácido cis-palmitoleico melhora a sensibilidade à insulina Como você gostaria de melhorar a sensibilidade à insulina, aumentar a captação muscular de glicose e melhorar o metabolismo da glicose em todo o corpo? Todos esses fenômenos são altamente desejáveis, e o ácido cis-palmitoleico mostrou muitos resultados positivos nesses aspectos Na sensibilidade à insulina, têm sido estabelecido em estudos humanos que o aumento de níveis séricos de cis-PMA estão fortemente correlacionados com a melhora na sensibilidade insulínica Mas qual a causa e efeito? O aumento da sensibilidade insulínica causa aumento de cis-PMA? Ou será que maiores níveis de cis-PMA implicam em melhores sensibilidades insulínicas? Questão crucial! As evidências apontam para uma única direção: mais cis-PMA melhoram a sensibilidade insulínica e fornecem maior captação de glicose. Isso é explicado pelo aumento no número de transportadores de glicose para a membrana celular, e aumentando a sinalização de insulina Indo além, administração de cis-PMA têm demonstrado melhorar a sensibilidade insulínica e promover mudanças favoráveis na expressão gênica em dois estudos feitos com animais. Então a relação causa e efeito certamente parece ser cis-PMA fornecendo a melhora na sensibilidade insulínica em detrimento da sensibilidade insulínica fornecendo maiores níveis de cis-PMA Obviamente, para realmente saber o efeito do aumento de cis-PMA em humanos, é necessário aumentá-lo e observar os resultados. E isso é simples de fazer Redução da inflamação adiposa e melhora da expressão gênica Em humanos, a intervenção dietética com aumento de cis-PMA têm demonstrado reduzir marcadores importantes de inflamação e estresse oxidativo Ainda não há estudos dos efeitos de cis-PMA na expressão gênica, mas em estudo feito com ratos cis-PMA em níveis moderados reduziram a produção de citocinas inflamatórias TNFα e resistina. E isso é algo muito bom O mesmo estudo também constatou lipogênese (formação de gordura) a ser reduzida devido à redução na expressão gênica de SREBP-1, FAS, e SCD-1 Um estudo adicional de cultura celular também encontrou redução na lipogênese devido à expressão reduzida de vários genes-chave (SCD1, FASN, e ELOVL6) e potenciais melhoras metabólicas em decorrência da melhora na expressão de CPT1A Isso é complexo, mas todas essas mudanças na expressão gênica são altamente desejáveis, e há razões sólidas do porquê aumentar cis-PMA poderá ajudá-lo Onde encontrar cis-PMA Você não precisa comprar cápsulas de cis-PMA ou comidas estranhas Cis-PMA é abundantemente presente em bife, frango, peru, salmão, peixes-espada, truta e ovos. Está menos presente em carneiro e porco, e pouco ou muito pouco na maioria dos peixes, embora óleo de fígado de bacalhau contenha. Amêndoas são ricas nisso, e castanhas ou óleo de macadâmia são fontes fenomenais Por exemplo, a média em um punhado de bife é de 100mg. Então se você consumir 1lb de bife por dia, estará ingerindo algo em torno 1600mg de cis-PMA. Ovos contém uma média de 200mg cada Contrastando, se você evita gorduras animais ou o consumo é moderado, sua ingestão de cis-PMA será baixa Se você quer aumentar seu consumo de cis-PMA sem acrescentar carne ou ovos, tente óleo ou castanhas de macadâmia. O óleo fornece algo em torno de 2700mg por colher de sopa, ao passo que um punhado de castanhas fornece o dobro! E quanto aos suplementos? Não compre cápsulas de ácido cis-palmitoleico, dado que a maioria dos produtos disponíveis fornecem apenas 220mg/dia na dosagem discriminada no rótulo e são relativamente caros. Alimento é sua melhor fonte Quer músculo? Coma carne e ovos Eu sempre trabalhei combinando os achados de estudos, compreensão de mecanismos farmacológicos e observação cuidadosa dos resultados reais de muitas pessoas O consumo de carne ou ovos absolutamente ajuda nos resultados do fisiculturismo. Eu não acredito que isso possa ser explicado apenas através de proteínas e aminoácidos. As gorduras também fazem parte da equação E a gordura de carne e ovos que têm a melhor razão para melhorar sensibilidade insulínica e redução de inflamação adiposa, por consequência ajudando a melhorar ganhos musculares e composição corporal, é a cis-PMA O quanto de cis-PMA é necessário? Olhando para os resultados ao longo de muitos anos, com vários tipos de dieta, bem como o fato biológico que somos em grande parte carnívoros, a ingestão de cis-PMA deve ser de pelo menos 1000mg/dia, sendo que duas vezes esse valor é melhor ainda Finalmente, os ensaios clínicos têm ido tão longe a ponto de usar óleo de macadâmia como a única fonte de gordura na dieta! Eu tenho certa desconfiança de haja alguma necessidade para tanto extremismo. Uma ou duas colheres de sopa de óleo de macadâmia já são abundantes o suficiente, assim como um punhado das nozes Se a sua dieta já é rica o suficiente em carne e ovos, não corra para adicionar cis-PMA. Provavelmente, você já está ingerindo mais do que as cápsulas podem lhe fornecer. Contudo, permanece aberta a questão de se maiores quantias implicam em benefícios adicionais Os ômegas-7 do leite: Ácido trans-palmitoleico e ácido vacênico Nossos dois ômegas-7 finais são, ambos, encontrados principalmente em leite integral e derivados, sem outras boas fontes dietéticas Aqui está o que você provavelmente está questionando: Espere, essas são gorduras trans! As gorduras trans não são ruins? Sim, isso foi dito várias vezes, mas é assim que são perpetradas declarações enganosas, tais como “gorduras saturadas são ruins”, ou “gorduras poli-insaturadas são boas”. Não, não, mil vezes não! É um erro importante aglomerar coisas como estas e anunciar conclusões abrangentes sobre os grupos Em detrimento, ácidos gordos deveriam ser considerados individualmente. O corpo não os agrega em categorias como estas e responde de acordo com a categoria. O corpo responde conforme os ácidos gordos, cada qual com suas especificidades Ácido trans-palmitoleico e ácido vacênico são, de fato, gorduras trans, mas não existem evidências de que façam mal. Na verdade, o aumento da ingestão dos mesmos está associado a benefícios Dito isso, vamos dissertar, individualmente, sobre esses ômegas-7 Ácido trans-palmitoleico A pesquisa aqui ainda está engatinhando. Ainda assim, o aumento da ingestão está associado a numerosos benefícios de saúde, incluindo: 1. Melhora na sensibilidade insulínica; 2. Decréscimo de proteína C-reativa (marcador chave de inflamação); 3. Diminuição da adiposidade (gordura corporal); 4. Melhora no perfil lipídico sanguíneo (maior HDL, menor índice na razão colesterol total/HDL, redução de triglicérides); 5. Menor incidência de diabetes Por outro lado, em todos os estudos, o consumo foi apenas uma parte de toda a ingestão de gordura láctea, em vez de ácido gordo trans-palmitoleico, isoladamente. Os benefícios da gordura láctea podem ser inteiramente extraídos de substâncias diferentes Por agora, é uma área de pesquisa em atividade, e por isso é esperado que saibamos mais sobre o assunto posteriormente Ácido vacênico Nosso último ômega-7 é o ácido vacênico (VA) que, ao contrário do anterior, teve um pouco mais de estudos específicos Em um estudo, seres humanos receberam grandes quantidades de manteiga enriquecida com VA ou manteiga controle. O grupo com VA obteve melhoras no colesterol HDL e colesterol total, mas os efeitos sobre a proteína C-reativa, se houver, não foram detectados. A sensibilidade insulínica não foi estudada, tampouco as consequências, se houver, sobre a composição corporal Faz-se necessário um estudo mais abrangente para acompanhamento Um estudo mais aprofundado foi feito em animais. Ratos, quando tiveram 1% de sua dieta composta por VA (o equivalente para humanos seria algo tendendo a 5 gramas), sofreram os seguintes efeitos: 1. Redução no percentual de gordura; 2. Diminuição da proporção de gordura visceral; 3. Decréscimo no tamanho dos adipócitos; 4. Aumento da taxa metabólica; 5. Elevação da oxidação de glicose Será que isso se aplica a humanos? Bem, as reações bioquímicas provavelmente sim, mas para uma dada dosagem, humanos poderão experimentar mais ou menos intensamente um dado efeito Para ter certeza disso, eu gostaria de ver mais estudos. Até agora, aparentemente, o VA desponta como a principal substância capaz de gerar benefícios, na saúde, dentre as gorduras lácteas Novamente, porém, como não podemos comprar VA isoladamente, em âmbito prático devemos nos ater à gordura dos laticínios, em vez de nos preocuparmos com suplementos Uma situação que poderíamos considerar: Os maiores benefícios observados com leite de vacas que se alimentavam de capim, quando comparado ao leite comercial, podem ser justificados pelo tipo de alimentação dos animais Entretanto, eu só procuro obter leite de animais alimentados com capim se ele está disponível e eu posso dar uma conferida, ou desfruto da gordura do leite de vaca comercial mesmo, caso não seja tão prático encontrar o primeiro Quanta gordura do leite consumir? A gordura do leite auxilia nos resultados do fisiculturismo, através do ganho de massa e melhora da composição corporal. Esse fenômeno têm sido observado por décadas. Isso é conseguido por com uso de leite integral, assim como creme de leite ou manteiga Um pequeno ponto-problema é que, embora muito visíveis, os benefícios são notados com um consumo bastante grande, de 50-100gr/dia. Não há problema em fazer da gordura do leite a fonte primária de gordura da sua dieta, assim como não há necessidade de abster-se de outras gorduras igualmente saudáveis Aqui está o que fazer: Consumir suas outras fontes de gorduras saudáveis, incluindo gorduras animais, e caso haja espaço remanescente na dieta, incrementá-la com gorduras do leite pode ser de grande valia. Se você tem o hábito de consumir óleos para aumentar as calorias totais, tente, em vez disso, adicionar gorduras do leite. Veja por si mesmo se notará diferença, assim como acontece com muitos Recomendações pra levar pra casa A alta ingestão do ácido graxo cis-palmitoleico é saudável e pode trabalhar a seu favor, melhorando a sensibilidade insulínica e reduzindo a inflamação adiposa, consequentemente beneficiando a composição corporal. Esse ácido graxo está presente em boas quantidades em carne e ovos, e em quantidades muito altas em castanhas e óleo de macadâmia Gorduras do leite, em forma de leite integral, creme de leite ou manteiga, também são saudáveis. Considere aumentar o consumo, dado que amplas quantidades na dieta têm muitas vezes ajudado fisiculturistas e outros atletas. Vários estudos têm mostrado que o aumento na ingestão de gordura láctea está associado com melhores medidas de saúde Referências 1. Cao H, Gerhold K, et al. Identification of a Lipokine, a Lipid Hormone Linking Adipose Tissue to Systemic Metabolism. Cell. 2008;134(6):933-944. 2. Stefan N, Kantartzis K, Celebi N, et al. 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Jacome-Sosa MM, Borthwick F. Diets enriched in trans-11 vaccenic acid alleviate ectopic lipid accumulation in a rat model of NAFLD and metabolic syndrome. J Nutr Biochem. 2014 Jul;25(7):692-701. 17. Burns TA, Kadegowa AK. Palmitoleic (16:1 cis-9) and cis-vaccenic (18:1 cis-11) acid alter lipogenesis in bovine adipocyte cultures. Lipids. 2012 Dec;47(12):1143-53.
