Isso não está correto. A imprensa majoritariamente repudiou os atos nos primeiros dois, talvez três dias, mas ninguém que viu os jornais de sexta pra cá vai dizer que a imprensa está contra os manifestantes, muito pelo contrário.
Agora, vandalismo aconteceu, não foi pouca coisa, não foi irrelevante, e tem que ser mostrado doa a quem doer. Da mesma forma que noticiam quando um policial agride alguém sem motivo tem que mostrar quando saqueiam uma loja, como fizeram essa noite.
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Segue um trecho muito foda de uma professora de direito penal da USP, Janaina Conceição Paschoal:
Chegam à idade adulta os garotos que nunca ouviram um NÃO, os garotos que sempre puderam se expressar, ainda que agredindo o coleguinha, ou chutando a perna de um adulto em uma loja.
Chegam à idade adulta os garotos cujos pais vão à escola questionar por quais motivos os professores não valorizam a genialidade de seus filhos. Pais que realmente acreditam que seus filhos, aos vinte anos, são verdadeiras sumidades e têm futuro por possuírem vários seguidores no Twitter.
Nossos iluminados já avisaram que, se a tarifa de ônibus não baixar, vão continuar a parar São Paulo. Quem vai lhes dizer não? A Polícia não pode, nem quando estão queimando carros e constrangendo pessoas. Os professores, salvo raras exceções, incentivam, em um saudosismo irresponsável, para dizer o mínimo. E os pais, entorpecidos pela necessidade de constatar o sucesso da educação conferida, acham tudo muito lindo e vão às ruas acompanhar a prole, pedindo algo indefinido e impalpável.
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Só um lembrete: São Paulo e Rio de Janeiro, Estados que estão sendo os guias para as manifestações por todo o país, foram os mesmos que elegeram respectivamente Tiririca e Romário para o Senado. Confesso, até acho poético isso de "povo tomando as ruas" e tal, mas não me iludo - revolução se faz nas urnas, sem mais.
Não esqueça que na nossa bandeira antes de progresso está escrito ordem.