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danilorf

Levantador Olímpico
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Tudo que danilorf postou

  1. Último post da série: “o futuro dos treinos de crossfit”. Vou pular o resumo do que foi falado até agora uma vez que ao final do post isso será feito. Se você não leu as partes anteriores (parte 1, 2 e 3), não deixe de ler. Dando sequência... Se você quer ser bom, precisa suplementar da maneira certa Eu gasto um bom tempo em academias de Crossfit. Uma coisa que nunca deixa de me impressionar é o tanto de suplementos que os praticantes e atletas carregam em suas mochilas. Isso é ainda mais acentuado quando se trata de um atleta competitivo que está desesperado para ter um gás extra. Pena que a maioria deles usam coisas que são ineficientes (especialmente para seus objetivos específicos) ou sub-ótimos, se não, completamente contraproducente. Os atletas de Crossfit parecem apaixonados por suas fórmulas “pré-WODs”. Usam estimulantes esperando que isso lhes dará uma vantagem durante os WODs. Não sou contra o uso occasional de estimulantes. No entanto, prefiro suplementos que afetem o sistema nervoso de uma forma mais específica, aumentando o foco, confiança, coordenação e etc. Estimulantes puros como bebidas energéticas deveriam ser usadas como uma ferramenta ocasional, para ser usadas apenas quando você não se sentisse com energia. Não deveriam ser uma parte da sua rotina diária. Nutrição para maximizar a recuperação Otimizar sua nutrição – antes, durante e após o treino – é a coisa mais importante que você pode fazer para maximizar seus ganhos. Ter os nutrientes apropriados fluindo para o seu organismo enquanto está treinando irá maximizar o seu transporte para os músculos que estão sendo estimulados de fato. Isso não apenas irá aumentar seus ganhos, mas irá fazer com que o seu corpo se recupera em uma taxa muito mais veloz, permitindo que você treine mais forte e mais frequentemente. Um grande problema no Crossfit é que as pessoas tendem a passar um pouco dos limites e o corpo não consegue se recuperar adequadamente. Isso é especialmente verdade para competidores que precisam desenvolver muitas capacidades físicas e habilidades diferentes ao nível mais alto. Se conseguir treinar mais e mais forte, sem exceder sua capacidade de recuperação, você irá progredir em uma velocidade maior, sem dúvidas. De maneira geral, os suplementos estão aí para cuidar de diferentes problemas específicos. Não seja seduzido por eles, seja intelectualmente convencido! Um esporte em evolução Resumindo, os pontos-chave para se tornar um bom atleta de Crossfit são: 1 – Seja bom nos levantamentos olímpicos. Isso é feito ao se treinar como um pesista, não executando o arranco e o arremesso (snatch e clean and jerk) nos WODs. 2 – Seja forte. 3- Esqueça o scoreboard. Treino não é teste. 4 – Suplemente sabiamente. Concentre-se na pré, pós e intra-treino. 5 – Tenha uma base sólida de habilidades calistênicas. 6 – Tenha uma boa base de capacidade aeróbica. 7 – Tenha uma excelente base de capacidade anaeróbica e de explosão. 8 – Desenvolva suas capacidades físicas sem envolver um elemento de habilidade complexo. Que ganhar força? Faça um trabalho pesado nos levantamentos básicos (agachamento, supino, terra, militar). Quer melhorar sua capacidade anaeróbica? Concentre-se no Prowler, farmer’s walk (caminhada com peso), no simulador de remo (rowing ergometer) e na bicicleta Airdyne. 9 – Quanto mais longe estiver da sua competição, mais treinos gerais você deve fazer. Isso significa focar mais em desenvolver capacidades básicas (força, capacidade aeróbica e anaeróbica) e a técnica dos exercícios de levantamento de peso olímpico e calistênicos. Conforme a data da competição for chegando, comece a integrar mais trabalho específico ao treino. Isso significa diferentes elementos mais complexos juntos. Primeiramente isso pode ser feito com supersets/complexos de um movimento de força com um movimento técnico, ou então um complexo de um exercício de força ou técnico com um circuito de condicionamento. No futuro, os melhores atletas serão aqueles que treinam como atletas de fato, que planejam seus treinos apropriadamente, indo ao seus limites quando é a hora certa, evitando a vontade de exceder suas capacidades de recuperação, e que suplementam sabiamente. Retirado de: http://tudosobrecrossfit.blogspot.com.br/2016/04/ultimo-post-daserie-o-futuro-dos.html
