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Kratz

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  1. Gostei
    Kratz deu reputação a Wesley Pinto em Entrevista André Zuccaro - RESPONDIDA   
    Não vejo muita lógica nessa de não comer carbo com gordura, mesmo que o carbo seja simples. Só vejo utilidade em refeed, para quem faz low carb, e somente refeed para quem está em corte, e ainda assim é questionável. 

    Muitos dizem que pelo carbo ser simples, gera pico e estimula a absorção de gordura, bom eu vejo ao contrário, que gordura diminui essa velocidade do carbo. Mas mesmo que a primeira premissa fosse correta, qual o problema? 

    Claro que geralmente essa combinação é associada a baixa densidade nutricional, e devido a falta de fibras a falta de saúde intestinal. 

    Contudo não creio que uma refeição possa fazer essa diferença toda. Claro se a base da dieta da pessoa for pão com manteiga, ela sentirá algum mal, mas é mais pela falta de micro e fibras do que pela combinação carbo e fat. 

    Portugueses e Italianos, por anos comem um pão a base de farinha, água e fermento, regado de azeite e sal. To ponto de vista da saudabilidade então os sardenhos deveriam estar com vários problemas e acima de tudo obesos, mas é o oposto que a história mostra. Na Bahia a famosa mandioca frita no Dendê (saturada) ou os pães do acarajé por anos existe e o povo forte e saudável, e magros (lógico, que usando azeite de dende). Marrocos onde quase não tem obeso, inclusive as pessoas tem peso abaixo da média, come pão sirio com nata (pura gordura do leite) ou banha com sal. Numa mesa libanesa é possível ver pão, azeite, nata e mel e ai?

    Por outro lado o que todos eles tem em comum? Alto consumo de micro, alto consumo de gorduras saturadas e colesterol, baixo consumo de omega 6 e oleos vegetais processados, pouco ou nenhum consumo de industrializados e doces industriais.  

     

     
     
  2. Gostei
    Kratz deu reputação a Lucas, o Schrödinger em Comer churrasco esporadicamente atrapalha muito a perda de peso?   
    Churrasco devia ter uma entrada no myfitnesspal, tipo "x horas de churrasco (intensidade baixa/média/alta) -> y calorias". Ia facilitar muito a minha vida kkkkk
     
    Mas sobre a dúvida do tópico, dieta tem que ter aderência e não há aderência sem conseguir socializar e com restrições excessivas. Encontrar o meio termo é difícil, mas tem que buscar isso.
     
    No churrasco especificamente acho que as dicas que a galera deu são pertinentes. Evitar os acompanhamentos é a mais importante. Farofa é um demônio. Eu, por exemplo, só como as carnes e bebo, geralmente vinho, mas às vezes cerveja (cerveja é pior). Evitar grandes refeições antes do churrasco é bom também e fazer alguma atividade pra gastar umas calorias previamente pode ajudar a não fazer um saldo muito ruim.
  3. Gostei
    Kratz deu reputação a Glasgow 15 em Comer churrasco esporadicamente atrapalha muito a perda de peso?   
    Quando rola um churras, eu fico o dia todo sem comer, e como até me acabar no churrasco
    porém só as carnes
    pão, maionese, frituras deixo quieto
  4. Gostei
    Kratz recebeu reputação de Priiknuth em Low Carb É Realmente Melhor Para Composição Corporal?   
    Para agregar ao tópico e ajudar aqueles que tem preguiça em ler os livros, segue abaixo uma pequena compilação de vídeos que abordam a dieta Low Carb e todos os seus pontos:
  5. Gostei
    Kratz recebeu reputação de vitorbernardo em Jim Wendler's 5/3/1 Tradução   
    Ótima contribuição @Mklek, muito obrigado! 
  6. Gostei
    Kratz recebeu reputação de vitorbernardo em Jim Wendler's 5/3/1 Tradução   
    Os links continuam off, se alguém puder upar novamente agradeceria.
     
  7. Gostei
    Kratz deu reputação a FabianaF em Tradução: Explicando treinos para maximizar o crescimento muscular   
    Por sugestão do grande @Shrödinger:
    Fonte: http://bretcontreras.com/training-for-maximum-muscle-growth-explained
     
    Explicando treinos para maximizar o crescimento muscular
     
    Todos queremos músculos maiores e para construí-los, precisamos nos tornar mais fortes - muito mais fortes. O ganho de força pela progressão de cargas garante que continuamos a colocar mais tensão nos músculos ao longo do tempo, forçando-os a se adaptar por meio do seu crescimento. Cargas mais pesadas equivalem a maior tensão, que equivale a músculos maiores. Entendido? Ótimo!
     

     
    No entanto, cargas maiores sozinhas não vão construir os maiores músculos. Powerlifters levantam cargas maiores do que bodybuilders e assim, colocam mais tensão em suas musculaturas se comparados aos bodybuilders. Apesar desta tensão mais alta, bodybuilders ainda são maiores. Se tensão fosse a verdade suprema, os músculos dos powerlifters superariam os dos bodybuilders. Não podemos dizer que são só as drogas. Pense nisso - ambos os tipos de atleta tomam esteroides anabolizantes, bodybuilders naturais ainda são maiores que powerlifters naturais e quando powerlifters desejam construir mais músculo, eles emprestam dos bodybuilders a metodologia de utilizar exercícios acessórios com repetições mais altas e com tempo menor de descanso entre as séries.
     
    Há alguns anos, meu colega Brad Schoenfeld e eu escrevemos um artigo abrangente, descrevendo os mecanismos na qual bodybuilders são mais musculosos que powerlifters. O artigo recebeu o título "Porque Bodybuilders são maiores que Powerlifters", e se você ainda não o leu, recomendo que o faça. No presente artigo, gostaria de desenvolver este tema.
     

     
    No lendário artigo de Brad "Os Mecanismos da Hipertrofia Muscular", ele nos ensina que existem três tipos principais de hipertrofia:
     
    1. Tensão mecânica
    2. Estresse metabólico
    3. Dano muscular
     
    Para muitos atletas, estes mecanismos fazem sentido à medida que correspondem à sua experiência pessoal. Porém, para muitos outros atletas, esta lista é meio abstrata e nebulosa. Permita-se explicar estes mecanismos de forma simples e direta.
     

    Tensão mecânica
     
    Às vezes você pode sentir que um músculo está prestes a rasgar do osso ao trabalhar com cargas pesadas. Isso, meu amigo, é tensão mecânica. Se você coloca tensão em um músculo por esticá-lo passivamente (sem deixar que ele contraia), a origem desta tensão é chamada de tensão elástica passiva. Se você coloca tensão em um músculo por flexioná-lo o máximo possível via contração isométrica, a origem desta tensão é chamada de tensão ativa. Quando você move pesos usando amplitude máxima, os músculos são expostos a uma combinação de tensão passiva e ativa, já que eles são esticados enquanto estão sendo ativados. Pesquisas mostram que movimentos dinâmicos são superiores a tanto esticar quanto usar isometria para ganhos de hipertrofia, então a tensão sozinha não trará o maior crescimento muscular. Tensão por meio de amplitude máxima de movimento é o que constrói os maiores músculos.
     

     
    Além disso, o tempo sob tensão (TUT - time under tension) é um outro fator importante a se considerar. Executar uma contração máxima 1 vez a cada 2 semanas não produzirá ganhos máximos de hipertrofia - não será estímulo suficiente para otimizar os processos anabólicos. Os músculos precisam de ampla sinalização para crescer.
     

    Estresse metabólico
     
    Pense na sensação que você tem ao saber que está realmente focando em um músculo - a sensação de queimação que você obtém e o pump que você atinge. Esses são dois mecanismos que caem no guarda-chuva do estresse metabólico. O estresse metabólico é causado por vários fatores, incluindo:
     
    1. A oclusão de veias por meio de contrações musculares contínuas, o que previne o sangue de escapar;
    2. A hipóxia ou falta de aporte de oxigênio nos músculos devido ao aprisionamento do sangue;
    3. O desenvolvimento de subprodutos metabólicos, como lactato e aumento da atividade hormonal;
    4. O inchaço das células ou pump dos músculos, também devido ao sangue aprisionado.
     
    Esses fatores ajudam a construir músculo e são sinérgicos com tensão e progressão de carga. Esses fatores também ajudam a explicar porque treinos Kaatsu (oclusão vascular) é altamente efetivo para produzir hipertrofia, embora com níveis mais baixos de tensão muscular se comparados a treinos de resistência tradicionais.
     

    Dano muscular
     
    Aproximadamente dois dias após um treino extenuante, sua dor muscular provavelmente atingirá o auge, e essa dor até é um certo indicativo de lesão muscular. O dano é criado ou por fazer algo que não está acostumado, por acentuar o componente excêntrico de um exercício ou por estender um músculo enquanto ele está sendo ativado, causando assim altos graus de desgaste. Desta maneira, a variedade é um componente importante no dano muscular, já que ela garante focar em diferentes subdivisões e unidades motoras dos músculos.
     
