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'Vale-tudo', TUF, MMA feminino... Os 20 anos do Ultimate em capítulos Do início com poucas regras ao show de organização e entretenimento de hoje, sucesso do UFC se deve muito a um reality show e a alguns brasileiros Quem começou a acompanhar o UFC há pouco tempo e vê a organização chegar aos 20 anos sendo de longe a maior do mundo talvez não tenha ideia das inúmeras mudanças por que passou desde a sua fundação. Criado em 1993 para ser um torneio com o intuito de identificar qual a arte marcial mais completa, o Ultimate tem hoje um conjunto de atletas que treinam todas as variáveis possíveis dentro de uma luta. O mérito esportivo ganhou o entretenimento como um forte aliado, e hoje milhões de fãs pelo mundo transformam um evento em programa principal do fim de semana. O dia 12 de novembro de 1993 ficou marcado como a data da realização o UFC 1, mas bem antes disso um brasileiro teve papel fundamental no primeiro capítulo desta história. Rorion Gracie e os seus alunos Art Davie e John Milius buscaram parceiros para tornar real um projeto para fazer um campeonato com lutas entre atletas de diferentes estilos de artes marciais. Royce Gracie na conquista de seu primeiro título no Ultimate (Foto: Getty Images) O UFC 1 começou com oito lutadores e, depois de três lutas no mesmo dia, um outro Gracie se sagrou o vencedor. Mesmo sendo o mais leve de todos, Royce Gracie finalizou todos os rivais e foi o primeiro campeão. Uma propaganda indireta e tanto para o jiu-jítsu da família, que pouco depois passaria a fazer parte do treino de todos os atletas de MMA. Regras mais rígidas e 'fim do vale-tudo' O trio de idealizadores não tinha intenção de fazer mais de um evento, mas as circunstâncias - principalmente o sucesso das fitas de VHS - os fizeram continuar. A máxima de que "não existem regras" (na verdade elas eram poucas, mas existiam) acabou atrapalhando. O MMA chegou a ser proibido em 36 estados americanos, e aos poucos os organizadores viram que do jeito que estava o negócio não iria para a frente. Aos poucos, com bastante negociação junto às comissões atléticas estaduais, muitas regras foram criadas, até que em novembro de 2000 foi realizado o UFC 28, o primeiro do Ultimate que foi sancionado. Àquela altura, Rorion Gracie já não figurava mais entre os dirigentes. Vendeu a sua parte no negócio, descontente com o rumo que a sua ideia tomou, cheio de regras contrárias ao que ele imaginava ser o correto. Dana White e sócios salvam o Ultimate No ano em que o vale-tudo ganhou regras e passou a ser chamado de MMA (sigla para artes marciais mistas, em inglês), a SEG (Semaphore Entertainment Group), empresa responsável por colocar o UFC no sistema de pay-per-view, estava perto da falência. Frank e Lorenzo Fertitta se juntaram ao parceiro de negócios Dana White para salvá-la. Eles compraram o Ultimate por US$ 2 milhões e criaram uma empresa para gerenciá-lo, a Zuffa. Lorenzo já foi membro da Comissão Atlética de Nevada e conseguiu facilmente sancionar os eventos do Ultimate no estado, onde fica Las Vegas, cidade famosa por suas apostas e realização de grandes lutas de boxe. Era o lugar ideal para crescer. Só que esse crescimento não foi fácil. Quando a Zuffa assumiu, a organização tinha três categorias de peso - a criação dessas divisões foi uma das exigências dos governos, que não queriam saber dos duelos Davi x Golias para sancionar as lutas. A partir de 2001, os pesos-leves e médios se juntaram aos pesados, meio-médios e meio-pesados. Com mais campeões defendendo seus cinturões, mais regularidade de eventos, o Ultimate cresceu. Chegou a vender todos os ingressos do MGM Grand Arena e 150 mil pacotes de pay-per-view para o UFC 40, em novembro de 2002, duas grandes marcas para a época. Mas as dificuldades financeiras persistiam. TUF, o salto para o sucesso Uma ideia dos dirigentes fez com que a organização se fortalecesse de vez. Em agosto de 2005, começou a ser exibido na TV americana o The Ultimate Fighter, um reality show que colocava lutadores em início de carreira para viver na mesma casa e lutar entre si (no octógono) para dar ao vencedor um contrato de seis dígitos com o UFC. Stephan Bonnar x Forrest Griffin: TUF 1, em 2005, faz UFC ganhar mais fãs (Foto: Getty Images) A ideia de humanizar aqueles homens estigmatizados como brutamontes que só queriam saber de briga aproximou os fãs dos lutadores. E contando com um pouco de sorte, a luta que definiu o campeão do TUF 1, entre Forrest Griffin e Stephan Bonnar, foi muito disputada, cheia de alternativas, e é apontada como uma das melhores até hoje. O programa foi um sucesso total. Não à toa dura ate hoje. Expansão de mercado