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Oi pessoal, meu nome é victor, eu tenho diabetes tipo 1 e dúvidas a respeito de suplementação e dieta. Fui a um nutricionista e ele me passou uma dieta de baixo carboidrato, bastante proteína e gorduras boas, porém meu último endocrinologista me falou para não segui-la pois eu poderia sobrecarregar meu rim. Então... eu mudei de endocrinologista e ele me falou a mesma coisa. O que vocês acham sobre isso? Eu deveria procurar um endocrinologista mais informado? O que vocês acham sobre este tipo de dieta e diabetes? E sobre bodybuilding e diabetes? Obrigado pela atenção, Victor Augusto. EDIT: Tenho diabetes tipo 1 e está totalmente controlada.
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Olá pessoal, eu tenho uma série de questionamentos a fazer aqui sobre número de refeições ao dia e o quanto essa divisão interfere na saúde em geral. 1. Sabemos que a necessidade de divisão de refeições em intervalos de três horas é um conceito "defasado", já que a importância está em atingir as necessidades diárias. Gostaria de saber, com base no fórum de avaliação nutricional, por que a maioria (senão todos) usuários daqui do fórum continuam elaborando dietas com divisão de 3 em 3 horas, levando-se em conta que um menor fracionamento das refeições oferece maior praticidade no dia a dia e acarreta maior saciedade. Ou o problema estaria mais associado ao "tamanho" das refeições, caso elas fossem menos frequentes? 2. Como ficaria um plano alimentar, para quem busca hipertrofia, com 2-3 refeições ao dia? Considerando treino a noite: almoço, pré e pós-treino? Ou somente almoço e pós-treino? Ou essa divisão é mais indicada para perda de peso? 3. Comer mais vezes ao dia realmente gera sobrecarga ao pâncreas? Pode levar a diabetes? 4. Aproveitando aqui, algum nutricionista poderia me informar se ao comer frequentemente (3-3 horas), não estaríamos respeitando o esvaziamento gástrico e, com isso, acarretando/piorando o refluxo gastroesofágico? Ou estaria o refluxo mais associado ao que/quanto se come? Ou nem isso? Eu sofro de refluxo hehehe Essas foram dúvidas que fui criando ao longo do tempo lendo sobre alimentação aqui e ali... Tudo que encontrei no site foram três matérias explicando que não há obrigatoriedade em se comer cronometricamente. Abraços.
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Meus treinos são voltados para o Powerlifting, mas no momento estou em uma fase de acumulação de volume. Como estou restringindo os picos de alta intensidade de cargas e focando mais em um número insano de repetições e sets, estou me permitindo fazer uma restrição de carboidratos ingeridos com a intenção de recomposição corporal. Já estou vendo os resultados na fita métrica. Todavia, fiquei assustado com minha glicemia em jejum hoje pela manhã : 129. Poxa, estou seguindo dieta e treinando!!! Tentei entender o que estava acontecendo e achei esta matéria que gostaria de compartilhar caso alguém tenha tido o mesmo problema: http://www.lowcarb-paleo.com.br/2013/09/por-que-glicemia-de-jejum-pode-aumentar.html Por que a glicemia de jejum pode aumentar? Tenho recebido vários relatos do seguinte fenômeno: 1) A pessoa tinha glicemia de jejum normal; 2) A pessoa passa a seguir um estilo de vida low carb páleo; 3) A pessoa perde peso, e sente-se muito melhor; 4) Todos os exames melhoram, mas... 5) A glicemia de jejum AUMENTA; 6) Este aumento da glicemia de jejum é acompanhado de MELHORA ou manutenção dos valores de hemoglobina glicada (Hb A1c). O que está acontecendo aqui? Bem, temos a explicação simples, e a explicação complexa. Se você não é da área biomédica ou interessado em muitos detalhes, pode parar de ler depois do próximo parágrafo. a) Explicação simplificada: quando reduzimos significativamente os carboidratos da dieta, o corpo passa a usar a gordura como fonte de energia (por isso perde-se peso!). Mas alguns tecidos necessitam de certa quantidade de glicose (sistema nervoso central, rins, células do sangue), e o fígado produz esta quantidade. Ao mesmo tempo, os demais tecidos (músculos, gordura) deixam de utilizar esta glicose para que a mesma fique disponível para os órgãos que precisam. Isso faz com que, às vezes, a glicemia de jejum fique mais alta (pois os músculos estão usando gordura, e não glicose!) - mas o fato de a hemoglobina glicada continuar normal (ou mesmo baixar) prova que a sua glicemia, durante as 24 horas do dia, nos últimos meses, está mais BAIXA, na média, e não mais alta. Explicação nerd: Quando em cetose - e, portanto, POR DEFINIÇÃO com insulina muito baixa (afinal, sem isso não se atinge a cetose nutricional), o metabolismo muda de oxidação de glicose para beta-oxidação de ácidos graxos. Estes ácidos graxos passam a ser liberados em grande quantidade por ação da lipase hormônio-sensível (enzima que, nos adipócitos, é fortemente inibida pela insulina - ergo, novamente, isso acontecerá com insulina BAIXA). O aumento de Ácidos Graxos Livres (Free Fatty Acids - FFA) na circulação é o responsável pela indução de resistência à insulina, especialmente nos músculos. Isto é fisiológico, isto é normal, e isto é necessário, pois em virtude da dieta low carb, a quantidade de glicose disponível (produzida por gliconeogênse) é limitada, e precisa ser reservada para as células que dependem de glicose (como é o caso das hemácias, que não têm mitocôndrias, e dos neurônios do SNC, que podem ser supridos apenas parcialmente por corpos cetônicos). Não é maravilhosamente elegante esse nosso metabolismo? Assim, uma dieta low carb é terapêutica na reversão da resistência insulínica induzida pela hiperglicemia e pela disfunção mitocondrial em virtude do excesso de glicose. Mas ela produz OUTRO tipo de resistência à insulina: a resistência à insulina FISIOLÓGICA. Só que esta resistência fisiológica é transitória, induzida pelo aumento dos FFA na circulação, de modo a poupar a glicose para o cérebro e outros tecidos. Como ela ocorre no contexto de BAIXA insulina e BAIXA glicemia, não causa nenhum dano e se acompanha de Hb glicada normal. CONTUDO, todos nós temos um aumento noturno do GH, que produz lipólise na madrugada para manter o corpo durante as horas de jejum - o que aumenta ainda mais os FFA, deixando os tecidos ainda mais resistentes à insulina neste horário; além disso, todos temos um aumento do cortisol no final da madrugada, antes de despertar, a fim de produzir um aumento da gliconeogênese para produzir a glicose sanguínea necessária para acordarmos após as várias horas de jejum noturno. Nos diabéticos tipo II, isto provoca o DAWN PHENOMENON (http://high-fat-nutrition.blogspot.com.br/2008/05/physiological-insulin-resistance-2-dawn.html), visto que eles têm resistência à insulina em virtude da doença. Só que estas pessoas têm resistência à insulina, insulina ALTA e hiperglicemia o dia inteiro, motivo pelo qual adoecem e suas Hb glicadas são ELEVADAS. Já quem faz low carb tem resistência à insulina FISIOLÓGICA, na qual o aumento da gliconeogênese matinal leva a um aumento TRANSITÓRIO da glicemia DE JEJUM, quando medida DE MANHÃ. Mas são valores próximos de 100, e não há hiperglicemia em nenhum momento durante o dia (diferente do diabético), o que é comprovado pela Hb glicada normal - indicando não haver dano por glicação de proteínas (o que não deveria surpreender ninguém por tratar-se de algo fisiológico - é tautológico, eu sei). Outra consequência conhecida da resistência à insulina fisiológica é a alteração de testes de tolerância à glicose. A curva de 1 e 2 horas (após os 75g de glicose) pode dar valores alterados (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22669333) - cujos motivos já expliquei acima. Isso não é novidade, e está escrito nos livros mais importantes sobre low carb (é comum nos livros a recomendação de que, caso seu médico solicite uma curva glicêmica e vc estiver fazendo dieta cetogênica, você deverá comer carboidratos em abundância por no mínimo 3 dias para que seu teste "normalize", em outras palavras, para que você consiga metabolizar um caminhão de glicose na mesma velocidade média das pessoas que consomem cronicamente a dieta ocidental padrão). (Veja http://www.proteinpower.com/drmike/uncategorized/low-carb-caveat/). Isso significa que um "low carber" está em maior risco de desenvolver diabetes? Obviamente não (veja aqui e aqui)! Veja, por exemplo, neste trecho do excelente livro Diet 101: The Truth About Low Carb Diets, um comentário sobre as distorções provocadas pelas dietas cetogênicas nas leituras de glicemia: Espero ter esclarecido que embora o resultado dos exames pareça semelhante (níveis um pouco maiores de glicemia em jejum, curva glicêmica alterada), as CAUSAS e a interpretação destes resultados são completamente diferentes. E é por isso que podemos reverter frequentemente o DM tipo 2 com low carb; caso contrário, COMO uma estratégia que pioraria a resistência à insulina poderia tratar uma condição caracterizada, etiologicamente, por resistência à insulina?? O artigo abaixo mostra como qualquer dieta (low fat ou low carb) pode ajudar diabéticos, mas low carb (LCHF) é superior: o que importa é a Hb glicada e a glicemia pós prandial de 1 hora, e não a glicemia de jejum. Diabetes Obes Metab. 2013 Aug 2. doi: 10.1111/dom.12191. [Epub ahead of print] Two Diets with Different Hemoglobin A1c and Antiglycemic Medication Effects Despite Similar Weight Loss in Type 2 Diabetes. Mayer SB, Jeffreys AS, Olsen MK, McDuffie JR, Feinglos MN, Yancy WS. Division of Endocrinology, Metabolism and Nutrition, Department of Medicine, Duke University Medical Center, Durham, NC. Abstract We analyzed participants with type 2 diabetes (n = 46) within a larger weight loss trial (n = 146) who were randomized to 48 weeks of a low-carbohydrate diet (LCD; n = 22) or a low-fat diet + orlistat (LFD+O; n = 24). At baseline, mean BMI was 39.5 kg/m2 (SD 6.5) and HbA1c 7.6% (SD 1.3). Although the interventions reduced BMI similarly (LCD -2.4 kg/m2 ; LFD+O -2.7 kg/m2 , p = 0.7), LCD led to a relative improvement in hemoglobin A1c:-0.7% in LCD vs. +0.2% in LFD+O (difference -0.8%, 95% CI= -1.6, -0.02; p = 0.045). LCD also led to a greater reduction in antiglycemic medications using a novel medication effect score (MES) based on medication potency and total daily dose; 70.6% of LCD vs. 30.4% LFD+O decreased their MES by ≥50% (p = 0.01). Lowering dietary carbohydrate intake demonstrated benefits on glycemic control beyond its weight loss effects, while at the same time lowering antiglycemic medication requirements. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Valores um pouco mais altos de glicemia de jejum são comuns e esperados em dietas cetogênicas; Desde que a hemoglobina glicada (HbA1c) esteja normal e a glicemia 1 hora pós-prandial fique abaixo de 120, isto não é problema; Ainda assim, o fato é que dietas cetogênicas podem produzir resistência à insulina - embora de natureza fisiológica; Não sei - e penso que ninguém sabe - qual a melhor estratégia no longo prazo (décadas) para reduzir a resistência à insulina, mas penso que não seria uma dieta cetogênica. Vejo uma dieta cetogênica mais como uma intervenção terpêutica para emagrecimento e controle de síndrome metabólica. Minha impressão é a de que, no longo prazo, o ideal seja uma dieta paleo low carb, com até 100g de carboidratos (páleo) por dia - na qual a quantidade de FFA circulantes diminuiria, assim como a necessidade de gliconeogênese, mas os níveis de insulina ainda permaneceriam baixos - o melhor de dois mundos.