     
    A inter-relação entre Tensão, Estresse metabólico e Dano muscular
     
    Esse trecho será um pouco técnico, mas fique comigo. Tensão mecânica, estresse metabólico e dano muscular são inter-relacionados e geram respostas hipertróficas por caminhos diversos e redundantes. Por exemplo, um grau elevado de tensão ativa em músculos mais longos cria o maior dano muscular. Em outras palavras, a tensão é muito efetiva para danificar fibras contanto que o músculo seja estendido enquanto esta sendo ativado. Um outro exemplo: alta tensão através de ROM completo é muito efetiva para produzir estresse metabólico devido às contrações musculares prolongadas, causando oclusão das veias e deixando o sangue sem tempo de escapar dos músculos. Em outras palavras, tensão constante e TUT maior são muito efetivos para causar estresse metabólico, presumindo que a ativação muscular é alta o suficiente para ocluir as veias. Continuando com os exemplos, o pump realmente coloca os miócitos sob tensão devido ao efeito de inchaço exercido nas membranas das células musculares, o que teoricamente leva a um maior crescimento muscular dada a uma ameaça detectada às ultraestruturas das células. Em outras palavras, o estresse metabólico é eficiente para criar tensão de dentro para fora nas células musculares individuais. Na realidade, dano às fibras pode provocar inchaço das células da mesma maneira que o pump, e este inchaço pode durar por vários dias. Todos os três mecanismos podem aumentar a ativação de células satélite (células-tronco musculares) assim como a ativação do importante caminho mTOR. Como você pode ver, os três mecanismos estão altamente inter-relacionados.
     
     
    Aplicações práticas
     
    Muitos treinadores argumentam que a progressão de cargas com treinos de baixas repetições nos exercícios básicos com barra é suficiente para construir a hipertrofia máxima. O motivo pelo qual esta afirmação é tão eficaz está em muitas pessoas não compreenderem totalmente a importância de ganhar força em relação ao crescimento muscular. Porém, isso sozinho não é suficiente para ganhos máximos. Como Brad e eu detalhamos em nosso artigo anterior, há muitos mecanismos neurais (não-hipertróficos) no qual um músculo pode se fortalecer sem crescer. Esse é um lado chave no powerlifting, onde atletas aprendem a maximizar a força pelos ganhos de eficiência do sistema nervoso e coordenação. Se seu objetivo é construir o máximo de músculos, você simplesmente não vai querer depender somente em melhorias neurais para ganho de força; você quer que seus ganhos de hipertrofia imitem seus ganhos de força. Portanto, tenha certeza de alternar exercícios, incorporar variedade e se tornar forte em faixas de repetição baixas, médias e altas.
     
     
    Escolhendo as ferramentas certas
     
    Alguns exercícios são melhores que outros para produzir pump, alguns exercícios são melhores que outros para criar tensão em um músculo ou subdivisão de um músculo, e alguns exercícios são melhores que outros para danificar fibras.
     
    Em geral, fazer agachamento, levantamento terra, elevação pélvica (hip thrusts), supino, desenvolvimento militar, chin-up e remada vai garantir que você está maximizando a tensão mecânica em todos os grupos musculares. Porém, somente um exercício não vai maximizar a tensão na gama completa de fibras dentro de um músculo. Exercícios como supino inclinado, paralelas, roscas, encolhimento, crucifixo invertido (delt raises), leg press e glute ham raises podem e devem também ser utilizados para o máximo crescimento muscular, já que eles focam em fibras específicas se comparados com os exercícios compostos. Além disso, variações dos exercícios compostos como agachamento frontal, levantamento terra sumô, supino fechado e pull-up também podem e devem ser feitos.
     

     
    Movimentos que colocam tensão constante ou colocam tensão máxima em um músculo mais curto (em posição contraída) são os melhores para construir pump. Por isso, exercícios como pec deck, pullover na máquina, extensão de pernas, flexão de pernas, extensão de lombar, ponte com barra (barbell glute bridge), elevação lateral, rosca concentrada e extensão de tríceps com corda são úteis. Quando feitos com faixas de repetição média ~ alta, períodos curtos de descanso e séries múltiplas, eles podem produzir um pump cabuloso. Elásticos e correntes também podem ser usados para manter a carga no músculo mais constante durante uma repetição, dependendo da curva de força do exercício.
     
    Exercícios que colocam a maior tensão em músculos longos (em posição estendida) são os melhores para criar dano muscular. Por essa razão, exercícios como fly para peito, pullover, avanço (lunge), RDL, bom-dia, rosca com halteres inclinado e extensão de tríceps sobre a cabeça com cabo (by Fabi: PQP, essa tradução ficou horrível) são úteis. Halteres podem ser usados em exercícios de empurrar ou puxar para maior extensão dos músculos, e agachamentos completos ou levantamentos terra em déficit podem ser feitos para aumentar a amplitude do movimento (ROM). Por último, movimentos excêntricos ou acentuadamente excêntricos podem ser feitos para focar em dano muscular. Porém, há uma linha tênue entre dano otimizado e dano excessivo. Dano muscular é superestimado e pode trazer mais prejuízo do que ganho se interferir nos ganhos de força e frequência de treino. Sentir-se um pouco dolorido 1 ou 2 dias depois tudo bem, mas mal conseguir se sentar ou sentir que o músculo vai arriar em uma atividade simples é demais. Estimule, não destrua.
     


    Resumindo
     
    Ronnie Coleman disse tudo: todos querem ser bodybuilders, mas ninguém quer levantar cargas pesadas. Ter pump e sentir o músculo queimar é fácil, mas tornar-se mais forte a cada ano é trabalho duro. Muito duro! Obter PRs requer foco, determinação e consistência. (by Fabi: tá aí, @Mklek)
     
    Por esse motivo, reserve a maior parte de sua energia mental para se tornar mais forte. Depois de aquecer, comece seu treino com os exercícios compostos pesados e tente obter PRs. Descanse completamente entre as séries e prepare-se mentalmente de forma apropriada.
     
    Depois do trabalho pesado é hora de se divertir um pouco. Escolha alguns exercícios de foco e busque pump e queima de músculo. Não trabalhe tanto na força mental, simplesmente vá para algumas séries de repetição média a alta com períodos curtos de descanso. Não se preocupe demais em obter PRs durante o trabalho para pump. Foque em sentir o músculo visado sofrer com o trabalho e em fadigar as fibras completamente.

    A maior parte da sua energia mental deveria estar dirigida para ganhar força com os exercícios compostos (big basics) como agachamento, levantamento terra, elevação pélvica (hip thrusts), supino e barra fixa (chin-up). No entanto, um pouco de sua energia mental deveria estar focada na ativação muscular e em causar estresse metabólico. Tornar-se insanamente forte nos exercícios compostos com uma variedade de faixas de repetição pode ser a origem de 80% de seus ganhos de hipertrofia ao longo do tempo. Mas se força for a sua única empreitada, você provavelmente deixará 20% de fora para a hipertrofia máxima. Fusão de células satélite, hipóxia, oclusão e inchaço de células maiores que acompanham os treinos voltados para pump e queima do músculo são a cereja do bolo e agregam valor ao longo do tempo. Prender-se somente a treinos pesados ou treinos com alta repetição não vão construir o melhor físico - você precisa do melhor dos dois estilos de treinamento se quiser atingir seu potencial muscular máximo.
     

     
    Os músculos não respondem somente à tensão. Eles respondem à tensão, estresse metabólico e dano muscular. Um ponto ideal destes fatores que produz a hipertrofia máxima provavelmente existe e a combinação ideal pode diferir entre pessoas. Até que pesquisas futuras tragam luz à fórmula exata, vá com tudo nos exercícios compostos pesados primeiro e então escolha exercícios mais leves e específicos para produzir estresse metabólico. Se você ignorou estes fatores até agora, aposto que notará adaptações hipertróficas favoráveis dentro de alguns meses ao adicionar metodologias de pump e queima de músculo. Bodybuilders fazem isso por uma razão, e você também deveria! Não procure dor muscular excessiva - é contraproducente para ganhos de força e vai aparecer naturalmente com um bom treino, no final das contas.
  8. Gostei
    Kratz deu reputação a Lucas, o Schrödinger em Porque Utilizar Uma Ampla Faixa De Reps E Como Selecionar Os Exercícios Para Otimizar A Hipertrofia   
    Olá,
     
    Resolvi criar esse tópico em função de algumas discussões eternas do fórum - algumas bem recentes -, especialmente low reps versus high reps e compostos (sobretudo os três básicos) versus isoladores e afins. Vou falar sobre as faixas de repetição para hipertrofia e sobre seleção de exercícios com o mesmo fim.
     
    Faixa de repetições para hipertrofia
     
    As evidências científicas e anedóticas mostram que para a hipertrofia, caso o volume seja igualado, não faz diferença fazer 3, 10 ou 35 reps (o último até a falha). Mas qual o melhor dos três? Se por melhor você entender mais eficiente, a resposta é 10 reps. Por que? Porque 10 reps permite um maior volume do que 3 reps em um mesmo tempo (e sem prejudicar tanto as articulações) e não faz o cara vomitar no meio do treino como as 35 reps até a falha.
     
