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Aula 14/06 - Parasitologia Nematelmintos (nemato=fio; helmintos= verme. Vermes de forma afilada). Enteropatias. Ascaris Lumbricoides Atenção espeial nisso pra galera que tá tentando o vestibular. O ascaris lumbricóides é o causador da Ascaridíase e você provavelmente o conheçe pelo nome de "lumbriga", pois certamente já viu alguma das fotos à seguir: Para adquirir Lumbriga, voce precisa comer cocô, pois lá estarão os Ovos do parasita. Mas por mais higiênico que você seja, saiba que há estudos mostrando que uma pessoa come em média 200g de coco durante a vida. Isso é possível de várias formas: um exemplo é de uma criança que já tenha a ascaridíase, ela dá uma coçadinha no bumbum, e depois te alcança um brinquedo com essa mesma mão, pronto, se você não lavar logo pode encostar na boca, mesmo que só por uns instantes e já ganhou uns ovinhos de brinde. Após a ingestão dos ovos do parasita, todo o desenvolvimento dele é monoxeno, ou seja, só precisa de um hospedeiro para crescer e se multiplicar. A fêmea tem a capacidadede carregar mais de 27 milhões de ovos consigo, eliminando cerca de 200 mil ovos por dia, e uma pessoa pode ter entre 500 e 600 larvas em seu sistema digestório. Esses ovos precisam de uma temperatura entre 30 e 35ºc para se desenvolver, o que é muito próximo à temperatura média do corpo, e para destruí-los só aquecimento acima de 45º. Os ovos liberados podem se encontrar ativos e inativos, dependendo do ambiente, sendo isso facilmente identificável pela presença de uma membrana externa nos ovos ativos. Inativo (Esquerda); Ativo (Direita) O macho desse verme possui um corpo menor que a femea e com a cauda enrolada enquanto a fêmea é maior que o macho e com a cauda retinha. E isso tem uma razão básica: o sexo é mais tranquilo e a fêmea é quem carrega os ovos. Uma coisa básica para reconhecer nesses vermes é a boca, que possui 3 lábios e fica bem próximo ao póro excretor do verme, ou seja, a fêmea possui um anus, mas a excreção ocorre próxima à boca. Já o macho, esse possui uma cloaca e próximo disso uma Espícula Peniana, que equivale ao óbvio. Os 3 Lábios do Ascaris. Macho possui a cauda enrolada (ponta direita). Enfim, após a contaminação com o ascaris, ele faz um Ciclo Pulmonar (ou Ciclo de Loos). Quando os ovos são ingeridos, eles rapidamente amadurecem e viajam pela circulação portal (Intestino->fígado) e depois até o coração e são transportados até os pulmões, lá ele arrebenta alguns alvéolos pulmonares e sobe pela traqueia até a laringe e faringe. Com a irritação o hospedeiro tosse, ou engole, e ele volta aao trato gastrointestinal, formando o verme adulto, que libera mais ovos e o processo se repete. O coração pode até ser perfurado nesse processo. Sinais e sintomas: -Tosse Seca, pela irritação ocosionada pelas larvas -Febre, que é resposta padrão do sistema imunológico pela liberação de interleucinas. -Dificuldade Respiratória, quando as larvinhas entram nos alvéolos -Irritação Bronquica, quando as larvas saem dos alvéolos e sobem a traquéia. -Diarréia, vômito: básicos na maioria das infecções parasitárias. -Fezes Mucossanguinolentas, que pode ser pela perda de ferro ou pela ação espoliadora em geral. -Espoliação Nutritional, pois as larvas competem com o intestino para absorver os nutrientes ingeridos. -Urticária, pois vai dar cocera no bumbum -Oclusão Intestinal. Quando o verme aumenta demais ou se procria demais, ele obstrui alguns canais, fazendo pressão mecânica no trato gastrointestinal. Qual médico vai pensar primeiro nisso? vai te encher de remédio e em caso a coisa piorar talvez isso passe pela cabeça, aí se faz um raio X e pode aparecer lá. O método de profilaxia está em lavar bem os almentos, principalmente as saladas, já que os ovos ficam nas folhas; ferver a água e cozinhar BEM a carne. Churrasco mal-passado... no good at all. Enterobius Vermicularis. A Enterobiose é uma doença não sexual que pode ser transmitida assim mesmo pela relação sexual. Durante a noite, as fêmeas migram e saem pelo anus do hospedeiro e provocam muita coceira, a pessoa infectada pode ficar coçando a região e levando esses ovos até a região vaginal e contaminá-la, ou pelo sexo anal mesmo, caso ela seja fã. Por motivo de facilitar a reprodução, a fêmea é maior. Muito menor que o Áscaris. Principais Sinais e Sintomas: -Prurido anal noturno, já explicado. -Irritação, que leva a pessoa a coçar-se. -Dor abdominal. -Vulvite, que pode provocar, veja só, onanismo. A transmissão é em simples, ou pela ingestão dos ovos ou pela prática sexual. A ingestão de ovos é comum, porque a larva é muito pequena e até poeira pode transportá-la, ou pela ingestão de larva através de fezes, como coçar o fiofó (retroinfecção). Ovos de Enterobius Vermicularis. Trichuris Trichura/Trichocephalus Trichiurus. Esse verme de ciclo monoxeno possui umas características beeeem distinguíveis entre femea e macho, sendo a fêmea maior e com a cauda mais arredondada, semelhate à um chicote, e o macho menor e com cauda em formato espiralado. O ovo desse parasita é semelhante à uma bandeira ou um limão. Macho em formato aspiralado; femea parece um chicote. Ovos A forma de contágio dele é, assim como áscaris e enterobius, através de fezes. A fêmea deposita em torno de 7.000 ovos/dia, sendo que 1g de fezes pode conter 1000 deles. Difícil mesmo é fazer só 1g de fezes. Huhauhueauheauhueah. Mas não é tudo, também pode ser transmitido por artrópodes, isso quer dizer, outros vetores, chuva, vento o que torna ele um verme cosmopolita.... chique. As larvas ficam incubadas (desativada) no organismo humano entre 60 e 90 dias. Aí então vem os problemas: A maioria dos casos é assintomático, provocando no máximo desidratação e irritação das terminações nervosas no intestino, que provoca peristaltismo (cólica). Aí se a coisa piora vai para inflamação do cólon, mais cólica, disenteria e fezes mucossanguinolentas. Em casos Crônicos os sintomas acima acompanharão eusinofilia, desnutrição, anemia e outro: Prolapso retal. Há fotos piores (NÃO PROCURE POR PROLAPSO RETAL NO GOOGLE, NÃO CLIQUE AQUI). Então, para evitar problemas, optei por colocar uma imagem pequena mostrando a castanha de um caju. A detecção é exame de fezes 4ever, então tratamento com larvicidas. Quanto à profilaxia, o esquema é não usar mais o matinho, praia (eu moro na praia, professor diz que já fez análize e encontrou isso nas praias daqui), poço da construção para se aliviar. E assim como as outras doenças ja relatadas, não deixar a criançada brincar em areia de construção também ajuda. Saneamento Básico FTW. Tanto a Ascaridíase quanto a Tricuríase possuem diagnóstico difícil, por causa daquele velho esquema médico "oncologistas veem câncer, imunologistas veem autoimune", mas tem que fazer exame de fezes, não tem jeito. No final do semestre nós faremos um na faculdade. Todo mundo terá que levar seu cocozinho lá e fazer a própria análize. Impressionante que só eu ache isso o máximo.
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Muito obrigado Brunobyof. Cara, eu faço com prazer, pois aprendo e ainda tenho a chance de passar isso adiante. Foda é na hora das provas. To com receio de postar aqui a minha Média 1 do trimestre assim que todas sairem. Sei os conteúdos, estudo, leio e entendo. Mas na hora da prova a coisa não sai, nunca fui tão mediano antes. Hoje mesmo coloco o post de Parasitologia de hoje. Abraço especial bruno, e mais para quem pode reservar um tempinho do dia para ler o meu trabalho.
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Noções Básicas De Fisiologia Do Exercício
lourensini respondeu ao tópico de Maximus Decimus em Artigos Sobre Treino
Então Niel89, sinta-se a vontade para criar uns tópicos novos por aqui. ou sinta-se obrigado tbm, heuaeheuahea tamo precisando de novas discussões.- 79 respostas
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Addendum sobre Nervos Cranianos, one by one. I Nervo Craniano: Olfatório. Os nervos cranianos originaram-se de forma gradual ao longo da evolução das espécies, por isso sua "contagem" se dá de "cima para baixo" do prosencéfalo ao mielencéfalo. E isso facilita muito na hora de entender como a coisa toda funciona. O primeiro nervo cranial, o Nervo Olfatório foi, provavelmente, o primeiro a ter surgido nos seres, já que cheirando as coisas dá pra ir muito longe. Ele se situa na Base do cortex frontal, aonde as suas fibras inervam diretamente a cavidade nasal. II Nervo Craniano: Optico. Esse nervo, junto com o Nervo Olfatório, também está situado no Prosencéfalo (região do diencéfalo e telencéfalo), sendo um dos primeiros nervos a se formarem durante a evolução da espécie. No quiasma óptico é que a visão se inverte para chegar no lobo occipital, na parte posterior do cérebro, aonde ela passa a ganhar sentido. III Nervo Craniano: Oculomotor. Esse nervo faz os olhos se moverem em 3 direções e girarem, pois inerva 4 dos 6 músculos oculares. É o único nervo que sai posteriormente ao tronco cerebral, na região do Mesencéfalo. Imagem muito bem ilustrada com a inervação motora ocular do nervo. Os 4 musculos são Reto Medial (próximo ao nariz), Reto Superior, Reto Inferior e um Obliquo Inferior. IV Nervo Craniano: Troclear. O nervo Troclear é o segundo nervo craniano da região Mesencefálica, saindo na parte posterior do mesencéfalo a nível dos colículos superiores para projetar-se à frente dos pedúnculos cereberales do mesencéfalo, abraçando-os, para inervar o músculo Oblíquo Superior dos olhos. Junto com o Nervo Oculomotor, que inerva o músculo Oblíquo Inferior, o olho pode ser girado para ambas as direções. V Nervo Craniano: Trigêmio. A princípio isso não significa nada, e sem entender o por que, você nunca vai lembrar qual a localização e por que diabos se chama trigemio. Mas trigêmio é um nervo que sai sagitalmente ao centro da ponte. É aquele que eu falei ali em cima que pareciam dois mamílos. O trabalho do trigêmio é inervar músculos maxilares, oftalamicos e mandibulares, por isso ganha o nome o tri. VI Nervo Craniano: Abducente. Vocês sabem o que a palavra "abdução" significa? Ela quer dizer "afastar", Por isso que Cadeira Abdutora afasta as pernas do centro do corpo, treinando o músculo tensor da fáscila lata e os glúteos. O VI par de Nervo craniano, o Abducente fica imediatamente acima das Pirâmides, saindo da Fissura Pontina (entre Ponte e Bulbo), e inerva o sexto músculo ocular (aquele que ainda estava faltando), que é o Musculo Reto Lateral. Lesões nesse nervo provocam estrabismo medial, pois o Musculo Reto medial estará sempre puxando o olho para o centro do corpo. Na imagem esquerda, o músculo reto lateral sendo inervado pelo Abducente (VI), e na esquerda, o local aonde ele emerge (número 06). VII Nervo Craniano: Facial. O nervo facial (VII) divide espaço de eferencia com os nervos Glossofaríngeo (IX) e Vestíbulococlear (VIII), na linha da fisura pontina, logo acima das Olivas do bulbo. Olhe na imagem da direita, acima, aonde está o nervo 8 e 9. O 9 parece estar errado, no livro que tenho ele (glossofaríngeo) está bem junto ao 8 (vestibulococlear), saindo da fissura pontina. O Nervo facial faz eferência aos músculos da face e às glandulas da região (1- parótida, 2- submandibular, 3- sublingual) e inerva 2/3 da língua Qualquer paralisia nesse nervo é facilmente distinguível, já que a mímica da face é controlada por ele praticamente por completo. VIII Nervo Cranial: Vestibulococlear A emergencia dele também se encontra junto ao VII Facial e o IX Glossofaríngeo na "linha das Olivas" da fissura pontina. Esse nervo é a junção da parte vestibular (posicionamento espacial) e coclear (audição) do ouvido interno, estando totalmente ligado ao balanço, equilíbrio e a audição. É um nervo totalmente eferente e embora a parte Coclear e Vestibular se juntem, as funções são distintas. IX Nervo Craniano, Glossofaríngeo. Glosso, na definição anatômica, significa Língua, e faríngeo, obviamente, farínge. Esse nervo faz inervação de 1/3 língua e a farínge. Unica imagem que encontrei. O glossofaríngeo é aquele do círculo menor, que fica junto do facial (VII). O círculo maior está mostrando o nervo Vago (X) e Acessório (XI) (pelo que me parece) X Nervo Craniano: Vago. Esse é o mais mencionado na nutrição, devido ao impacto que uma lesão nele terá no trato digestório que ele inerva, que são todos os tratos parassimpáticos desses órgãos, secreção de suco digestivo, pulmão, coração, órgãos sexuais. A emergência dele ocorre no Sulco Pós Bulbar, acima do Nervo Acessório (XI). XI Nervo Craniano: Acessório. Emerge do sulco pós-olivar, abaixo do Nervo Vago (X), passa pelo forâme magno para inervar o Esternocleidomastóideo e o Trapézio. XII Nervo Craniano: Hipoglosso. Taí o 1/3 da língua que faltava. Os primeiros 2/3 são inervados pelo Glossofaríngeo. Esse nervo é o único que emerge do sulco pré-olivar. Lesões nesse nervo promove uma projeção unilateral quando a pessoa bota a língua pra fora.