  2. O que você precisa saber para este post: 1 – Os Crossfiteiros precisam usar uma RM apropriada na hora de planejar os treinos. Devem iniciar a periodização com uma repetição máxima relativamente fácil, devendo ser capazes de realizá-la de 7 a 8 vezes em 10 tentativas, aproximadamente (nota: ele se refere à Repetição Máxima, usada com base para cálculos de intensidade e volume do treino). 2 – Os Crossfiteiros precisam abandonar a mentalidade de buscar recordes pessoais a torto e a direita. Eles precisam esquecer do scoreboard (nota: algo como uma lousa com as melhores marcas pessoais), das AMRAPs (nota: As Many Repetitions as Possible, ou seja, a máxima quantia de repetições possíveis para um determinado peso) e dos Time Caps (nota: uma quantidade determinada de trabalho – ou exercícios – com um limite máximo de tempo). 3 – No futuro, o melhores atletas de Crossfit serão aqueles que planejam o treinamento, dão o sangue quando é a hora certa, evitam o anseio de exceder a sua capacidade de recuperação, e que usam suplementos sabiamente. Recapitulando os 3 pontos abordados no post passado: 1 - Você deve ter uma boa técnica; 2 - Você precisa ter a técnica automatizada; 3 - Você precisa aprender a usar suas pernas corretamente. Dando sequência à eles... 4 – Você precisa desenvolver força e técnica Isso não é feito indo à repetições máximas todos os dias, o que é bem comum nos círculos do Crossfit. No LPO (levantamento de peso olímpico) é sabido por todos que você desenvolve força e técnica ao treinar com bastante volume na faixa entre 75-85% da repetição máxima para o dado exercício. Sim, é importante usar pesos mais pesados, mas a maioria do seu trabalho deve ser gasto na faixa entre 75-85% para séries de 3 repetições. Você provavelmente está pensando: “Mas os búlgaros chegam até máximas todos os dias!” ou “Pat Mendes sempre vai para máximas no YouTube!” (nota: o tradutor já teve essa fase e, realmente, passei a gostar de treinar com mais volume na faixa de intensidade recomendada no artigo). Bom, você não é búlgaro e nem um pesista de elite. Uma vez que você tenha a técnica e a estabilidade de um atleta olímpico, independentemente da sua categoria, você pode começar a dizer “búlgaro”. Até lá, foque no que funciona para desenvolver força e técnica. 5 – Você precisa errar menos (repetições) Mesmo no LPO isso é uma polêmica. Você tem a “escola búlgara” de um lado e seus atletas que tentam pesos máximos diversas vezes na semana, as vezes até mesmo todos os dias. Eles permitem que o atleta erre até 6 vezes para um determinado peso. Se eles não conseguem encaixar a repetição depois dessas tentativas, então eles param. E depois você tem os russos e os chineses, que parecem quase nunca errar uma repetição no treino. Eu fico do lado dessa segunda escola. Antigamente era da primeira – “escola búlgara” - e era um merda de um pesista! Eu era forte (agachamento de 270kgs, agachamento frontal de 210kgs), mas tinha uma técnica muito inconsistente. Se eu soubesse naquela época o que sei hoje, provavelmente eu teria alcançado muito mais coisas. Mas, de novo, ter sido um atleta ruim ajudou a me tornar um bom treinador. Então, você raramente deveria errar uma repetição em treino, especialmente na fase de desenvolvimento. O erro provavelmente irá acontecer, mas você deve mantê-los numa faixa de 10% ou menos. Quanto menos você erra, mais confiança você terá, e mais estável sua técnica se torna sob condições estressantes. 6 – Você precisa usa a Repetição Máxima (RM) apropriada na hora de planejar seus pesos Os Crossfiteiros baseiam tudo nos seus recordes pessoais. Isso é um erro para atletas que não possuem uma técnica estável ainda. Quando for planejar seus pesos, você deve usar como base um peso que consiga acertar a qualquer semana sem nenhum tipo de preparação especial; um peso que acertaria pelo menos 7 a 8 vezes de 10 tentativas. 7 – Você precisa esquecer a mentalidade de bater recordes pessoais a toda hora Quando se trata dos levantamentos olímpicos (arranco e arremesso), assim como os movimentos básicos de força (agachamento, supino e terra), tudo parece girar em torno dos recordes pessoais. O que não é uma surpresa. Isso está relacionado com a obsessão de se fazer o melhor tempo, fazer a maior quantidade de rounds, de ir mais rápido. Buscar recordes pessoais é para o levantamento o que os WODs até a exaustão são para o condicionamento metabólico. Você se prepara para um recorde. Treina para isso. Desenvolve sua técnica para conseguir a marca de maneira eficiente. Ficar correndo atrás de recordes é como se você tentasse aprender fazendo apenas testes. Um recorde deve vir por ele mesmo. Com treinamento apropriado chegará uma hora em que sua técnica estará tão mais eficiente e seus músculos tão mais fortes que eles (os recordes) virão naturalmente. Tentar um recorde pessoal quando sua técnica não está estável ainda é idiotice. Se você não consegue manter a mesma técnica nessas tentativas como nas repetições em geral, você não está pronto. Continua. - Retirado de: http://tudosobrecrossfit.blogspot.com.br/2016/04/o-futuro-dos-treinos-de-crossfit-parte-2.html