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Olá pessoal, sou novo aqui no fórum e espero estar criando este tópico no lugar correto. Vamos à minha história: Em 2016 descobri que tenho diabetes, e até fazer o exame achava que era tipo 2, mas foi confirmado tipo 1. Eu era predisposto a ter - sem saber -, e ainda não estava fazendo academia e comendo besteira direto. Resultado: 1 mês com garganta seca -> médico -> diagnóstico de tipo 1. Então fui na endócrino, e ela me disse que a reserva de insulina está baixa, mas enquanto eu conseguir manter sem insulina eu posso ficar tranquilo, só que teria de tomar o tal do Galvus 50mg (1 caps/dia) pra manter os níveis lá em 70~120 mg/dL. Porém não quero e não tenho dinheiro no momento, então estou somente com meu treino (hipertrofia), dieta, suplementação e descanso. Às vezes dá um pico de 300 e fica nisso, mas consigo manter entre 100~200 tranquilamente, apesar de a endocrinologista me dizer que pro meu objetivo (hipertrofia) se minha glicemia ficar estabilizada lá em cima eu vou perder (não ganhar) peso, que é justamente o que me acontece, estou nas últimas 2 semanas treinando pesado (drop/pirâmide) e nenhuma grama se somou ao meu peso. Além da endócrino, fui numa nutricionista esportiva aqui da cidade, que me passou a seguinte dieta - balanceando hipertrofia + diabetes: Dieta: Café da Manhã: Banana Branca (120g); Ovos (cozido/mexido/omelete): 3 Lanche da Manhã: Frango (80g) ou Caseina Micellar (35g/400ml água). (Obs: optei pelo frango por ser mais barato); Almoço: Carboidrato (Arroz integral/Macarrão Integral/Batata Doce/Aipim): 200g Proteína: Frango (80g) ou Filé de Peixe/Carne Vermelha (100g); Leguminosas: Feijão (100g); Salada à vontade; Café da Tarde: Carboidrato (Arroz integral/Macarrão Integral/Batata Doce/Aipim): 200g Proteína: Frango (60g); Pré-Treino: Carboidrato (Arroz integral/Macarrão Integral/Batata Doce/Aipim): 300g Proteína: Frango (60g); Pós-Treino: Carboidrato (Arroz integral/Macarrão Integral/Batata Doce/Aipim): 200g Proteína: Frango (60g); Janta 1: Carboidrato (Arroz integral/Macarrão Integral/Batata Doce/Aipim): 200g Proteína: Frango (60g); Salada à vontade; Janta 2: Peito de Frango (80g) ou Caseina Micellar (35g/400ml água); Suplementações: Pré-Treino: BCAA pó (6g); Vitamina C 500g - 1 caps; D-Ribose (5g); Pós-Treino: BCAA pó (6g); Vitamina C 500g - 1 caps; Glutamina (10g); Vitamina D 3000 UI - 1 caps; Estou atualmente com 70.5kg e não sobe, mesmo eu fazendo treino de hipertrofia e sentindo bem o músculo no final do treino (perna eu saio mancando ). Reclamei para a nutricionista e a mesma me disse pra tomar DHEA e Tribullus, que seria para estimular produção de testosterona endógena. E foi aí que comecei a pesquisar sobre a testosterona, e depois de muito ler eu resolvi fazer o exame da Testosterona Livre e Total, ficando surpreso com o resultado (anexo). Testosterona Total: 285,90 ng/dL (Normal é entre 259 e 816 ng/dL) Testosterona Livre: 66,00 pg/mL (Normal seria entre 34,00 e 246,00) Portanto, a minha está dentro do normal, mas bem próxima ao nível inferior, e pensei em comprar e tomar o tal do DHEA, mas fiquei receoso dessa recomendação da nutricionista. Falei então com a endócrino e a mesma me disse que não é necessário tomar nenhum estimulador hormonal, apenas se ficar inferior a esses no próximo exame (que será em Agosto). Porém, é complicado eu ir treinando pra tirar a gordurinha a mais e pela saúde mas ficando com o mesmo peso até Agosto. Pra mim seriam 2 meses jogados fora. Medidas: Peso: 70.5kg Altura: 1,78m Perna Direita: 35,5 Perna Esquerda: 35,5 Massa Gorda: 8,73kg Massa Magra: 58,06 % Gordura: 13,08 Tenho as outras medidas mas estão anotadas em outro lugar, então tenho que procurar e quando achar posso postar, mas por enquanto seria isso. Eu gostaria de entender o porque dessa dificuldade pra eu "crescer". A endócrino disse que a diabetes descompensada afeta testosterona e tudo mais, então gostaria de controlar ela apenas na dieta - e gastando pouco, porque tá caro essa nutricionista - . Questionamentos: 1. Eu tomo bastante café durante o dia, ao menos umas 4~5 xícaras de Nescafé. Em pesquisas vi que ele tem efeito no metabolismo, talvez eu devesse maneirar (?) 2. Pesquisei e encontrei chá de "Pata-de-vaca" entre outros chás para normalizar a glicemia, mas não tá resolvendo muita coisa. A única coisa que vi que fez efeito é a tal da D-Ribose, que me deixou com a glicemia em 60mg/dL após o treino um dia dessa semana. 3. Mesmo forçando, após alguns treinos minha glicemia está em 200~250mg/dL, mas preciso fazer minha refeição pós-treino. Seria indicado (?) esperar até ela abaixar mais pra fazer a refeição (lembrando da importância da refeição pós-treino) ou eu faço ela mesmo com glicemia alta? Espero que tenha conseguido compartilhar algo útil (?) e que alguém consiga me dar uma luz, ou compartilhar algo sobre, pois estou cheio de dúvidas ainda. Mas confesso que gosto de estudar sobre, apesar de ser da área de TI. Obrigado por ler até aqui e desculpem o texto grande.
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Idade: 21 anos. Altura: 180 cm Peso: 70.0kg BF: 11% (7 dobras) Objetivo: Ganhar peso (massa magra + gordura boa). Na próxima dieta eu quero fazer Cutting pra definir. Eu tenho diabetes tipo 1 (genética), estou sem tomar insulina mas em breve vou começar o tratamento segundo o endócrino, e atualmente minha Testosterona Total está em 285,00 (normal entre 259 e 816 para minha idade) e a Testo Livre em 66,0 (normal entre 34,00 e 246,00). Dos 66kg aos 70kg levou uns 45 dias mas consegui, ganhei 4kg de massa magra e perdi 1% de gordura (quase 1kg). Então o instrutor da academia disse que se eu tivesse ganho de gordura, meu ganho de massa magra seria maior ainda, e falou que eu deveria conversar com a nutricionista - que eu não vou poder ir no momento porque tá absurdamente caro - pra aumentar a ingestão de carbo. Eu sou o que chamam de "falso magro", eu peso pouco mas a gordura me incomoda bastante. Ingestão de água: 3L por dia. Valores diários Carboidrato: 770g Proteína: 319g Gordura: 52,68g Fibras: 64g TMB = 1715,68 Pois bem, segue a minha dieta atual (estou há quase 2 meses seguindo ela, e esse tempo todo sem ganhar 1kg): Suplementação Pré-Treino: BCAA (6g), D-Ribose (5g), 1 caps vitamina C 500mg. Pós-Treino: BCAA (6g), Glutamina (10g), 1 caps vitamina C 500mg, 1 caps vitamina D 3000UI. Bom é isso pessoal, espero que vocês possam me ajudar pois mesmo tendo diabetes e isso desfavorecendo bastante (como puderam observar pela testosterona, por exemplo) eu quero ganhar peso da forma mais "saudável" possível. Em breve começarei com insulina, então já podem contar que estou tomando, apesar de minha glicemia ficar sempre entre 150~200 (o que eu não considero alto pra minha situação). Além da dieta, pediria que avaliassem a suplementação, pois eu tenho minhas interrogações com a D-Ribose, e sobre a Creatina que me foi indicada eu não pretendo tomar, pois pelo que li ela retém liquido dentro da célula e eu vou dar uma "inchada". Obrigado!! @Edit: Esqueci de mencionar que tenho intolerância à lactose, o que me impede de fazer vitaminas com leite. @Edit2: Peço desculpas a demora, eu tinha calculado tudo errado, mas agora os valores estão corretos.
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Olá, Galera boa noite Vou relatar com voces meu ciclo com PH, Dieta, Treino e Evolução com tudo isso! Esse meu projeto tera duração de 3 meses, mudando um pouco a dieta treino e suplementação! Minha ideia e fazer 1 mês com M Stane + Organ Shield + Dilatex + Insulina / 1 mes com Recycle + Anabol 5 + Dilatex + Insulina / 1 mes com metildro + shekka abdomen + Dilatex + Insulina Idade: 20 anos, Diabetico tipo 1, Fumante ( Irei tentar parar, para fazer todo este processo), 6% de BF, 50KG nao me lembro de todas medidas, mais irei pegar a ficha da academia e posto para vocês! Rotina, acordo todos os dias as 7:00, trabalho em escritório ou seja sem esforço fisico, treino em torno de umas 20:00 e durmo as 00:00 Estou relatando tudo por cima, para vocês terem uma base! Dieta regrada, tentando ingerir mais proteína do que carboidratos para manter mais controlada possível a glicose. Para ajudar estou dosando duas vezes ao dias as quantidades necessárias de insulina para controle da glicose no sangue! Treino ABC A = Peito + Triceps + Ombro B = Costas + Biceps + Panturrilha C = Somente perna intercalando abdomen entre os treinos, caso queiram posso passar cada exercício que faço! Dieta tentando chegar na casa de 3500kcal, organizada mais ou menos da seguinte maneira consumindo alguns desses alimentos em cada refeição, estou realizando alguns testes antes de terminar a quantidade ou definir apenas um alimento vou testar qual ira dar mais resultado! - Café da manha | 25und de insulina NPH Pao, Ovo, queijo frescal, batata-doce, banana, torrada, bolacha, barrinha de cereais, atum, peito de peru, peito de frango, leite, amendoim, maça, pera! - Almoço Arroz, Feijao, Macarrão, Ovo, Peito de Frango, Atum, Cenoura, Batata, Pepino, Peixe, Brócolis, Abóbora, Alface, Berinjela - Lanche Maça, pera, sao , atum, peito de peru, ovo queijo frescal, torrada, bolacha, barrinha de cereais - Pre treino | 25und de insulina NPH bata-doce, peito de frango, ovo, peixe, atum, peito de peru, queijo frescal, bcaa, creatina - Pos treino Banana, pera, atum, ovo, maça, queijo frescal, bcaa, creatina, whey isolado - Ceia Arroz, feijão, macarrão, ovo, peito de frango, atum, cenoura, batata, pepino, pera, brócolis, abóbora, alface, barrinha Vou postar alguns prints de como esta sendo minhas refeições nos últimos dois dias, estou monitorando por aplicativo bem legal, junto com algumas fotos minhas de como estou agora e irei atualizando diariamente com relatos e semanalmente com fotos e maiores detalhes!
