As instruções necessárias para a construção, operação, e reparação das células vivas são uma vasta quantidade de informação (estima-se em 12 mil milhões de bits). A informação é um conceito mental, não-físico, e ela nunca poderia surgir como efeito dum processo natural mas sim como resultado duma ou mais inteligências. Tal como a história presente num jornal transcende a tinta que está sobre o papel, o ADN da vida (tal como a tinta) não é a informação mas sim a representação física ou o sítio onde é arquivada a informação (a história). Modificar o ADN através duma mutação nunca pode produzir nova informação genética de modo a causar uma evolução ascendente, tal como entornar o café num jornal, modificando desde logo a distribuição da tinta, nunca irá melhorar a história.
Químicos sem vida não podem ganhar vida por si só. A célula é uma fábrica em miniatura com muitos processos activos, e não uma “mancha de protoplasma”, tal como se pensava nos dias de Darwin. Trovões a atingir uma poça de lama ou uma outra “lagoa tépida” nunca irão produzir vida. Esta é outra visão do questão principal da informação visto que a forma de vida mais simples que existe requer uma vasta quantidade de informação dentro dela. A “Lei da Biogénese” declara que a vida só pode surgir a partir de vida pré-existente. Há já muito tempo que a geração espontânea foi demonstrada como impossível (em 1859, por parte do cientista criacionista Louis Pasteur).
Numerosos esforços levados a cabo para causar a que a vida se forme a partir de materiais sem vida (incluindo a famosa experiência Miller-Urey) foram infrutíferos. A probabilidade de vida surgir daquilo que não tem vida foi comparada à probabilidade dum tornado passar por um ferro-velho (“junkyard”) e de modo espontâneo montar um avião 747 totalmente funcional. A ideia de que a vida pode ter sido plantada na Terra apenas coloca o problema noutro sítio.
O design é aparente no mundo natural; o próprio Richard Dawkins admitiu no seu livro anti-criacionista com o nome de “The Blind Watchmaker”, que “A Biologia é o estudo de coisas complicadas que têm a aparência de terem sido criadas com um propósito”.
O espantoso mecanismo de defesa da Besouro Bombardeiro é um exemplo clássico de design na natureza, aparentemente impossível de explicar como o resultado de uma acumulação de pequenas modificações benéficas através do tempo visto que se tal mecanismo não “explodisse” da forma correcta, isso seria o fim desse insecto. Esta é também outra visão do problema central da informação visto que o design das formas de vida é o resultado do processamento de informação no ADN, seguindo o modelo, operando de forma a criar um organismo funcional.
Esta é a ideia de que “nada funciona até que tudo funcione”. O exemplo clássico é a ratoeira, que é irredutivelmente complexa visto que se uma das partes das várias que fazem parte do mecanismo não estiver no lugar certo, a ratoeira não funciona como ratoeira, e nenhum rato é apanhado. Os sistemas, as características, e os processos da vida são irredutivelmente complexos; de que serve um sistema circulatório sem um coração, olhos sem um cérebro para interpretar os sinais, ou metade duma asa de morcego? Não é claro que, se alguma reprodução tem que acontecer, a correspondência entre maquinaria reprodutiva masculina e feminina precisam de existir ao mesmo tempo, totalmente formados e funcionais,?
Lembrem-se duma coisa importante: a seleção natural não tem conhecimento antecipado, e só opera de modo a eliminar tudo o que não confere um benefício imediato.
A Segunda Lei da Termodinâmica (SLT) refere-se à tendência universal das coisas, por si só, se “fundirem” com o ambiente à sua volta com o passar do tempo, tornarem-se menos ordenadas e eventualmente atingirem um estado-estacionário. Um copo de água quente, com o tempo, fica com a temperatura à sua volta, as construções entram em declínio e passam a ser escombros, e eventualmente as estrelas irão perder o seu calor, levando à “morte térmica” do universo
No entanto, o cenário evolutivo propõe que, com o passar do tempo. as coisas, por si só, foram ficando mais ordenadas e mais estruturadas. De alguma forma, a energia do “Big Bang” estruturou-se a ela mesma e gerou estrelas, galáxias, planetas e seres vivos – contrariando a SLT.