  3. O que você precisa saber: 1 – No futuro, os competidores mais espertos no Crossfit serão, basicamente, levantadores de peso olímpico com uma boa capacidade de trabalho (preparo, resistência, etc). 2 – Os atletas de Crossfit devem se concentrar em ganhar força. Ninguém ganha competições com habilidades calistênicas. 3 – Os crossfiteiros devem trabalhar continuamente força e técnica, mantendo os levantamentos (repetições) perdidos abaixo de 10% do volume realizado (de repetições). Quanto menos se erra, mais estável a técnica se torna sob condições estressantes. O treino de Crossfit evolui Eu trabalho com muitos competidores de elite do Crossfit. De fato, eles são os atletas que eu mais gosta de treinar. Eles são os mais esforçados e os mais bitolados em técnica (dos exercícios) que eu já conheci, contrariamente ao que a maioria das pessoas acreditam. O Crossfit como esporte está evoluindo, e o treino, lentamente, vai evoluindo também. Como você imaginou, os melhores competidores dos Crossfit Games não fazem simplesmente o WOD do dia que foi passado pelo box central (Crossfit HQ). Para ser bom, você precisa se sobressair nos levantamentos olímpicos Ninguém ganha apenas pelas suas habilidades calistênicas. Enquanto ser muito ruim nelas certamente podem te impedir de ganhar, ser bom também não vai te trazer nenhuma vitória se você for fraco nos ‘big lifts’ (arranco, arremesso, agacho, supino e terra). Antigamente, no Crossfit, havia alguns competidores especiais que tinham arremessos (clean and jerk) absurdamente bons, ou arrancos (snatches) de 85kgs ou mais; mas agora há várias mulheres com arrancos de +85kgs e arremessos de +105kg. Quanto aos homens, havia pessoas que consideravam o Froning um E.T. porque ele tinha um arranco de 130kg, mas hoje você não está no páreo se não consegue arrancar com pelo menos 125kg. Há até mesmo alguns atletas que estão arremessando 180kgs! Considere isso: - Há sempre alguma forma de treino progressivo que trabalha até pesos pesados em todas as grandes competições de Crossfit. Na maioria das vezes é com alguma variação dos (exercícios) olímpicos. -As variações dos olímpicos são incluídas mais e mais em WODs competitivos e, agora, usam pesos muito mais pesados do que no passado. - As competições são tão equilibradas que cada segundo importa. Você precisa de maestria técnica mais do que nunca, porque perder uma repetição pode significar perder 2 ou 3 lugares. Como resultado, muito do treino deveria ser gasto nos (exercícios) olímpicos. Por exemplo, com os atletas que eu trabalho, costumo treiná-los de 2 ou 3 vezes por semana nos levantamentos olímpicos, e eles também treinam por conta própria 1 ou 2 dias a mais. Adicione a esse fato que muitos dos competidores de elite no Crossfit são ex-atletas de elite do levantamento de peso olímpico (Matt Fraser e Lauren Fisher, por exemplo). De fato, em algumas semanas eu trarei muitos dos meus atletas de Crossfit para uma competição de levantamento de peso olímpico para que eles se qualifiquem para o campeonato nacional (de LPO). Alguns deles irão conseguir. No futuro, os competidores mais espertos basicamente serão ‘levantadores de peso olímpico’ com bastante capacidade de trabalho, e treinarão muito similarmente à halterofilistas, com trabalho metabólico e técnico adicional. Nós também iremos ver cada vez mais atletas competindo tanto no Crossfit quanto em competições de levantamento de peso. Quanto ao treinamento dos olímpicos, os seguintes requisitos são essenciais: 1 – Você deve ter uma boa técnica O nível técnico que se vê hoje nos competidores de elite do Crossfit superam em muito o de qualquer outro atleta, exceto o de pesistas de elite. Não julgue a técnica deles (atletas de elite do Crossfit) com base no que eles executam em WODs competitivos, porque até mesmo o Klokov e o Ilyin pareceriam ter uma técnica ruim se fizessem um desses. 2 – Você precisa ter a técnica ‘automatizada’ Quanto mais estável ou repetível sua técnica é, mais provavelmente você não irá errar repetições que poderiam custar tempo em um WOD competitivo. E a única maneira de consolidar a técnica a esse ponto é melhorar a força específica (nota: strenght-skill). Para isso você precisa treinar os olímpicos com boa técnica frequentemente. 3 – Você precisa aprender a usar suas pernas corretamente O Crossfit é mais prevalente nas puxadas quando se trata dos membros inferiores. Levantamento terra, kettlebell swings e outros do tipo, desenvolvem o mecanismo de hip hinge (nota: não achei um termo para traduzir isso, mas se refere àquela técnica, na primeira puxada, que o quadril se move primeiro que os ombros, e consequentemente dá-se a impressão de realizar o exercício com o quadril alto – o que de fato acontece) e como resultado, essa se torna a estratégia de levantamento mais usada dos competidores do Crossfit. Isso resulta em que os atletas, na maioria das vezes, batam com a barra na pélvis e a joguem para mais longe do corpo, e não tenham precisão do lugar onde ela vai parar. Eles precisam aprender como puxar a barra próxima de seus corpos, a partir do chão, com as pernas, não com as costas. Depois eles precisam aprender como ‘abrir’ o peitoral enquanto puxam (com os dorsais) a barra para perto das coxas para que eles possam ficar na posição e explodir para cima com as pernas, e não para frente e com os quadris. O hip hinge serve mais para trazer a barra na posição certa para se usar as pernas apropriadamente, mas os quadríceps devem realizar a extensão para cima. Continua. - Retirado de: http://tudosobrecrossfit.blogspot.com.br/2016/04/o-futuro-dos-treinos-de-crossfit-parte-1.html
  4. danilorf