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Desde os 2 anos de idade possuo Diabetes Mellitus tipo 1, hoje estou com 19. Minha glicemia andava meio descontrolada, talvez por causa dessa rebeldia na época da adolescência, até que me apaixonei pelo fisiculturismo e passei a controlar minha glicose para que não afetasse os resultados dos meus treinos, desde então estou tendo ganhos consideráveis. Com 3 meses de treino estou com 40cm (+6cm) de braço e 68cm (+9cm) de coxa, ganhei um total 20kg sem aumentar muito meu percentual de gordura. Sou mesomorfo e tenho 1,78m, 95g, ~15bf. Minha divisão de treino está sendo ABCDE. Panturrilha e peito Costas e antebraço Quadríceps e isquiotibial Panturrilha, ombro e trapézio Abdomem, tríceps e bíceps Aumentei essa semana a frequência do treino de panturrilhas, por eu achar ela um pouco assimétrica com o resto do corpo. Sobre alimentação, estou fazendo um bulking sujo, sei que não é o ideal, portanto em breve farei alteração drásticas na minha dieta. Pretendo começar a participar de competições em um futuro não muito longe. Por ser diabético, é meio óbvio q eu faça uso de insulina, caso alguém esteja interessado em saber: 60u Humulin antes da primeira refeição 12u Humulin antes da última refeição 1u Humalog por cada 10g-15g de carboidrato ingerido Por enquanto é isso, tentarei manter meu diário atualizado o máximo possível.
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Sempre fui magra, sempre comi muita porcaria, comecei a treinar há 3 meses, sendo que o mês passado quase nao pude ir... Sempre quiz aumentar pernas e bumbum, mas quando aumento meu peso o que me aparece mais é a barriga, tenho pouco quadril e pouca cintura, entao qualquer gordurinha na cintura eu fico quadrada e ainda parece que tô gravida de 3 meses... Mudei minha alimentaçao agora, comendo bastante proteína , tentando me livrar das porcarias... Tenho 1,57 altura e atualmente estou com 58 kilos, gosto das minhas pernas e bumbum nesse peso, mas a barriga esta feia demais, se emagreço , perco logo as pernas e bumbum, eu quero saber se pra ganhar massa muscular posso treinar somente 2 vezes por semana , mas sem dividir o treino de pernas em 2, fazendo glúteos, perna e abdomem 2 vezes na semana os mesmos exercícios com cargas altas e a parte superior eu divido em 2 grupos treinando um grupo por semana , porém no mesmo dia que treino pernas e gluteos, meu objetivo e nao ter que ir na academia mais de 2 vezes na semana, e os outros dias tenho disposiçao para aerobico em casa ou na rua.. Da pra ficar legal com esse treino? ou fica muito puxado para um dia só? Cadeira Extensora – 3x10 65 kilos. Agachamento no Smith – 1 série de 20 repetições 50 kilos Agachamento sumô 3x 50 kilos Leg Press – 3x10 120 kilos Adutor 3 x 10 45 kilos cada lado Panturrilha sentada 45 kilos 3x10 Panturrilha no Leg Press – 3x10 70 kilos Flexor deitado – 3x10 55 kilos Avanço degrau no step 3x 10 30 kilos Gluteos 3x10 55 kilos Abdutor – 75 kilos 3x10 abdominal de pé na corda com 35 kilos 3x12 abbdominal lateral 3x10 25 kilo cada lado E o treino superior pego mais leve mais tambem seria nesse mesmo dia E tem mais uma coisa, sou diabética e usuária de insulina, quando paro com a insulina eu seco total, mas quando começo a tomar de acordo que o medico mandou eu engordo muito rapido, to controlando diminuindo a quantidade porque se nao coloco a quantidade que o médico mandou dai tenho que comer bastante pra poder nao dar hipo... mas sei que posso usar a insulina a meu favor..
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após algumas leituras vi que a insulina ajuda no processo de crescimento dos musculos. então me ocorreram algumas dúvidas: - diabético tem mais dificuldade para crescer se depender da insulina? a dieta dele pos treino precisa ser muito bem pensada pois ele não vai dar conta do recado se comer o muito carboidrato? - tomar doses de insulina (se você for diabético) após o treino é bom?
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[Avaliação] Bulking / Dieta Cetogenica / Diabetes Tipo 1
bahniuk postou um tópico em Dieta e suplementação
Olá pessoal. Fiz uma dieta com a ajuda de alguns membros há aprox. 2 anos e deu certo mas por conta de uma cirurgia acabei parando e desanimei. Agora gostaria de voltar, e ficaria muito grato em contar com a ajuda dos membros, que com certeza tem muito conhecimento do assunto. Problema: Comecei academia de seg-sex, agora na primeira semana treino leve, mas depois treino pra ganhar massa, porém ainda estou comendo carbo, e um colega meu me falou sobre a dieta cetogênica, que no meu caso como diabético só traria beneficios, me fazendo até parar de utilizar minhas insulinas (atualmente tresiba 1x ao dia 10un + NovoRapid antes das refeicoes se a glicemia estiver alta *sempre está*). Idade: 23 Altura: 178cm Peso: 75kg Objetivo da Dieta: Bulking BMR: 1748 kcal BMI: 23.67 BF: +- 17.5% Agua (diária): 2,5L Utilizando 3 apps diferentes (optei pelo Macros), cheguei ao calculo de 2980 kcal diárias, e em uma dieta cetogenica (devido ao diabetes tipo 1 e minha Hb1ac estar em torno de 10%) isso me da os seguintes dados: - Carboidrato: 37g / 148kcal - Proteina: 224g / 896kcal - Gordura: 215g / 1935kcal ---------------------------------------------- Total: 476g / 2980kcal (valores diários) Refeições Legendas c = carboidrato p = proteina g = gordura Café da manhã (07:00): - 2 ovos cozidos : 180kcal / 0c / 16p / 14g - queijo fresco 50g: 180kcal / 0g / 14,5p / 13,5g - leite 3,5% 100ml: 66kcal / 5c / 3,4p / 3,5g Total: 426kcal / 5c / 34p / 31g Lanche da manhã (10:00): - 1 abacate: 322kcal / 2c / 4p / 29g - 1 iogurte skyr: 90kcal / 6c / 11p / 0,2g - ovo cozido: 90kcal / 0c / 8p / 7g Total: 502kcal / 8c / 23p / 36g Almoço (12:00): - filé de peito de frango: 106kcal / 0c / 23,1p / 1,2g - azeite de oliva 10ml: 81kcal / 0c / 0p / 9g - tomate: 19kcal / 3,1c / 1p / 0,2g Total: 206kcal / 3c / 24p / 10g Lanche da tarde (15:00): - pão proteico: 101kcal / 5,9c / 8p / 4,6g - queijo: 180kcal / 0c / 14,5p / 13,5g - presunto: 28kcal / 0,3c / 5p / 0,8g Total: 309kcal / 6c / 28p / 19g Pré-Treino (18:00 - 19:00): - filé peito de frango: 85kcal / 0c / 18,5p / 1g - cenoura cozida: 18kcal / 3,1c / 0,8p / 0,2g - brócolis cozido: 29kcal / 2,4c / 3,1p / 0,5g --------------- - abacate: 322kcal / 2c / 4p / 29g - pasta de amendoim integral/bio: 179kcal / 3,5c / 8,9p / 13,8g Total: 633kcal / 11c / 35p / 45g Pós-Treino (20:30? - whey gold standard Optimum nutrition: 240kcal / 6c / 48p / 2g Total: 240kcal / 6c / 48p / 2g RESULTADO DIÁRIO ESPERADO: 2980 kcal / 37c / 224p / 215g RESULTADO DIÁRIO ATINGIDO: 2316 kcal / 39c / 192p / 143g Claramente podemos perceber que eu não consegui concluir meu plano alimentar. Com carboidratos foi fácil, mas agora com mais gordura do que carbo eu estou pensativo em alternativas pra fechar os macros. Minhas dúvidas são: 1. Quais alimentos eu poderia colocar pra suprir a demanda de proteinas e principalmente gordura? 2. Preciso treinar mais leve só por uma semana ou preciso ficar um mês treinando sem muito peso, devido a minha troca de dieta com carbo pra essa supracitada (cetogenica), levando em conta o que eu li: quem treina normalmente sente menos força etc, mesmo utilizando-se de alternativas como bullet coffee? 3. Para meus dados (e considerando o diabetes tipo 1, com hb1ac em 10% *estou abaixando este valor já*, o valor de 2980 kcal / 37c / 224p / 215g é um cálculo bom pra começar meu bulking? 4. Meu objetivo primário é reduzir ou acabar totalmente com o uso de insulina, pra mim é terrível ter de usar. Em segundo lugar vem saúde (normalizando taxa de glicose devido a troca de dieta) e em terceiro lugar vem ganho de massa. A pergunta aqui é: A dieta cetogenica seria a mais indicada pro meu caso, ou tem algum tipo de ressalva que eu deveria me atentar ou ainda outra dieta / mix de dietas que eu possa fazer? 5. Caso esse suplemento aqui seja mesmo uma boa para meu plano alimentar, ainda assim existiria outro de qualidade superior? Nesse link na review de usuários tem algumas notas baixas, não gostaria de me arriscar comprando algo de qualidade inferior. Desde já eu agradeço a todos que puderem dar seu parecer, e peço desculpas pela minha incapacidade de montar meu plano por completo.- 5 respostas
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A Conspiração do Açúcar Em 1972, um cientista britânico deu o alarme de que o açúcar - e não a gordura - seria o maior perigo para a nossa saúde. Mas suas descobertas foram ridicularizadas e sua reputação arruinada. Como é possível que os maiores cientistas de nutrição do mundo tenham permanecido tão errados por tanto tempo? Por Ian Leslie Robert Lustig é um endocrinologista pediátrico da Universidade da Califórnia especializado no tratamento da obesidade infantil. Uma palestra de 90 minutos (legendada aqui após 1 minuto de vídeo) que ele deu em 2009, intitulada “Açúcar: A Verdade Amarga”, já foi assistida mais de seis milhões de vezes no YouTube. Nela, Lustig argumentou energicamente que a frutose, uma forma de açúcar onipresente nas dietas modernas, é um "veneno", e é culpada pela epidemia de obesidade dos Estados Unidos. Cerca de um ano antes do vídeo ser divulgado, Lustig deu uma palestra semelhante em uma conferência de bioquímicos em Adelaide, Austrália. Depois, um cientista da plateia o abordou. "Certamente", o homem disse - "você leu Yudkin?" Lustig sacudiu a cabeça - "Não". John Yudkin, disse o cientista, era um professor britânico de nutrição que deu o alarme sobre o açúcar em 1972, em um livro chamado “Puro, Branco, e Mortal”. "Se apenas uma parte do que sabemos sobre os efeitos do açúcar em relação a qualquer outro material usado como aditivo alimentar fosse revelada, esse material seria prontamente proibido", escreveu Yudkin. O livro teve boa tiragem, mas Yudkin pagou um preço alto por isso. Nutricionistas de destaque uniram-se com a indústria de alimentos para destruir a sua reputação, e sua carreira nunca mais se recuperou. Ele morreu em 1995, um homem desapontado e praticamente esquecido. Talvez o cientista australiano pretendesse dar um aviso de amigo. Lustig estava certamente colocando sua reputação acadêmica em risco quando embarcou em uma campanha de alta visibilidade contra o açúcar. Mas, ao contrário do que aconteceu com Yudkin, os ventos estão soprando a favor de Lustig. Lemos quase todas as semanas novas pesquisas sobre os efeitos deletérios do açúcar em nossos corpos. Nos EUA, a última edição das orientações dietéticas oficiais do governo inclui um limite máximo para o consumo de açúcar. No Reino Unido, o chanceler George Osborne anunciou um novo imposto sobre as bebidas açucaradas. O açúcar tornou-se o inimigo nutricional número um. Isto representa uma mudança dramática nas prioridades. Pelo menos durante as três últimas décadas, o vilão da dieta tem sido a gordura saturada. Quando Yudkin estava conduzindo sua investigação