    Ok. Então por que não fazer todo o treino com 10 reps? Porque, ao contrário do que tem sido falado por alguns, a progressão de cargas é importantíssima (senão essencial) pra hipertrofia e uma faixa mais baixa de repetições permite maior progressão do que uma faixa intermediária - mesmo que esta permita alguma progressão também, porém mais lenta.
     
    E as high reps, não servem pra nada? Servem. Um dos estímulos que causam hipertrofia é o estresse metabólico, que é alcançado com altas repetições. Na verdade, existem 3 componentes principais: tensão mecânica, estresse metabólico e dano.
     
    Seleção de exercícios para otimizar a hipertrofia
     
    Para otimizar a hipertrofia a seleção de exercícios deve atender aos três estímulos principais: tensão mecânica, estresse metabólico e dano.
     
    A tensão mecânica será alcançada obviamente com exercícios em que seja possível colocar carga na barra (não necessariamente na barra). Aqui os 3 básicos são provavelmente os melhores, já que além disso, eles tem um potencial enorme pra progressão de cargas. Além dos 3 básicos e suas variações, temos os exercícios mais famosos e comuns como barras, remadas, desenvolvimentos, paralelas, entre outros. Para atingir este objetivo deve-se priorizar performance, preferencialmente com poucas repetições.
     
    O dano pode ser causado em qualquer tipo de exercício, mas para otimizar esse processo o ideal é utilizar exercícios que provoquem o estiramento do músculo alvo. Nesse sentido, o RDL pode ser superior ao terra, por exemplo (pensando nesse objetivo). Exercícios como o agachamento profundo, avanço, supinos e desenvolvimentos com halteres (que propiciam maior alongamento por terem maior amplitude), paralelas, além de isoladores como crucifixo, tríceps francês, entre outros, seriam ótimas escolhas para atender a esse fim, qual seja, de pré-estiramento da musculatura alvo. Aqui sugiro a faixa intermediária de repetições, podendo tentar utilizar um pouco de conexão mente-músculo.
     
    O estresse metabólico pode ser atingido com qualquer exercício feito em altas repetições. Entretanto, levando em consideração que este é um estímulo complementar e, a princípio, seria feito no final do treino – quando já se está fatigado –, a opção melhor seria utilizar os isoladores. Assim, a perda de forma é menos provável e menos perigosa também e a falha ou quase falha pode ser atingida com maior segurança – é mto mais seguro fazer 15-20 repetições até o limite na extensora ou flexora do que no agachamento ou no terra. Os calistênicos podem ser boas opções nesse sentido, portanto, barras, paralelas e avanços são interessantes para esse fim.
     
    A ideia é não se limitar a uma faixa de repetições nem a uma gama pequena de exercícios como os 3 levantamentos básicos. Sim, esta deveria ser a base da maioria dos treinos, mas não é o único caminho nem o mais otimizado/eficiente. Utilizar várias faixas de repetições e uma ampla gama de exercícios - cada um com seus objetivos específicos - é o ideal. Nesse contexto isoladores, high reps e afins são de grande utilidade, se usados corretamente.
     
    Seleção de exercícios do ponto de vista biomecânico e de equilíbrio muscular
     
    Sempre defendo a ideia de não treinar músculos, mas movimentos, quais sejam: empurrar, puxar, agachar e extensão de quadril. Dessa forma não tem como o treino ficar desequilibrado - se forem feitas quantidades iguais de exercícios de puxar e empurrar (verticais e horizontais) e de agachar e de extensão de quadril.
     
    Ao fazer um exercício de empurrar são trabalhados o peitoral, o tríceps e a porção anterior do deltoide, o que vai trabalhar um volume semelhante de músculos a um exercício de puxar, que trabalhará dorsais, trapézio, bíceps e a porção posterior do deltóide.
     
    Na prática, pra cada supino deve-se fazer uma remada, pra cada desenvolvimento deve-se fazer uma barra fixa/puxada e pra cada agachamento deve-se fazer um terra (ou variações).
     
    Isoladores devem ser feitos como complemento, visando dar ênfase em alguma parte geneticamente desfavorável (panturrilhas, bíceps, antebraços, trapézio...) e para provocar estresse metabólico. Podem ser utilizados também para acrescentar volume ao treino, de forma mais rápida e sem sobrecarregar tanto as articulações - utilizando baixas cargas e focando na conexão mente-músculo.
     
     
    Espero com esse texto tentar dar um panorama mais amplo às discussões que envolvem faixa de repetições e seleção de exercícios. Além disso, a intenção é tentar a ajudar os usuários do fórum na montagem de treino, sobretudo no que diz respeito à utilização de ampla faixa de repetições e seleção adequada de exercícios de modo a otimizar a hipertrofia e ter equilíbrio biomecânico e muscular.
     
    Abraços,
     
    Lucas
     
     
    Seguem algumas referências de artigos e reviews de estudos que corroboram com as ideias acima:
     
    http://www.lookgreat...gth-and-muscle/
    http://www.lookgreat...t-build-muscle/
    http://www.lookgreatnaked.com/articles/mechanisms_of_muscle_hypertrophy.pdf
    http://www.bodyrecom...ch-review.html/
    http://bretcontreras...owth-explained/
    http://www.strengtheory.com/the-new-approach-to-training-volume/
    http://www.strengthe...w-lifter-again/
    http://users.telenet.be/aaitee/HST%20Faq_book.pdf
     
  9. Gostei
    Kratz recebeu reputação de {..mAthEUs..} em Colesterol - O Que Você Precisa Saber   
    Texto interessante sobre a correlação entre a gordura saturada e o processo inflamatório compartilhado pelo Dudu Haluch em seu Facebook:


    Um breve mecanismo de como os óleos monoinsaturados, como principal representante o ácido oléico (n-9), pode diminuir o processo inflamatório e melhorar a sensibilidade a insulina, desencadeado pelo consumo de gordura saturada. Pode-se ver que a gordura saturada, como o ácido láurico, esteárico e palmítico, liga no toll like receptor 4 (TLR-4), desencadeando a liberação do fator nuclear kappa B (NF-KB) e inibidor cinase kappa B (IKKB) que são fatores inflamatórios, que estimulam a produção de interleucina 6 (IL-6) e IL-1beta em macrófagos e fator de necrose tumoral alfa (TNF-alfa). A produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) também é ampliada com a ligação da gordura saturada no TRL-4, isso desencadeia uma proteína chamada de complexo inflassoma NRLP3/ASC, ativando a IL 1beta via caspase 1. Essa interleucina se liga ao seu receptor IRL-1 e inibe o efeito cascata gerado pela ligação da insulina no seu receptor IRS-1, inibindo a fosforilação de AKT que é realizada via fosfatidilinositol 3 quinase. (PI3-K), isso implica em menor translocação do glut-4 e diminuição da captação de glicose, resultando em resistência a insulina. O ácido oleico atua inibindo a ligação da gordura saturada no TRL-4 em macrófagos e ainda amplia a expressão da proteína quinase ativada por AMP (AMPK), no qual inibe a ativação do complexo NRLP3/ASC reduzindo os níveis de IL-1beta ativada, assim melhorando a sensibilidade a insulina e diminuindo o perfil inflamatório. Além, de maior expressão de AMPK induz maior captação de glicose via GLUT-4 independente de insulina, via proteína AS160 desencadeada pelo aumento da expressão de AMPK. Contudo, esse efeito da gordura saturada é mais acentuados em sobrepeso e obesos, já que apresentam um perfil inflamatório alto, facilitando mais ainda o processo inflamatório. 
    Não estou dizendo para eliminar as gorduras saturadas da dieta, mesmo se for um paciente com condições inflamatória alta, mas endeusar determinados nutrientes, alegando que são livres de riscos é um equívoco tamanho, aliás, nenhum nutriente está livre de risco quando consumido erroneamente. Alinhar uma maior quantidade de gorduras mono e controlar mais rigorosamente as gorduras saturadas, parece ser uma estratégia interessante para esses pacientes. Juntamente com o alinhamento do carboidrato, já que o mesmo, em seu excesso facilita a lipogenese e síntese de colesterol, principalmente os simples e não fibrosos, que em um processo inflamatório pode aumentar os subprodutos de glicação avançada (AGEs) e ampliar a produção de EROs e agravar mais ainda o processo inflamatório. Controle e equilibre a ingestão de determinados alimentos sem necessitar da radicalização, contudo, priorize os alimentos com melhor é maior impacto terapêutico para otimizar o tratamento em determinada patologia.