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Valeu Ricfs. Te dou uma dica: esteja a frente dos outros, sempre. Leve para a aula coisas que ninguém ouviu falar e irrite os colegas sem medo. Ao menos os professores curtem. Leia os posts sobre bioquímica, anatomia e fisiologia e faça todas as perguntas possíveis para mim. Vou responder uma por uma tentando simplicar o conteúdo. Abraço
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Aula 10/09 - Anatomia Tronco Cerebral - Anatomia e Funções. Fake. O Seu. A formação do cérebro durante o período embrionário se inicia pela ponta do Tubo Neural que se dilata em algumas regiões, criando vazios internos que serão chamados de Ventrículos. Primeiramente são apenas 3 dilatações: -Prosencéfalo, superior, que depois se divide em Telencéfalo, que dará origem aos 2 lados do cérebro; e Diencéfalo, que dará origem ao tálamo, epitálamo, hipotálamo, glandula pineal, neurohipófise. -Mesencéfalo, que não se divide durante o período embrionário, mas dá origem à colículos superiores e inferiores na parte posterior; e aos nervos cranianos III e IV. -Rombencéfalo, que se divide em Metencéfalo que dá origem à ponte, ao cerebelo e aos nervos craniânos V, VI, VII, VIII; e Mielencéfalo, logo abaixo, próximo à medula espinal, que dá origem ao bulbo. O tronco cerebral é uma estrutura que compõe o encéfalo (dããã), mas NÃO inclui o diencéfalo e, muito menos, o telencéfalo.consituindo-se somente das partes vermelhas e a preta da imagem mostrada. É no tronco cerebral que a inversão de nervos são feitas, tornando o hemisfério Direito do telencéfalo responsável pelo lado Esquerdo das funções motoras e também é aonde maior parte do sistema Parassimpático se encontra. Então, marque essas palavras quando ouvir falar em tronco cerebral: Mesencéfalo, Metencéfalo, Mielencéfalo. Os 3 M. One By One, e de cima pra baixo: Mesencéfalo Única estrutura que durante o período embrionário permanece basicamente a mesma e não se divide. É claro que se torna mais complexa, mas não tanto quanto o Metencéfalo e Mielencéfalo. É aqui no Mesencéfalo que o Sistema Límbrico faz a junção de história de vida, educação e experiências se para gerar uma resposta para determinado estímulo, como decidir se vai ou não sair quebrando tudo se pegar a namorada te traíndo. Corte transversal do Mesencéfalo. A parte superior da imagem é a parte anterior do Mesencéfalo. O nervo Troclear (IV) é o único nervo que sai dorsalmente ao tronco cerebral, e a frente, tem o Nervo oculomotor (III), que separa o pedunculo cerebral esquerdo do direito pela fossa Interpeduncular (pedunculos são separados por uma fossa interpeduncular, da qual o Nervo Oculomotor (III) surge). É no pedunculo cerebral que os tratos corticoespinais passam para levar informação sobre o estado do movimento dos musculos para o cerebelo. Cerebelo (Metencéfalo) O cerebelo é o órgão do SNC que cuida dos movimentos precisos e informações espaciais. Se você mover 1mm para a esquerda, ele irá detectar esse movimento. A ação muscular provoca movimentos que geram um estímulo no ouvido interno, através do aparelho vestibular, que contém uma geléia muuuito sensível que ao se mover, pressiona alguns receptores, que enviam a informação para os núcleos vestibulares no Bulbo, então para o cerebelo, que devolve essa informação para os músculos através dos neurônios motores da medula. Ponte (Metencéfalo) Separada do Cerebelo pelo 4º ventrículo através do assoalho da fossa romboide. Exatamente no meio da face anterior da ponte, cruza uma artéria que provém de duas artérias vertebrais (dorsais, né), e se judam para formar a Artéria Basilar na frente da ponte. É na ponte que os nervos cranianos V, VI, VII e VIII se projetam. Esses dois mamilos vermelhos aí são o 5º par de nervos cranianos, sendo que a ponte guardiã de 4 dos 12 nervos craniais: V- Nervo Trigemio (o mamilo) VI - Nervo Abducente, na linha das piramides VII - Facial VIII - Vestibulococlear, que junta o nervo Coclear e Vestibular provenientes da orelha interna. O Abducente, Facial, e Vestibulotroclear ficam na linha transversal entre a Ponte e o Bulbo, a Junção Pontina. Bulbo, ou Medula Oblonga (Mielencéfalo) Na face anterior do bulbo há duas estruturas chamadas Piramides que se cruzam para fazer a troca entre o lado esquerdo e direito das funções motoras, são as Decussões da Pirâmide. Por isso o lado direito do cérebro passa a movimentar os musculos do lado esquerdo. Ali estão os 04 últimos nervos cranianos: IX- Nervo Glossofaríngeo, na região da fissura pontina X- Nervo Vago, exatamente no sulco pós-olivar. XI- Nervo Acessório, no sulco pós-olivar, só que mais abaixo do Nervo Vago. XII-Nervo Hipoglosso, no sulco pré-salivar. O Bulbo é a região correspondente aos números: 1-Decussação da Pirâmide, aonde os tratos se invertem e o hemisfério esquerdo do cérebro passa a controlar o lado direito do corpo, e vice-versa-city 2-Olivas, separadas da pirâmide pelos Sulcos pré-olivares, aonde estão o último par de nervos cranianos, o Nervo Hipoglosso (XII) 6-Fissura pontina, que separa o Bulbo (medula oblonga) da ponte. Nele se encontram os nervos XI Abducentes, VII Facial e VIII Vestibulococlear 8-Trato esquerdo da pirâmide 9-Sulco mediano anterior, cortando a pirâmide ao meio. No centro do bulbo há uma formação reticular chamada SARA, abreviação de Sistema Ativador Reticular Ascendente, que se comunica com o diencéfalo (tálamo, hipotálamo...),o sistema límbico, cerebelo, nervos cranianos e medula espinal. É responsável por reflexos de defesa não-motores (cardiovascular e respiratório), sonos e vigília, atenção seletiva. Olivas (Mielencéfalo). Separado por Sulcos específicos das Pirâmides, estão involvidas na rapidez e coordenação do aprendizado motor. Quando um jogador de futebol treina um penalti, por exemplo, o objetivo é executar a mesma função utilizando-se do menor número de conexoes neuronais possíveis, mesmo que ele já faça isso há décadas e aparentemente não tenha mais o que melhorar. No sulco pré-olivar, surge o XII par do nervos cranianos, o Hipoglosso. No sulco pós-olivar, acima surge o nervo Glossofaríngeo (IX), Vago (X), e abaixo surge o Nervo Acessório (XI) da medula espinal.
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heauheuhaeuea, cara, pode pular imunologia. Mas fisiologia é bom demais. E pega bem a parte de treinos. Ainda hoje, aula de anatomia.
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cara, se tu vier aqui, mesmo que não entenda muito bem as aulas, e me desejar boa sorte sempre, eu agradeço. Foda é fazer o post e ninguém falar nada. abração.