    Como Ser Alpha?

    SOBRE SEXO Quando o assunto é sexo o que há de mais comum hoje em dia é a mente ser empurrada pelo doutrinarismo opaco dos religiosos, que nos dizem: “homossexualismo é contra a natureza”, “o matrimônio é indissolúvel”, “adultério é pecado” ou pelo experimentalismo vale tudo da modernidade, que reza: “sexo é um produto da evolução” “tudo tem uma motivação sexual inconsciente” “o importante é não se reprimir”. Se, por um lado, os religiosos não são capazes de nos oferecer mais do que vagas referências à tradição como explicação para suas teses tão impopulares em nossos tempos, as atitudes modernas em relação a sexo, por outro, têm consequências evidentemente corruptoras e tenebrosas. Se sexo é mero produto da evolução, os machos nascem para espalhar sua semente e as fêmeas, para escolher os parceiros mais fortes. Em termos humanos isso simplesmente quer dizer que os homens nascem para ser adúlteros contumazes e as mulheres para ser vadias de bandidos. Se tudo é sexo, como querem certas correntes da psicologia moderna, quem morde um lápis ou fuma um charuto já cometeu adultério em seu coração. Há também a vertente “mística nova era” segundo a qual sua espiritualidade é medida de maneira mais ou menos direta pelo número e qualidade dos seus orgasmos. No plano concreto das escolhas reais, é preciso lembrar que a verdade é necessária mesmo quando não a compreendemos. Antes de encarar a questão teoricamente, considere que se a posição religiosa parece opaca isso pode ser devido mais aos defeitos intelectuais particulares dos fiéis e sacerdotes que a ensinam e à nossa própria indiferença e estupidez ao ouvi-la do que ao conteúdo direto das doutrinas em questão. É possível termos perdido de vista os dados fundamentais capazes de tornar essa doutrina clara. Considere também que as doutrinas religiosas trouxeram para a humanidade a companhia de multidões de santos e santas, enquanto o experimentalismo moderno só teve por efeito nos obrigar a conviver com multidões de viciados e viciadas em pornografia, pílulas, brinquedos e dietas. Isso devia bastar para escolher um lado. Dize-me com quem queres andar e te direi quem és. Mas, feita a escolha concreta, resta a pergunta: Que é sexo? Para responder essa questão o primeiro que é necessário é recuperar a inocência. Falo antes de inocência intelectual que de inocência moral, pois o telhado protetivo da moral desaba fácil quando sobrecarregado de dúvidas. Inocência intelectual é um tipo de abandono das noções em favor da percepção. É algo aparentado com a ignorância socrática, com o unknowing do monge anônimo, com a não-mente do zen e a pobreza de espírito do Evangelho. Não digo que essas atitudes são todas equivalentes perfeitos, mas que todas elas guardam algo em comum e, de certo modo, apontam para a mesma direção. No caso de que tratamos, é tentar olhar para as coisas que têm sexo antes de criar um pseudo debate de explicações que só existe em nossa cabeca. Para quem faz esse esforço na direção da inocência é evidente que sexo é em primeiro lugar a divisão de papéis em relação à reprodução. É também evidente que meu próprio sexo é facilmente verificável com um breve olhar para o conjunto de órgãos que tenho entre as pernas. “Façamos o homem à Nossa Imagem e semelhança” “e macho e fêmea Ele os criou” É interessante notar que uma das primeiras coisas que Deus quis nos informar acerca da condição humana depois da queda foi a vergonha de ter o sexo exposto. A nudez real e direta – não a da arte, que é meramente representada – é capaz de causar diversos tipos de reação, desejo, aversão, desdém e indiferença. Com o pecado original a semelhança com Deus foi quebrada e a Imagem Divina no coração foi enterrada sob os fragmentos desordenados da semelhança perdida. De todos os motivos para se envergonhar, porque sentir vergonha da nudez? Creio que o sexo revela no corpo algo dessa semelhança perdida. Homo representa a Imagem Divina, enquanto macho e fêmea indicam modos fundamentais de semelhança. Talvez muito dos elementos “culturais” de masculinidade e feminilidade resultem de esforços para reconstituir uma semelhança divina. O sexo então indica algo que é simultaneamente menos que eu – essa é sua dimensão puramente biológica, e algo que é mais que eu – na sua dimensão simbólica, o sexo é como um indício de um potencial na direção de uma Virilidade Perfeita ou de uma Feminilidade Perfeita. Nossos primeiros pais então sentiram vergonha de exibir uma promessa que eles já não podiam cumprir e alguma apreensão ou mesmo medo do que sua nudez podia causar ou deixar de causar. Vergonha de uma semelhança da qual o sexo (como mero fato biológico) é só uma dolorosa lembrança. Toda discussão sobre se a identidade sexual é “natural” ou “cultural” parece fazer de conta que não somos animais racionais. Não somos uma sobreposição lógica dos conceitos “animal” e “racional”, nem tampouco uma junção ou mistura de dois elementos provenientes de mundos diferentes (material + imaterial), somos todos instâncias reais de uma espécie em que animalidade e racionalidade constituem uma só realidade vital. Mas é preciso ir muito além desse pseudo-dualismo e lembrar que há ainda um terceiro elemento em nossa constituição. Homo, seja Vir ou Femina, é corpo, alma e espírito. E na sexualidade humana, como em tudo o mais que é humano, cada um desses componentes tem que deixar sua marca. No corpo, basta olhar o que tenho entre as pernas para saber qual é o meu sexo. A isso se acrescenta uma identidade sexual anímica, parte natural, parte aprendida ou cultural (para quem não conhece as cosmologias tradicionais da humanidade, a alma é o elemento intermediário, parte semelhante ao espirito, parte semelhante ao corpo). Mas também sou espírito, e isso quer dizer que, para ser humano, o sexo também tem que permitir a contemplação e assimilação de qualidades espirituais que transcendem tanto a natureza quanto a sociedade, tanto o corpo quanto a alma. Ninguém deseja o que já possui. Isso não é uma ordem, é simples bom uso da linguagem. Se acontece de alguns homens desejarem outros homens e de algumas mulheres desejarem outras mulheres, é simplesmente porque sentem que o desejado possui algo que ao desejante faz falta. Nenhum homem é completamente masculino, nenhuma mulher é completamente feminina. Em todos nos falta algo. Creio que essa é a razão que leva alguns homossexuais a crer que somos todos homossexuais no fundo. Também entendo que romper com as formas sociais – às vezes bem artificiais – de masculinidade e feminilidade pode ser bastante libertador e até um ato que envolve coragem e sinceridade. Mas discordo das conclusões que normalmente se tiram dessas ideias. Se é verdade que nenhum homem é perfeitamente masculino e nenhuma mulher é perfeitamente feminina não se conclui que são todos masculino/feminina. Muito menos se conclui que o mero contato erótico com outros indivíduos, sejam eles do mesmo ou de outro sexo, possa fazer algo para curar essas deficiências. Me parece que os homens são parte masculinos, parte fragmentos desordenados de uma semelhança divina perdida e que o mesmo vale para as mulheres. Até onde vejo, a relação entre este homem concreto e “Vir Perfeito” ou entre esta mulher concreta e “Femina Perfeita” é a relação entre um fragmento de símbolo e a Perfeição simbolizada. Acredito que o sexo é ao mesmo tempo sinal de um dom corporal e de uma dívida espiritual. A quem foi dado nascer de um sexo cabe agradecer ao dom corporal de ser homem ou mulher como Homo, isto é, completando o dom corporal com uma Masculinidade ou Feminilidade espiritual. Esse completar o dom corporal com um aperfeiçoamento espiritual não depende necessariamente de atividade sexual. Depende de uma compreensão do que é a Imago Dei que foi soterrada e da reconstituição da semelhança a partir do dado físico que nos resta. Isso é possível na virgindade consagrada e na sexualidade consagrada. A mera atividade sexual não pode conduzir ninguém a nenhuma perfeição espiritual. É necessário usar o sexo num quadro simbolicamente adequado e com a