    Referência:
    Monounsaturated Fatty Acid–Enriched High-Fat Diets Impede Adipose NLRP3 Inflammasome–Mediated IL-1β Secretion and Insulin Resistance Despite Obesity.
  10. Gostei
    Kratz recebeu reputação de Thorun em Bcaa: Você Está Usando Errado [2014]   
    Texto postado hoje pelo Paulo Gentil em sua rede social:
    _____________________________________________

    Normalmente as dietas de emagrecimento têm o inconveniente de serem acompanhadas da perda de massa muscular. Na tentativa de atenuar o problema, é comum a busca por suplementos, como o BCAA. Em estudo publicado por Dudgeon et al. homens treinados receberam dietas hipocalóricas enquanto faziam musculação, sendo que metade tomava 28g BCAA e metade 28g de carbo (14 pré e 14 pós treino). Os resultados foram surpreendentes, pois o BCAA preveniu a perda de massa magra e ainda levou ao aumento de 15kg na carga do agachamento e 7kg no supino!? Estamos diante de um milagre! Pois uma pessoa com pelo menos 2 anos de treino aumentou bagarai a força em 2 meses de dieta hipocalórica!?
    Os resultados milagrosos podem ser explicados pelo patrocínio da “Scivation Inc.”, que deu dinheiro ao pesquisadores e ainda forneceu os suplementos usados no estudo. Isso aí, além dos dados serem analisados e reportados por quem foi pago pelo vendedor de BCAA, os potinhos usados foram fornecidos pelo próprio vendedor. Risco duplo: de viés de análise e de suplemento “batizado”!
    Escavando os resultados vemos várias inconsistências. O grupo que tomou BCAA perdeu 0,6kg de gordura contra 1,4kg do carbo! Além disso, o grupo que tomou BCAA não perdeu massa magra e o grupo que tomou carbo sim, no entanto, o metabolismo de repouso caiu 412kcal/dia com BCAA e se manteve igual para o grupo carbo. Meio estranho, né? Essas e outras bizarrices levaram outros pesquisadores a confeccionarem uma carta falando que “essas discrepâncias trazem questionamento à veracidade do estudo”.
    Eu, sinceramente, não tenho nenhuma condição de acreditar em resultados milagrosos de estudos como esses. Por estudar o assunto e treinar há anos, lhes asseguro que não há condições teóricas nem práticas de ver esse tipo de milagre. Mas todo dia sai um malandro e um ingênuo de casa, quando eles se encontram, alguém sai tomando BCAA para evitar catabolismo. Ah, não quer perder massa muscular enquanto perde gordura? Simples, faça uma dieta adequada e treino de maneira adequada!
    (Paulo Gentil)
    Dudgeon WD, Kelley EP, Scheett TP. In a single-blind, matched group design: branched-chain amino acid supplementation and resistance training maintains lean body mass during a caloric restricted diet. J Int Soc Sports Nutr. 2016 Jan 5;13:1.
    Dieter BP, Schoenfeld BJ, Aragon AA. The data do not seem to support a benefit to BCAA supplementation during periods of caloric restriction. J Int Soc Sports Nutr. 2016 May 11;13:21.
  11. Gostei
    Kratz recebeu reputação de busarello em Brasileiros comem poucas frutas, verduras e legumes, aponta estudo   
    Para agregar ao tópico, segue uma tabela interessante que mostra a quantidade de sacarose, glicose e frutose presente em algumas frutas:


  12. Gostei
    Kratz recebeu reputação de Eduardo90 em Brasileiros comem poucas frutas, verduras e legumes, aponta estudo   
    Para agregar ao tópico, segue uma tabela interessante que mostra a quantidade de sacarose, glicose e frutose presente em algumas frutas:


  13. Gostei
    Kratz recebeu reputação de Lucas, o Schrödinger em Brasileiros comem poucas frutas, verduras e legumes, aponta estudo   
    Para agregar ao tópico, segue uma tabela interessante que mostra a quantidade de sacarose, glicose e frutose presente em algumas frutas:


  14. Gostei
    Kratz deu reputação a {..mAthEUs..} em Brasileiros comem poucas frutas, verduras e legumes, aponta estudo   
    Bom, não ia postar nesse tópico, mas sei lá, deu vontade e bastante gente ta falando que ficou confusa com as informações que foram passadas por aqui.
     
    Acho que já falaram bastante sobre as frutas, que a quantidade de frutose nas frutas é baixo, etc.. Agora falando mais na parte cientifica, já que também foi bem abordado a parte de estudos.
     
    Acho que muitos já ouviram falar do famoso estudo de Framingham, que é o maior estudo sobre doenças cardiacas que existe. Esse estudo teve inicio em 1948 e é o maior nessa vertente de doenças cardiovasculares. Desde 1948 tem sido colhidas amostras de sangue, analisadas, e tudo mais, e os níveis de ácido úrico, consequentemente, também tem sido coletados durante todos esses anos. Até aqui, beleza, certo?
     
    Abrindo um parenteses agora e falando um pouco de história e datas:
     
    - Em 1953 tivemos aquele famoso estudo dos 6 paises, onde Ancel Keys pegou 6 paises dentro de 22 analisados, e correlacionou esses paises com maior ingestão de gorduras à doenças cardiovasculares. 
    - 1955 a coca (a principal marca de refrigerante por isso estou citando ela) aumentou suas garrafas e começou a serem vendidas em maquinas automáticas, o que tornou seu acesso mais fácil. Em 1960 eles aumentaram de novo, em 1988 de novo e em 1992 mais uma vez, mas vamos parar por aqui.
    - Em 1966, lá no japão, foi inventado o xarope de milho de alta frutose.
    - Em 1975 começou a fabricação do xarope de milho de alta frutose em larga escala. Repare que eu digo que começou, então antes disso não era produzido e comercializado em grande escala. E como o preço do xarope de milho é barato, a industria começou a usar ele em tudo, o que fez o preço dos alimentos industrializados, em geral, caírem e o consumo aumentar (consumo de frutose, consequentemente).
    - 1982 a associação americana do coração (AHA), Associação médica americana e departamento de agricultura dos EUA estabeleceram para a população reduzir o consumo de gordura, baseado naquele estudo do Ancel Keys.
    - O consumo de sucos de fruta aumentaram cerca de 35% se comparados 1989~91 com 1994~95, e nessas mesmas datas o consumo de refrigerantes aumentou cerca de 41%.
    - Um estudo de 2008 da Medscap mostra que o consumo de frutose natural (leia natural como vindo de frutas e vegetais- sim, vegetais também contém frutose) era de cerca de 15g por dia, isso com um consumo bom de vegetais e frutas. Em 1977 esse consumo passou para 37g por dia e em 1994 já estáva em 54,7g por dia.
     
    Ta, mas porque quis citar esses dados? Bom, vamos jogar alguns dados pra ver o porquê:
     
    Comparada as datas de 1954~1958 com 1972~1976, nós temos um aumento médio nos niveis de ácido úrico de 5,0 a 5,7 mg / dL em homens e 3,9-4,7 mg / dL em mulheres. 
    Entre 1961 e 1980, houve um aumento de cerca de 5,5 a 6,5 mg/dL de ácido úrico em homens caucasianos de meia idade.
    Entre 1985 e 1996, entre adultos de idade entre 24 e 25 anos, nós tivemos um aumento de 5,3-5,8 mg/dL em afro-americanos homens e 3,8 a 4,0 mg/dL em mulheres afro-americanas, e 5,5-5,7 mg/dL em homens brancos e de 3,9 a 4,0 mg/dL em mulheres caucasianas.
    No Japão jovens do sexo masculino tiveram um aumento de ácido úrico no soro 5,5-5,76 mg / dL entre 1991 e 2002.
     
    Uma imagem ilustra bem isso que estou querendo passar aqui:
     

     
    Essa imagem mostra a relação entre o consumo de xarope de milho e gota nos EUA. com o aumento do consumo de xarope de milho, há, consequentemente, o aumento do consumo de frutose, aumento de ácido úrico e aumento de gota.
     
    Tendo dito isso, apenas um breve resumo, da pra ver claramente que o problema do ácido úrico vem não com o consumo de frutas, mas sim com o aumento do consumo de frutose através, tanto do açúcar como do xarope de milho.
     
    A formação do ácido úrico por meio da frutose acontece pela depleção de ATP, aumento de AMPc, formação de purina e aumento de ácido úrico. Agora pra acontecer o primeiro fator (depleção de ATP), não é consumindo 15~30g de frutose, tem que ser uma quantidade grande. Tem estudos que mostram até que atividades muito intensas podem aumentar o nivel de ácido úrico, e acho que aqui no fórum, uma boa parte do pessoal pratica atividades intensas, né.
     
    Deu pra ficar claro que não há necessidade de temer as frutas por causa de frutose, elas não tem muita frutose, tem outros compostos importantes como fibras, vitaminas, minerais e bioativos. Embora não sejam obrigatórias na dieta, ao meu ver, porque dá pra conseguir as vitaminas, minerais e fibras através de outros alimentos, e as vezes as frutas nem tem tanto assim, mas alguns compostos bioativos só são encontrados em frutas. Então, embora não sejam obrigatórias, são sim importantes.
     
    Bom, alem do que falei, que foi um resumo basicamente, deixo aqui também alguns estudos pra quem quiser ver essa correlação, e ver que comer frutas não vai fazer com que seu ácido úrico suba. Logicamente que temos exceções, podem ter pessoas que podem ter um nível mais alto consumindo frutas, mas são exceções, não a regra. E como falei, frutose não é o único fator que vai influenciar esse valor.
     