sobre os efeitos do açúcar, na década de 1960, uma nova ortodoxia nutricional estava se estabelecendo. Seu princípio central era que uma dieta saudável seria uma dieta de baixa gordura. Yudkin liderava um grupo cada vez menor de dissidentes que acreditavam que o açúcar, e não a gordura, era a causa mais provável de males como obesidade, doenças cardíacas e diabetes. Mas, na época em que escreveu seu livro, as posições de comando da ortodoxia nutricional já haviam sido dominadas pelos defensores da hipótese da gordura. Yudkin encontrou-se lutando numa ação de retaguarda, e acabou derrotado. Não apenas derrotado, mas de fato enterrado. Quando Lustig voltou para a Califórnia, procurou por Puro, Branco e Mortal nas livrarias e online, sem sucesso. Finalmente, ele conseguiu uma cópia depois de enviar um pedido para a biblioteca da sua universidade. Ao ler a introdução de Yudkin, sentiu um choque de familiaridade. "Caramba", pensou Lustig, "Esse cara chegou lá 35 anos antes de mim!" Em 1980, após uma longa consulta com alguns dos mais importantes cientistas de nutrição dos Estados Unidos, o governo dos EUA emitiu suas primeiras diretrizes dietéticas. As diretrizes moldaram as dietas de centenas de milhões de pessoas. Os médicos basearam suas recomendações nelas, as empresas de alimentos desenvolveram produtos que se enquadrassem nelas. Sua influência se estendeu além dos EUA. Em 1983, o governo do Reino Unido emitiu suas orientações baseadas no exemplo americano. A recomendação mais importante de ambos governos foi a de reduzir a ingestão de gorduras saturadas e colesterol (esta foi a primeira vez que o público foi aconselhado a comer menos de alguma coisa, em vez de o suficiente de tudo). Os consumidores acataram obedientemente. Nós substituímos carnes e salsichas por massas e arroz, manteiga pela margarina e óleos vegetais, os ovos pelos cereais e o leite pelo leite desnatado ou suco de laranja. Mas em vez de ficarmos mais saudáveis, nós ficamos mais gordos e mais doentes. Basta olhar para um gráfico das taxas de obesidade no pós-guerra, e isso fica bem claro: algo mudou depois de 1980. Nos EUA, a linha sobe gradualmente até que, no início de 1980, ela decola como um avião. Apenas 12% dos americanos eram obesos em 1950, 15% em 1980, 35% em 2000. No Reino Unido, a linha era plana por décadas até meados de 1980, momento em que também sobe para o céu. Apenas 6% dos britânicos eram obesos em 1980. Nos próximos 20 anos, isso mais do que triplicou. Hoje, dois terços dos britânicos são obesos ou com excesso de peso, tornando este país o mais gordo na UE. Diabetes tipo 2, que está estreitamente relacionada à obesidade, aumentou juntamente nos dois países. A seta marca a introdução das diretrizes nutricionais pelo governo americano, a linha cinza marca o consumo de gordura na dieta, e a linha preta marca o percentual de pessoas acima do peso nos EUA. Outros gráficos mais recentes: Como comemos vs. Nossa incidência de ganho de peso / Como comemos vs. Nossa incidência de diabetes. (Seta: introdução das diretrizes. Linha cinza: consumo de gordura na dieta. Linha preta: consumo de carboidratos. Área cinza: percentual de pessoas acima do peso e pessoas diabéticas). Na melhor das hipóteses, podemos concluir que as orientações oficiais não atingiram o seu objetivo; na pior das hipóteses, elas levaram a décadas de catástrofes na saúde. Naturalmente, a busca por culpados se seguiu. Os cientistas são, convencionalmente, figuras apolíticas mas, ultimamente, os pesquisadores de nutrição têm escrito editoriais e livros que se assemelham a libelos, transbordando com denúncias indignadas contra as grandes indústrias do açúcar e de fast-food. Ninguém poderia ter previsto, dizem, como os fabricantes de alimentos iriam reagir à condenação da gordura - vendendo-nos iogurtes "low fat" (com baixo teor de gordura) carregados com açúcar, e bolos impregnados com gorduras trans destruidoras de fígados. Os cientistas da nutrição estão irritados com a imprensa por distorcer suas descobertas, com os políticos por não lhes dar ouvidos, e com o resto de nós por comermos demais e nos exercitarmos de menos. Em suma, TODOS - empresas, meios de comunicação, políticos, consumidores - têm culpa. Todos, isto é, exceto os cientistas... Mas não era tão difícil de antever que a demonização da gordura poderia ser um erro. A energia do alimento vem para nós sob três formas: gorduras, carboidratos e proteínas. Uma vez que a proporção de energia que recebemos na forma de proteína tende a permanecer estável, seja qual for a nossa dieta, uma dieta com baixo teor de gordura efetivamente significa uma dieta rica em carboidratos. O carboidrato mais versátil e saboroso é o açúcar, que John Yudkin já havia circulado em vermelho. Em 1974, a revista médica britânica Lancet soou um aviso sobre as possíveis consequências de recomendar reduções de gordura na dieta: "A cura não deve ser pior que a doença". Ainda assim, seria razoável supor que Yudkin acabou perdendo esta queda de braço simplesmente porque, em 1980, havia mais evidências acumuladas contra a gordura do que contra açúcar. Afinal de contas, é assim que a ciência funciona, não é? Se, como parece ser cada vez mais óbvio, as orientações nutricionais nas quais nos baseamos por 40 anos foram profundamente falhas, isto não é um erro que possa ser colocado na conta das corporações inescrupulosas. Também não pode ser tratado apenas como um equívoco científico inofensivo. O que aconteceu com John Yudkin desmente essa interpretação. Ao contrário, trata-se de algo que os cientistas fizeram a si mesmos e, consequentemente, a nós. Nós tendemos a considerar os hereges como sendo pessoas "do contra", indivíduos com uma compulsão para desdenhar a sabedoria convencional. Mas, às vezes, um herege é simplesmente um pensador convencional que permanece mirando na mesma direção, enquanto todos os outros ao seu redor mudam 180 graus. Quando, em 1957, John Yudkin lançou pela primeira vez sua hipótese de que o açúcar era um perigo para a saúde pública, isto foi levado a sério, assim como seu autor. Por ocasião de sua aposentadoria, 14 anos depois, tanto a teoria como o autor tinham sido marginalizados e ridicularizados. Só agora o trabalho de Yudkin está sendo reconduzido, postumamente, ao pensamento científico dominante. Estas flutuações bruscas no "valor das ações" de Yudkin tiveram pouco a ver com o método científico, e muito a ver com a maneira não científica com que o campo da nutrição tem-se conduzido ao longo dos anos. Esta história, que começou a emergir na década passada, foi trazida à atenção do público em grande parte por pessoas céticas de fora, ao invés de nutricionistas eminentes. Em seu livro meticulosamente pesquisado, The Big Fat Surprise, a jornalista Nina Teicholz reconta a história da hipótese de que as gorduras saturadas causam doenças cardíacas,e revela o quanto a sua incrível progressão - de teoria controversa para verdade incontestável - deveu-se não a novas evidências, mas sim a algumas personalidades muito influentes - uma em particular. O livro de Teicholz também descreve como os principais cientistas da nutrição, que àquela época estavam ainda bastante inseguros quanto à sua autoridade médica e paranóicos quanto a ameças à mesma, consistentemente exageravam os argumentos a favor das dietas low fat (de baixa gordura), ao mesmo tempo apontando suas armas contra aqueles que ofereciam argumentos no sentido contrário. John Yudkin foi apenas a primeira e mais eminente vítima. Hoje, à medida em que os nutricionistas lutam para compreender um desastre de saúde que eles falharam em prever, e que podem ter provocado, o campo está passando por um período doloroso de reavaliação. Estão gradativamente distanciando-se das proibições contra o colesterol e a gordura, e endurecendo suas advertências sobre o açúcar, apenas cuidando para não ir tão longe a ponto de reverter sua posição em 180 graus. Mas seus membros veteranos ainda mantêm um instinto coletivo voltado a difamar aqueles que desafiam declaradamente a sabedoria convencional de forma muito ruidosa, como Teicholz está descobrindo. Para entender como chegamos a este ponto, é preciso voltar quase até os primórdios da moderna ciência da nutrição. Em 23 de Setembro de 1955, o então Presidente dos EUA, Dwight Eisenhower sofreu um ataque cardíaco. Ao invés de fingir que nada tinha acontecido, Eisenhower insistiu em dar detalhes de sua doença para o público. No dia seguinte, o médico-chefe, o Dr. Paul Dudley White, deu uma conferência de imprensa na qual instruiu os americanos sobre como evitar doenças do coração: parar de fumar, e reduzir a gordura e o colesterol. Em um artigo que se seguiu, White citou a pesquisa de um nutricionista da Universidade de Minnesota, Ancel Keys. A doença do coração, que tinha sido uma relativa raridade nos anos de 1920, agora derrubava homens de meia-idade a um ritmo assustador, e os americanos estavam se lançando em busca de causa e da cura. Ancel Keys forneceu uma resposta: a hipótese "dieta-coração" (para simplificar, eu estou chamando-a de "hipótese da gordura"). Esta é a ideia, já familiar, de que o excesso de gorduras saturadas na dieta, a partir das carnes vermelhas, queijo, manteiga, e ovos, aumenta o colesterol, o qual se solidifica no interior das artérias coronárias, causando um endurecimento e estreitamento, até que o fluxo de sangue fique estagnado e o coração pare. Ancel Keys era brilhante, carismático e combativo. Um colega que gostava dele, na Universidade de Minnesota, descreveu-o como "direto ao ponto da franqueza extrema, e crítico a ponto de ferir os sentimentos". Outros o caracterizaram de forma menos bondosa. Ele exalava convicção em um momento em que a auto-confiança era muito bem-vinda. O presidente, o médico e o cientista formaram uma corrente tranquilizadora de autoridade masculina, e a noção de que os alimentos gordurosos eram insalubres começou a se solidificar entre os médicos e o público. (O próprio Eisenhower cortou as gorduras saturadas e o colesterol da sua dieta por completo, até sua morte, em 1969, por doença cardíaca). Muitos cientistas, especialmente os britânicos, permaneceram céticos. O cético mais proeminente era John Yudkin, nutricionista líder do Reino Unido. Quando Yudkin olhou para os dados sobre a doença de coração, ficou impressionado com sua correlação com o consumo de açúcar, e não de gordura. Ele realizou uma série de experimentos de laboratório em animais e humanos, e observou, como outros tinham feito antes dele, que o açúcar é processado no fígado, onde ele se transforma em gordura, antes de entrar na corrente sanguínea. Ele observou, também, que enquanto os seres humanos sempre foram carnívoros, os carboidratos só se tornaram um componente importante da sua dieta há cerca de 10.000 anos, com o advento da agricultura em massa. O açúcar - um carboidrato puro, com toda a fibra e nutrientes