Apesar do sucesso do TUF, o UFC ainda vivia à sombra de uma outra organização. No Japão, o Pride surfou por muito tempo a onda da boa economia local, conseguia contratar os melhores lutadores e era considerado o evento mais estável e organizado do mundo. A rivalidade entre as equipes Brazilian Top Team, do Rio de Janeiro, e Chute Boxe, de Curitiba, era um dos pilares de sustentação desse sucesso da companhia japonesa. Entretanto, aos poucos foram surgindo notícias sobre a ligação dos dirigentes do Pride com a máfia japonesa. A organização perdeu sua principal fonte de renda, o contrato com uma emissora de TV do país, e então os dirigentes se viram obrigados a se desfazer do negócio. Assim como fizeram com o UFC, os irmãos Fertitta e Dana White compraram o Pride. Não viram um cenário favorável no Japão e optaram por acabar com a organização em 2007. Wanderlei Silva x Ricardo Arona: rivalidade entre BTT e Chute Boxe esquentava o Pride (Foto: Getty Images) A consequência disso foi que o Ultimate adquiriu os contratos dos lutadores que estavam no Pride. Nomes como Rodrigo Minotauro, Wanderlei Silva, Quinton Jackson, Mirko Cro Cop, entre outros, agora estavam prontos para se transferir para o Ultimate e elevar a qualidade de uma organização em crescimento. Pouco antes do Pride, a Zuffa já havia comprado o World Extreme Cagefighting (WEC), outro concorrente do Ultimate, mas o manteve ativo até dezembro de 2010. Em 2011, Dana White companhia compraram também o Strikeforce, principal concorrente na época, aumentando ainda mais seu plantel de grandes lutadores. Chance aos levinhos e às mulheres As aquisições do World Extreme Cagefighting e do Strikeforce deu ao Ultimate a oportunidade de criar novas categorias. Estrelas do WEC, como José Aldo, Urijah Faber, Dominick Cruz, Renan Barão e outros deram o pontapé inicial dos pesos-penas e dos pesos-galos, em 2011. Em 2012 surgiu também o peso-mosca, que não teve relação com WEC, e assim chegou-se à oitava categoria masculina. Já o MMA feminino sempre foi visto com ressalvas por Dana White. Mas ele se rendeu ao sucesso de Ronda Rousey e também absorveu para o Ultimate algumas das lutadoras que já estavam no Strikeforce. Apesar das desconfianças, as meninas não fizeram feio e hoje até estrelam uma edição do TUF, com a própria Ronda e Miesha Tate como técnicas da 18ª temporada. Spider e GSP, as estrelas da companhia Anderson na luta do UFC que lhe garantiu o título, contra Rich Franklin, em 2006 (Foto: Getty Images) Anderson Silva é um ex-lutador do Pride. Mas deixou a organização japonesa não porque ela fechou as portas. O Spider atuou no Japão pela última vez em dezembro de 2004, quando foi finalizado por Ryo Chonan. Sem muito sucesso na principal organização de MMA da época, rodou em eventos menores e pensou em parar. Foi convencido por Rodrigo Minotauro a continuar e ganhou uma oportunidade no Ultimate em junho de 2006. Começava ali uma história inigualável dentro da companhia. Logo na segunda luta, Anderson Silva já estava disputando o título do peso-médio. Ele derrotou o então campeão Rich Franklin em outubro do mesmo ano e a partir dali quebrou diversos recordes. Foi um domínio de quase sete anos, que se encerrou em julho deste ano com o nocaute que ele sofreu de Chris Weidman. Anderson é apontado como o melhor lutador de todos os tempos do UFC por Dana White, além de diversos outros lutadores e especialistas. Praticamente ao mesmo tempo, só que em outra categoria, o peso-meio-médio Georges St-Pierre também construiu o seu reinado. Assim como Anderson, foram 11 vitórias em disputas de cinturão. Carismático para os fãs masculinos e dono de um certo sucesso com as mulheres, St-Pierre se tornou um garoto-propaganda e tanto para o Ultimate no fim da década passada e início da atual. Foi com ele no card principal, por exemplo, que a organização teve seu maior público na história: 55 mil pessoas no Rogers Centre, em Toronto (CAN), quando ele enfrentou Jake Shields no UFC 129, em 2011. UFC 129: recorde de público no Canadá para ver Georges St-Pierre (Foto: Getty Images) Um jovem destruidor de campeões Com Anderson Silva destronado por Chris Weidman, e Georges St-Pierre acusado por fãs, especialistas e outros lutadores de se tornar um lutador burocrático, que só entra no octógono para vencer por pontos, um outro campeão vem ganhando cada vez mais espaço. Jon Jones chegou ao UFC em 2009, aos 21 anos, mostrando que ainda tinha que evoluir. Só finalizou um lutador nas quatro primeiras lutas, e em uma delas ainda foi desclassificado em luta polêmica com Matt Hamill - o árbitro considerou que ele usou cotoveladas ilegais. Mas depois foi só alegria. Jones bateu três adversários e ganhou