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Noções Básicas De Fisiologia Do Exercício
lourensini respondeu ao tópico de Maximus Decimus em Artigos Sobre Treino
Leia, releia, pesquise. Faça perguntas, quem sabe certmente irá responder.- 79 respostas
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Noções Básicas De Fisiologia Do Exercício
lourensini respondeu ao tópico de Maximus Decimus em Artigos Sobre Treino
apenas não tenha medo de começar. Um artigo que eu posto no tópico "Official nutrition reviews" demora 7 horas para ficar pronto. Uma aula que eu posto no "Nutrition 101" demora pelo menos 5 horas. Se fosse fácil a gete faria dormindo.- 79 respostas
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Aula 06/09 - Imunologia. Things are getting hot in there. Hoje eu estava treinando os oblíquos na cadeira romana quando, estupidamente, bati a mão que segurava a anilha num metal próximo ao regulador de altura e fiz um corte. Nesse momento, bactérias que circulavam pela região penetraram pelo machucado com o únco objetivo de se adesar às células internas, se adaptar aquele meio, reproduzir-se e, de brinde, causar algum dano para mim. (penetrar->adesar->adaptar->reproduzir->causar dano são os 5 passos da Infeccção parasitária. Para a minha sorte, meu sistema Imune responder MUITO bem à isso com uma leva de macrófagos até o tecido lesionado e os microorganismos foram rapidamente eliminados. Mas vamos supor que isso não foi o suficiente, que os microorganismos eram fortes demais. Vamos levar essa resposta adiante. Inflamação - Fase Aguda: Durante a entrada de patógenos por algum ferimento externo em nosso corpo, é necessário que as células que circulam pelos vasos sanguíneos saiam do ambiente intravascular para o extracelular. Mas não é bem assim para passar pelas paredes dos vasos sanguíneos, caso assim fosse, glóbulos vermelhos vazariam o tempo inteiro, pois são menores que os leucócitos. Então, para auxiliar nesse processo, proximo à pele, ou no meio extra celular próximo aos vasos sanguíneos, existem Células chamadas Mastócitos, que liberam uma substância chamada Histamina, que atua como vaso-dilatador, junto com Prostaglandinas, Leucotrienos e Bradicinina, que auxiliam no processo de inflamação aumentando a permeabilidade vascular, causando dor e e aquela vermelhidão (rubor) clássica da inflamação. Quando esses químicos são liberados por Mastócitos (e Basófilos, mas esse em pequenas quantidades), as junções entre uma célula e outra da parede dos vasos sanguíneos é "afloxada" e os neutrófilos passam (por diapedese) para o meio extracelular iniciam a fago citação daqueles invasores. Só que esses neutrófilos morrem, aliás, eles vão lá para morrer e sabem disso, e é daí que sai o Pus, ou melhor, exsudato, aquele líquido amarelado, comum em unhas encravadas, é só um acúmulo de neutrófilos mortos, fibrinogênio e albumina. Os macrófagos combatentes da região liberam IL-1, TNF (fator de necrose tumoral) e quimiocinas, que servem de "sirene" para alertar outras células a se dirigirem à região. Durante a fase aguda da inflamação, que pode levar de 12 à 24 horas, há um aumento da Proteína C-Reativa, liberada pelo fígado após liberação de IL-1 pelos monócitos, alertando que algo está errado com seu corpo; a febre, também muuuuuito comum, ocasionada pelo aumento dos vasos sanguíneos pela histamina. Essa febre é extremamente útil, pois com metabolismo elevado, células imunitárias se dirigem muito mais rapido até a região de infecção. Inflamação - Fase Crônica: Quando a primeira etapa da resposta imune não é o suficiente para conter a infecção, é porque é hora de chamar os Linfócitos B e T, que se aglomeram ao redor dos parasitas formando granulomas. Esse processo ocorre pelas quimioxinas liberadas pelos mastócitos. Essas quimioxinas são uma subpopulação de citocinas e, como o nome diz, mensageiros químicos. Os macrófagos chamam os Linfócitos T, que através das quimioxinas conseguem se aderir ao endotélio vascular e esses utilizam-se de outras interleucinas para induzir a autoreplicação e a diferenciação em Linfócitos Th1 e Th2 (IL-2, IL-4 e IL-5). Assim sendo, as principais células de defesa a atuar na resposta inflamatória crônica são as mononucleares: Monócitos, Macrófagos, Linfócitos. Durante a fase crônica da inflamação ocorre hiperemia (aumento da pressão arterial) e edema (acumulo líquido e linfócitos localizados). O Sistema Complemento. A função basica do Sistema Complemento, e eu não vou ser tão óbvio em dizer "complementar", é de servir como "cola" entre as próprias proteínas desse sistema e auxiliar na ligação entre leucócitos com as imunoglobulinas e essas com os microorganismos. Em um modo grosseiro de falar, mas que dá para ter uma idéia, o sistema complemento faz uma "recapagem" nos pneus (imagine um leucócito como carro branco), tornando muito mais fácil a tracção dele à estrada. A migração dos Leucócitos durante a resposta inflamatória crônica ocorre por moléculas de adesão, que também são quimiocinas: as proteínas C3a, C4a e C5a que ficam circulando livremente pelo sistema sanguíneo --principalmente a C5a que terá ação quimiotaxica para a adesão dos leucócitos à parede do endotélio e estravasamento para a região extra-vascular-- interagirão com os neutrófilos e leucócitos durante a resposta crônica. Outras quimiocinas importantes, pois servem como moléculas de adesão entre os leucócitos são os "receptores de quimiocinas", CCR1, CCR3 e CCR4, que ficam na membrana dos leucócitos e permitem após a adesão a diferenciação dos Linfócitos T em Th1 e Th2, como uma espécie de "ok, pode morfar agora". Imagine o Sistema Complemento como porcas e parafusos que conectam o anticorpo aos linfócitos. Uma outra analogia seria usar um Megazord, que juntava todos os zords dos power ranger em um só robô, maior e mais forte. Citocinas: Deixo claro que Interleucinas, quimiocinas, linfocinas, citocinas, blahblahblahcinas são tudo a mesma coisa: moéculas de comunicação. O que determina o prefixo é o tipo de comunicação, só isso. Interleucinas são para comunicação entre linfócitos, e é sinônimo de Linfocina. Quimiocinas são citocinas que não induzem a profileração de outras células. Simplesmente proteínas plasmáticas fabricadas para adesão de células à outras células (as do sistema complemento, por exemplo), o que facilita a fagocitose por Opsonização. Interleucina-1: Fabricada por Monócitos, Macrófagos, atua junto ao fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) durante a ativação do sistema Imune Inato, como no início da resposta inflamatória aguda Interleucina-2: Liberadas para utilização das mesmas celulas que a produzem, servem como "GH" para os linfócitos T CD4+ (Th0) e proliferação de Células Natural Killers. Interleucina-3: Promove a proliferação de células tronco da medula óssea. Interleucina-4: É liberada quando eusinófilos precisam expressar IgE durante a reação alérgica; Durante a resposta imune, faz uma conexão entre a Imunidade Inata e a Adaptativa, promovendo a proliferação de linfócitos T Cd4+ (Th2) Interleucina-5: Durante a reação alérgica, Linfócitos CD4+ (Th2) liberam essa citocina para que eusinófilos atuam contra helmintos; Na resposta imune Adaptatva, induzem a diferenciação de Linfócitos B em Plasmócitos. Interleucina-6: Durante a inflamação Aguda, atuam junto da IL-1 e TNF-a para aumentar quantidade de Linfócitos T e fazem o fígado produzir PCR, um mediador de resposta inflamatória. Interleucina-7: Assim como a IL-3, promove a proliferação de células tronco. Interleucina-8: Durante uma infecção, é liberada por quase qualquer célula do sistema imune para atrair neutrófilos e basófilos para a região. IL-8: Vai lá que eu dou cobertura... Interleucina-10: Inibe a resposta inflamatória bloqueando as células APCs de transferir antigenos para linfócitos T. Interleucina-12: Assim como a IL-10, é uma reguladora da resposta imune. Bloqueia a proliferação de Linfócitos Th2 da resposta Humoral e aumenta proliferação de Th1 da resposta Celular. Macrófago infectado por bactérias liberando IL-12 para Linfócitos CD4+(Th0) diferenciarem-se em Th1 e destruirem o Macrófago. Interleucina-13: secretada por linfócitos Th2. Função de recrutar eusinófilos durante a resposta inflamatória. Interferon. Durante uma infecção viral, o RNA do vírus usa a própria maquinaria metabólica da Célula hospedeira para se multiplicar. Como a célula sabe que vai morrer, ela produz moléculas de Interferons, que tem a capacidade de interferir na replicação do RNA viral em outras células, assim a célula atacada consegue ao menos morrer salvando as outras. Liberação de INF por uma célula infectada. Isso ensina às outras células como se defender do virus. Fator de Necrose Tumoral; Tumor Necrose Factor (TNF). Essa citocina é liberada por macrófagos ativados durante as respostas inflamatórias ocasionada por bactérias Gram- (Aquelas que possuem camada de Lipopolissacarídeos). Na real a única célula fagocitária que não expressa TNF é a Célula Dendrítica, pois Linfócitos T, Monócitos e Natural Killer Cells também liberam durante respostas inflamatórias. O trabalho do TNF é deixar o sangue mais viscoso na região aonde está acontecendo a quimiotaxia e aumentar a expressão das células que prendem os leucócitos à parede do endotélio vascular. Durante a fase aguda da inflamação, TNF-alfa, IL-1, IL-6 e IL-8 e IL-12 atuam em conjunto, induzidos pelo aparecimento de bactérias Gram-. A TNF-a aumenta a viscosidade sanguinea e com a IL-1 ela facilita a adesão de outras células à parede do endotélio, e a TNF-a e IL-1 em conjunto com a IL-6 induz o fígado a produzir PCR, que é um marcador de inflamação. Resposta Inflamatória ocasionando edema cerebral. CSF= cerebral spinal fluid= líquido cefalorraquidiano. Aplicação Clínica -Durante a leucemia há muito mais IL-2 sendo produzida, provocando aumento incontrolável de Linfócitos T. Geralmente em quantidades maiores que 100.000/mm3. -Durante artrite reumatóide, choque séptico e choque anafilático há uma grande quantidade de IL-1 induzindo inflamação local.
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manualmente.
