Pessoa aqui tá agarrado na ideia de feminino e masculino.
A diferença biológica e anatômica faz o homem e a mulher. Ou seja, homens têm pênis, mulheres tem vagina. Feminino e masculino não é dividido dessa forma, psicologicamente pensando. Então o feminino e o masculino estão presentes no discurso do homem e da mulher, independente do sexo anatômico. O feminino e o masculino se sustentam por um lugar no discurso, e não no sexo anatômico.
Os papeis dos indivíduos da familia também são intercambiáveis. Não se pode dizer que uma criança que tenha somente a mãe ou o pai não se desenvolverá normalmente. Atualmente as configrações familiares são as mais diversas, ultrapassando a ideia de familia tradicional pai-mãe-filhos. São filhos que moram com a avó ou avô, crianças cuidadas pelos tios, crianças que passam a maior parte do tempo na creche, que vivem com toda a familia (tios, primos...). Ou seja, a ideia familia tradicional, nos termos pai-mãe-filhos, já quase não se sustenta. Assim o tio pode ter o papel de pai, o avô pode fazer o papel de mãe, a cuidadora da creche pode, de alguma forma, ter papel de mãe e de pai, a mãe pode ter papel de pai, o pai ter papel de mãe... Ou seja, o papel feminino e masculino não está no sexo anatômico, podendo ser tomado pelo homem ou pela mulher.
Assim também pode ser que um pai tenha uma papel feminino na formação da criança, ou a mãe tenha um papel masculino.
Eu sou a favor da adoção consciente, seja ela por um casal heterossexual ou homossexual. Uma criança não é brinquedo ou boneco