a chance de desafiar o campeão Maurício Shogun. Em março de 2011, aos 23 anos e 242 dias de vida, passou a ser o campeão de divisão mais jovem da história do Ultimate. Na sequência, derrotou outros quatro lutadores que já foram donos do cinturão da categoria - Quinton Jackson, Lyoto Machida, Rashad Evans e Vitor Belfort - e até hoje domina o peso-meio-pesado, além de ser o número do ranking peso por peso. Jon Jones, campeão de categoria mais jovem da história (Foto: Getty Images) Os 20 anos do Ultimate tiveram alguns heróis como Jones e também muitos vilões que atrapalharam bastante a imagem da organização. Mas a verdade é que o que aconteceu até agora fez a companhia chegar onde está hoje, no topo do esporte. Nos próximos dias, o Combate.com vai continuar contando um pouco dessa história. Siga acompanhando as matérias no site. ***************************************************************************************** Fonte: www.sportv.com.br
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esses 2 realmente se odeiam? ou é só pra vender - Card Principal Peso-meio-pesado: Jon Jones x Daniel Cormier Peso-leve: Donald Cerrone x Myles Jury Peso-médio: Brad Tavares x Nate Marquardt Peso-mosca: Louis Gaudinot x Kyoji Horiguchi Peso-meio-médio: Hector Lombard x Josh Burkman - Card Preliminar Peso-leve: Danny Castillo x Paul Felder Peso-galo: Marcus Brimage x Cody Garbrandt Peso-pesado: Shawn Jordan x Jared Cannonier Peso-leve: Evan Dunham x Rodrigo Damm Peso-meio-médio: Mats Nilsson x Omari Akhmedov Peso-galo: Alexis Dufresne x Marion Reneau
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Boa noite galera! Vim aqui apresentar para quem não conhece o canal "The NOC" http://www.youtube.com/user/NOC?feature=watch no Youtube. Ele tem vídeos diversos, treinos de atletas de futebol americano por exemplo e "para nooossa alegriaaa" ... Tem esses dois dias de treinos completos dos dois atletas do UFC (The Natural Born Killer e o Bendo). Infelizmente (pelo menos para mim) os vídeos são em inglês e sem legendas, mas são de fácil compreensão enquanto aos templates usados e citam nomes dos exercícios. Achei bem bacana e espero que gostem .
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- Mma Training
- Treino MMA
- (e 7 mais)
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Vitor Belfort encontrou na religião a força para superar o desaparecimento da irmã, caso que ocorreu em 2004 e até hoje não tem explicação. Desde então, diz ter se tornado um homem mais maduro e dedicado, acima de tudo, à família. Dentro do octógono, o lutador vive uma das melhores fases da carreira, física e tecnicamente. Mais centrado, ele procura não entrar em provocações de adversários. Porém, Vitor quebrou boa parte desse protocolo ao conceder entrevista exclusiva ao SPORTV.COM, em seu novo centro de treinamentos na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. À sua maneira - sem ofensas ou palavrões -, ele direcionou críticas ao desafeto Wanderlei Silva, Anderson Silva e até Lyoto Machida, a quem chamou de "demagogo". Sobre Spider, mostrou uma ponta de decepção por conta do episódio do último domingo do The Ultimate Fighter Brasil - Em busca de campeões, em que o campeão dos médios do UFC não visitou o time de Belfort, passou dicas dele para Wanderlei e ainda se referiu ao treinador da equipe verde com um xingamento: - Quando eu não tenho nada de bom para falar de alguém, não falo nada. Acho que cada um vai colher o seu fruto. Ele vai colher o dele. Estava lá torcendo (para Pé de Chumbo, que perdeu para Serginho Moraes), depois ficou com cara de tacho, né? Como campeão, ele tem mostrado quem ele é. (...) Na realidade, às vezes o sucesso sobe à cabeça das pessoas, e elas tendem a se sobrepujar em algumas coisas. O verdadeiro guerreiro não se excede na vitória. Acho que muitas coisas poderiam ser evitadas, mas, enfim, ele está mostrando sua raiz como pessoa. Antes da entrevista, ao ser brevemente questionado a respeito da "goleada" de 7 a 1 nas quartas de final do TUF Brasil, Vitor esbanjou confiança e disparou: - É 8 a 1! É 8 a 1! - disse, abrindo um largo sorriso no rosto, em referência à luta que fará contra Wanderlei Silva, o técnico da equipe rival, no dia 23 de junho, em Belo Horizonte, pelo UFC 147. Mas o duelo contra o "Cachorro Louco" é um dos poucos que ainda estão no caminho de Vitor Belfort. Ele revelou que vai fazer, no máximo, esta e mais duas lutas antes de se aposentar. Depois disso, pensa seriamente em se tornar dirigente do UFC, convite que já recebeu da organização. E não para por aí: o peso-médio conversou bastante sobre o reality show e admitiu o erro por ter dito que Rony Jason não havia lhe pedido para não