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E o que impediria o capital privado de construir e manter ruas de livre circulação?
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Só é possível construir ruas com dinheiro público?
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Você acha incoerente defender a pena de morte e ser contra o aborto?
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Vi uma aula onde o Olavo fala de Kant há muito tempo, mas ainda não tinha lido a Crítica a Razão Pura. Vou tentar assistir essa aula de novo.
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Você acha que os sentidos e os sentimentos são um meio melhor para se chegar a verdade do que a razão?
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Tem razão. Não dá pra provar que a dedução é verdadeira sem a intuição. Mas pode-se dizer o mesmo dos juízos analíticos e sintéticos a priori? Acredito que não. Se eu disser: "não existem quadrados redondos" (juízo analítico) ou "eu existo" (juízo sintético a priori), não dependo da intuição para dizer que são afirmações verdadeiras. No primeiro caso, quadrados não podem ser redondos por definição. No segundo caso, só é possível afirmar a própria existência depois que se existe. Cheguei a ler o "Metafísica". E nunca li nada do Mário Ferreira. Metafísica. Livro XII. Capítulo 6. Aqui aparece muito mais a ideia de um primeiro motor móvel do que imóvel, apesar de ele afirmar que o primeiro motor é imóvel. Além disso, fica clara a ideia de eternidade do universo.
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O problema não é não entender Deus. O problema é entender que Deus, se existe, é indiferente a nós. Usar percepção como entendimento de Deus, ou de qualquer outra coisa, é um método falho para se chegar à verdade. O pensamento dedutivo sempre será superior.
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Estava meditando sobre a existência de Deus e ocorreu-me alguns pensamentos: 1-Como pode haver um Primeiro-Motor-Imóvel? Pela causalidade, para algo entrar em movimento é necessário que algo mova-o, e o motor do movimento precisa necessariamente ser móvel. Caso contrário, o motor que anteriormente estaria imóvel teria que mover a si próprio para mover outro objeto, o que é contraditório. Lendo alguns artigos de filosofia, vi que definiam Primeiro-Motor-imóvel como ação pura, mas se ação é movimento, então o nome correto deveria ser Primeiro-Motor-Móvel. Se o Primeiro-Motor-Móvel é eterno, e o universo é puro movimento, então o universo é eterno. Até aqui não vejo muita contradição com a crença em Deus. Até porque São Tomas de Aquino, assim como Aristóteles, admitiam a possibilidade de o universo ser eterno. O problema vem a seguir: 2- Se Deus é o Primeiro-Motor-Móvel, ele tem poder de escolha sobre suas ações? Se a resposta for não, ele é determinístico; se for sim, de onde vem o estímulo para que ele tome a decisão? Se a resposta for: de lugar nenhum, entrar-se-ia em contradição, pois escolha pressupõe mover-se da contingência para o necessário, sendo obrigatório, portanto, um motor anterior ao movimento. Se o estímulo da decisão de Deus vem de um motor anterior a própria decisão, então Deus além de ser determinístico não é o Primeiro-Motor-Móvel. De qualquer forma, como se pode dizer que algo determinístico é bom, se bom, pelo menos no uso comum, é qualificado para substâncias portadoras de livre arbítrio? Qual o sentido de rezar para um Deus determinístico?
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Não. Quis dizer que Santo Ancelmo provou a existência de um deus (termo arbitrário) na realidade; não de Deus. Ele chamou de Deus aquilo que não se pode PENSAR maior. Contudo, Deus é, na verdade, aquele que não se pode IMAGINAR maior. Aquilo que é maior na imaginação, não é necessariamente maior na realidade; nem, por consequência, maior no pensamento (pois para ser maior no pensamento, precisa ser maior na realidade). É dessa ambiguidade do termo "maior" que ele diz: "Deus é aquilo que não se pode pensar maior". Entretanto, ele precisaria provar primeiro a existência de Deus na realidade para poder dizer que ele é aquilo que não se pode pensar maior. p.s- usei o termo "imaginar", mas acho que "especular" seria melhor.