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22000649
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17484024
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6824508
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18769702
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3197219/
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15641075
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17921363
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18163497
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12415600
     
    Abraços.
  15. Gostei
    Kratz deu reputação a Wesley Pinto em Brasileiros comem poucas frutas, verduras e legumes, aponta estudo   
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    E só pra constar: Lair Ribeiro é legal, tem coisa útil, mas filtrem. Ele mostra pesquisas que apontam o que ele fala, mas ele omite outras centenas que falam o oposto. Ele usa o discurso do Schoolar que basta pesquisar um tema la que tem Xmil artigos sobre, mas não é verdade, tem essa quantidade de artigos que possuem determinada palavra chave, muitas vezes é um artigo que critica ou apenas usa o termo como uma variável, e acima de tudo ele nunca considera o fator de impacto para usar artigos de referência e isso é essencial, revista ciêntifica tem de montes, sérias cujo critério estatístico é bem elaborado e conferidos, ai são a minoria. 

    Lair é acima de tudo um  homem de negócios que tenta vender um produto, que sim ajuda muita gente, mas cautela, nem tudo que reluz é ouro. 
  16. Gostei
    Kratz deu reputação a Wesley Pinto em Brasileiros comem poucas frutas, verduras e legumes, aponta estudo   
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    Só para completar: É fato que as frutas estão mais doces e menos nutritivas que antigamente e suas versões selvagens. É bom ter isso em mente para não generalizar os argumentos. Mas ainda assim o principal carbo das frutas não é a frutose como ensinam nos programas de saúde da globo, é na verdade a glicose e boa parte (dependendo da fruta) de celulose que nem sequer é digerido, serve mais como fibra insolúvel (é uma fibra insolúvel). 3 tamaras, 1 banana, 1 maçã e uma fatia de abacaxi e não serão nem 15gm de frutose, nem das frutas mais doces e modificadas. 

    E para não ser parcial, a densidade nutricional média das frutas nem se compara aos alimentos de origem animal e vegetais folhosos, fruta perde bonito. Mas ela contém coisas que no outro não tem. São necessárias para a vida? Não. Veja esquimós e Japoneses. Mas contém certos micros que podem conferir qualidade de vida para algumas pessoas em particular e dar um UP no saldo nutricional. Também é possível encontrar algumas coisas em particular, por exemplo comer uma romã dará beneficios particulares a ela, mas que tem sempre um similar substituto em outro alimento (mas que age internamente, por questão quimica, de maneira diferente: Selênio e Vit. C são antioxidantes mas não são iguais). 

    Sobre Multivitaminas fica os pontos: 

    1 - Geralmente usam as formas de baixa biodisponibilidade: só faz urinar e defecar estranho.
    2 - Certas formas podem competir entre si. 
    3 - A Vit A,D,E estão no ovo por um motivo bem especifico: São liposoluveis. Tomar aquela capsula de manhã jamais terá a mesma eficência.
    4 - Algumas vitaminas e minerais não fazem diferença a hora que consome, outros sim, e dependendo podem competir com outros elementos e assumir posição diferente quando combinado com outro. Mas é uma complexidade tão absurda que o mais fácil é comer, coma que tudo estará bem. 
    5 - De boa qualidade é cara, e as nacionais usam como referência o minimo exigido pela anvisa que esta longe de ser próximo do ideal.
    6 - As que são mais carentes pela alimentação é melhor manipular isoladas. 
    7 - Estar escrito Potássio, Mangésio e MAnganés não significa que seja aquele que seu corpo precisa, existem formulas que só darão diarréia ou lhe farão mal ao longo prazo. Alguns vem no formato de Glutamato que se não fizer mal no minimo servirá pra nada.


     
     
     
  17. Gostei
    Kratz deu reputação a Wesley Pinto em Brasileiros comem poucas frutas, verduras e legumes, aponta estudo   
    Frutose esta relacionada com : Acido Urico, Colesterol, Sindrome Metabolica, Disfuncão Erétil. Mas frutas não.

    Entendam que sacarose é 50% glicose, 50% frutose. A Coca Cola tem 37gm de sacarose, ou seja 18,5gm de frutose. Teria Que comer, assim, tipo 1kilo de abacaxi para ter esse valor. Pq frutose não é o unico monosacarideo da fruta.

    Dai você pega o xarope de alta concentração de frutose e ele tem de 70 a 90 % de frutose. Ele ta nos biscoitos, chocolates, sorvetes. No Brasil ele é proibido, mas aqui temos o xarope de milho rico em frutose: https://www.institutodebebidas.com.br/article/xarope-de-milho-rico-em-frutose-hfcs/

    Depois nós olhamos as pesquisas e de fato comprova a relação que citei na primeira frase, e as pesquisas desfragmentam o metabolismo para provar isso, mas quando investigamos mais nos artigos acadêmicos nos deparamos com o fator quantidade, geralmente acima de 75gm é quando começa a  ficar em estado critico. Algumas chegam a falar de 100gm, outras mais conservadoras apontam 35. Tem noção que para 50gm precisaria de 2,5kg de abacaxi. Por outro lado basta duas coca de latinha com uns biscoitos e uma barra de cereal para ficar (aspas) saudável (aspas).

    Mas ai a culpa é das frutas.

    E ainda assim tem pesquisas que apontam que o DIA não supera a SEMANA, ou seja, tomar aquele caldo de cana no domingo não vai mudar em nada se no resto da semana você estiver ok.

    As pesquisas que falam mal da frutose em relação a musculação é pq o musculo é incapaz de usar ela em forma de glicogênio e exige que o fígado converta parte dela e como substrato tem o colesterol e acido urico. Porém nenhuma pesquisa apontou deficiência no uso da frutose como substrato energético, caloria. Ou seja, tem outra variável ai que é o saldo energético, as pessoas estão mais sedentárias, gastam menos calorias, e assim por diante.

    E sabendo que  o corpo é capaz de formar glicogenio até a partir dos aminoácidos e do próprio processo de catabolismo do corpo, eu não diria que é algo para se preocupar tanto. 

    Se quiser comer banana no lugar das suas batatas coma. Uma banana, mação e uma laranja por dia nem arranharão seu metabolismo no que se refere a frutose. Agora aquele seu hipercalórico Vagabundo ele sim é melhor ficar de olho. 
     
     
     
  18. Gostei
    Kratz deu reputação a Torf em Brasileiros comem poucas frutas, verduras e legumes, aponta estudo   
    Quanto à questäo dos agrotóxicos, a carne que compramos no supermercado também a contaminada com agrotoxicos haja vista a alimentacäo da maioria das vacas no Brasil näo ser orgânica, ou seja a vaca come comida com agrotóxico e esse agrotóxico é repassado para o nível trófico seguinte principalmente através da sua retencäo na gordura do animal.
     
    Uma pesquisa de 1980 (CARVALHO J.P de P. et al Níveis de resíduos de praguicidas organoclorados em produtos cárneos sob inspecäo federal  Revista Saúde Pública Säo Paulo 14:408-19 1980)mostrou que, à época, 97% das amostras de carne verificadas continham presenca de agrotóxico, sendo 17% das amostras acima dos níveis de tolerância e 27% com 80% dos níveis de tolerância.
     
    Um estudo recente mostra que 11,4 quilos de racäo säo necessários para produzir um quilo de frango próprio para consumo. No caso do porco, a proporcäo é de 21 quilos de racäo para um de carne. E, para cada quilo de carne bovina, säo necessários 44 quilos de racäo, preparadas com agrotóxicos, fertilizantes e outras substâncias.
     
    Carne, leite e água não são fiscalizados para detecção de agrotóxicos
    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, faz o monitoramento de alimentos para a detecção de agrotóxicos mas existem produtos essenciais para a sobrevivência humana que ficam fora dessa fiscalização, como carne, leite e água. É o que constata a toxicologista Karen Friedrich, do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, da Fiocruz.
    http://www.redebrasilatual.com.br/radio/programas/jornal-brasil-atual/2013/04/carne-leite-e-agua-nao-sao-fiscalizados-para-deteccao-de-agrotoxicos
     
    Agrotóxicos na agricultura estão contaminando a população brasileira
    Conforme Khoury a principal luta do MP é informar as pessoas sobre a problemática. “A população precisa saber que existe uma cadeia: o animal consome o capim que foi usado o agrotóxico, a população come a carne e se contamina também”, alertou. 
    http://www.tribunadabahia.com.br/2014/08/28/agrotoxicos-na-agricultura-estao-contaminando-populacao-brasileira
  19. Gostei
    Kratz deu reputação a Aless em Brasileiros comem poucas frutas, verduras e legumes, aponta estudo   
    É sério que estão defendendo não comer fruta?
     
    É tão difícil compreender que comer 2-5 porções de fruta por dia é diferente de tomar 2 litros de refrigerante?
     
    É sério que comparam a deficiência de vitaminas e fribras com hipervitaminose?
     
    No mais, sobre a frutose:
     
  20. Gostei
    Kratz deu reputação a Lothbrok em Brasileiros comem poucas frutas, verduras e legumes, aponta estudo   
    Não entendo pq a galera não consome... no fórum mesmo eu vejo isso. É prático pra caramba: pega uma fruta, poe no bolso/mochila e come, simples. A maioria não precisa cozinhar, preparar, etc.
    Eu defendo o consumo de frutas e verduras. Acredito que pro consumo de frutose começar a ser prejudicial é necessário quantidades absurdas de frutas (20 bananas, 25 maçãs por dia). São delas que tiro meus micros e não abro mão.
  21. Gostei
    Kratz recebeu reputação de {..mAthEUs..} em Low Carb É Realmente Melhor Para Composição Corporal?   
    Para agregar ao tópico e ajudar aqueles que tem preguiça em ler os livros, segue abaixo uma pequena compilação de vídeos que abordam a dieta Low Carb e todos os seus pontos:
  22. Gostei
    Kratz recebeu reputação de Marcos...V em Quais vitaminas, fitoterápicos e manipulados usar?   
    O que são vitaminas?
     