enfrentar o amigo Gasparzinho. Sobre a luta entre amigos, defendeu mais do que nunca sua tese a favor da competição e garantiu que, caso fosse desejo do Ultimate, enfrentaria até o pupilo Cezar Mutante. Leia, a seguir, na íntegra: SPORTV.COM: Você reencontrou esta semana o Juan, seu ex-companheiro de zaga. Você era bom de bola? VITOR BELFORT: Acho que não (risos). Acho que eu fazia o meu papel como zagueiro, mas nunca fui muito habilidoso. O Juan é muito habilidoso. Ele é um zagueiro difícil de se achar. Faz gol, trabalha o meio de campo. O Juan é um diamante que o Brasil tem. Se não tivesse se tornado lutador, teria ingressado na carreira de jogador de futebol? Toda criança no Brasil tem esse sonho. Hoje, toda criança sonha ser jogador de futebol ou lutador do UFC. O futebol sempre fez parte do brasileiro. Só que eu migrei para a luta desde cedo. Graças a Deus consegui ser um precursor, um abridor de caminhos para o meu esporte. Nós (o MMA) não temos a economia ainda como o futebol, não ganhamos contratos milionários como o futebol, mas no futuro breve vamos ter grandes contratos, assim como existe hoje no boxe, onde ganham US$ 30 milhões por luta (o equivalente a R$ 60 milhões). Vai demorar ainda, mas, economicamente falando, não estamos no mesmo patamar, só em nível de visibilidade. A mídia hoje tem um retorno com o MMA como tem com o futebol. O UFC é uma grande plataforma para o Brasil. Então, fico feliz de poder ter tido sucesso na minha empreitada. E feliz também pelo Juan, por ele ter conquistado o que conquistou. Ele merece. Você é um cara bem instruído, fala inglês muito bem. Pensa em se tornar dirigente de MMA quando parar de lutar? Ah, penso... O UFC (Dana White e Lorenzo Fertitta) já me ofereceu o papel de executivo para quando me aposentar. Eu tenho vontade de poder trabalhar para o UFC, de ser um executivo para eles, principalmente no meu país. Só para se ter uma ideia, o reality show dos Estados Unidos atinge 1,4 milhão de pessoas na televisão aberta de lá. O reality show na Globo atinge 90 milhões de pessoas. A gente vê o valor do brasileiro. Eu estava conversando com o Dana antes de vir para cá, e ele fica abismado com essa diferença. Esse fruto é graças ao Brasil, à mídia, à Globo, de terem acreditado no nosso esporte. Demorou, mas acreditaram na hora certa. Acho que eles entraram e estão investindo aos poucos, estão se especializando. E você pretende lutar até quando? Procuro fazer mais duas ou três lutas e parar, contando com essa agora (contra Wanderlei Silva). Essa e de repente mais uma, essa e de repente mais duas... É a primeira vez que falo isso. Você pensa em terminar com o cinturão, ou esse não é mais seu objetivo? Isso é uma coisa que vai ser sempre meu objetivo. Mas meu objetivo é ganhar meu próximo combate. Quero lutar pelo cinturão, mas isso não é uma decisão minha. Mas não sou um cara frustrado. Já conquistei dois cinturões no UFC em categorias diferentes (peso-pesado e meio-pesado). Eu hoje luto por prazer, não por necessidade. Graças a Deus tenho uma situação financeira estável. Acho que o cinturão é uma coisa que faz parte de todo lutador, mas luto por prazer. O povo brasileiro pode esperar mais duas ou três lutas do Vitor Belfort, e espero que eu possa dar o meu melhor nessas duas ou três lutas que vou fazer. Se eu estiver com vontade de ir para a academia, vou lutar mais uma vez (e completar três no total). Se eu já estiver cansado e sem vontade, acho que não é justo com quem vai pagar o ingresso para me ver, não é justo comigo, com a minha família, por esse sacrifício que eu faço. Então, sou um cara bem satisfeito, bem realizado. Estou feliz pelo lugar onde o MMA chegou. Acho que vou ter muito para oferecer para o futuro do esporte no Brasil. Vai ser uma grande jornada para mim. Sua relação com o Dana White é claramente mais próxima do que a de outros lutadores com ele. E eu li que você foi morar em Las Vegas para ficar mais próximo desse mundo de negócios. Você se considera um homem de negócios? Isso é uma das coisas que eu gosto. Aprendi que tudo que a gente faz tem de ser com alegria. A Bíblia diz que a alegria do Senhor é a nossa força. Quando a gente fala que é a nossa força, é o nosso prazer, a nossa fortaleza, como se fosse um castelo. A vida do ser humano é baseada em três valores importantes: nos relacionamos com a economia, a política e a religião. Então esses são os três fatores que geram todo presidente, toda eleição, toda decisão, todo Senado... E o povo brasileiro não entende muito de política e não tem prazer. Quando você tem prazer em saber, não precisa entender as coisas totalmente, mas tem que entender o contexto. Quando alguém te oferece um negócio, você primeiro