graça de Deus ou renunciar a seu uso num quadro equivalente. Tanto a virgindade quanto a sexualidade envolvem elementos de amor e sacrifício. A virgindade consagrada se baseia no fato de que a Imago Dei está dentro de nós e é portanto possível recuperá-la contando somente com a ajuda do próprio Deus, sem nenhum auxiliar humano. A virgindade consagrada vai direto ao essencial: “Uma só coisa é necessária”, “escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada” e “buscai somente o reino dos céus e sua justiça e tudo o mais vos será dado por acréscimo”. A virgindade é um renunciar a um apoio no próximo (num cônjuge) e contar com o apoio direto de Deus. Ora, o apoio direto de Deus é mais perfeito do que o apoio mediado pela criatura, pois Deus é mais perfeito que a criatura. A renúncia ao uso do sexo cria na alma do consagrado um espaço preenchido pelo Espírito Santo pelo Dom do Amor que Deus sente pelo Homo, vir e femina, e resulta na expansão quase indefinida do potencial real de amor do consagrado ao próximo. Para quem escolheu a virgindade, todos os seres humanos são sua própria família. Esse amor é bem fácil de notar nos bons sacerdotes, frades, monges e monjas. Quando conversamos com eles sentimos claramente que eles são realmente nossos pais e mães, nossos irmãos e irmãs. Sua renúncia é uma morte espiritual que se repete continuamente, por todos os dias de suas vidas. Quem não sente profunda reverência ao conhecê-los e ao refletir sobre isso está espiritualmente morto. A perspectiva espiritual da sexualidade consagrada é um pouco diferente, mas visa o mesmo propósito. Ela se baseia no fato de que, juntos, homem e mulher constituem eles mesmos uma imagem da Imago Dei e esse é um poderoso símbolo para quem o compreende. O elemento de disciplina não se baseia aqui diretamente na renúncia, mas no perdão e na misericórdia. Por todos os dias de suas vidas, esposo e esposa terão que perdoar um ao outro por ser somente “este homem” e “esta mulher” e não “Vir Perfeito” e “Femina Perfeita”. E este perdoar as deficiências pessoais em razão do Dom Universal é um importante componente da alquimia espiritual do matrimônio. “Com a mesma medida com que julgardes sereis julgados” e “quem recebe um profeta na qualidade de profeta, terá recompensa de profeta”. Ou ainda, “bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”. Perdoar a esposa quando ela é “só esta mulher aqui” em razão do amor pelo dom de Femina Perfeita que ela porta em si e concede a ti cria na alma do homem um espaço que o Espírito Santo preenche com virilidade espiritual e o mesmo vale para a esposa que perdoa o marido pelo motivo correspondente. Na vida em família o amor ao próximo se vê na prática relativamente restringido a um círculo menor de pessoas, mas isso é compensado pelo fato desse amor cumprir a função sagrada de perpetuar a presença da Imago Dei neste mundo. Não escrevo estas linhas para dizer aos outros o que eles devem fazer (mais uma vez, faço minhas as palavras do meu pai Olavo de Carvalho: “Quase nunca sei o que os outros devem fazer”), mas simplesmente para informar meus amigos das possibilidades que a virgindade consagrada e a sexualidade consagrada podem oferecer e para lembrar que essas formas de consagração são as reais “opções” sexuais e espirituais para o ser humano que quer ser perfeito. É tão fácil e lugar comum nos nossos tempos denunciar os que consagraram sua virgindade a Deus por não serem sempre fiéis a seus votos. Mas ninguém fala da culpa dos casais que fazem pouco ou nenhum uso espiritual do matrimônio. A maior parte dos casais sequer concebe o que é sexualidade consagrada. Entre o iconoclasmo da ideologia de gênero – que quer abolir a ideia de identidade sexual natural (como fazer isso sem destruir o que temos entre as pernas?) e a idolatria das “medidas perfeitas”, que com sua dietas e ginásticas quer fazer de nossos corpos perfeitas fábricas de “sex appeal”, já não sobra nenhum espaço para uma verdadeira iconodulia do sexo. - LGdeC, direto da tariqa de Oxumaré.
  5. danilorf