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No início do Suma Teológica existe uma referência a esse argumento, mas São Tomas de Aquino não chega a apresentá-lo formalmente. O argumento seria esse: "Deus é aquilo que não se pode pensar maior. Mas “o ser do qual não é possível pensar nada maior” não pode existir somente na inteligência. Se, pois, existisse apenas na inteligência, poder-se-ia pensar que há outro ser existente também na realidade; e que seria maior. Se, portanto, “o ser do qual não é possível pensar nada maior” existisse somente na inteligência, este mesmo ser, do qual não se pode pensar nada maior, tornar-se-ia o ser do qual é possível, ao contrário, pensar algo maior: o que, certamente, é absurdo. Logo, “o ser do qual não se pode pensar nada maior” existe, sem dúvida, na inteligência e na realidade. " A primeira premissa é falsa. "Deus é aquilo que não se pode pensar maior" só é verdadeiro se Deus existir na realidade. A premissa correta é "deus é aquilo que não se pode pensar maior". Se Deus, que imaginamos ser mais potente e mais ciente do que nós, não existe na realidade, então é menor do que qualquer ser existente, e mesmo que você pense em Deus, ele não será "aquilo que não se pode pensar maior". Dessa forma, para que deus, aquele que não se pode pensar maior, seja igual a Deus, ser que imaginamos ser mais potente e mais ciente do que nós, deve-se provar a existência deste último na realidade.
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-Um ser só pode "agir" de forma inconsciente se estiver em estado de inconsciência. Não seria uma ação em si, mas um ato reflexo , como o movimento de um vegetal ou o movimento do sistema digestório, por exemplo. Um ser em estado de consciência, por outro lado, só pode agir de forma consciente. Um homem consciente age, inclusive, ao se deixar influenciar por instintos ou por motivos aparentemente arbitrários. Ação não é somente fazer, mas, também, omitir aquilo que poderia ser feito. A ação começa na escolha. Nesse sentido, mesmo que você (ser consciente) tentasse agir de forma arbitrária, você começaria pela escolha (que é uma ação consciente) de tentar agir arbitrariamente. Dessa forma, a ação aparentemente arbitrária, na verdade seria deliberada. -Quanto ao meio eficiente, o que eu disse anteriormente é suficiente. Se um ser não está consciente, não faz sentido falar em meios, fins, ação ou eficiência, pois ele se movimento por ato reflexo. Se você, em consciência, optar por utilizar o meio não mais eficiente para atingir um fim X , o seu fim não é simplesmente atingir X. Seu fim, neste caso, é atingir X usando o meio não mais eficiente para atingir X, que é diferente de simplesmente atingir X. Podemos chamar este outro fim de Y. E para atingir Y você usa o meio "não mais eficiente" para atingir X, ou seja, o meio mais eficiente para atingir Y. É importante acrescentar que o termo "meio mais eficiente" para a ação humana, leva em conta a limitação do conhecimento do homem. O meio mais eficiente se refere ao meio que o homem acredita ser o mais eficiente, não necessariamente o meio mais eficiente em absoluto. É evidente que para um ser onisciente esse acréscimo é irrelevante. -Eu realmente cometi um equívoco na construção lógica quando disse que Deus não pode ser onipotente. Eu não levei em conta que pode haver fim temporal. Mas você está cometendo um maior ainda ao negar, talvez sem querer, a praxeologia. Não sei se é o seu caso, mas alguns dizem que a praxeologia só serve para ação humana, não podendo ser generalizada para a ação de Deus. Isso é um erro, pois a praxeologia é apriorística e serve para qualquer ser consciente. Negá-la é como dizer que 2+2 só é igual a 4 na lógica humana, podendo ser diferente na lógica de Deus. -Quanto a questão da existência (ou inexistência) de Deus, continuo achando ligeiramente mais problemático optar pela existência. É muito mais achismo do que propriamente raciocínio, mas meu pensamento pode ser resumido por um trecho do Suma Teológica: "... o que pode ser realizado por poucos princípios, não se realiza por muitos. Ora, parece que tudo o que é observado no mundo pode ser realizado por meio de outros princípios, pressuposta a inexistência de Deus, porque o que é natural encontra seu princípio na natureza, e o que é livre, na razão humana ou na vontade. Logo, não é necessário afirmar que Deus existe." Depois deste trecho vem as 5 vias para tentar refutá-lo.