    São compostos orgânicos, traduzindo, tem em sua composição carbono e a maioria apresenta ligação entre carbono e hidrogênio, e que não são relacionados entre si. São essenciais pois o corpo não sintetiza em quantidades grandes, então tem que vir pela alimentação. Não necessariamente da alimentação, como por exemplo no caso da D que é sintetizada em sua maior parte através dos raios solares (e você ai passando bloqueador no corpo inteiro) e uma porção pequena vem através da alimentação. Ou a vit K que uma parte é produzida na flora intestinal, a biotina.. Mas no geral a maior parte vem da alimentação.
    São divididas quanto a sua solubilidade: hidrossolúveis (ácido fólico, cobalamina, ácido ascórbico, piridoxina, tiamina, niacina, riboflavina, biotina e ácido pantotênico) e lipossolúveis (A, D, E e K). O termo "vitamina" é apenas para designar as vitaminas mesmo, não é usado para macrosnutrientes, ácidos graxos, sais minerais, etc..
     
    As vitaminas são nutrientes que o corpo necessita, pois desempenham diversas funções no organismo e no metabolismo. Elas não são usadas como energia pelo corpo, não existe isso de "1g de Vit C = 4kcal" como acontece com os macronutrientes, mas as vitaminas são primordiais para a produção de energia, metabolização, ação enzimática entre outros.
     
    As vitaminas, especialmente as hidrossolúveis, não são armazenadas de forma significativa no organismo (com exceção da B12 que é armazenada no fígado) , sendo assim seu consumo deve ser constante. As lipossolúveis são armazenadas em quantidades maiores no organismo, então são mais "fáceis" de se ter hipervitaminose; mas com os alimentos cada dia mais pobres em vitaminas não precisa se preocupar, dificilmente você já sofrer de hipervitaminose, já hipovitaminose...
     
    A deficiência das vitaminas se deve por dois fatores. O primeiro, e provavelmente o mais óbvio, é pela falta na ingestão. O segundo é por alguma desordem na saúde e que atrapalha a absorção das vitaminas ou absorve mas limita o seu uso. Muitas doenças podem ser causadas pela falta das vitaminas, e também muitas doenças podem ser curadas com os níveis ideias das vitaminas, como também o seu excesso pode causar problemas de saúde.
     
    Sua importância é conhecida há muitos anos, mesmo antes de saber quem eram as vitaminas, ou do termo "vitamina" existir. Egipicios, chineses, e várias outras culturas usavam determinados alimentos para curarem doenças, distúrbios, então seu uso é muito antigo. Agora com o avanço da tecnologia, estudos, é que estão sendo entendidos a forma que cada uma age no organismo.
     
    Por mais que as vitaminas sejam necessárias em uma quantidade menor em vista de outros nutrientes, mesmo que não sejam usadas como energia no corpo, elas são necessárias e muito e vão impactar diretamente no aproveitamento dos macronutrientes pelo corpo, como também sua absorção. Por isso é importante uma dieta que não vise apenas bater os macros, mas também os micros, por que dessa forma o corpo vai trabalhar de uma forma em que vai ter um melhor aproveitamento e uma melhor regulação do metabolismo.

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    Vitamina A
     
    É uma vitamina lipossolúvel e é encontrada em origem animal como retinóide e em origem vegetal como carotenoide que é uma provitamina. No nosso organismo é encontrada em outras formas como retinol, retinal, retinil e ácido retinóico.
     
    Só um adendo sobre os carotenoides e provitaminas. Provitamina é uma precursora da vitamina, que sofre reações químicas e então vira vitamina. E nem todo carotenoide é precursor da Vit A. Betacaroteno, por exemplo, é um carotenoide que é precursor da Vit. A, é um dos mais conhecidos e também o que melhor apresenta uma melhor conversibilidade. Apenas cerca de 10% dos 600 carotenoides são precursores de Vit. A.
     
    Tá, eu tô me estendendo muito nesse assunto dos carotenoides, mas gosto dessas coisas então vou falar mais um pouco, só curiosidade mesmo. O porquê nem todos são precursores de vit. A e porquê o Betacaroteno é o que tem melhor conversão? Pra ser um precursor da Vit. A o carotenoide precisa ser correspondente a uma molécula de retinol, e isso só acontece se tiver ao menos um anel de ciclo-hexinil ligado a uma cadeia de isoprenos, se não tiver isso o carotenoide não consegue formar a vit. A. O betacaroteno, por sua vez, tem em sua composição o que corresponde a duas moléculas de retinol, por isso ele é que melhor é convertido em Vit. A.
     
    Agora voltando.. Para a vit. A ser absorvida precisa da presença de gordura, então não adianta comer um muito de algum alimento rico em VIt. A e não comer nenhum fonte de gordura junto para otimizar a absorção.
     
    No intestino delgado ela sofre hidrólise por uma enzima e é absorvida pelas células da mucosa intestinal, e no interior da célula se liga a algum ácido graxo e então é transportado por quilomicrons até o fígado onde uma grande parte é armazenada para ser usada.  Os rins, pulmão, músculos e tecido adiposo também armazenam a vit. A, mas é uma parte muito pequena. A vit. A fica armazenada pela forma de éster de retinil, e quando precisa ser usada é convertida em retinol livre e transportada por um complexo protéico chamado de RBP (Retinol Binding Proteins) por sua forma Retinol ser tóxica.
     
    Desempenha diversas funções no organismo, como : ajuda no sistema imunológico, participa do ciclo visual, ajuda no desenvolvimento dos ossos, mantem integridade das células da pele e das mucosas, diferenciação celular, entre outros.
     
    A hipervitaminose da Vit. A pode ocorrer de forma aguda quando ingerida uma grande quantidade de uma vez só, ou de forma crônica se for ingerida uma grande quantidade ao decorrer dos dias. Alguns sintomas são: queda de cabelo, pele ressecada, cefaleia, náuseas, e outros sintomas.
     
    Ferro quando ingerido junto com alguma fonte de vit. A tem um melhor aproveitamento por que eles se ligam e formam um complexo solúvel, isso impede com que outras substâncias que competem com o ferro, como o cálcio, atrapalhem sua absorção.
     
    Quando a vit. A é ingerida com a E, ela é melhor absorvida por que a ação antioxidante da vit. E age sobre os lipídeos que transportam a vit. A
     
    Para um melhor aproveitamento da Vit. A, também é importânte uma boa ingestão de zinco, pois ele participa do transporte dela pela corrente sanguinea.
     
    Alguns alimentos ricos em Vit. A: óleo de fígado de bacalhau, fígado, batata doce, abóbora, cenoura, manga, couve, tomate, pimentão, ovo, beterraba.
     
    Alimentos que podem ser combinados com vit. A: azeite, nozes, castanhas, semente de girassol, peixes, abacate, vegetais verde escuros (fontes de vit. E) > carnes vermelhas em especial o fígado, ostras, vegetais verde escuros (fontes de ferro) > carnes vermelhas, ovo, espinafre, feijão, ostras, castanhas(fontes de zinco)

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    Complexo B
     
    O complexo B é formado por 8 vitaminas hidrossolúveis, e são elas: B1 (Tiamina), B2 (Riboflavina), B3 (Niacina), B5 (Ácido Pantotênico), B6 (Piridoxina), B7 (Biotina), B9 (Ácido Fólico) e por último mas não menos importante a B12 (Cobalamina).
     
    Antigamente achava-se que se tratava de apenas 1 vitamina, mas posteriormente suas ramificações foram descobertas e isoladas, por isso o nome “complexo B”. Mas, geralmente, elas coexistem nos mesmos alimentos.
     
    B1 (Tiamina)
     
    Tem como suas principais funções é fazer parte de uma enzima que é responsável por degradar a glicose e converter em energia, como também participa na formação das hemácias e ácido clorídrico. Sua absorção acontece no intestino delgado e dificilmente se tem hipervitaminose, por que ela é excreta pela urina, nosso corpo não armazena.
     
    A hipovitaminose causa náuseas, apatia, falta de apetite, entre outros. Em casos mais graves uma das doenças que a falta da B1 provoca é beribéri que causa fraqueza muscular, câimbras, atrofia muscular, confusão mental, etc.. O consumo de álcool também pode atrapalhar os níveis de B1 por que interfere no seu transporte.
     
    B2 (Riboflavina)
     
    É necessária para o metabolismo de proteínas, lipídeos e carboidratos, como também tem importância na fisiologia ocular, manutenção dos tecidos, participa na formação de hemácias, anticorpos e participa da respiração celular. Como as outras vitaminas da mesma família, também é absorvida no intestino e não fica armazenada no corpo, o excesso é excretado pela urina.
     