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Aula 04/09 - Fisiologia Série: Como seus músculos REALMENTE funcionam. Funções Motoras da Medula Espinhal e Reflexos Espinhais. Durante o período embrionário, por volta da terceira e quarta semana o cérebro humano começa a se formar, passando do estágio de gástrula para neurula, em que o cérebro passa a se formar a partir de um Tubo neural na parte externa superior do disco embrionário. Em torno da quarta semana, as 3 vesículas chamadas Rombencéfalo, Mesencéfalo e Prosencéfalo recém formadas evoluíem para 5 vesículas: Metencéfalo e Mielencéfalo (proveniente do rombencéfalo), logo acima o mesencéfalo que não se divide em outras vesículas e, o prosencéfalo que dará origem ao Diencéfalo e o Telencéfalo. As informações que precisam ser processadas pelo Sistema Nervoso Central chegam da medula e passam pelo tronco cerebral até atingir o prosencéfalo, que é a área mais dinâmica - por assim dizer- do cérebro humano, pois é nas suas vesículas que a parte mais jovem da evolução humana está. É nessa parte que a nossa evolução cuidou para que as ações musculares mais complexas fossem processadas. Já vimos na aula de anatomia anterior, que os Reflexos que nossa musculatura desenvolve para nos livrarmos de qualquer dano contínuo são ocasionadas, em maior parte, sem que tenhamos consciencia disso. Nessa aula teremos então consciencia da incosciencia de que o nosso sistema muscular usa para manter o corpo ativo e porque você consegue terminar a série de supino quando pensa que a barra vai cair no seu pescoço. Anteriormente descrevi os tipos de fibras nervosas e os grupos as quais pertencem. É complexo, mas talvez devesse reestudá-las no final deste post. Os nervos motores que ficam na parte anterior da medula e inervam os músculos são aqueles do tipo A-alfa (Fibra Alfa, do grupo I do Tipo A) e A-gamma (Fibra Gamma, do Grupo II, do Tipo A). As fibras do Tipo A->grupo I->Alfa (chamadas aqui de A-alfa) são as que inervam de 3 à centenas de grandes feixes musculares, pois são as mais rápidas, chegando à permitir sinapses a uns 100m/s pra mais. Para serem rápidas, elas também precisam ser grossas, ricas em mielina, chegando à até 20 micrômetros de diâmetro. Na parte anterior da medula, existem outros neurônios motores que são mais lentos e com a metade da espessura dos A.alfa, mas que inervam o centro do fuso muscular das fibras intrafusais, ou seja, o centro aonde a mágica da contração acontece nas menores fibras musculares. A esses nervos damos o nome de Neurônios Motores Gamma Já falei alguma vez que Odeio espanhol? Enfim. Dá pra ver que os neurônios motores Gamma inervam diretamente as fibrs Intrafusais, e os Alfa as fibras Extrafusais. As fibras intrafusais aferentes (que saem do fuso muscular) são do tipo IA, tão rápidas quanto as A-alfa. Como já mencionado, os Interneurônios é que mediam a conversa entre os nervos sensitivos da parte de tras da medula e os nervos motores da parte da frente da medula, mas é preciso que algumas considerações sejam feitas a respeito da importância deles para o sistema nervoso: -São muito rápidos, disparando até 1500 impulsos nervosos por segundo. -Eles estão em toda a substância cinzenta da medula espinal (parte central da medula), tanto cornos anteriores, laterais quanto posteriores. Então, se você acha que não é corno, só na medula você tem 3. -Conectam também entre si, e não somente os sensitivos aos motores. -Mediam também informações que chegam através do Trato Corticoespinal, que traz informações do encéfalo, para controlar as funções musculares. Perfecto! Em cor azul, o interneurônio, também chamado de associativo. Logo acima os estimulos Aferentes que chegam pelo corno posterior da medula e voltam ao membro pelo corno anterior para que haja o reflexo. Células de Renshaw Essas células são células inibitórias, e a função dela é bem o que o nome diz: inibir nervos motores de transmitirem impulsos. Veja bem, quando um neurônio motor transmite um impulso para determinado musculo, essa informação tende a se "espalhar" para neurônios próximos aquele feixe nervoso que deve ser estimulado para, digamos assim, manter seus pés retos durante o Agachamento. Nesse momento, pouco adiantaria usar as panturrilhas para ficar na ponta dos dedos. E é isso que as Células de Renshaw fazem, bloqueiam neurônios que estejam próximos para direcionar o impulso nervoso até o musculo que realmente deve ser contraído. Fibras Proprioespinhais: Na medula existem neuronios que se segmentam para transportar a informação para vários musculos diferentes através de fibras que entram pela raíz posterior sensitiva da medula e formam tratos Ascendentes e Descendentes (descem ou sobem a espinha), assim elas podem levar a informação de um nervo sensitivo para outro que esteja algumas vértebras acima ou abaixo. Para elas dá-se o nome de Fibras Proprioespinhais. Próxima vez que for fazer agachamento, lembre-se que através da raiz posterior da medula, informações são retransmitidas pelas Fibras Proprioespinais até os músculos do seu abdome para que você mantenha ele firme e não deixar sua dorsal arcar com todo os peso da barra. Receptores Sensoriais Musculares e suas Funções No Controle Muscular: Fusos Musculares e Órgãos Tendinosos de Golgi. Como o corpo sabe o nível máximo de contração do bíceps durante a rosca direta? Quando a informação chega pelos nervos sensoriais, passa pelos internerônios ou Fibras Próprioespinhais e direciona aos nervos Motores que se responsabilizam por algum músculo (ou vááááários deles), o músculo contrai, o tendão se estica, e e seguida isso volta ao normal. Mas para evitar uma lesão ocasionada por esse estiramento, o músculo precisa informar o quanto está contraído e velocidade em que foi contraído; e o tendão o quanto esticado está e a velocidade de alteração da tensão desse músculo. Aí entram os Fusos Musculares, que ficam no ventre muscular marcam o quanto o músculo foi contraído e a velocidade em que isso ocorreu; e o Órgão Tendinoso de Golgi, que se localiza no tendão e envia para a medula a informação contendo o quanto esse tendão foi esticado e a tensão que isso ocasiona para ele e para o músculo. Isso acontece em nível subcosciente, tanto que a informação é enviada para o SNC e, principalmente, o cerebelo, que é o órgão que analiza e controla o teu equilíbrio. Nesse processo, seu corpo sabe em que posição está, o quanto voce está roubando no rosca direta e o quanto seu bíceps realmente está se contraíndo. Fibras Intrafusais e Extrafusais. Isso vai mais fundo sobre a fibra muscular. Bem mais fundo. Uma Fibra Intrafusal é, na real, uma fibra pequena e fina, enquanto as extrafusais são as fibras grandes e grossa que circucam as intrafusais. Um Fuso muscular, como dito anteriormente, é um feixe nervoso que se infiltra pelo ventre muscular e capta informações sobre estado de contração e velocidade de contração do musculo. Esse Fuso se conecta então à parte central das Fibras Intrafusais que é dividida em duas partes, central e periférica, sendo a central apenas direcionada à conectar-se ao fuso muscular, deixando para a parte periférica o trabalho de contração, já que só a parte periférica é inervada por fibras motoras do tipo A.gamma que saem do corpo motor da medula, enquanto as fibras motoras do tipo A.alfa inervam as Fibras Extrafusais, bem maiores. Com isso dá para dizer que fibras menores são mais lentas que fibras maiores, ja que a inervação pelos neurônios do Tipo A, gamma tem em média a metade da rapidez dos neurônios do Tipo A, alfa. Essa informação que o Fuso Muscular recebe só acontece porque durante a contração das partes periféricas da fibra intrafusal, a região central aonde está o fuso se estica, e isso altera o "formato" do fuso. Da mesma forma, quando o músculo é esticado, a região central da fibra intrafusal também se estica de comprimento, esticando o fuso, mesmo que de leve, mas é o suficiente para informar qual a posição de contração e relaxamento do músculo. Inervação das fibras Intrafusais. Receptores Primários: Na parte Central da fibra, aonde não há contração muscular, há terminações sensoriais que levam informação até a medula. São fibras do Tipo IA de até 17 micrômetros, portanto, grossas e rápidas, transmitindo impulsos nervosos com 70 até 120m/s. O receptor primário é o único que ao se esticar, mesmo que por uma fração de micrômetro durante uma fração de segundo, provoca estímulos elétricos que informam o estiramento ou contração do musculo. O número de impulsos nervosos enviados pelo receptor primário é proporcional ao estiramento da fibra muscular durante contrações lentas, mas durante contrações rápidas o número de impulsos será maior e até excessivo. Já os Receptores Secundários não participam esse estímulo... Receptores Secundários: Na parte central da fibra Intrafusal, paralelo aos receptores primários, as fibras são mais finas e lerdas (Tipo A, Grupo II-gamma). Inervação das fibras Extrafusais. Não há subdivisão com receptores primários e secundários, apenas fibras do Tipo A-alfa do Grupo 1 que inervam essas fibras maiores. -A parte vermelha são as fibras Intrafusais. No centro dela está o fuso muscular, inervado pela Fibra sensorial IA, formando o Receptor Primário, altamente sensível à estiramentos e contrações musculares. O Receptor Secundário é a inervação por fibras do Tipo sensorial II. Como existem poucos ou nenhum filamento de actina e miosina na região central do fuso, eles são inervados por neurônios motores gamma, lerdos e finos. -A parte de fora são as fibras extraespinhais, inervadas por neurônios motores alfa. De 17 micrômetros. São fibras musculares mais grossas e muito rápidas. Reflexos do estiramento muscular. Músculo foi feito para contraír, o problema pode ser ao esticá-lo. Isso ocorre através de uma monosinapse, pois o fuso envia direto para a medula, através da fibra de Tipo IA do receptor primário, um impulso nervoso que se comunica com uma fibra motora do Tipo A-alfa,, sem passar por interneurônios, e o músculo estirado volta a se contraír, evitando assim o rompimento da fibra. Esses reflexos podem ser de duas formas: dinâmicos, quando o impulso provoca uma contração que acaba rapidamente, e estáticos, quando o impulso provoca uma contração e logo em seguida reduz o número de impulsos que mantém essa contração por algum tempo. O órgão tendinoso de Golgi tem a capacidade de perceber esses reflexos dinâmicos e estáticos na tensão ocasionada nos tendões, enviando essa informação rapidamente para o SNC. Função do fuso Muscular na Atividade Motora Voluntária: Embora as fibras gamma do Tipo A sejam mais finas e lerdas, ainda são elas que compõem 31% das fibras nervosas musculares. Durante a contração muscular, as Fibras Intrafusais contraem ao mesmo tempo que as extrafusais, pois se isso não acontecesse a cooisa ficaria bagunçada demais, com informação de estiramento saindo pelas fibras Tipo IA do Fuso dizendo que o músculo estava estirado quando na real não estava e vice-versa. Imagem da Direita: uma contração muscular. Em um reflexo Dinâmico, após o torque da contração, os impulsos nervosos cessam para que o músculo volte ao relaxamento. Em um reflexo Estático, os impulsos nervosos que geram o torque da contração apenas reduzem de frequência, o suficiente para manter o músculo contraído por algum tempo. Imagem da esquerda: um estiramento muscular, que promove o esticamento do receptor primário, que envia através das fibras do Tipo IA, informações contendo o nível de estiramento. Ao mesmo tempo, as fibras de tipo IB do órgão tendinoso de Golgi indicam quanta tensão o tendão está sofrendo. Áreas cerebrais que controlam os movimentos. Como sofremos ação da gravidade, precisamos manter o corpo estável quando estamos de pé, ou sentado. Mas vamos tomar por base uma guerrilla cardio. O sistema eferente gamma, isto é, aquelas fibras de Tipo A-gamma que saem dos nervos motores da medula espinhal podem ser controladas voluntariamente: a informação que sai da região facilitadora do bulborreticular, do tronco cerebral , do córtex motor e do cerebelo, que controla nossa "posição no universo", é enviado pela medula espinal através dos nervos motores para os determinados músculos contraírem e evitar que a gente vire ameba, e durante corrida ou caminhada, mantenha os músculos firmes para gerar equilíbrio. Posso lhes jogar um desafio: caminhem acompanhando o braço e perna na mesma direção pra ver que fácil que é. Vão gastar 12% mais energia, mas não vão aguentar muito tempo. A Falha Muscular. Quando um músculo e tendão é estirado, ou quando a tensão é muito grande, como no treinamento com pesos, o órgão tendinoso de Golgi em conjunto com o Fuso Muscular, enviam informações para a medula espinal que retribui inibindo os músculos de continuarem contraindo, evitando assim uma lesão, como o rompimento do tendão ou musculo. Em contrapartida, um mecanismo de compensação aciona fibras do músculo que estão sofrendo menos ação para distribuir a força de tensão por todo o segmento muscular e manter a contração. Reflexos Involuntários e seus mecanismos. Reflexo Flexor: típico reflexo ocasionado por nocireceptores, também chamado de reflexor à dor e reflexo nociceptivo. Ex.: Botar o dedo na chapa do fogão à lenha e retirar logo em seguida. Reflexo de Retirada: quando qualquer parte do corpo (mas não os membros) sofre um dano e muitos músculos trabalham para retirar o corpo inteiro da situação rapidamente. Reflexo Extensor Cruzado: esse tipo de reflexo acompanha o reflexo de retirada, ou melhor, ocorre após ele. É quando o corpo tenta afastar-se do objeto esticando os membros contra o objeto. É uma espécie de "contra-ataque". Reflexos Posturais e Locomoção: Curiosamente, durante o caminhar, a medula é o "controlador inteligente" da ação, e isso evita tropeços caso algum obstáculo esteja no meio do caminho. As vezes você nem percebe que havia uma anilha no chão próximo ao multi-força e passa por ela sem tropeçar. Ok, falar de reflexo de locomoção é sem dúvida a parte mais chata desse capítulo do Guyton. Reflexos Espinhais que provocam espasmo muscular. Espasmo Muscular resultante de um osso quebrado: já quebrei uma perna quando era criança, atropelado por um Gol, na hora os musculos da coxa esquerda que circundam a área de osso quebrado se contrairam na tentativa de minimizar a dor e só voltaram a relaxar após anestesia. Espasmo Muscular Abdominal na Peritonite. Peritonite é a inflamação do Peritônio, uma membrana que envolve alguns órgãos abdominais e deixa a coisa organizada. Durante uma inflamação do peritônio a dor é grande o suficiente para que a medula trate de provocar a contração da musculatura abdominal, também na tentativa de reduzir a dor. Cãibra Muscular. Para a minha srte, não sofro disso, as a causa mais comum é extress físico, mental, nutrição inadequada, desidratação.