removidos - tem feito parte das dietas ocidentais por apenas 300 anos; em termos evolutivos, é como se nós tivéssemos, apenas neste segundo, tomado a nossa primeira dose do mesmo. As gorduras saturadas, ao contrário, estão tão intimamente ligadas com a nossa evolução, que estão presentes em abundância no leite materno. Segundo o pensamento de Yudkin, parecia mais provável que inovação recente, ao invés daquilo que sempre se consumiu desde os tempos pré-históricos, é que estivesse nos deixando doentes. John Yudkin nasceu em 1910, no leste de Londres. Seus pais eram judeus russos que se estabeleceram na Inglaterra depois de fugir das perseguições de 1905. O pai de Yudkin morreu quando ele tinha seis anos, e sua mãe criou seus cinco filhos na pobreza. Por meio de uma bolsa de estudos para uma escola secundária local em Hackney, Yudkin chegou à Cambridge. Ele estudou bioquímica e fisiologia, antes de entrar para medicina. Depois de servir na Royal Army Medical Corps durante a segunda guerra mundial, Yudkin tornou-se professor no Queen Elizabeth College, em Londres, onde ele construiu um departamento da ciência da nutrição com uma reputação internacional. Ancel Keys estava perfeitamente consciente de que a hipótese do açúcar de Yudkin colocava uma alternativa para a sua própria. Se Yudkin publicava um artigo, Keys trucidava - o artigo e seu autor. Ele chamou a teoria de Yudkin de "uma montanha de tolices", e acusou-o de fazer "propaganda" para as indústrias de carne e de produtos lácteos. "Yudkin e os seus patrocinadores não são intimidados pelos fatos", disse ele. "Eles continuam a cantar a mesma melodia desacreditada." Yudkin nunca respondeu na mesma moeda. Ele era um homem bem-educado, e não treinado na arte do embate político. Isso o fez vulnerável ao ataque, e não apenas a partir de Keys. O British Sugar Bureau (Departamento Britânico do Açúcar) rejeitou a afirmação de Yudkin sobre o açúcar alegando serem apenas "afirmações emotivas"; a Organização de Pesquisa Mundial do Açúcar chamou seu livro de "ficção científica". Em sua prosa, Yudkin é meticulosamente preciso e pouco expansivo, assim como ele era em pessoa. Apenas ocasionalmente ele deixou transparecer como era ter o trabalho de toda a sua vida completamente denegrido, como quando ele pergunta ao leitor: "você pode imaginar como uma pessoa possa às vezes ficar um tanto desapontada, ponderando se realmente vale a pena tentar fazer pesquisa científica em questões de saúde?" Ao longo da década de 1960, Keys acumulou poder institucional. Ele assegurou lugares para si e seus aliados nos conselhos dos órgãos de saúde americanos mais influentes, incluindo a Associação Americana do Coração e o Instituto Nacional de Saúde. A partir dessas fortalezas, eles direcionaram fundos para pesquisadores com as mesmas ideias, e emitiram pareceres com o peso da autoridade para a nação. "As pessoas devem conhecer os fatos", disse Keys para a Revista Time. "Então, se eles quiserem comer até morrer, deixe-os." Esta aparente certeza era injustificada: até mesmo alguns defensores da hipótese de gordura admitiam que a evidência ainda não era conclusiva. Mas Keys detinha um trunfo. De 1958 a 1964, ele e seus colegas pesquisadores reuniram dados sobre as dietas, estilo de vida e saúde de 12.770 homens de meia-idade, na Itália, Grécia, Iugoslávia, Finlândia, Holanda, Japão e Estados Unidos. The Seven Countries Study (o Estudo dos Sete Países) foi finalmente publicado como uma monografia de 211 páginas em 1970. Ele mostrou uma correlação entre a ingestão de gorduras saturadas e mortes por doenças do coração, assim como Keys tinha previsto. O debate científico pendeu decisivamente para a hipótese da gordura. Keys era o sujeito dos grandes volumes de dados (um contemporâneo comentou: "Toda vez que você questiona este tal de Keys, ele diz: "Eu tenho 5.000 casos. Quantos você tem?”). Apesar de sua estatura monumental, no entanto, o Estudo dos Sete Países, que foi a base para uma cascata de artigos posteriores por seus autores originais, era uma construção frágil. Não havia nenhuma base objetiva para os países escolhidos por Keys, e é difícil evitar a conclusão de que ele escolheu apenas aqueles que suspeitava que iriam apoiar sua hipótese. Afinal, é bastante estranho escolher sete nações na Europa, mas deixar de fora a França e a então Alemanha Ocidental. Entretanto, Keys já sabia que os franceses e alemães tinhas taxas relativamente baixas de doenças cardíacas, muito embora de vivessem com uma dieta rica em gorduras saturadas. A maior limitação do estudo era inerente ao seu método. Estudos epidemiológicos envolvem a coleta de dados sobre o comportamento e a saúde das pessoas, e busca por padrões. Originalmente desenvolvido para estudar epidemias, Keys e seus sucessores adaptaram-no para um estudo de doenças crônicas, que, ao contrário da maioria das infecções, levam décadas para se desenvolver, e estão entrelaçados com centenas de fatores alimentares e estilo de vida, efetivamente impossíveis de serem dissociados (aqui é importante parar de ler, ler esta postagem, e depois retornar para este texto). Para identificar com segurança as causas, ao invés de correlações, é necessário um padrão mais elevado de evidência: o estudo controlado (ensaio clínico randomizado). Na sua forma mais simples: recrute um grupo de indivíduos, e designe a metade deles a uma dieta por, digamos, 15 anos. Ao final do experimento, avalie a saúde das pessoas no grupo de intervenção, em relação ao grupo controle. Este método também é problemático: é praticamente impossível supervisionar de perto as dietas de grandes grupos de pessoas. Mas um estudo bem conduzido é a única maneira de concluir com alguma confiança que X é responsável por Y. Embora Keys tivesse mostrado uma correlação entre a doença cardíaca e a gordura saturada, ele não havia excluído a possibilidade de que a doença cardíaca estivesse sendo causada por outra coisa. Anos mais tarde, um dos pesquisadores que conduziu o estudo dos sete países, o italiano Alessandro Menotti, voltou a avaliar os dados e descobriu que o alimento que mais se correlacionava com as mortes por doenças do coração não era a gordura saturada, mas o açúcar. Mas aí já era tarde demais. O estudo dos Sete Países já tinha se tornado canônico, e a hipótese da gordura já havia sido consagrada nas recomendações oficiais. A comissão parlamentar responsável pelas diretrizes dietéticas originais foi presidida pelo senador George McGovern. Ela obteve a maior parte das evidências a partir da elite nutricional da América: homens de um pequeno grupo de universidades de prestígio, a maioria dos quais conheciam ou trabalharam uns com os outros, todos eles concordando que a gordura era o problema - uma suposição de que McGovern e seus colegas senadores nunca questionaram seriamente. Apenas ocasionalmente foi pedido a eles que reconsiderassem. Em 1973, John Yudkin foi chamado de Londres para depor perante a comissão, e apresentou sua teoria alternativa da doença cardíaca. Um McGovern perplexo perguntou a Yudkin se ele estava realmente sugerindo que uma elevada ingestão de gordura não era um problema, e que o colesterol da dieta não representava qualquer perigo. "Eu acredito nestas duas coisas", respondeu Yudkin. "Isso é exatamente o oposto do que meu médico me disse", disse McGovern. Em um artigo de 2015 intitulado “Será que a ciência avança um funeral por vez?”, uma equipe de estudiosos do National Bureau of Economic Research (Departamento Nacional de Pesquisas Econômicas ) procurava uma base empírica para uma observação feita pelo físico Max Planck: "Uma nova verdade científica não triunfa pelo convencimento de seus adversários e fazendo-os ver a luz, mas sim porque seus oponentes finalmente morrem, e uma nova geração cresce, familiarizada com ela". Os investigadores identificaram mais de 12.000 cientistas de "elite" de diferentes áreas. Os critérios para o status de elite incluíram o grau de financiamento, o número de publicações, e se eles eram membros da Academia Nacional de Ciências ou do Instituto de Medicina dos EUA. Pesquisando obituários, a equipe encontrou 452 que tinham morrido antes de se aposentarem. Eles, então, buscaram saber o que aconteceu com as áreas do conhecimento que foram precocemente abandonadas por estes célebres cientistas, através da análise dos padrões das publicações científicas. O que eles encontraram confirmou a verdade da máxima de Planck. Jovens pesquisadores que trabalharam em estreita colaboração com os falecidos cientistas de elite, com artigos em co-autoria com os mesmos, publicavam menos. Ao mesmo tempo, houve um aumento acentuado nos estudos de cientistas recém-chegados àquele campo de conhecimento, que eram menos propensos a citar o trabalho do cientista falecido. Os artigos desses recém-chegados foram substanciais e influentes, e atraíram um grande número de citações (N.T.: o número de vezes que um artigo é citado por outros artigos indica sua importância no mundo da ciência). Eles produziram um grande avanço em seu campo de estudo. Um cientista é parte do que o filósofo polonês da ciência Ludwik Fleck chamou de um "coletivo de pensamento": um grupo de pessoas que trocam ideias em uma linguagem mutuamente compreensível. O grupo, sugeriu Fleck, inevitavelmente desenvolve uma mente própria, à medida que os indivíduos convergem para uma mesma forma de comunicar-se, pensar e sentir. Isso faz com que a pesquisa científica fique propensa às regras eternas da vida social humana: deferência aos carismáticos, agrupamento em direção à opinião da maioria, a punição para quem se desvia e o intenso desconforto em admitir um erro. Claro, essas tendências são precisamente o que o método científico foi inventado para corrigir e, ao longo do tempo, ele faz um bom trabalho nesse sentido. No longo prazo, no entanto, estaremos todos mortos, possivelmente mais cedo do que estaríamos se não tivéssemos seguindo uma dieta baseada em maus conselhos. Em uma série de artigos e livros densos em argumentos, incluindo Why We Get Fat (Por que Engordamos, 2010), o jornalista científico Gary Taubes, construiu uma crítica à ciência da nutrição contemporânea suficientemente poderosa a ponto de obrigar o campo a prestar atenção. Uma de suas contribuições foi a de descobrir um conjunto de pesquisas conduzido por cientistas alemães e austríacos antes da segunda guerra mundial, que tinha sido ignorado pelos americanos, que reinventaram este campo na década de 1950. Os europeus eram médicos praticantes e especialistas no sistema metabólico. Os norte-americanos eram em geral epidemiologistas, trabalhando em relativa ignorância sobre bioquímica e endocrinologia (o estudo de hormônios). Isso levou a alguns dos erros fundamentais da nutrição moderna. A ascensão e queda lenta da infâmia do colesterol é um caso em questão. Depois que foi descoberto no interior das artérias de homens que sofreram ataques