    A deficiência causa lesão nos olhos, língua, rachadura nos lábios, hipersensibilidade à luz e vascularização intensa. Geralmente quem tem deficiência de B2 tem também deficiência de alguma outra vitamina do complexo B.
     
    B3 (Niacina)
     
    Faz parte do metabolismo de proteínas, lipídeos e carboidratos, mas também está envolvida com a manutenção da pele, funcionamento do sistema nervoso e produção e ácido clorídrico. Também é absorvida no intestino. Uma particularidade dessa vitamina é que ela pode ser sintetizada pelo nosso corpo na presença de triptofano (aminoácido).
     
    A hipovitaminose causa fraqueza muscular, erupção cutânea, perda de apetite e outros. Quando a deficiência é muito grande então ocorre pelagra que por uma pele avermelhada e áspera, principalmente as regiões expostas ao sol; também ocorre confusão mental, língua lisa e bem avermelhada.
     
    B5 (Ácido Pantotênico)
     
    Tem como função participar da formação de hormônios supra-renais, anticorpos e atua no metabolismo de proteínas, lipídeos e carboidratos.
     
    Sua deficiência é rara, mas pode causar náuseas, fadiga, alterações no sono e problemas na coordenação.
     
    B6 (Piridoxina)
     
    Ela é absorvida no intestino como as outras no mesmo complexo, mas ela não é totalmente expelida pelos rins, uma parte fica armazenada nos músculos. Tem funções importantes como: atuar na conversão de triptofano em B3; produção de hormônios; metabolismo dos aminoácidos e ajuda na respiração celular.
     
    Raramente acontece sua deficiência, mas os sintomas são: inflamações na pele, náuseas, gengivite e feridas na boca.
     
    B7 (Biotina)
     
    Uma curiosidade sobre essa vitamina é que ela era conhecida como vitamina H, e é conhecida como vitamina 7 ou 8.
     
    É facilmente absorvida pelo organismo, mas também pode ser sintetizada pela flora intestinal. Nos ovos crus, uma proteína chamada avidina acaba dificultando a absorção da B7 no organismo. O corpo consegue armazenar uma quantidade de B7 nos rins e no fígado. Ela age como uma coenzima por conseguir transportar CO2 eficientemente. Também atua no metabolismo das proteínas, lipídeos e carboidratos; neutraliza o colesterol e formação da pele.
     
    A deficiência dessa vitamina causa náuseas, palidez, dor muscular, cansaço e descamação cutânea.
     
    B9 (Ácido Fólico)
     
    Participa de processos de divisão celular, formação de hemácias e leucócitos e participa da formação do tubo neural do feto.
     
    No Brasil existe uma lei que obriga os fabricantes de farinha a enriquecê-la com B9 para diminuir a ocorrência de anemia, já que B9 participa da formação de hemácias.
     
    O álcool atrapalha a absorção da B9, e sua deficiência causa: déficit de crescimento; alteração na divisão celular; distúrbios gastrointestinais; náuseas; anemia.
     
    B12 (Cobalamina)
     
    A B12 por mais que seja encontrada apenas em fontes animais ela não é sintetizada por animais. Ela é sintetizada, exclusivamente por micro-organismos (bactérias) que são presentes em animais e não em plantas, por isso essa vitamina só é encontrada em animais. O homem (e a mulher também  ) conseguem produzir essa vitamina (as bactérias no organismo que fazem isso, só simplifiquei), mas sua absorção é difícil porque as bactérias que a sintetizam estão presentes no intestino grosso, e a sua absorção é no intestino delgado, ou seja a absorção é antes da sua síntese..
     
    Como não existe a forma livre de B12 nos alimentos, precisa primeiramente haver uma liberação na ligação da B12 com as proteínas e isso acontece na pesença do suco gástrico e da pepsina (enzima que atua nas proteínas) e enntão a B12 se liga a outras proteínas. Ainda no estomago é produzido, pelas células parietais, o fator intrínseco que é uma glicoproteína indispensável para a absorção da B12. Mas o fator intrínseco só se liga à B12 em pH alcalino, então essa ligação só ocorre no intestino. A absorção da B12 ocorre na porção final do intestino, o íleo.
     
    Mas nosso corpo tem um limite de absorção, ele absorve cerca de 1~1,5 mcg por refeição (intervalo médio de 5h) porque ocorre a saturação das células da mucosa. Se passar dessa quantidade ocorre a absorção por difusão passível, e então é absorvido cerca de 10% ou menos. Depois de absorvida pela mucosa do íleo, a B12 fica livre, se desprende do fator intrínseco e então é transportada até os órgãos e tecidos. O fígado é o principal sitio de armazenamento dessa vitamina, armazenando de 50~90% da quantidade total que é de 3~5 mcg.
     
    Se você estiver com sua reserva de B12 cheia e parar de ingeri-la agora, não comer nem 0,0001mcg dela, você só vai ter deficiência a ponto de ter uma anemia megaloblástica (se dá pela deficiência prolongada) daqui a uns 5~7 anos. Isso porque sua excreção pelo corpo é muito lenta e também há uma reabsorção. Mas se houver deficiência a coisa complica: anemia perniciosa, insuficiência pancreática, gastrite atrófica, crescimento excessivo de bactérias no intestino delgado ou doença ileal são alguns dos problemas enfrentados.
     
    A deficiência pode se dar por vários fatores, não só pela ingestão insuficiente. Tomar muito antiácido diminui a acidez no estômago, e ele não é ácido atoa; além de muitos outros problemas que podem ocorrer, se o estomago não estiver na acidez correta, não acontece a separação da B12 das proteínas, então sua absorção também é prejudicada. Pessoas que tem problema no estomago também podem ter deficiência de B12 já que o fator intrínseco é produzido ali.  Para ser absorvida a B12 também necessita da bile, e se a pessoa tiver alguns problema no pâncreas, como pessoas que bebem álcool, a absorção fica comprometida. Pessoas com doença celíaca podem ter a absorção reduzida, pessoas que tiraram uma parte do intestino, pessoas que tem infestação de bactérias no intestino delgado, entre outros. Então a menos que você seja um vegano e/ou tenha algum problema como os descritos acima, dificilmente vai ter hipovitaminose de B12.
     
    Tá, mas e pra que serve essa vitamina???  Participa da formação do RNA e DNA; na formação da mielina assim atuando no bom funcionamento dos sistemas nervosos; na formação de hemácias; é essencial para o metabolismo celular; participa da ativação da B9; ajuda na absorção de cálcio; participa como co-fator de uma enzima envolvida com o metabolismo do colesterol, aminoácidos, timina e ácidos graxos. Então da pra se notar a importância dessa vitamina no nosso corpo.

    ___________________________________________
     
    Vitamina C
     
    Provavelmente a vitamina mais conhecida e mais falada. Ela é uma vitamina hidrossolúvel e termolábil. Mesmo sendo um potente antioxidante ela é facilmente oxidada, ironia, né. A Vit C também é conhecida como Ácido Ascórbico ou Ascorbato que é sua forma ionizada.
     
    Uma curiosidade sobre ela é que os seres humanos e alguns outros primatas são os únicos mamíferos que não conseguem sintetizar a Vit. C. Nossas células não conseguem fazer o último passa dessa síntese que é a conversão de L-gulonolactone oxidase em Ácido Ascóbico. Nós possuímos o gene codificaria essa enzima, mas se encontra inativo.
     
    A vitamina C tem grande importância no nosso organismo, e sua principal função é a hidroxilação do colágeno, ou seja, quando o colágeno está sendo formado, a vit. C age dentro da célula hidrolisando (adicionando hidrogênio e oxigênio) dois aminoácidos, a prolina e a lisina. E assim se forma o pro-colágeno que é precursor do colágeno. Sem vit. C esse processo é interrompido e acaba trazendo complicações já que o colágeno é a proteína mais abundante do nosso corpo e está presente nos ossos, articulações, vasos, ou seja, está presente em todos os tecidos do corpo.
     
    Também é de importância para os processos celulares de oxirredução e para a biossíntese de catecolaminas (neurotransmissores e hormônios), participa na formação da hemoglobina, essencial para o metabolismo da tirosina (aminoácido que está envolvido na produção de alguns hormônios e neurotransmissores) e sem a vit. C esse metabolismo é interrompido, faz com que tenhamos mais resistência à infecções atuando na atividade imunológica dos leucócitos (células de defesa), auxilia na absorção de ferro pois muda seu estado de oxidação de férrico (Fe+++) para ferroso (Fe++), também neutraliza radicais livres, atua prevenindo o fotoenvelhecimento protegendo a pele dos raios solares, entre outras funções no nosso corpo.
     
    Algo discutível sobre a vit. C é sua ação em resfriados. Essa ideia vem de 1970 onde um químico (ganhador de dois Nobel, não era qualquer um) escreveu sobre a ingestão de vit. C e a menor incidência de resfriado. Mas estudos tem mostrado que isso é ineficaz em pessoas com uma rotina normal, não atletas. A vit. C apenas aliviou os sintomas e diminuiu o mal estar dos pacientes, mas não preveniu. Já em atletas (o estudo considerou pessoas que treinam de uma a uma hora e meia por dia de 5 a 6 vezes por semana), os que ingeriram mais regularmente a vit. C tiveram uma incidência 50% menor de resfriados. Enfim, é muito discutível ainda..
     