    Maçonaria

    Em momento algum eu menosprezei a bíblia se a pessoa está buscando conhecer Deus. Acontece que eu menosprezo a sua pessoa como sendo capacitada de captar todos os significados e simbolismos complexos que estão embutidas nelas. Muito menos estou colocando ciências humanas no mesmo nível da teologia. A sua confusão foi porque eu citei St. Tomás dizendo que Deus não poderia revogar a lógica de Aristóteles e também Hugo de S. Vitor, que disse que pelo conhecimento nós chegamos a Deus. 1) Apesar da onipotência, Deus não pode criar outro ser igual a ele mesmo; não pode revogar a si mesmo; não pode apagar o que ele já fez; e há outras coisas que são simples deduções lógicas do próprio conceito de onipotência. Daí o Deus não poder revogar a lógica de Aristóteles. 2) Dizer que pelo conhecimento nós chegamos a Deus é a mais pura verdade, uma vez que um simples estudo de metafísica nos mostra que existe algo supra-cósmico e que possibilita toda e qualquer existência cósmica. Mas, como eu sei que você é um semi-letrado, que mal sabe o português correto, não esperava que soubesse dessas coisas. @FrangoEctomorfo: E é esse tipo de cara que se acha mais capaz de compreender a bíblia do que os monges da idade média. Daí o cara sai colando um monte de versículos achando que está arrasando. Vamo rir dele.
  6. danilorf

    Maçonaria

    Fala, Danilo. Eu falo com base nos católicos que eu tenho contato. Avós, alguns professores e a maioria dos amigos. Eu não sei direito a razão para a doutrina da trindade católica, mas mesmo protestantes da época da reforma como Lutero, se não me engano, rezavam para Maria e a consideravam santa. Entra de novo na questão da trindade que eu não sei qual é profundamente. Idem acima. Eu estava falando das religiões cristãs em geral, e não do catolicismo especificamente. Apesar de que, me parece, que há um rigor muito maior no exame dos milagres por parte dos católicos do que por parte dos protestantes em geral. Quem nunca viu aquelas propagandas ridículas em postes, canais de televisão, jornais evangélicos, cheios de estórias com apelos emocionais prometendo o céu e a terra pro sujeito - tipo o fim de semana da fogueira santa ou coisa assim? Eu não me referi em nenhum momento a escritos apócrifos, e sim a escritos doutrinais em si, biografias e etc. Engraçado, por que não vemos tantos santos assim se todo mundo pode se tornar um? Eu já dúvido disso. Não só durante o interrogatório da Soborne o critério de julgamento foi rigorosíssimo, quanto o critério do julgamento da condenação dela, que a acusou de feitiçaria e etc, foi feito cheio de distorções legais, mentiras nos documentos... E ainda assim ela conseguia ir escapando da maioria das armadilhas que os julgadores jogavam pra ela. Tem relatos de que as pessoas que assistiram começaram a apoiar ela, inclusive soldados ingleses. Fora que ainda teve todo o processo de canonização depois, em que toda a situação foi analisada meticulosamente mais uma vez. Claro não. Mas o conhecimento desses dois caras em particular leva ao conhecimento de Deus invariavelmente. Não sei quem disse isso, acho que St. Tomas de Aquino, que Deus não poderia revogar a lógica de Aristóteles. Hugo de São Vitor diz que buscar o conhecimento é buscar a Deus. Por tanto, probabilisticamente, esses monges que jejuavam por dias, faziam penitências por horas, tinham todo um exercício ascético, toda uma técnica de interpretação e todo o conhecimento de grandes obras da humanidade - não só relativas a Deus, mas obras pagãs - tem muito mais chances de terem revelações do que qualquer ser humano médio hoje em dia, muito mais do que o Zé Açougueiro que vai no culto de Domingo, lê um trecho da bíblia antes de dormir e depois reza pedindo o entendimento pra Deus. E quem garante também que é Deus que vai atender o sujeito? Por exemplo, você disse ao Frango que: Qual o teu critério em afirmar que você compreende a bíblia, que é Deus que está te dando entendimento, mas que Joana D'arc que teve feitos muitíssimos mais notáveis que você estava sob influência demoníaca? Eu duvido muito. Olha que eu nem estudo Teologia a fundo e a impressão que eu tive da coisa coincide com os termos mais técnicos que o Frango escreveu sobre adoração e veneração. Abs.
  7. danilorf