tem que entender do que se trata e ter prazer em fazer um negócio. Para citar um exemplo, fui contratar uma pessoa para trabalhar lá em casa, e na entrevista ela falou que não gosta de fazer o trabalho doméstico. Ali ela já foi banida. Então o RH (recursos humanos, responsável por contratações) de toda empresa é muito importante hoje em dia. O RH é o coração de uma empresa. Eu amo o que eu faço. Amo fazer negócios, amo me relacionar, amo ter ideias e poder transformá-las em coisas que tragam benefícios prazerosos pessoais e profissionais. E adoro negócios. Tenho certeza de que vou ter prazer em fazer negócios, mas a realização depende muito de a quem você se associa e de que tipo de negócio você faz. Vamos falar sobre o TUF. Foi bem marcante a cena em que você chorou. Costuma se emocionar daquela maneira ou a sua reação surpreendeu a si próprio? Sou um cara que vivo muito o momento e não tenho vergonha de me expressar. Eu cometo erros, e uma das coisas em que achei que cometi um erro grave no TUF foi na hora da discussão (com Wanderlei). Lembro que o (Luiz) Dórea falou: comecei a dar satisfação na hora em que o Wanderlei me indagou, porque ele estava muito frustrado com as derrotas, então ele achou um motivador para poder se soltar e vencer aquela batalha de conversa. Não entrei muito na dele, nunca entrei muito naquela coisa da agressão e tal, e ele ficou muito naquela de amigo, amigo, amigo... Na realidade, é como o Cigano falou uma vez para mim: ele não lutaria contra o Minotauro por dinheiro nenhum, por cinturão nenhum. Eu respeito isso, o amigo que não quer lutar contra o amigo. Agora, o amigo que se inscreve e fala que não quer lutar na primeira, mas quer lutar na segunda não tem coerência. Se você não quer lutar contra seu amigo, você não compete, não entra em uma competição com ele. Há coisas que não têm preço. Você não vai lutar contra o seu irmão por 10, 20, 30, nem por um milhão de dólares. Você não vai trair sua esposa só porque a mulher é bonita ou feia. Essas coisas para mim não têm preço. Eu respeito a pessoa que não tem o desejo, mas da maneira que foi... Eu me lembro que ele (Rony Jason) entrou no vestiário, pediu para não lutar. Eu me esqueci e acabei falando que não tinha me pedido, e na realidade o Gaspar pediu para o (Gilbert) Durinho para lutar contra o Jason. É muito pedido ali. São lutadores mimados, têm tudo e querem as coisas. O treinador não tem que dar satisfação do porquê de não ter escalado. Ele assume uma posição de poder ter resultado, e não de agradar ao atacante ou ao zagueiro. E resultado a gente teve, foi 7x1, tanto que a gente teve que fazer um empréstimo ao Wanderlei, coisa que não gostei. Mas, enfim, tive que fazer isso. O Dana White disse que se eu não fizesse, ele faria. E eu falei que não. Se eu sou um líder, tenho que fazer. Foi triste de ver aquilo, mas é óbvio que cada um recebe de uma maneira. Eu não julgo ninguém, e acredito que fiz um bom trabalho como treinador. E não tive vergonha de chorar no momento em que senti. Senti principalmente pelo Bodão, de ter que entregá-lo para o Wanderlei. Não tanto pelo Serginho, que não treinou como acho que deveria treinar. Mas na própria troca a gente vê o valor. Vocês vão ver quando eles incorporarem o time azul. Teve uma desvantagem para quem foi para o time do Wanderlei, porque teve que se adaptar durante uma semana a uma equipe nova. Então é isso, sentimento é isso, a gente tem que botar para fora. Falo para o meu filho que, se estiver com vontade de chorar, que chore, mas tem que ter um motivo. Se Jesus chorou, por que eu não vou chorar? Você é o único dos grandes nomes do nosso MMA que defende essa ideia de que amigos devem lutar entre si, por se tratar de uma competição. Como você vê essa diferença de opinião? É como no início lá, na época de treinar arte marcial. Eu era o único, e depois todo mundo aderiu. Pode anotar: esses caras vão ter que aderir, vão ter que mudar a mentalidade. Acho que visão de negócios é isso. O homem de negócios consegue ver um bom negócio no futuro. O homem que não é não consegue. Você fala "enxerga!", mas ele não consegue. Como eu! No ano 2000 eu botei o MMA na televisão aberta (na luta contra Chuck Liddell). A gente deu 12 pontos de ibope. Isso à 1h da madrugada é muita coisa. Cada um tem uma visão, respeito a visão deles. Quando eu sou a favor disso, as pessoas encaram como se o Vitor não tivesse amigo. Gente, amizade para mim é muito profundo. As pessoas confundem amizade com treinamento e profissionalismo. Você trabalha dentro de uma empresa, o Eike Batista por exemplo. Se ele for amigo de todo mundo e não for despedir, não vai ter sucesso. Na bolsa de valores, se o cara não estiver rendendo