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muito betacaroteno. acumula na pele e se tu for suscetível a isso, como eu sou, vai começar a ficar com a palma das mãos e o rosto amarelos. Eu não recomendo comer 1kg da mesma coisa todosantomês . Tem muito carbo que tu pode colocar pra dentro, e eu não me refiro só à banana.
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Aula 03/09 - Anatomia Sistema Nervoso - Sistema Nervoso Periférico (maior parte). Para uma aula introdutória (ou apenas por revisão) sobre as funções do sistema nervoso periférico, leia o post do saitgraal. O sistema nervoso é dividido em Central, composto pelo encéfalo e medula, e Periférico, composto pelas ramificações da medula, ou nervos. A função da medula é de comunicar-se com o SNC e de acionar respostas simples sem que o SNC esteja envolvido. Há dois tipos de vias no nosso sistema nervoso periférico, a Aferente e a Eferente. Basicamente a Aferente traz informação do Ambiente, e a Eferente, leva informação Externamente (AA, EE, captou?). O SN Periférico que é dividido em Somático e Visceral, sendo que âmbas possuem subdivisões Afer entes, ligadas às sensações e sentidos; e Eferentes, ligadas a parte motora, ou contração muscular de outros órgãos (que não são do esqueleto) e a função dos mesmos. O fato é que a gente recebe um estímulo, como um vento frio, através do SNP Somático Aferente, e o SNP Somático Eferente responde isso de algum jeito, que pode ser através de um arrepio, um espirro, ou de colocar um casaco. A questão é: como essa reação ocorre? como ela é segmentada? Na teoria, estudamos os sistemas separadamente, e o sistema Nervoso não é diferente. Só que as coisas acontecem ao mesmo tempo, e não como colocamos aqui. Esse vento frio pode resultar em respostas diferentes do nosso corpo, que podem ser tanto voluntárias e involuntárias quanto conscientes e inconscientes. A Resposta do SNP Somático Eferente funciona de 3 formas: -Reflexo: É Involuntária e Inconciente, como seu corpo tentar acelerar seus batimentos cardíacos para aumentar seu metabolismo e manter sua temperatura. Afinal de contas, está frio lá fora, -Somatica: É Voluntária e Conciente "opa, tá frio, melhor colocar um casaco" e você se agasalha. -Autônoma: E Involuntária e Conciente, como um espirro, um arrepio, e os seus musculos eretores dos pelos contraindo numa tentativa de te proporcionar uma proteção maior contra o tempo frio. Agora, na medula espinhal, esse trajeto é diferente possui uma ordem para ocorrer. Os estímulos Aferentes, ou seja, DO Ambiente, passam pelos nervos Sensitivos da parte posterior (de tras) da medula espinal, se comunicam com os Nervos Motores através de um Neurônio de Associação (um mediador da conversa) e entao, através do Nervo motor na parte Anterior (da frente) da medula, a informação chega até os musculos que você comanda para colocar um agasalho. Isso é uma resposta Somática. Agora, vamos pela resposta Reflexo: Essa você conhece desde criança por que assistiu chaves, e é aquela história de bater no tendão patelar, no seu joelho, e chutar o ar. O Reflexo patelar é um "arco-reflexo" e não precisa ter consciencia dele. Aliás, não há nem como NÃO fazer isso. A contração do quadríceps ocorre da mesma forma. A resposta involuntária e consciente do eferente autônomo: você, segunda de manhã cedo, se arrumando para o trabalho/faculdade, e ao passar próximo à mesa da cozinha de pés descalços, 4 dedos do seu pé direito passam tranquilamente, e o dedinho não. Ok dói pracaralho. Nesse momento os mecanoreceptores e nocirepetores detectam a pancada. Isso gera um estímulo que viaja até o seu encéfalo para detectar que houve um dano, mas ANTES disso você já tirou o pé da perna da mesa e está segurando ele com as duas mãos enquanto chinga o mundo por causa da dor. O ato de tirar o pé da mesa rapidamente é um arco-reflexo, e você não precisa enviar uma informação para o cérebro para que ele a processe e decida tirar o pé de lá. O mesmo ocorre com queimaduras, é instantâneo. Essa informação apenas vai para a medula atraves do nervo sensitivo (de tras), se comunica com um neurônio de associação com o nervo motor (da frente) e pronto, vc está salvo antes de queimar o corpo inteiro. É muito semelhanta à Resposta Eferente por Reflexo, por que você também faz isso como reflexo, mas essa é consciente e você sente o que está acontecendo. Eu tive duas herniações discais em nível L4-L5, e L5-S1. Isso atingiu um estado critico o suficiente para que eu perdesse totalmente a força da panturrilha direita e dos meus músculos ísquiotibiais. O fato é que eu pensava que o dano houvesse ocorrido na medula, mas nops. Não há "medula" nesse nivel lombossacro, então o dano é com os nervos motores e sensitivos. Isso só foi possível graças à um dano contínuo ocasionado pelo treino de musculação em uma coluna que já não estava bem. Graças à isso, provavelmente nunca vou recuperar tais músculos. Os 31 pares de nervos espinhais. Antes de mover para os nervos, vamos delimitar a área total da medula espinhal: ela começa após o forâme magno, que é um buraco na base do crânio. Aí encontra-se o Axis, a primeira vértebra cervical, de um total de 7 cervicais, seguidas de 12 toraxicas, 5 lombares e 5 sacrais. No adulto, ela termina na segunda vértebra lombar, como já foi dito, e a partir daí ela emite ramos que descem através do forame intravertebral de cada vértebra para inervar seus respectivos órgãos. Base do crânio com o forâme magno. A partir desse buraco, a medula se torna medula. Ao total de 31 pares de nervos, temos 8 cervicais, 12 toraxicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. ... Pera aí, 8 cervicais, mas por que se a gente só tem 7 vértebras cervicais? Yup. O primeiro nervo cervical se ramifica acima da primeira vértebra cervical (C1), o atlas, e o segundo nervo cervical entre a primeira (atlas) e a segunda (axis) vértebra cervical. Desse modo o oitavo nervo cervical ramificar-se-á abaixo da sétima vértebra cervical; o primeiro Toraxico abaixo da primeira vertebra toráxica, sucessivamente. Esses nervos que saem da medula espinal formam plexos, e esses plexos são emaranhados de nervos que se encontram formando uma determinada estrutura e inervando órgãos. Plexo Cervical - Nervos que se ramificam da C1 até a C4 Plexo Braquial - Nervos que se ramificam da C5 até a T1 Plexo Lombar - Nervos que se ramificam da T2 até a L4 Plexo Solar - Nervos que se ramificam da L5 até à S5, também conhecido como terceiro shakra. One By One: Plexo Cervical: -Auricular Posterior -Auricular Magno -Occipital Menor -Frênico Plexo Braquial -Axilar -Musculocutâneo -Radial -Mediano -Ulnar Plexo Lombar: -Subcostal -Iliohipogástrico -Ilioinguinal -Cutâneolateral da coxa -Femural -Obturador -Genitofemual Plexo Sacral: -Ciático Tibial -Ciático Femural Comum -Gluteo Superior -Glúteo Inferior -Rudendo Fixação. Óbviamente a medula não está solta em uma canal, e o próprio canal não é a única coisa à aprisioná-la firmemente. Outras estruturas também cuprem esse papel. O Tronco cerebral que à conecta ao bulbo, o ligamento denteado que firma a pia-máter à aracnoide-máter, e o filamento terminal, que é um "prolongamento" do cone medular (parte final da medula em nível de L2). ODEIO ESPANHOL! Mas aí tá bem explicadinho. 1- Pia-máter 2- Ligamento dentado. Ele consiste em um filamento que se extende da Pia-máter até à Aracnoide-máter. 3- Espaço sub-aracnóideo 4- Dura-mátre da DIREITA para a Esquerda: cone medular e, destacado pelo pincel, o filamento terminal.