cardíacos, os ovos, cujas gemas são ricas em colesterol, foram colocados na lista de perigo pelas autoridades de saúde pública - sob a orientação de cientistas. Mas é um erro biológico confundir o que uma pessoa coloca na sua boca com o que aquilo se torna depois de ser engolido. O corpo humano está longe de ser um recipiente passivo para o que quer que nós escolhemos colocar dentro dele, é uma fábrica química movimentada, transformando e redistribuindo a energia que recebe. O princípio que o governa é a homeostase, ou seja, a manutenção do equilíbrio energético (quando o exercício nos aquece, o suor nos esfria). O colesterol, presente em todas as nossas células, é criado pelo fígado. Os bioquímicos há muito tempo sabem que quanto maior a quantidade de colesterol que você come, menos o seu fígado produz. Não é surpresa, então, que as repetidas tentativas de provar a correlação entre o colesterol da dieta e o colesterol no sangue falharam. Para a grande maioria das pessoas, comer dois ou três, ou 25 ovos por dia, não aumenta significativamente os níveis de colesterol. Um dos alimentos mais ricos em nutrientes, versáteis e deliciosos que temos foi desnecessariamente estigmatizado. As autoridades de saúde passaram os últimos anos lentamente afastando-se deste erro, presumivelmente na esperança de que, se não fizerem nenhum movimento brusco, ninguém irá notar. Em certo sentido, eles conseguiram: uma pesquisa realizada em 2014 pelo Credit Suisse constatou que 54% dos médicos dos EUA ainda acreditam que o colesterol da dieta aumenta o colesterol no sangue. A bem da verdade, Ancel Keys deu-se conta ainda cedo de que o colesterol da dieta não era um problema. Mas, a fim de sustentar a sua afirmação de que o colesterol provocava ataques cardíacos, ele precisava identificar um agente que aumentasse os seus níveis no sangue - e o escolhido foram as gorduras saturadas. Nos 30 anos que se seguiram após o ataque cardíaco de Eisenhower, experimentos após experimentos não conseguiram dar suporte conclusivo à associação que ele afirmou ter identificado no Estudo dos Sete Países. O status quo da nutrição não parece ter ficado muito desconfortável pela ausência de provas. Mas, em 1993, concluíram que já não poderiam mais fugir à uma outra crítica: uma dieta de baixa gordura tinha sido recomendada para as mulheres, mas nunca tinha sido testada nelas (um fato que é surpreendente apenas se você não for um cientista de nutrição). O National Heart, Lung and Blood Institute (Instituto Nacional do Coração, Pulmões e Sangue) decidiu ir com tudo, colocando em andamento o maior estudo prospectivo e randomizado sobre dietas já realizado. Além de atender à outra metade da população, a Iniciativa de Saúde da Mulher esperava destruir quaisquer dúvidas que ainda houvessem sobre os efeitos danosos da gordura. Mas não foi o que aconteceu. No final do estudo, verificou-se que as mulheres que seguiram a dieta de baixa gordura não estavam menos propensas a contrair câncer ou doença cardíaca do que o grupo controle. Isto causou muita consternação. O principal pesquisador do estudo, não querendo aceitar as implicações de seus próprios achados, comentou: "Nós estamos quebrando a cabeça sobre alguns desses resultados." Um consenso rapidamente se formou que o estudo - meticulosamente planejado, ricamente financiado, supervisionados por pesquisadores impressionantemente credenciados - tinha de ter sido tão falho a ponto de não fazer sentido. O campo seguiu em frente - ou melhor, não. Em 2008, pesquisadores da Universidade de Oxford realizaram um estudo em toda a Europa sobre as causas das doenças cardíacas. Seus dados mostram uma correlação inversa entre a gordura saturada e as doenças do coração, em todo o continente. A França, o país com o maior consumo de gordura saturada, tinha a menor taxa de doença cardíaca. A Ucrânia, o país com o menor consumo de gordura saturada, tinha a maior. Quando a especialista em obesidade britânica Zoë Harcombe realizou uma análise dos dados sobre os níveis de colesterol em 192 países em todo o mundo, ela descobriu que colesterol mais baixo está correlacionado com taxas mais elevadas de morte por doença cardíaca. Nos últimos 10 anos, uma teoria que, de alguma forma, conseguiu sobreviver sem sustentação por quase meio século, passou a ser refutada por várias revisões abrangentes de evidências, embora ainda siga cambaleante, como um zumbi, nas nossas diretrizes alimentares e recomendações médicas. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, em uma análise de todos os estudos sobre a dieta de baixa gordura em 2008, não encontrou "nenhuma evidência provável ou convincente" de que um alto nível de gordura na dieta provoque doenças cardíacas ou câncer. Outra notável revisão, publicada em 2010 na Sociedade Americana de Nutrição, e de autoria de, entre outros, Ronald Krauss, um pesquisador altamente respeitado e médico da Universidade da Califórnia, afirmou que "não há nenhuma evidência significativa para a conclusão de que a gordura saturada na dieta esteja associada com um risco aumentado de DCC ou DCV [doença cardíaca coronariana e doença cardiovascular]". Muitos nutricionistas recusaram-se a aceitar estas conclusões. O periódico que publicou a revisão de Krauss, com medo de uma revolta entre seus leitores, o prefaciou com um artigo que o refutava, escrito por um homem que foi um braço direito de Ancel Keys, que afirmava que, como os achados de Krauss contradiziam todas as recomendações dietéticas nacionais e internacionais, eles tinham de estar errados. Esta lógica circular é sintomática de um campo que tem uma propensão excepcionalmente alta para ignorar evidências que não se encaixam na sua sabedoria convencional. Gary Taubes é físico de formação. "Em física," ele me disse, "Você procura o resultado anômalo, e então você tem alguma coisa para explicar. Em nutrição, o jogo é confirmar o que você e seus antecessores sempre acreditaram". Como um nutricionista explicou para Nina Teicholz, com um delicado eufemismo: "Os cientistas acreditam que a gordura saturada é ruim para você, e há uma boa dose de relutância para aceitar provas em contrário". Quando a obesidade começou a se tornar reconhecida como um problema nas sociedades ocidentais, a culpa também foi jogada nas gorduras saturadas. Não foi difícil convencer o público de que, se comermos gordura, vamos engordar (este é um truque de linguagem: chamamos uma pessoa com sobrepeso de "gorda"; mas não descrevemos uma pessoa com um corpo musculoso como "proteica"). O racional científico também foi agradavelmente simples: um grama de gordura tem o dobro de calorias do que um grama de proteína ou carboidrato, e todos nós podemos compreender a ideia de que se uma pessoa recebe mais calorias do que gasta na atividade física, os excedentes terminam como gordura. O simples não significa certo, é claro. É difícil conciliar essa teoria com o aumento dramático da obesidade desde 1980, ou com muitas outras evidências. Nos Estados Unidos, o consumo médio de calorias aumentou apenas um sexto durante esse período. No Reino Unido, ele na realidade caiu. Não houve um declínio proporcional da atividade física, em qualquer país - no Reino Unido, os níveis de atividades físicas têm aumentado ao longo dos últimos 20 anos. A obesidade é um problema em algumas das partes mais pobres do mundo, mesmo entre comunidades em que o alimento é escasso. Os ensaios clínicos controlados têm falhado repetidamente em demonstrar que as pessoas perdem peso em dietas de baixo teor de gordura ou de baixo teor calórico no longo prazo. Aqueles pesquisadores europeus anteriores à guerra teriam considerado a ideia de que a obesidade é resultante do "excesso de calorias" como sendo comicamente simplista. Bioquímicos e endocrinologistas são mais propensos a pensar na obesidade como um distúrbio hormonal, desencadeado pelos tipos de alimentos que começaram a ser muito mais ingeridos quando cortamos a gordura: os amidos facilmente digeríveis e os açúcares. Em seu novo livro, “Always Hungry” (Sempre com Fome), David Ludwig, um endocrinologista e professor de pediatria na Harvard Medical School, chama isto de modelo "Insulina - Carboidratos" da obesidade. De acordo com este modelo, um excesso de carboidratos refinados interfere com o equilíbrio auto-ajustado do sistema metabólico. Longe de ser um depósito inerte para o excesso de calorias, o tecido adiposo funciona como uma fonte de energia de reserva para o corpo. Suas calorias são requisitadas quando a glicose está baixa - isto é, entre as refeições, ou durante jejuns e a fome. A gordura recebe instruções da insulina, o hormônio responsável pela regulação do açúcar no sangue. Os carboidratos refinados rapidamente são convertidos em glicose no sangue, fazendo com que o pâncreas produza insulina. Quando os níveis de insulina sobem, o tecido adiposo recebe um sinal para remover a energia para fora do sangue, e parar de liberá-la. Então, quando a insulina permanece elevada anormalmente por longos períodos, uma pessoa ganha peso, fica com mais fome, e se sente cansada. Então nós a culpamos por isso. Mas, como Gary Taubes bem colocou, as pessoas obesas não são gordas porque elas comem demais e são sedentárias - elas comem demais e são sedentárias, porque estão gordas, ou engordando. Ludwig deixa claro, como Taubes faz, que esta não é uma nova teoria - John Yudkin a teria reconhecido - mas uma teoria antiga que foi galvanizada pelas novas evidências. O que ele não menciona é o papel que os adeptos da hipótese da gordura têm desempenhado, historicamente, no sentido de demolir a credibilidade de quem a propôs. Em 1972, o mesmo ano que Yudkin publicou Puro, Branco e Mortal, um cardiologista formado na Cornell University chamado Robert Atkins publicou “Dr Atkins Diet Revolution” (A Dieta Revolucionária do Dr Atkins). Seus argumentos compartilhavam uma mesma premissa - que os carboidratos são mais perigosos para a nossa saúde do que a gordura - embora eles diferissem em alguns detalhes. Yudkin focou sobre os males de um carboidrato em particular, mas não recomendou explicitamente uma dieta rica em gordura. Atkins argumentou que uma dieta com alto teor de gordura, de baixo carboidrato, era o único caminho viável para a perda de peso. Talvez a diferença mais importante entre os dois livros tenha sido o tom. O livro de Yudkin era discreto, educado e razoável, o que era um reflexo de seu temperamento, e do fato de que ele se via como um cientista primeiro, e depois como um médico. Atkins, decididamente um médico e não um cientista, não estava limitado pelas convenções cavalheirescas. Ele declarou-se furioso por ter sido "enganado" pelos cientistas médicos. Sem surpresa, este ataque enfureceu o establishment nutricional, que revidou com força. Atkins foi rotulado como uma fraude, e sua dieta de uma "moda passageira". Foi uma campanha de sucesso: até hoje, o nome de Atkins traz