é mandado embora. É óbvio que se cria o vínculo de amizade, e eu respeito aquelas pessoas que falam que não lutam por dinheiro algum. Agora, luta contra você só na final? Por exemplo, o Lyoto foi demagogo, porque ele competiu com o irmão várias vezes em final de caratê, o Chinzo Machida. Por que ele não é a favor? Se ele competiu no caratê, então está se contradizendo. Em todos os esportes eles competem, no judô... Por que no MMA vai ser diferente? É muito egoísmo eu ser o campeão do UFC, ganhar dinheiro do "pay per view" e dizer: "Olha, a gente é amigo, então não vem tirar meu cinturão, porque eu sou o campeão. Quando eu perder o cinturão, você pode ser o campeão". Acho isso desleal. Muitos lutadores aderiram a esse pensamento porque têm medo de perder, aí querem se tornar amigos, outros são inseguros, outros vêm de equipes que têm esse pensamento. Eu não condeno, eu respeito, mas acho que as pessoas têm que respeitar a minha visão, que é profissional. E todo mundo que vive do esporte pensa assim. O Bernardinho pensa assim. As Olimpíadas pensam assim. Então, se nós queremos ser aceitos, ser um esporte olímpico, temos que pensar como esporte. Não tem nexo, não tem profissionalismo, não vamos chegar a lugar nenhum pensando dessa maneira. Então te pergunto: se fosse desejo do UFC, você lutaria contra o Mutante, por exemplo? Já falei para ele. Se eu tivesse que lutar contra o Mutante, eu iria lutar. Se o Dana White virar e falar para mim que é hora de eu lutar contra o Mutante, se eu for o detentor do cinturão, e ele for lutar pelo título, não vou ser injusto com ele, caso ele tenha essa oportunidade. É óbvio que não tenho o desejo, não quero lutar contra o meu amigo, mas eu sou a favor de as pessoas se enfrentarem mediante essas circunstâncias. Então me explica: o Wanderlei não treina com o Anderson Silva, mas também é amigo do outro, e do outro. Daqui a pouco ninguém luta com ninguém. O Pezão é amigo do Cigano, que é amigo do Minotauro, e daqui a pouco ninguém se enfrenta mais. Eu respeito as pessoas que não querem lutar contra amigos, mas quando você entra em uma competição como o TUF com o seu amigo, você sabia que ia lutar pelo mesmo objetivo que ele, então os dois (Jason e Gasparzinho) sabiam que poderiam se enfrentar. Eu não programei de botá-los. Por acaso o Gasparzinho era o mais indisciplinado e ficou por último. Não lutou na primeira porque estava menos preparado e menos treinado. Fui casando as lutas mediante as escolhas dos treinadores, e sobraram os dois. Foi fato do acaso. Agora, ficou aquele peso de que o Vitor botou os amigos para lutar. Não! Os amigos se inscreveram em uma competição, pô! Eu tinha que casar as lutas mediante a amizade dos caras? Não. Fomos casando mediante as escolhas. E acabou. Estavam ali para competir, e continuam amigos, não mudou a amizade deles em nada. Acho que isso prova que você competir com o outro não muda nada. A gente tem que ver o outro lado. Respeito quem pensa assim, mas acho que vão mudar de opinião quando tiver ainda mais competição no esporte. Hoje todo mundo treina junto, praticamente, então é difícil falar. Estou adiantando algo que vai ser um mito, que vai se desfazer. Não tenho problema em me expor. Se alguém não concorda com isso, paciência. Que arrume outra competição, outro trabalho, né? Você recebeu muitas críticas nas redes sociais por ter casado a luta Rony Jason x Gasparzinho e depois ter brigado para não ter que redividir os times. Acharam que você foi contraditório. O que você tem a dizer sobre isso? Briguei para não dividir os times. Eles iam competir da mesma maneira. Eu achei injusto com os caras que foram para lá. Eu era a favor de eles competirem sendo da mesma equipe. As pessoas não entenderam ainda. São um bando de ignorantes! Eu não queria dar o cara para o outro time. Queria que eles treinassem e competissem juntos. Não tinha necessidade. Eu queria que o time do Wanderlei ficasse na plateia assistindo aos amigos competirem. Estão achando que eu não queria que eles competissem? São ignorantes! Iam sair na mão pelo time verde. Não foi o azul que os classificou. Foi injusto o Serginho, o Bodão e o Pepey terem que ir para lá. Pelo amor de Deus! Os caras são muito ignorantes! Têm que fazer escola de vida! Queria que os verdes saíssem do vestiário abraçados e fossem lá mostrar que amigo luta contra amigo. E que vencesse o melhor, isso que seria feito. Você já se antecipou e disse que não lembrava de quando o Jason pediu para não enfrentar o Gasparzinho. Acha que aquilo pode ter sido ruim para a sua imagem de alguma maneira? É isso, foi um erro meu. Todo mundo erra. A integridade do homem é assumir seu erro. Agora, tem gente que faz coisas erradas