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Vitamina B2. Um post sobre Bioquímica. A riboflavina foi isolada pela primeira vez em 1933 e ganhou esse nome por que sua molécula de flavina está ligada à um açúcar semelhante à ribose, o ribitol, e pela sua cor amarela (flavus= amarelo em latim). Ela é vista em forma livre na natureza mas também sob a forma de FAD e FMN, que são coenzimas extra-mega necessárias para o nosso organismo. Pra você ter uma idéia, tem estudo com ratos de 1945, em que eles ficaram sem a vitamina. Alguns morreram logo após 34 dias, outros duraram 202 dias. Mas dos 40 espécimes, 23 morreram sem qualquer sintoma prévio. Falando em falta, entramos nas necessidares diárias. Recomendação (Sexo masculino) 1-3 anos - 0,5 mg/dia 4-8 anos – 0,6 mg/dia 9-13 anos – 0,9 mg/dia 14-70 anos - 1,3 mg/dia (Sexo feminino) A partir dos 70 anos – 1,3 mg/dia 9-13 anos – 0,9 mg/dia 14-18 anos- 1,0 mg/dia 19-70 anos - 1,1 mg/dia A partir de 70 anos – 1,1 mg/dia Na década de 50 iniciaram os estudos com doses de vitamina B2 em humanos, Horwitt et Al (1950) concluiram que para uma pessoa consumindo 2.200kcal, o requerimento mínimo seria entre 1,1mg e 1,6mg ao dia. Com gravidez e lactação, mulheres precisam de uma dose de 1,4 e 1,6mg/dia respectivamente. Aonde tem? Alimento (100g) Quantidade (mg) Ovo 0.478 Leite (vaca) 0.183 Leite em Pó (vaca) 0,91~1,50mg/100mL Queijo mozarela 0.283 Queijo ricota 0.195 Agrião 0.12 Rúcula 0.086 Sardinha 0.227 Fígado 2.755 Frango (crua) 0,052 Arroz 0.048 Por uma questão de grana, aprendi a comer fígado todos os dias. (Se eu tiver uma hipervitaminose A eu comento aqui), mas notaram que é o alimento com maior quantidade de riboflavina da tabela? Mas aí tem um Porém. Porém, a riboflavina é fotossensível e termossensível, e a degradação do conteúdo dela presente no leite depende da embalagem, tempo de esposição e, certamente, temperatura em que é exposta, mas quantidade de gordura no leite ajuda a reduzir a degradação. Tem estudo de 1987 feito com fatias de queijo, que encontrou perda de riboflavina de 8,8 a 44% após 12 dias de estocagem à 5º e 10º, mas que assim como o leite, quanto maior o teor de gordura, menor a degradação. A riboflavina é o principal composto do FAD e do FMN, que são coenzimas necessárias para a produção de energia, principalmente a FAD, que é a Flavina, adenina dinucleotídeo. O trabalho dela é entrar no ciclo de Krebs, reduzindo elétrons das moléculas que serão utilizados durante a respiração celular para a produção de ATP. A riboflavina de alguns alimentos pode estar ligada à proteína, que é então liberada através da ação do ácido clorídrico liberado no estômago e por enzimas hidrolíticas. Quando a riboflavina está sob a forma de FAD, FMN ou ainda ligada ao fósforo, ela também precisa ser liberada antes de ser absorvida. Esse processo que é regulado pelo ACTH e pelos hormôios da tireóide ocorre no lúmen intestinal da seguinte forma: FAD > enzima FAD pirofosfatase > FMN > FMN fosfatase> riboflavina. Esse processo é reversível, então dá para transformar riboflavina em FAD novamente, de acordo com a necessidade. Absorção: O mecanismo de absorção da vitamina B2 é saturável, isto quer dizer que tem limite, que é de aproximadamente 25mg, e esse mecanismo pode ser dependente de sódio (mas não há certeza disso). Riboflavina tem passagem livre para entrar na célula do intestino e é em seguida convertida em FMN através da enzima Flavoquinase. Após isso é transportada pela circulação portal até o fígado e convertida pela FAD sintetase em FAD. Aa questão é "quanto de fato entra?". Há um pico dela na corrente sanguínea após a ingestão de 15mg a 20mg, sendo que o máximo que o corpo absorve dela, proveniente da alimentação é de 95%, ou no máximo 25mg. A absorão das formulas farmacêuticas devitamina B2 dadas oralmente é de 74,6% (comprimido 20mg), 43,3% (comp 40mg) e de 3,6% em doses de 60mg. Na maioría dos suplementos de complexo B que contém riboflavina que eu pesquisei, só há o valor de 100% da IDR. Se você toma algum que possui mais, comente. O álcool demonstrou reduzir a absorção e, pela primeira vez na televisão, não culparam o cigarro disso também. Portanto, o cigarro não atrapalha o metabolismo da B2. Metais como ferro, cobre, zinco e manganês demonstraram quelar-se à riboflavina e reduzir sua absorção, o que é até paradoxal, já que os alimentos de origem animal são mais biodisponíveis em vitamina B2 e ainda assim os que tem mais desses minerais. E aí, quem é que ganha? As maiores concentrações de riboflavina estão no fígado, rins, e coração, mas ainda assim ela não é tóxica em grandes quantidades, pois 400mg já foram usadas para testar o tratamento de dor de cabeça e não houveram efeitos negativos. Além disso, a excreção do excesso pode ser vista facilmente algumas horas após a ingestão através da cor da urina, já que a riboflavina é um composto fluorescente amarelo. wooow, shinny! Na falta.... Ariboflavinose é a deficiencia da riboflavina, e é um esquema meio raro, mas quando acontece geralmente vem junto da deficiência de outros micronutrientes. Os sintomas cosumam aparecer em torno de 4 meses de contínua ingestão insuficiente. Isso inclui lesões como: -Queilose, na parte externa dos lábios. -Estomatite, que é o famoso "sapinho". -Glossite, que é a inflamação da língua. -Hiperemia com edema na cavidade bucal, que é um vermelhidão (com ou sem sangue) na boca -Dermatite Seborréica. -Tem estudos mostrando que a deficiencia pode atrapalhar o emparelhamento da cromatina durante a fase G1 da mitose. O melhor método de medir a deficiência de riboflavina é através da medição de uma enzima chamada Glutationa Reductase, que necessita de FAD como coenzima. Em caso de deficiencia de B2, essa enzima também se torna menos ativa. Referencial Teórico MOREIRA, A.V.B. Vitaminas. In: SILVA, S.,M.,C.,S. e MURA, J.,D.,P. Tratado de alimentação, nutrição e dietoterapia. São Paulo: Ed Roca, 2007. Capítulo 4, p.77-104. POWERS, H.J. Riboflavin (Vitamin B-2) and health. American Journal of Clinical Nutrition , v.77, p. 1352-60, 2003. SOUZA, A.C.S, et al. Riboflavina: Uma Vitamina Multifuncional. Química Nova, v. 28, n. 5, p.887-891, 2005. GROPPER, Sareen S.; SMITH, Jack L.; GROFF, James L. Advanced Nutrition and Human Metabolism. 5. Ed. California: Cengage Learning, 2009. Volto amanhã para editar. Tenho que fazer os Slides e ainda tenho trabalho de sociologia para verificar o que os colegas do grupo fizeram durante minha ausência. Stress mental pegando. Amigdalite e zumbido no ouvido.
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Tenho prova de bioquímica na terça-feira. Usarei tuas perguntas para estudar para ela. Amanhã tenho parasitologia e hoje vou me concentrar nisso. Curti o tema, pode colocar mais se quizer.
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As endoglicosidases fazem a quebra dos polímeros maiores como aqueles do amido (alfa 1-4) EM polímeros de oligossagarídeos, mas não quebram a cadeia de olligossacarídeo. Muito obrigado por me avisar, vo concertar lá.
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Aula 28/08 - Bioquímica Carbs. Carbos são dividídos em Monossacarídeos, formados por 1 só tipo de açúcar, livre de qualquer ligações e, portanto, com o grupo carboxila livre para se ligar à outro açúcar, por isso que glicose se liga com frutose para formar a sacarose; se liga com galactose para formar a lactose, e se liga com outra glicose para formar a maltose. Esses monossacarídeos são de dois tipos: Aldoses e Cetonas , a exemplo da Glicose e da frutose, respectivamente. A diferença entre aldoses e cetonas está no local e tipo de carbono funcional. Na glicose é o primeiro da direita, que está mostrando como H-C com uma dupla O (H-C=O), mas também pode ser visto apenas como CHO, e a frutose do carbono funcional. Essa estrutura é a estrutura de Fischer e também é representada na seguinte maneira: O carbono 1 (C1) é o primeiro carbono (de cima para baixo) da fórmula, tanto da glicose quanto da frutose. A diferença é que a frutose possui o grupo carbonila como na posição do C2 (representado pelo C=O), e isso altera algumas coisas durante a ligação entre eles, como se eles irão ou não serem açúcares redutores. calm down, will get there. O que acontece, e isso confunde alguns alunos, é que quando se tem um grupo funcional (ou grupo carboxila, pra mim dá na mesma) no topo da cadeia então é uma aldose, e quando o grupo carboxila está em qualquer outra posição, então é uma cetose. Então, glicose e galactose são aldoses, e a frutose é uma cetose. Nesta imagem, duas formas de representar o grupo carboxila da Galactose, segundo a estrutura de Fisher. Essa denominação entre aldoses e cetoses para determinar qual é o tipo de glicídeo exposto não é o fim da linha. Eles são formados de 3 até 7 carbonos e, por isso, ganham o nome de trioses, tetroses, pentoses, hexoses e heptoses. A exemplo da glicose e galactose, uma Hexoaldos e; da frutose, uma Hexocetose. A partir disso nós temos então outras classificações para os monossacarídeos: Glícídios Isômeros - Como o que muda entre esses 3 monossacarídeos é somente a estrutura, enquanto a fórmula química é igual (C6H12O6), chamamos eles de Isômeros. Glicídios Epímeros - Estruturas muito semelhantes entre duas ou mais aldoses, ou duas ou mais cetoses são chamadas de Epímeros, mas para isso eles precisam se diferenciar somente em 1 dos carbonos da cadeia. Imagem pequena, mas dá para entender. Você consegue ver a diferença entre os Epímeros e Isômeros? -A glicose é Epímero da manose em C2, e da galactose em C4, pois o que muda é só a posição do OH na cadeia, o resto é igual. -Note também que os 3 monossacarídeos e as duas trioses possuem o mesmo número de átomos e são, portanto, isômeros. Glicídios Enantiômeros - Algumas moléculas são convertidas por enzimas em formas reflexas ás "originais" e apresenta uma forma como se vista no espelho. Essa condição denomina elas como L-açúcar ou D-açúcar. Aliás, a maioria dos açúcares encontrado s no corpo humano são em forma de D-açúcar, Odeio foto grande. -Veja que aquelas que ganham o nome de D-açúcar são as que possuem o OH carbono assimétrico do lado DIREITO da estrutura. Isto é, o carbono assimétrico é aquele que fica mais longe do grupo carbonila e que faz 4 ligações Na imagem é o C5, pois o C6 é o CH2OH que não faz a inversão como os outros carbonos.. -Já na L-açúcar o carbono assimétrico possui o OH no lado ESQUERDO da estrutura. Também é o C5, pois o CH2OH não faz a inversão como os outros carbonos). Glicídios Anômeros - Isso é extremamente importante durante a quebra de cadeias de açúcar para a produção de energia, ou durante o estoque de energia. É aonde entra o Alfa e o Beta do glicídio, sendo o Alfa usado para denominar aqueles açúcares que na estrutura de Fischer possuem o OH do grupo carboxila no lado Direito e na estrutura de Haworth em forma cis, isto é, apontando "pra baixo". Já na formula Beta do glicídio, o OH em uma estrutura de Fisher está no lado Esquerdo, e na estrutura de Haworth em forma trans ela aponta "para cima". Pqp zé, tu não tem imagem maior para mostrar? Essa imagem, apesar de ser alta demais, explica muito bem o que vim falando sobre anômeros. As estruturas de cima são as de Fisher, e duas estruturas de baixo - formando um hexágono) são as estruturas de Haworth. -Notem que a Beta-D-glicose possui o OH do grupo carboxilico no lado esquerdo da estrutura de Fischer e aponta para cima na estrutura de Haworth. -Notem