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Mentalidade errada. O trabalho do empreendedor está em prever o custo de produção e o valor de mercado de um bem. A partir dessa discrepância de preços ele investe. O risco de perda é intrínseco a essa atividade. Quando um empresário observa que há necessidade de um bem de consumo, ele imediatamente realoca seu capital para satisfazer essa demanda. Dessa forma, ele cria demanda por fatores de produção. Essa demanda gera empregos e aumenta o salário daqueles que são responsáveis por extrair, transportar e conservar os fatores de produção. Dentro do negócio do empresário também há geração de empregos e aumento de salário daqueles que irão conservar e vender o bem de consumo. Além disso, essa atividade satisfaz as necessidades que os consumidores tinham pelo bem de consumo. Isso vai muito além de "tirar dinheiro de um canto e colocar em outro". Foi essa atividade que permitiu o incremento de bem estar social nas nações de primeiro mundo. Há outros setores onde esses indivíduos podem trabalhar. Setor de prestação de serviços, por exemplo.
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Concordo com o texto. Mas a existência de um ser onipotênte ainda trás outros problemas, por exemplo: 1-Todo ser consciente age visando um propósito. 2-Todo ser consciente usa o meio mais eficiente para atingir seu propósito. 3-Portanto, um ser onipotente atingiria seu fim instantaneamente. 4-Deus não atingiu seu fim instantaneamente, pois vemos movimento no mundo, portanto, ou não é consciente (logo não é Deus), ou não é onipotente. Parece claro que se houvesse um ser onipotente e perfeito, ele seria um fim em si mesmo. Não haveria motivo para ele criar algo. Na existência de um Primeiro-Motor-Imóvel, tudo que haveria seria um Primeiro-Motor-Imóvel.
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Não foco muito no tempo sob tensão, mas tento manter uma boa cadência. Quando se fala em aumentar a carga está implícita a manutenção da cadência.
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Qual caminho vocês acham melhor para o empreendedorismo? Começar do zero fazendo alguns bicos até juntar um bom dinheiro pra empreender, ou fazer uma graduação que garanta renda mais estável. Aparentemente, a vantagem da primeira é o ganho mais rápido, visto que eu já poderia começar amanhã. Já no segundo caso, eu teria que investir parte do meu tempo na graduação, porém teria uma boa fonte de recursos após formado, mesmo que o empreendimento não dê certo. Eu sei que o empreendedorismo depende do know-how, coisa que eu não tenho. É provável, portanto, que o caminho mais longo seja o melhor, mas não tenho certeza. Atualmente, estou cursando medicina, que é uma área com estabilidade quase garantida, mas com um tempo de formação muito longo. O que vocês acham ?
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Os principais argumentos contra o aborto deste tópico não se baseiam em religião. Se a maioria dos anti-abortistas são cristãos, deve-se, principalmente, ao bom senso que ainda lhes resta, principalmente por parte das autoridades cristãs, que respeitam as 4 causas aristotélicas. São diferentes de muitos cientificistas que, arbitrariamente, definem o que é vida humana e o que não é, usando sua autoridade em uma área que não pertence ao seu escopo.
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E o que te faz pensar que é possível haver a ausência do tempo? Que a causalidade não sofre uma regressão infinita? Parece-me que nem São Tomas conseguiu resolver esse problema de forma completa. Além disso, a ideia de haver um Primeiro-Motor-Imóvel traria mais problemas do que a ideia de eternidade de movimento do mundo. Por exemplo, por quê o Primeiro-Motor´-Imóvel decidiu agir?