e diz que não sabia. Eu errei. Está provado que o cara falou comigo e eu não lembrei na hora que o Wanderlei falou. E o Gaspar foi falar com o Durinho que queria lutar contra o Jason. E a gente acabou atendendo a um pedido do Gaspar, e não mostrou isso. Se você pegar a fita lá vai ver que depois da confusão entre eles, em um episódio anterior, ele disse que queria lutar contra o Jason. Então acabou que tive que me explicar para o Wanderlei, mas não tinha que explicar nada. Tinha que ter batido nas costas dele e falado: "Wanderlei, você está tomando de 7 a 1, fica quieto aí porque está dando certo para mim, e guarde seus sentimentos para você. Decide aí que eu decido aqui. Você é time azul, eu sou verde, e ponto final". Agora, errei, fazer o quê? O Jason tinha falado comigo de uma maneira sutil, "se der" (para não enfrentar Gasparzinho). Mas sou homem para assumir meu erro. Ninguém é perfeito, e assumi meu erro. Antes da vitória do Serginho, você chegou a dizer que ele foi o único que não se encaixou na sua equipe. Por quê? Depois ele se mostrou lá, falou que queria ir para o time do Wanderlei. Ele não se encaixou, não treinava, estava sempre ali reclamando do joelho, disso, daquilo. Não sei. Os treinadores também reclamaram o tempo inteiro dele, dizendo que ele estava sempre reclamando e não treinava. Eles me passaram isso, e eu percebi. No último episódio, o Serginho apareceu em uma conversa com o Bodão falando que houve falsidade no time verde e que teve dedo seu. Ele insinuou que o Mutante e o Sarafian já estivessem escolhendo, junto de você, adversário para as semifinais. Eu sou o cara que decido. Tanto que falei abertamente com eles. Não deixei o Dana White dividir porque eu sou o líder. Falei lá que o Cezar não tinha clima para ir para o time azul. E como foi essa questão da intriga entre o Mutante e o Wanderlei? O Wanderlei ficou de coisinha e birrinha com o Cezar porque ele treina comigo, querendo implicar. E o Sarafian teve um atrito com o Babalu lá dentro. Então fui correto. Fiquei triste principalmente pelo Bodão, fui sincero, porque ele foi um dos caras com quem eu mais me identifiquei na casa. E pelo Serginho também, apesar de a gente ter tido alguns desentendimentos. A decisão foi essa. O dedo foi do Vitor mesmo. Eu sou o treinador, e a comissão toda votou a favor disso. Uma possibilidade que você levantou foi a de chamar o Bodão para treinar com você após o programa. Ele vai fazer parte da sua equipe? Já chamei o Bodão. Ele pode vir quando quiser. Cada um sabe o que é bom para si. Respeito muito isso. Ele foi convidado e sabe que a qualquer momento pode estar aqui. Só depende dele. As provocações do Wanderlei te atingiram em algum momento? Como recebe as coisas que ele fala de você quando está assistindo ao programa? Ah, eu nem ligo. Cada um tem sua horta. Deixa ele comer a dele que eu vou comer a minha, que é orgânica. A dele não está orgânica, está muito "junk food" (expressão americana que define a chamada "comida engordativa", como pizza, hambúrguer, etc.). As palavras estão muito "junk food". O Anderson Silva só visitou o time azul e ficou na torcida por eles. Achou injusto da parte dele com os atletas do seu time, pelo que ele representa e pelo fato de Lyoto, Cigano e etc. terem visitado os dois times? Quando eu não tenho nada de bom para falar de alguém, não falo nada. Acho que cada um vai colher o seu fruto. Ele vai colher o dele. Estava lá torcendo (para Pé de Chumbo, que perdeu para Serginho Moraes), depois ficou com cara de tacho, né? Como campeão, ele tem mostrado quem ele é. E tem muita gente que gosta dele. Eu não estou aqui para falar o que eu acho. Isso eu guardo para mim. Cada um tem direito de errar. Basta você perguntar o que ele acha. O que acho fica guardado para mim, e cada um tira suas conclusões. Vamos seguindo a vida. Todo mundo tem direito às suas escolhas, é o livre arbítrio. Ele ainda desenhou um pé no seu pôster, em alusão à luta entre vocês no UFC 126 (Anderson venceu por nocaute com um chute frontal cinematográfico). A rivalidade entre vocês é tão grande assim? Não tem não. A luta entre a gente trouxe grande louros para ele. Na realidade às vezes o sucesso sobe à cabeça das pessoas, e elas tendem a se sobrepujar em algumas coisas. A vitória é isso aí, eu reconheço. Ele foi muito bem naquela luta, me deu um chute muito bem aplicado, colheu o fruto dele. Acho que merece, não foi à toa. Esse chute foi uma coisa que ele treinou e conseguiu acertar. Dando sorte ou não, tem que respeitar. O verdadeiro guerreiro não se excede na vitória. Acho que muitas coisas poderiam ser evitadas, mas, enfim, ele está mostrando sua raiz como pessoa. A vida é assim, cada um fazendo sua