que a Alfa-D-glicose possui o OH do grupo carboxílico do lado direito da estrutura de Fischer e aponta para baixo na estrutura de Haworth. Voltando um pouco a história, sobre açúcares redutores, bem, eles são aqueles açúcares oxidados pelo ferro (Fe+3) e ácidos Cúprico (Cu+2) e, por definição, reduzem esses compostos de Fe+3 para Fe+2 e Cu+2 para Cu+, roubando elétrons do ferro e cobre. Confesso que não entendi bem esse esquema. Entendo o que é redução e oxidação, mas não porque isso acontece. Assim que souber atualizo o post, aliás, alguém sabe? poste nos comentários. O fato é que açúcares redutores não tem o grupo carboxílico da ALDOSE ligado à outro açúcar e são, portanto, livres para fazê-lo. Assim sendo, todos os monosssacarídeos são redutores. Agora entramos nos Dissacarídeos, prolongando um pouco a explicação sobre açúcares redutores. Dissacarídeos A Sacarose Não é um açúcar redutor, pois o grupo carboxila (C1) da Glicose se liga ao grupo carboxíla (C2) da frutose, não deixando espaço para que outra ligação ocorra. Essa ligação ocorre entre o primeiro carbono da glicose em conformação trans e o sexto carbono da frutose, sendo então uma ligação Beta (1-6). Não existe frutose em forma livre na natureza, e apesar do nome, frutas só tem de 1 a 7% de frutose na composição, sendo o mel o campeão, com 40% do açúcar sendo frutose. A Maltose É um açúcar redutor, pois uma molécula de glicose possui o grupo carboxílico livre. A ligação entre a glicose e a glicose ocorre pelo primeiro carbono da glicose, em forma cis (alfa), e com o quarto carbono da outra glicose, sendo então uma ligação em Alfa (1-4). Maltose é o açúcar da cerveja e da hidrólise do amido. A Lactose É um açúcar redutor também, pois a molécula de galactose está ligada pelo C1 com o C4 da glicose, deixando o C1 da glicose (grupo carboxilico) livre. A ligação entre a galactose ocorre pelo primeiro carbono trans da molécula de galactose, e o quarto carbono da glicose, sendo essa uma ligação Beta (1-4). Intolerância a lactose é basicamente não possuir a enzima lactase, que quebra essa ligação B1-4 da galatose com a glicose. Simple as that. Essas ligações que você ve nas 3 imagens, se chamam de "ligações Glico-O-sídicas" e são feitas pela enzima glicosiltransferase e quebradas pelas diglicosidases., através da perda de uma molécula de água. Eu já ví elas como ligações ozídicas nas aulas de bromatologia no ano passado, então, se você ver por esse nome, acredito estar certo também. Já as ligações N-ozidicas ocorre quando o C2 é substituído por um do grupo amino (dos aminoácidos). Oligossacarídeos. Esse tipo de carboidrato é mais encontrado em legumes e grãos integrais. Eles são formados de polímeros contendo de 3 a 10 moléculas de glicose, frutose ou galactose cujas ligações glicosídicas não são quebradas por nossas enzimas, mas sim pelas bactérias intestinais, e ta aí o por que repolho com feijão dá gases. Dois exemplos úteis: rafinose, um trissacarídeos, e estaquiose, um tetrassacarídeos. No nosso organismo, ramificações de polissacarídios são quebrados em oligossacarídios, mas os oligossacarídeos mesmo a gente não tem enzima que hidrolize. Polissacarídeos. A União faz a Força. Polissacarídios são formados por ligações glicosídicas entre 10 ou mais glicoses, a exemplo do amido. Batata doce é amido, amido é polissacarídeo, e esse polissacarídeo da batata doce é formado de 10-15% por Amilose (ligação alfa 1-4) e entre 80-85% de Amilopectina (Ligação alfa 1-6 e alfa 1-4 a cada 24 ou 30 moléculas de glicose). Na imagem Abaixo dá para ver bem as ligações Alfa 1-4 da amilose e as ligações alfa 1-4 da amilopectina que se intercalam com as ligações alfa 1-6. Na estrutura do amido, essas moléculas acabam ficando sobrepostas - em camadas - formando assim o amido da batata. Glicogênio é outro polissacarídeo, unindo várias moléculas de glicose em alfa (1-4) e alfa (1-6). O corpo tem a capacidade de quebras várias moléculas de glicose do glicogênio de uma vez só para fornecer energia rápida, o que é melhor que quebrar cadeias maiores em moléculas cada vez menores até que isso esteja disponível para ser transformado em piruvato e entrar na mitocôndria para produzir energia. Amilose: ligações Alfa (1-4) Amilopectina: ligações Alfa(1-4)+Alfa(1-6) a cada 24~30 alfa-1,4 Glicogênio: uma ligação Alfa(1-4) a cada 8 ou 10 ligações em Alfa(1-6). Celulose: ligações Beta (1-4) repetidas vezes. É uma estrutura retilínia, que o nosso organismo não quebra, pois não temos enzimas que rompam a ligação glicosídica b1-4. Porque você não come batata e mandioca crua. O cozimento do amido provoca uma reestruturação da cadeia de glicose que o compõem, gelatinizando (ou acumulando água). Isso o torna biodisponível. Outro ponto interessante do amido e do glicogênio é que nosso corpo não possui enzima que quebra as ligações alfa-1,6, e isso faz com que sempre sobrem "pedaços" de glicogênio após a hidrólise e é a partir desses pedaços que a ressíntese dos estoques de glicogênio acontecem. Demorou mais do que eu pensava. Mas vai ajudar com a prova da semana que vem.
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Aula 28/08 - Fisiologia Receptores Sensoriais e Circuitos Neuronais para o Processamento de Informações. Essa aula começa a fugir do nosso objetivo de entender como o sistema muscular funciona (ao menos em partes), mas tentarei colocar tudo da forma mais simples o possível e, se eu conseguir, fazer conexões entre os receptores sensoriais e o weightlifting. Tipos de receptores sensoriais e os Estímulos que eles detectam. 1-Mecanoceptores. Faz a detecção de estímulos como pressão e estiramento de receptores do próprio tecido ou de tecidos adjacentes. Ou seja, pode sentir que bateu o dedinho na quína do sofá, mas essa compressão não ocorre so com os receptores mais externos, e sim com aqueles que estão por perto também. 2-Termoceptores. Fazem detecção de frio e calor, mas não de ambos no mesmo receptor. 3-Nocireceptores. Tipo o caso do dedinho na quína do sofá. Esses receptores detectam a LESÃO ocasionada no Tecido, além da batida em sí. Obs: podem ser de lesões químicas. Quando eu trabalhava em uma fábrica de jóias, volta e meia alguém se machucava com os ácidos utilizados no banho das peças... nocibastardsreceptors. 4-Receptores eletromagnéticos. Parece coisa do Dr. Tesla, mas é mais simples: apenas detecção de estímulos fotossensoriais. And There Will Be Light!. 5-Químioceptores. Apesar de detectar estímulos químicos, nadatemaver com nocireceptores. É mais para detectar gostos na língua, cheiros, nível de oxigênio no sangue, nível de gas carbônico no sangue, osmolalidade de líquidos no corpo, enfim, química. Nessa imagem, todos os Mecanoceptores, com destaque para o cospúsculo de Pacini, que mais trabalharemos aqui. Cada fibra nervosa do nosso sistema sensorial funciona da mesma forma. O estímulo chega e você sente que algo está acontecendo, seja calor, dor, visão, luz, orgasmo. Mas se todos as fibras são iguais, porque as sensações não são? Simples, porque o destino delas no SNC é que muda, então o receptor de luz (visão), ao ser dirigido pelo culículo superior do mesencéfalo ao córtex visual faz com que você enchergue mais claro, mas só porque o caminho que ele faz "desemboca" numa área especializada do mesencéfalo para a interpretação de luz. E como tudo na fisiologia, isso tem nome: Modalidade Sensorial Em caso de sinestesia o modalidade sensorial fica bagunçada, e esses nervos se cruzam, de modo que os impulsos nervosos de um vão parar no outro e assim por diante.Tá aí por que Eddie Van Hallen tocava uma "nota marrom". Os receptores que a gente possui são altamente sensíveis à estímulos específicos, tanto que os receptores eletromagnéticos da retina reconhecem a luz, mas não reconhecem frio ou calor, pressão no globo ocular (bota os dedo no meio dos olhos e pressiona para ver se dói e poste o resultado nos comentários). Já os nocireceptores da pele (na foto, terminações livres) nunca são estímulados até que uma pressão forte o sufciente para lesionar o tecido faça com que eles "se liguem" e você sinta dor. À essa condição de especificidade do receptor, damos o nome de Sensibilidade Diferenciada. Só que as vezes a sensibilidade tá muito alta, e o primeiro exemplo que me vem à cabeça são "cócegas". As vezes você mal encosta na pele de alguém e essa pessoa se desmancha de rir. Por quê? Um receptor pode estar danificado, de modo que qualquer estímulo cause um potencial de ação, esses danos nos receptores podem ser por que a Membrana da célula está distendida e os canais iônicos estão abertos; pode ser por que a temperatura altera a permeabilidade da membrana (ex.: comida quente não é mais gostosa?); radiação eletromagnetica (?!wtf) também deixa canais iônicos abertos. Em todos os casos, o que acontece é que a permeabilidade da membrana aumenta e com isso, o "potencial transmembrana" também fica mais sensível. Tenho uma informação brinde aqui pra quem já enjoou de comer frango: Umami. Uma fruta africana com a característica de transformar gostos azedos, ácidos e horríveis em doces e gostosos. Link do G1. Achei curioso pracaramba e tive que pesquisar. Agora fico curioso em como essa tal de umami altera a percepção do SNC ao azedo/amargo/ruimpraburro. Na aula anterior eu aprendi sobre a voltagem média de um receptor, que vai de -90 até +35mV, sendo que há células no corpo que possuem valores bem diferentes, e que o limiar de ação dessas células é de em torno de -75mV~-50mV. Relembrando então, que para atingir esse limiar um estímulo precisa passar desse valor, caso contrário, pouco importa a vontade divina, que o potencial de ação não acontece. Mas agora temos informações novas complementando aquelas: Um receptor possui uma amplitude máxima de potencial, que é de +100mV e, quando esse valor é atingido, é por que a coisa ficou feia. Esse estímulo é muito alto, tanto que não interessa o que aconteça, que não passa disso, e que a sensação não muda quando esse valor é atingido. Vamos pegar um exemplo básico para você entender: Uma queimadura. Tanto faz se você está se queimando por que encostou a mão no fogão à lenha ou se tropeçou em um vulcão pois, embora a lesão seja muito maior com lava, a sensação de queimadura é A MESMA, desde que o potencial de membrana de +100mV tenha sido atingido. Com isso tem-se TODOS os canais de sódio abertos e a coisa passando livremente de um lado para o outro e, também, porque após o número máximo de fibras nervosas estimuladas, não há como aumentar a sensação de dano. E aí nos temos um outro esquema muito afudê (afudê só se fala lá no RS), e que diz respeito ao potencial receptor e o potencial de ação. É quando a coisa tá sensível demais, ou vai ficando sensível demais. Por partes: Às vezes qualquer coisinha já pode gerar um potencial de ação, e isso acontece porque o potencial de receptor é "somático", isso quer dizer, às vezes o primeiro estímulo na membrana não é o suficiente para que o potencial de ação ocorra, entao ele fica lá, ainda na região do limiar, estacionado, mas aí no segundo estímulo ele passa do limiar e o potencial acontece. Então, assim que o potencial acontece, ele volta à um estado levemente superior ao limiar, sendo agora muito mais sensível à qualquer estímulo. Então qualquer voltagem já libera um novo potencial de ação e esse volta à uma voltagem levemente maior que a anterior (que já estava acima do limiar), sendo cada vez mais fácil de ocorrer um potencial de ação. Deixe-me dar um exemplo