    A deficiência de vit. C pode trazer complicações, como já vimos pela sua importância. Uma das patologias mais comuns na falta da vit. C é o escorbuto que causa hemorragias e inchaço com pus na gengiva, má cicatrização, dor nas articulações entre outros sintomas.
     
    A vitamina C pode ser encontrada em vários alimentos, e é mais abundante em fontes vegetais, e em fonte animal o fígado é o mais rico. O alimento mais rico em vitamina C não é a laranja como muitos pensam. Kakadu Plum é uma fruta australiana e provavelmente você nunca ouviu falar (nem eu antes de ler sobre isso.. haha) mas é o alimento com a maior concentração de vit. C (3100mg/100g), seguido de Camu Camu uma fruta amazônica (2800mg/100g), Rose hip (2000mg/100g) e em 4º lugar a acerola que é, provavelmente, a mais fácil de encontrarmos dessas que estão ai. A laranja tem cerca de 40mg/100g contra a goiaba (100mg/100g), brócolis (90mg/100g) e morango (60mg/100g). De fonte animal o fígado de vitela tem 36mg/100g, fígado 31mg/100g. Então da pra ter uma boa ideia de como a laranja não é tão rica em vit. C quanto pensam.
     
    Outra coisa é a oxidação da vitamina C e de outras vitaminas também, mas vamos falar da C. Uma imagem vale mais que mil palavras, né, então vamos dar uma olhada nessa imagem deste artigo.
     

     
    É só analisarmos as perdas de vitaminas em várias etapas como sua recepção, armazenamento, higienização, fatiamento e distribuição. O alimento já chega para o consumidor com uma perda grande da vit. C, e depois do seu preparo então a quantidade é ainda menor.
     
    Agora essa outra imagem retirada desse artigo que mostra como a temperatura também influência na perda ou estabilização da vitamina.
     

     
    Podemos ver que a baixas temperaturas a vit. C se manteve mais estável e começou o processo de oxidação após 48h, e em temperatura ambiente ela já sofre a perda mais rapidamente.

    *Textos retirados do Diário de Treino do @{..mAthEUs..}.
  23. Gostei
    Kratz deu reputação a Ricardo Queiroz em Instituto Xavier para Estudos Avançados   
    Post padrão #controlFreak
     
    Bom dia meus queridos, sendo bem afoito em escrever isso, contudo já adianto que mais alguns testes irão rolar para confirmar o que escreverei abaixo. Quem dá os bizus aqui sabem que tenho um certo controle relacionado a alimentação e treino ¬¬', inclusive em mensurar os gastos calóricos relacionados às atividades, pois bem...
     
    Ontem o "imprevisto" que fez com que eu não treinasse foi que quando cheguei em casa o carro da entrega estava chegando, os olhos chegaram a brilhar quando vi a caixa =D, parecia criança no natal quando ganha o presente que quer, bem chegou um garmin que comprei, especificamente o Garmin 910 XT (relógio gps multiesportes com o frequencímetro cardíaco), começar a colocar meus treinos em outro nível, o que me atraiu nele foi o multiesportes, funcionando, inclusive, em mar aberto, sem mais bla bla bla, passei a noite lendo o manual dele, do site e sobre as funcionalidades, depois descobrindo sobre o site e programas que fazem a gestão do aparato. Hoje eu tinha um treino de "distância" programado para a parte da manhã (variando paces a cada km), então ontem mesmo aproveitei e já programei o relógio com o trajeto das distâncias e velocidades pretendidas para o treino de hoje (maquininha sensacional pqp!!!), aproveitando que ele vem com o sensor de frequência cardíaca resolvi fazer um teste (aqui sim entra o padrão #controlfreak do negócio) sobre as contas de estimativas calóricas que vinha fazendo utilizando o MET.
     
    Links contendo assuntos relacionados ao MET:

    Depois de ler mais algumas coisas esse aqui foi o texto mais "preciso" que escrevi a respeito do assunto

     
     
    Ontem mesmo estabeleci as distâncias que iria percorrer no treino:
    10km correndo + 2km caminhando
    Dos 10km, as parciais seriam: 6:00 / 5:30 / 5:00 / 6:00 / 5:00 / 6:00 / 4:30 / 6:00 / 5:30 / 6:00
    E os 2km caminhando entre 8:50 e 9:20
     
    Com isso a estimativa da demanda calórica do treino ficou em: ~790kcal
    Usando aquelas informações sobre o MET lá de cima, a tabelinha que tenho ficou assim (procuro sempre arredondar as velocidades aos seus mais próximos da tabela do MET, ou se for errar que erre para baixo):
    Corrida 10km +2km caminhada MET MET Ajustado Tempo (min) Calorias EPOC (%) Kcal Final 5x6:00 = 30min (MET 6mph = 9,8) 9,80 9,48 30,00 333,84 0% 333,84 2x5:30 = 11min (MET 6.7mph = 10,5) 10,50 10,16 11,00 132,18 10% 145,40 2x5:00 = 10min (MET 7.5mph = 11,8) 11,80 11,41 10,00 136,67 10% 150,34 1x4:30 (MET 8mph = 12) 12,00 11,61 4,50 62,64 15% 72,04 2x9:00 = 18min (MET 4mph = 5) 5,00 4,84 18,00 90,63 0% 90,63     0,00   0,00 0% 0,00     0,00   0,00 0% 0,00     0,00   0,00 0% 0,00       73,50     792,25 Nas corridas em intensidades moderadas eu procuro deixar um epoc de 10% e nas altas um de 15% (nos links ali de cima, o 2º fala sobre epoc). E aqui  tem algo sobre como "estimar" as intensidades ideais de corrida aqui nesse link abaixo:

    Pois bem, essa mesma atividade foi registrada no strava (sim eu queria 3 testes da mesma distância), e ele me deu um gasto de ~1140kcal (~44% a mais do que a estimativa que havia feito com os cálculos do MET) e está dentro da margem de erro que achei nas estimativas desses apps, que varia de 30-60% O.o
    Segue o link da atividade no strava: https://www.strava.com/activities/595941886
    As parciais até que foram bem fieis (só o km 11 que bugou): 
    Pretendido: 6:00 / 5:30 / 5:00 / 6:00 / 5:00 / 6:00 / 4:30 / 6:00 / 5:30 / 6:00 / 9:00 / 9:00
    Feito:          5:53 / 5:23 / 4:58 / 5:48 / 4:59 / 5:47 / 4:40 / 5:55 / 5:27 / 5:56 / 6:21 / 9:18
     
    Agora vem a "nega", registrado com o Garmin e com o frequencímetro cardíaco: ~810kcal (~2.5% acima do estimado)
    Segue o link da atividade: https://connect.garmin.com/modern/activity/1194817675
    Pretendido: 6:00 / 5:30 / 5:00 / 6:00 / 5:00 / 6:00 / 4:30 / 6:00 / 5:30 / 6:00 / 9:00 / 9:00
    Feito:          5:53 / 5:23 / 4:57 / 5:48 / 4:59 / 5:48 / 4:40 / 5:55 / 5:27 / 5:56 / 9:06 / 9:24
     
    Freq. máxima ficou em 181bpm na parcial do 4:40, e nem foi o dia de treinar velocidade (a minha máx. estava estimada em ~193), então as minhas estimativas sobre "achar as intensidades do cardio" também parecem estar até que aceitáveis.
     
    Do mais, ainda vou fazer mais uns bons testes sobre essas estimativas (em caminhadas, corridas em morro, praia e treino de velocidade), quero ver se a margem de erro vai ficar aceitável ou se foi apenas sorte do destino estarem tão próximas.
     
    Abraços povo, e tenham uma boa segunda.
     
    PS.: Estou doido para tirar a kcta do gesso e estreá-lo no mar XD 
  24. Gostei
    Kratz deu reputação a Lucas, o Schrödinger em Diário do gato de Schrödinger: LPO, powerlifting e umas paradinhas boribildi   
    Tenho um plano mais ou menos traçado pro treino daqui pra frente, mas não vou montar template não, porque eu já não consigo segui-los a risca - a base do treino eu até que costumo seguir, só não as firulas. Vai ser mais ou menos o seguinte:
    Segunda e terça: vou tentar socar volume (dentro de minhas limitações de tempo e condicionamento), com sets de 10-15 reps (ainda estou indeciso se vou usar FB ou split); Quinta: fulbody com pouco volume, com sets de 6-10 reps; Sexta: fullbody focando nos básicos, com sets de 1-6 reps; Sábado: livre, mas provavelmente com algum arremedo de LPO e calistênicos. Faixa de reps: 1-∞. Eu ainda não desisti de voltar a correr, então pode ser que consiga encaixar um aeróbico que não seja caminhada as quartas e domingos.
     
    Abraços
  25. Gostei
    Kratz recebeu reputação de Quântico em [Oficial] Dá Pra Chegar Natural ?   
    Outra foto dele que dá pra ver melhor o braço, pqp! 


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