hortinha, e em um futuro mais breve isso tudo vai passar. Viu que ele passou dicas suas para o Wanderlei? Disse que não poderia andar para trás e se referiu a você com um xingamento. O que achou disso? O que eu achei? Como falei, minhas palavras são orgânicas, e as dele são "junk food". Não gosto de falar palavras feias, sou contra isso. É difícil a gente controlar a boca e a vontade dos outros. Acho que isso é um exemplo ruim para os filhos dele. Quando a gente fala com falta de respeito... O respeito a gente demonstra, não fala. Ele está fazendo a horta dele. Eu não concordo, mas fazer o quê? Ele falou, mas também não guardo rancor. Sou bem realizado, sei quem eu sou e do que sou capaz. Competição é isso: um ganha, outro perde. Não quer dizer que um é pior do que o outro. E nada como um dia após o outro. A virtude do grande campeão é respeitar seu adversário. Eu o perdoo. Entre as lutas que você pretende fazer, uma delas seria contra o Anderson? Com certeza seria um bom combate, um bom tira-teima. Se tudo der certo, quem sabe? O futuro está nas mãos de Deus. Mas hoje eu tenho outro Silva no meu caminho (risos). Um palpite: Anderson Silva ou Chael Sonnen? Não sei. Acho que o Anderson tem mais chance, leva mais vantagem Em relação ao Lyoto Machida, ele disse que pensa em baixar para os médios para fazer uma luta experimental. Como você acha que ele se sairia na sua categoria? É um grande lutador, mas acho que ele não poderia lutar contra o Anderson ou o Wanderlei, porque eles são amigos, né? (risos) Acho que ele deveria repensar. Teriam muitos amigos nessa categoria. Então, não sei se ele teria muito êxito. Mas se ele for a favor (da luta entre amigos) e conseguir executar o que executava no caratê, acho que teria um grande favoritismo. É um atleta muito duro e muito competente. Favoritismo contra qualquer um? Contra qualquer um, em qualquer peso. O Lyoto é um grande atleta. Até contra você? Até contra mim, com certeza (risos). Ah, não tem favorito não. Favorito é aquele que treina mais, mas acho que o Lyoto seria um dos grandes favoritos. Não existe "o" favorito. Favorito é aquele que treina e ganha, aquele que executa. Mas ele tem grandes qualidades, seria um grande adversário. Para finalizar: o Gil Martinez, seu treinador de boxe, foi córner do Jorge Lopez, atleta do Wanderlei, e vestiu uma camisa do Wand Fight Team no último evento do UFC. Afinal, ele virou a casaca? Não sei, é difícil. Não controlo os desejos das pessoas, esse negócio de camisa. Isso não cabe a mim. Eu sou um profissional, e ele é um treinador de boxe que me treina, como outros treinadores também. Desta vez eu estou com o (Rubens) Dórea. Ele (Gil Martinez) não está na preparação, mas é um dos que me treinam lá em Las Vegas. FONTE:http://sportv.globo.com/site/eventos/combate/noticia/2012/05/belfort-critica-wand-spider-e-lyoto-e-garante-que-enfrentaria-ate-mutante.html
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Parece que a polêmica sobre o uso de TRT por Vitor Belfort conseguiu mais um nome de peso. Próximo adversário do brasileiro, o atual campeão dos pesos médios, Chris Weidman, criticou o tratamento, em entrevista ao site "MMA Junkie", e diz preferir lutar em Las Vegas, estado americano que não permite o uso de reposição hormonal. "Estou feliz (por lutar em Las Vegas). Ele (Vitor) tem lutado no Brasil nos últimos dois anos, e obviamente parece o Hulk agora. Ele está sob uso de TRT e já foi pego trapaceando anteriormente por testosterona e não sei o que mais. Um cara de 36 anos ter um nível de testosterona muito maior que o meu, aos 29 anos, sendo que nunca tomei nada, não é justo. Então, fico feliz por lutar em Vegas, e espero que testem ele cuidadosamente para que não trapaceie", disse o americano. Embora não concorde com o uso de TRT, Chris Weidman acredita que o "Fenômeno" seja o oponente certo para sua próxima luta. Ainda sobre a polêmica, o americano afirmou que nunca faria uso do tratamento. "Acredito que ele seja o cara certo. Ele vem de três vitórias consecutivas por nocaute, então acho que é o cara certo" "Acho que o TRT não pertence ao nosso esporte. Não gosto disso. Não tenho um dos níveis mais altos de testosterona e não usaria. Sinto-me bem com o que tenho. Algumas pessoas provavelmente me diriam para repor testosterona, mas não faria isso", concluiu. Apesar da vontade de Weidman em enfrentar Vitor Belfort em Las Vegas, o local de realização do duelo ainda não foi oficializado. No entanto, um dos chefões do UFC revelou recentemente que a possibilidade do duelo acontecer na "Cidade do Pecado" é grande. http://br.esporteinterativo.yahoo.com/noticias/weidman-critica-belfort-por-trt---est%C3%A1-parecendo-o-hulk--212102768.html