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É impossível se ter certeza de que a evolução ocorreu, porém as evidências são fortíssimas. Citarei as melhores, na minha opinião: 1- Estruturas homólogas- O Faabs já citou essa acima. 2-Evidência embrionária- Se pegarem imagens do desenvolvimento de um embrião humano, vocês verão estruturas semelhantes à brânquias, calda, membrana entre os dedos (parecida com a dos anfíbios); que podem indicar nosso passado evolutivo. 3-Derivação continental- Boa parte das espécies terrestres ocorrem apenas em um continente ou ilha. Agora comparem isso com as bases da evolução na teoria: 1-O DNA é responsável pelas características fisiológicas e morfológicas dos seres vivos 2- O DNA tende a sofrer mutações aleatórias ao longo do tempo 3- Logo, devem ocorrer mudanças fisiológicas e morfológicas ao longo do tempo e algumas dessas mudanças podem ser benéficas ao ser. 4- Os seres tendem a migrar em busca de recurso, se dividindo em diversos grupos, que podem se isolar geograficamente. 5- As mutações que ocorrem no grupo A, serão diferentes do B, e assim por diante. 6-Surgirão poucos indivíduos mais aptos, por mutação benéfica, em cada grupo, sendo que essa característica, que torna-os aptos, tenderá a ser diferente em cada grupo. 7- Indivíduos mais aptos de cada grupo devem achar alimento, fugir de predadores e reproduzirem-se mais facilmente. 8- Ao longo do tempo, indivíduos mais aptos irão ser cada vez mais numerosos, competindo com aqueles que não possuem tal características (seleção natural). 9- Chegará um dia que todos os indivíduos do grupo A serão descendentes do mais apto do grupo A. Os do grupo B serão descendente do mais apto do grupo B. E assim por diante. 10- Repetindo os eventos 5-9 inúmeras vezes, chegará um dia que os indivíduos do grupo A serão totalmente diferentes do grupo B. 11- Agora temos duas espécies diferentes geradas a partir de uma. Darei um exemplo sólido de seleção natural que ocorreu em humanos: Provavelmente, no passado quase todos os africanos, assim como o resto do mundo atualmente, possuíam células transportadoras de oxigênio arredondada chamada eritrócitos. Em algum momento surgiu um surto de malária em quase toda África Subsaariana. Essa doença é uma das que mais mata no mundo. A malária é uma doença que depende dos eritrócitos pra se desenvolver. Alguns poucos indivíduo possuíam mutação em apenas 1 nucleotídeo, que os fez produzir eritrócitos em formato de meia lua, numa condição conhecida como Anemia Falciforme. Tal condição tornou esses indivíduos praticamente imunes à malária. Por isso, esses africanos mais aptos tiveram maior chance de sobreviver a infância e se reproduzirem. Com o tempo, eles tornaram-se tão numerosos, que ultrapassaram absurdamente a sua concentração em relação ao resto do mundo. Uma prova bônus: Observem a distribuição de dermátomos (região dos nervos sensitivos) nos seres humanos. Percebam que a distribuição não parece fazer muito sentido: Agora observe quando o homem fica com quatro apoios:
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Não vejo como o homem pode provar a existência ou inexistência de Deus, mesmo que acumule muito mais conhecimento. Acho que se Deus existe, Ele decidiu que não o conhecêssemos.
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Como provar a existência (ou inexistência) de Deus através da razão ? Em todos os debates entre ateus e deístas ou teístas que vi, os argumentos giraram em torno de tentar provar a eternidade de movimento do universo ou a existência do Primeiro-Motor-Imóvel. Entretanto, nunca vi nenhum dos lados provar de forma irrefutável seu ponto de vista.
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Pode, por favor, me dizer como a razão prova a existência de Deus. Tenho tentado meditar sobre isso a algum tempo e não consigo chegar a uma solução definitiva. Fiz durante pouco tempo o curso do Olavo, também fiz uma lista de livros relacionados a filosofia grega e escolástica pra entender melhor o cristianismo e estou a cerca de 4 meses estudando sobre o assunto sem ter muito progresso. Pela meu ritmo devo terminar a lista em uns 7 anos . Então tenho tentado encontrar pessoas que ostentem esse tipo de conhecimento para acelerar o processo, mas não tenho obtido sucesso. Já conversei com meu pai, meu avô, amigos, até o padre da Igreja aqui perto de casa, e nenhum conseguiu racionalmente provar a existência de Deus. No máximo eles usam argumentos relacionados a fé e a moral, porém eu também nunca entendi muito bem o que é a fé para o cristianismo. Se você puder me indicar obras que contemplem essa questão ou puder diretamente me responder como a razão de forma irrefutável prova a existência de Deus, eu ficaria agradecido.