que a professora usou em aula comigo. Dê um tapa de uma pessoa. Ela fica quieta. Dê mais um tapa nela. Ela continua quieta, mas o sangue tá próximo de ferver. Dê outro tapa. Pronto, f****, tu vai pro pau. Entendeu como a coisa funciona? Cada vez que você bate na pessoa, ela sobe mais um pouco no nível do que eu chamo de "princípio da irritabilidade". Da mesma forma o potencial receptor pode se comportar, então para ter um potencial de ação você não precisa mais passar do limiar, pois esse valor já se encontra próximo ou acima dele, sendo muito fácil de desencadear alguma sensação. Worst picture ever! Mas foi a única que achei. Notem que o potencial, após sair do limiar a primeira vez ele fica mais sensível a cada estímulo. Mais partes: Um estímulo, quando muito repetitivo, vai precisar ser cada vez mais forte para atingir o mesmo potencial de ação. Aqui vale aquele esquema que a gente conhece de "quanto mais você faz o mesmo treino, mais demora para crescer" (esse tipo de coisa, entende?). Na real quase todas as fibras nervosas tem essa capacidade de tornar-se mais "resistente" ao estímulo repetitivo, e isso permite que ela seja sensível à estímulos pequenos e também à estímulos bem fortes, caso contrário qualquer coisa excitaria o receptor ao máximo sempre. Imagine os seus pentelho raspando na queca o tempo inteiro, ia morrer de se coçar. Princípios da adaptabilidade dos receptores. Bem, todos os receptores sensoriais tem a capacidade de se adaptar ao estímulo, que é uma daptação ou Parcial ou Completa. Então qualquer estímulo constante faz com que o receptor reduza a frequência com que o potencial de ação ac ontece, como eu expliquei ali acima. Essa adaptabilidade pode ser Lenta ou Rápida. Vamos aos exemplos: O Corpusculo de Pacini é um receptor que você tem na pele e detecta pressões leves. É um esquema bem sensível mesmo. A adaptação dele é de 1s após uns 250 estímulos, quer dizer, se você encosta a mão em alguma superfície, você sente rapidinho que está encostando, mesmo que de leve, mas essa sensação é logo "perdida", pois a adaptação ocorre de forma Rápida (alguns milissegundos) e Completa (250 estímulos para 0 estímulos). Já os receptores na base dos pelos vão de 250 à 0 estímulos em 1 segundo (adaptação Rápida e Completa). Aliás, os mecanoreceptores são os que se adaptam mais rápido mesmo. O fuso muscular é a unidade sensorial do musculo, é ela que envia a mensagem de "o músculo tá contraído" e "o músculo não está contraído" para o SNC. É uma fibra que fica em meio às fíbras musculares, mas não atua da mesma forma. Essa fibra tem uma capacidade de adaptação Lenta e Parcial, por que você precisa manter um tônus muscular constante para manter-se ereto, por isso o estímulo não cessa completamente, se assim o fizess e, você vira uma ameba. Esses receptores são chamados de Receptores Tônicos. Outro receptor MUITO importante é o receptor da Cápsula articular. Esse é O Esquema. Ele (eles, na real, pois são 4 grupos), detectam todo o movimento, posição da articulação, dores, velocidade do movimento, enfim, bem dinâmicos e 3 dos 4 receptores sao lentos e de adaptação parcial. Adaptabilidade do receptor. Tá, mas e como essa adaptação acontece? mágica? só acreditar que todos os seus sonhos se tornam realidade? Nops. O esquema mais estudado como adaptação de receptor é o Corpusculo de Pacini que eu descrevi ali em cima. A adaptação ao estímulo nele pode ocorrer de 2 formas: 1ª Forma: a pressão ocorre em algum dos cantos/lados/extremos do corpusculo, e um líquido viscoso que tem dentro dele é reposicionado para o centro do corpúsculo, aonde tem a fibra nervosa. Ela então percebe essa mudança e em seguida se adapta naquela esquema dos 250 impulsos/segundo para 0 impulsos/segundo assim que o líquido viscoso interno volta a se reposicionar, mesmo que a pressão continue. Bem, é um negócio maleável (e minúsculo). Ex.: imagine-se em um colchão d'água, No momento que você deita em um dos lados e movimenta a água para o centro (e para o outro lado), esse colchão de adapta à essa forma, e só esse momento em que você se deita nele é que eel provoca o potencial de ação. 2ª Forma: Esse modo de adaptação é por Acomodação. E é bem semelhante ao primeiro. Nesse modo a fibra nervosa, mesmo sendo continuadamente pressionada, acomoda-se à essa deformação e deixa de responder ao estímulo, fechando os canais de sódio e impedindo o potencial de ação de ocorrer. Ex.: imagine-se agora em um colchão de palha. Você se deita no meio dele e vai se afundando, de forma a moldar o seu corpo no colchão, até o ponto em que ele deixa de se afundar (ou hipoteticamente, sentir que tem alguém o pressionando). Agora imagine essa situação: após sair do colchão de água ou de palha, o que acontece? Uma nova informação é liberada de que você acabou de sair do colchão, e que ele pode voltar a receber outra pessoa. Assim sendo, o Corpusculo de Pacini tem a capacidade de responder rapidamente à um estímulo (abrindo canais de sódio) e cessar esse estímulo logo (fechando canais de sódio) em seguida para voltar a receber outro (abrindo os canais mais uma vez). A esse fator de adaptabilidade do receptor, damos o nome de " receptor de transição do estímulo ", " receptor de movimento " e "receptor fásico". Classificação fisiológica e funções das fibras nervosas de acordo com o Diâmetro das fibras. Quanto maior a espessura de uma fibra, maior será a velocidade de condução dela, e isso depende de um fator essencial: quantidade de mielina que circula o axônio da fibra nervosa. -As fibras Mielinizadas são as do tipo A, e as Amielinizadas são do Tipo C. -As fibras do tipo A (mielinizadas, não se esqueça) são subdivididas em alfa, beta, gama e delta (isso tá vi rando clichê nesse semestre). E essa sub-classificação se dá pela espessura das fibras e velocid ade de condução do Impulso. -Após classificá-las no geral, as fibras do tipo A são novamente clasificadas de acordo com o grupo de nervo sensorial à que pertence, sendo esses os Grupos I, Grupo II, Grupo III. -O Grupo I é subdividido novamente em IA e IB. Então dentro da classificaçã o de grupos de nervos sensoriais tempos o Grupo IA, Grupo IB, Grupo II, Grupo III. -O Grupo IV é reservado para as fibras Amielínicas do Tipo C. Todo esse negócio de tipo, sub-tipo, grupo e sub-grupo tem um propósito além de confundir a cabeça do aluno. Juro. Agora, vamos distrinchar essa imagem. Quanto mais grosso o calibre da fibra, mais mielínica ela é, mais rápida e, consequentemente, mais ela avança na classificação. Mas na imagem é mostrado ao contrário, começando na esquerda pelas mais rápidas até à direita terminando no Tipo C, Grupo IV, mais lentas. Vou começar do Tipo C, Grupo IV então: Fibra Amielínica , pertence ao Tipo C e grupo IV. São fibras finas e lentas que demoram 0,5 segundo para percorrer meio metro do trajeto de um feixe nervoso. Por mais que seja lenta, ela constitui mais da metade de todas as fibras nervosas do Sistema Nervoso Periférico e todas as fibras pós ganglionares do Sistema Nervoso Autônomo (a outra metade fica por conta do Pré-ganglionar). São as fibras responsáveis pelas cóceguinhas, heueahuea. Calor e Frio também. E é aí que a coisa começa a fazer sentido. Calor e Frio, na real são coisas que demoram HORAS para mudar, em um dia normal. Você acorda, fazem 5º e no fim da tarde está fazendo 25º. Por que uma fibra seria rápida em detectar essa mudança se a mudança em sí demora horas para acontecer? Não tem razão mesmo. Tipo A: Grupo III, fibra A-delta. Essas fibras são as fibras do Fuso-Muscular que eu falei antes, que são lentas e possui adaptação parcial, reduzindo seu número de impulsos somente pela mentade e mantendo isso por horas à fio. São fibras de até 5 micrômetros de espessura e possuem uma velocidade de transmissão de até 30 metros por segundo. Tipo A: Grupo II, fibra A-beta e A-gamma. As fibras do Grupo II fazem parte tanto as A-beta quando as A-gamma da escala. O tamanho médio delas é de 8 micrômetros e por isso a velocidade delas é maior que somente 30m/s da A-delta, sendo a A-beta mais rápida que a A-gamma. São fibras que compõem sensores táteis mais profundos e as Terminações Secundárias do Fuso Muscular. Tipo IB: Grupo I, Fibra A-alfa: Essas são fibras também relacionadas ao musculo esquelético, mais precisamente ao "órgão tendinoso de Golgi", que é uma fibra sensitiva que fica na junção entre tendão e músculo. São as segundas mais grossas (até 16micrômetros) e rápidas (até uns 100m/s) da escala, ficando atras apenas da... Tipo IA: Grupo I, fibra A-alfa. Também fazem parte do fuso muscular, sendo as fibras mais grossas e rápidas da escala, atingindo velocidade de 120m/s (mais que um campo de futebol). Agora, se você aguentou até aqui, mesmo sem ter entendido p***a nenhuma, uma informação bônus. Amanhã demanhã posto a aula de Bioquímica sobre Carboidratos.
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Era do músculo esquelético que eu estava me referindo. http://www.owascoveloclub.com/Education_files/10%20Muscle%20Physiology.pdf Nesse artigo, o escritor cita fontes e eu fui pesquisar algumas para ver se não era só balela. INFELIZMENTE ele não cita o uso de EAs, apenas trocentos estudos demonstrando que a hiperplasia ocorre, cnfirmando o que você me disse. Mass... nesse artigo tem o que eu queria te dizer.
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HAUHEUAHUEAHUe, Fato! Todo meu conteúdo de estudo está aqui, só preciso olhar os posts e fazer uns resuminhos para facilitar o aprendizado e ir lembrando do que já escrevi. Fiz a prova de anatomia: não acredito que tenha ido mal, mas errei umas coisas porque durante o estudo eu deixei elas passarem em branco: -Patela: osso sesamóide e função de polia, Mas eu não lembrei que era um osso sesamóide. -Osso coxal (do quadril): irregular. E eu coloquei como chato. -Falange proximal do Hálux (dedão do pé) eu coloquei como distal. Deve ter tido mais algumas burradas, sempre tem. Mas aprendi.
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Pelo meu conhecimento, hiperplasia só ocorre com o uso de AEs.
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Brunobyof: Sempre me virei com qualquer coisa, exceto a matemática. Mas desde que comecei a faculdade de nutrição (do qual não levo nenhum talento natural) comecei a pensar que, se começasse uma faculdade que envolva matemática e física, como Oceanografia, iria apanhar no início, mas estudando umas 16h/dia eu conseguiria aprender da mesma forma que aprendo essa. O que eu conto é a teimosia. Bem, fui olhar um vídeo de cálculo diferencial integral. Se tudo é calculável, nada do que é calculável faz sentido. AHUEHAEUAH. Dones: cara, eu tinha os vídeos baixados e re-assisti eles para ver se tinha deixado algo faltar. E os vídeos são MUITO bons. Essa semana é semana de prova: Anatomia segunda (fds estudando porque deixei mta coisa passar), Imnologia e Microbiologia na quinta, e parasitologia na sexta. Vou ter que revisar todo o conteúdo, porque escrever é diferente de saber. Então, essa semana, menos posts. Abraço À todos que acompanham.
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Sério, pensei que fosse cheio dessas chatice, ainda bem que eu estava errado. Hey bruno, tu leu o post de Imunologia? Cara, se tu não tiver dificuldades de entender o texto das duas, uma. Ou tu é um gênio ou eu teria que escrever um livro sobre. O fato é que é foda. Se tu tiver dúvidas em determinada parte, pergunta, que ler e explicar é o que me faz fixar o conteúdo