consigo uma aura de charlatanismo. Uma "moda" implica novidade. Mas dietas pobres em carboidratos e ricas em gordura tinham sido populares mais de um século antes de Atkins, e foram, até os anos 1960, um método de perda de peso aprovado pela ciência dominante. No início da década de 1970, isto havia mudado. Os pesquisadores interessados nos efeitos de açúcar e carboidratos complexos sobre a obesidade só tinham de olhar para o que tinha acontecido com o principal nutricionista do Reino Unido para perceber que continuar nesta linha de investigação seria um terrível passo para suas carreiras. A reputação científica de John Yudkin foi virtualmente enterrada. Ele deixou de ser convidado para conferências internacionais sobre nutrição. As revistas científicas recusaram-se a pubilcar seus estudos. Seus colegas cientistas falavam dele como um excêntrico, um obsessivo solitário. Ele se tornou uma história de terror. Sheldon Reiser, um dos poucos pesquisadores que continuou a trabalhar sobre os efeitos de carboidratos refinados e açúcar na década de 1970, disse a Gary Taubes em 2011: "Yudkin foi muito desacreditado. Ele foi ridicularizado. E se qualquer outra pessoa dissesse algo ruim sobre a sacarose [açúcar], eles diziam: 'Este aí é como Yudkin'". Se Yudkin foi ridicularizado, Atkins era uma figura odiada. Apenas nos últimos anos é que tornou-se aceitável estudar os efeitos de dietas tipo Atkins. Em 2014, em um estudo financiado pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH), 150 homens e mulheres foram designados a seguirem uma dieta por um ano, que limitava ou a quantidade de gordura ou a de carboidratos que poderiam comer, mas não as calorias. Até o final do ano, as pessoas na dieta baixa em carboidratos, rica em gordura, tinham perdido cerca de 3,6kg a mais na média do que o grupo do baixo teor de gordura. Eles também eram mais propensos a perder peso a partir do tecido adiposo; o grupo do baixo teor de gordura perdeu algum peso também, mas veio dos músculos. O estudo do NIH é o mais recente dos mais de 50 estudos semelhantes, que em conjunto sugerem que as dietas pobres em carboidratos são melhores do que as dietas de baixa gordura para a perda de peso e controle do diabetes tipo 2. Como um corpo de evidências, está longe de ser conclusivo, mas é tão coerente quanto qualquer outro na literatura. A edição de 2015 das Diretrizes Alimentares dos EUA (que são revisadas a cada cinco anos) não faz qualquer referência a nenhuma dessas novas pesquisas, porque os cientistas, que fizeram parte da comissão - os nutricionistas mais eminentes e bem relacionados do país - negligenciaram a inclusão de uma discussão sobre as mesmas em seu relatório. É uma omissão escancarada, inexplicável em termos científicos, mas inteiramente explicável em termos da política da ciência da nutrição. Se você está procurando proteger a sua autoridade, por que chamar a atenção para evidências que parecem contradizer as afirmações nas quais esta autoridade se fundamenta? Permita que se puxe um fio solto, e corre-se o risco de que tudo comece a se descosturar. Isto pode já ter começado. Em dezembro passado, os cientistas responsáveis pelo relatório receberam uma repreensão humilhante do Congresso, que aprovou uma medida propondo uma revisão da forma como o relatório que informa as diretrizes é compilado. Referia-se a "perguntas ... sobre a integridade científica do processo". Os cientistas reagiram com raiva, acusando os políticos de estar nas mãos das indústrias de carne e laticínios (dada a forma como muitos dos cientistas dependem de financiamento de pesquisas por parte das empresas de alimentos e farmacêuticas, tal acusação pode ser caracterizado como no mínimo ousada ou irônica). Alguns cientistas concordam com os políticos. David McCarron, um pesquisador associado no Departamento de Nutrição da Universidade da Califórnia-Davis, disse ao Washington Post: "Há um monte de coisas nas orientações que estavam certas há 40 anos, mas que têm sido refutadas. Infelizmente, às vezes, a comunidade científica não gosta de voltar atrás”. Steven Nissen, chefe de Medicina Cardiovascular da Cleveland Clinic, foi mais duro, chamando as novas diretrizes de "uma zona livre de evidências". A revisão do Congresso ocorreu em parte por causa de Nina Teicholz. Desde que seu livro foi publicado, em 2014, Teicholz tornou-se uma defensora das melhores as orientações alimentares. Ela faz parte do conselho da Coalizão da Nutrição, um corpo financiado pelos filantropos John e Laura Arnold, com o propósito declarado de ajudar a garantir que a política de nutrição seja baseada na boa ciência. Em setembro do ano passado, ela escreveu um artigo para o BMJ (antigo British Medical Journal), que acusa a inadequação das orientações científicas que servem de base para as diretrizes dietéticas. A resposta do establishment nutricional foi feroz: 173 cientistas - alguns dos quais faziam parte do painel consultivo, e muitos cujo trabalho tinha sido criticado no livro de Teicholz - assinaram uma carta ao BMJ, exigindo a retratação do artigo. (O artigo completo e traduzido pode ser visto logo abaixo em spoiler): A publicação de uma réplica a um artigo científico é uma coisa; solicitar a sua total eliminação é outra, convencionalmente reservada para os casos que envolvem dados fraudulentos. Como um oncologista consultor do NHS, Santhanam Sundar, destacou em uma resposta à carta no site da BMJ: "Discussão científica contribui para o avanço da ciência. Exigir a retratação, particularmente por parte daqueles em posições eminentes, é uma atitude não-científica e francamente preocupante". A carta lista "11 erros", que sob uma leitura atenta acabam por variar do trivial ao totalmente enganoso. Falei com vários dos cientistas que assinaram a carta. Eles ficaram muito satisfeitos em condenar o artigo em termos gerais, mas quando eu pedi que citassem apenas um dos supostos erros na mesma, nenhum deles foi capaz disto. Um admitiu que nem tinha lido. Outro me disse que tinha assinado a carta porque o BMJ não deveria ter publicado um artigo que não foi revisado por pares (foi revisado por pares). Meir Stampfer, epidemiologista de Harvard, afirmou que o trabalho de Teicholz é "cheio de erros", mas recusava-se a discuti-los comigo. Reticentes quanto a discutir o conteúdo do artigo, os cientistas estavam visivelmente mais afiados para comentar sobre sua autora. Eu era frequente e insistentemente lembrado que Teicholz é uma jornalista, e não uma cientista, e que ela tinha um livro para vender, como se isso fosse argumento suficiente. David Katz, da Universidade de Yale, um dos membros do painel consultivo, e um incansável defensor dos ortodoxos, me disse que o trabalho de Teicholz "cheira a conflito de interesses", sem especificar quais seria esses conflitos (Dr. Katz, por sinal, é o autor de quatro livros de dieta). O Dr. Katz não finge que sempre esteve certo - ele admitiu ter mudado de opinião, por exemplo, sobre o colesterol na dieta. Mas ele voltava o tempo todo ao tema do caráter de Teicholz. "Nina é chocantemente pouco profissional... Estive em salas cheias com o "quem é quem" da nutrição, e nunca vi tal repulsa unânime como quando o nome da senhorita Teicholz vem à tona. Ela é um animal diferente de tudo que eu já vi antes". Apesar dos meus pedidos, ele não citou nenhum exemplo concreto de seu "comportamento pouco profissional". (O ódio derramado sobre Teicholz raramente é dispensado a Gary Taubes, embora eles façam argumentos fundamentalmente semelhantes). Em março deste ano, Teicholz foi convidada a participar de um debate sobre a ciência da nutrição na Conferência de Política Nacional de Alimentos, em Washington DC, apenas para ser prontamente desconvidada, depois que seus colegas deixaram claro que não iriam compartilhar uma plataforma com ela. Os organizadores substituíram-na pelo CEO da Aliança pela educação e pesquisa da batatas. Um dos cientistas que pediram a retratação do artigo Nina Teicholz no BMJ, que me pediu para que a nossa conversa não fosse registrada, reclamou que a ascensão das mídias sociais criou um "problema de autoridade" para a ciência da nutrição. "Qualquer voz, por mais louca que seja, pode ganhar terreno", ele me disse. É uma queixa conhecida. Ao abrir as portas da publicação a todos, a internet tem achatado hierarquias em todos os lugares que elas existem. Nós já não vivemos em um mundo em que as elites de especialistas credenciados são capazes de dominar as conversas sobre assuntos complexos ou contestados. Os políticos não podem contar com a aura do poder para persuadir, jornais lutam para fazer valer a integridade superior de suas histórias. Não está claro que essa mudança seja, em geral, uma benção. Mas em áreas onde os especialistas têm um histórico de erro sistemático, é difícil ver como isso poderia não ser bom. Se alguma vez houve um caso em que a democratização da informação, mesmo que muito confusa, foi preferível a uma oligarquia da informação, a história das diretrizes nutricionais é este caso. No passado, nós só tínhamos duas fontes de autoridade nutricionais: o nosso médico e o governo. Era um sistema que funcionou bem enquanto os médicos e as autoridades estavam informados pela boa ciência. Mas o que acontece quando não se pode contar com isto? O establishment nutricional revelou-se, ao longo dos anos, hábil em liquidar reputações com ataques ad hominem, mas está mais difícil para eles fazer com Robert Lustig ou Nina Teicholz o que fizeram com John Yudkin. Está mais difícil também abafar ou desviar-se da acusação de que a promoção das dietas de baixa gordura foi uma moda passageira de 40 anos, com resultados desastrosos, concebida, autorizada e policiada por nutricionistas. O professor John Yudkin aposentou-se de seu posto no Queen Elizabeth College, em 1971, para escrever Puro, Branco e Mortal. A faculdade descumpriu uma promessa de que lhe permitiria continuar a utilizar as suas instalações para pesquisas. Eles haviam contratado um novo pesquisador, totalmente comprometido com a hipótese da gordura, para substituí-lo, e já não seria politicamente prudente ter um proeminente adversário da mesma no departamento. O homem que havia construído o departamento de nutrição da faculdade a partir do zero foi forçado a solicitar auxílio de um advogado. Finalmente, uma pequena sala em um prédio separado foi destinada para Yudkin. Quando perguntei a Lustig por que ele foi o primeiro pesquisador em anos a focar sobre os perigos do açúcar, ele respondeu: "John Yudkin. Derrubaram-no de forma tão severa - tão severa - que ninguém mais quis se arriscar por conta própria". Fonte: http://www.theguardian.com/society/2016/apr/07/the-sugar-conspiracy-robert-lustig-john-yudkin.
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Bom dia boa tarde boa noite bípedes. CAMPEONATO Minha história que ninguém se importa: Eu uso insulina 24hr/dia. Não sou natural, abraços.