É dito por vezes que a energia do Sol foi suficiente para superar esta tendência, e permitir a formação da vida na Terra. No entanto, a mera aplicação de energia não é suficiente para ultrapassar esta tendência; a energia tem que ser canalizada para uma máquina. Os seres humanos têm que reparar as coisas de modo a que elas não entre em deterioração. De igual modo, é a maquinaria presente na fotossíntese que captura a energia solar, permitindo que a vida exista, e a própria fotossíntese é ela mesma um processo químico complexo. O amadurecimento duma bolota para uma árvore, ou um zigoto (a primeira célula resultante da fertilização) num ser humano maduro não viola a SLT visto que estes processos são guiados pela informação já presente na bolota ou no zigoto.
Dezenas de parâmetros encontram-se “perfeitos” para a vida existir neste planeta. Por exemplo, se a Terra estivesse um bocado mais próxima do Sol, a temperatura à superfície seria demasiado elevada e as águas dos oceanos evaporar-se-iam; se a Terra estivesse ligeiramente mais afastada, estaria continuamente coberta de gelo.
Mais exemplos são: 1)a órbita circular da Terra, para manter uma temperatura relativamente constante o ano inteiro, 2) a sua velocidade de rotação, para providenciar dias e noites não demasiadamente longos, mas também não demasiadamente curtos, 3) a sua inclinação, para gerar estações, 4) e a presença da lua, para providenciar marés que limpam os oceanos, são apenas mais alguns exemplos.
A presença de largas quantidades de água, com as suas espantosas e especiais propriedades, é também necessária. A água é um composto raro visto que é mais leve no estado sólido do que no estado líquido. Isto permite que as lagoas congelem com gelo na superfície, permitindo que a vida dentro da lagoa sobrevivam. Se assim não fosse, os corpos líquidos espalhados pelas zonas mais frias da Terra congelariam desde o topo até às zonas mais profundas, matando toda a vida dentro desse espaço líquido (lagoas, etc).
A água é também o “solvente” mais universal que se conhece, permitindo a dissolução/mistura com os mais variados químicos da vida. De facto, os nossos corpos são 75-85% compostos por água.
A calibração afinada das constantes que controlam a física do universo – os parâmetros das forças básicas (constantes das forças nucleares fortes e fracas, constantes das forças gravitacionais, e as constantes das forças electromagnéticas) estão calibradas até ao mais ínfimo detalhe. Uma variação mínima nestes ou em qualquer dos outros parâmetros universais tornariam a vida impossível.
A ideia do “multiverso” de que existem muitos universos iguais aos nossos, e que por acaso eles têm estes valores, é uma que está fora do domínio da ciência e nunca pode ser provada. E mesmo que existissem outros universos com parâmetros idênticos ou parecidos aos da Terra, ainda teríamos que responder à questão: “Qual é a causa destes universos todos?”
Os fósseis mais antigos de qualquer criatura já estão totalmente formados, e não variam muito com o passar do tempo (“estaze”). A “Explosão Câmbrica” presente no “estrato primordial” documenta um aparecimento geologicamente rápido da maior parte dos grupos principais dos animais complexos.
Não há qualquer evidência de evolução do mais simples para o mais complexo; diz-se que as aves evoluíram dos répteis mas nenhum fóssil foi alguma vez descoberto tendo “metade-escamas/metade-asa”. Os répteis respiram usando o pulmão “dentro e fora” (tal como os mamíferos) mas as aves têm um pulmão “unidireccional” ajustado para a locomoção aérea. Alguém consegue imaginar como é que a transição de um pulmão assim pode ter ocorrido?
A pessoa é uma união do corpo + alma/mente – sendo a alma/mente a parte imaterial da pessoa e que realmente o “eu interior” de cada um. OS químicos por si só não podem explicar a auto-consciência, a criatividade, o raciocínio, as emoções do amor e do ódio, as sesasões de prazer e dor, a posse e o lembrar de experiências, e o livre arbítrio. O raciocínio não e fiável se ele se baseia apenas e só nos eventos neurológicos cegos.
A linguagem é uma das muitas coisas que nos separam dos animais. Nenhum animal é capaz de atingir algo remotamente parecido com o que os humanos são capazes de fazer, e todas as tentativas feitas para se ensinar os chimpanzés a falar falharam. OS evolucionistas não têm explicação para a origem da linguagem humana.
Muitas criaturas reproduzem-se de forma assexuada. Porque é que os animais iriam abandonar a mais simples reprodução assexual em favor da muito mais dispendiosa e ineficiente reprodução sexual? Este tipo de reprodução, ao contrário da assexuada, é um processo bastante complexo que só é útil se tudo estiver no seu lugar. A alegação de que a reprodução sexual evoluiu órgãos sexuais complementares (masculino e feminino), esperma e ovos, e toda a maquinaria que está associada ao processo, é um desafio para a nossa imaginação.