    Maçonaria

    Bicho, não faço idéia nem de qual é a discussão nesse ponto.
  8. danilorf

    Maçonaria

    Mas eu não estou nem discutindo com você, constatei alguns fatos apenas. Pelo pouco que você escreveu já dá pra perceber que você não sabe compreender direito nem o que você mesmo escreve, quem dirá assuntos mais complexos como simbologia... Acho que tá faltando leitura aí. Se você tivesse lido e entendido o que eu escrevi, não teria repetido o argumento como se a própria repetição respondesse ao que eu disse. Concordo plenamente, mas no caso, eu não acho que estou de pé. Eu não estou afirmando com toda essa certeza - como você está - que conheço a bíblia melhor que ninguém. Lembre-se todo dia dessa prepotência e arrogância de se achar tão capacitado pra entender as escrituras sozinho e ignorar toda uma tradição de homens que são infinitamente superiores que você em todos os aspectos possíveis.
  9. danilorf

    Maçonaria

    Presta atenção no que você vai falar logo em seguida, Ler e entender, pra você, é uma coisa diferente de interpretar? Kkkkkk. Nêgo que entender a Bíblia mas não entende nem o que ele próprio escreve. Acho que nenhum católico coloca no mesmo plano de Deus o santos. Todos que eu ouvi até hoje sempre tiveram noção da hierarquia das coisas e que Deus está no topo. E o que é o Cristianismo se não a religião dos milagres? Os diversos santos que existiram durante a história simplesmente devem ser esquecidos, segundo você? Alguma palavra que ele possa ter dado acerca de alguma coisa sobre Deus não tem valor algum? Você, ao ignorar isso, está se colocando num nível acima que um homem que foi muito melhor que você, mas infinitamente melhor. Vou pegar o exemplo da Joana D'arc. Com 17 anos ela foi testada na Soborne por inúmeros doutores da época pra ver se ela sabia realmente do que estava falando. Era impossível ela saber responder ao que eles perguntavam pra ela. Uma menina de 17 anos da província não poderia saber daquilo tudo e ainda escapar de armadilhas lógicas que os caras jogavam pra ela durante todos os dias do interrogatório. Ainda assim ela surpreendeu a todos e conseguiu a aprovação da igreja pra comandar o exército. Também era impossível d'ela saber qualquer coisa relacionada a guerra, mas quem libertou a França do jugo inglês de mais de 100 anos foi justamente uma menina que nunca tinha sequer montado num cavalo antes, e que ficava na dianteira das batalhas sempre. Você realmente acha que o que você pensa sobre a Bíblia tem mais valor sobre o que uma pessoa desse calibre pensa? Você acha que o que os monges medievais disseram a respeito da bíblia está no mesmo nível do entendimento que você tem dela? Você já leu Platão ou Aristóteles? Você conhece um pouco de simbologia? Se conhecesse essas coisas não acredito que teria essa pira com a cruz de Jesus, por exemplo, que é uma coisa meramente simbólica, e não objetivo de adoração, como você diz, ou então as imagens da Maria e outros Santos. Uma coisa é você usar esses objetos apenas como símbolos que remetem e fazem lembrar de coisas que são divinas e que não se fazem mais presentes materialmente, tendo a devida noção da hierarquia Divina, outra coisa é você adorar uma imagem qualquer como se ela fosse um deus realmente, assim como na literatura grega você vê que alguns deles tinham a crença de que as estátuas dos deuses eram incorporadas por eles. Brasileiro já é burro e prepotente por natureza, daí vai querer interpretar a bíblia e falar em nome de Deus... Só pode dar merda mesmo.
  10. danilorf

    Maçonaria

    Que a Igreja Católica e o Cristianismo em geral condenam seitas esotéricas é fato incontestável. Agora quanto à questão da Bíblia, eu fico bem surpreso ao ver pessoas que realmente acham que vão ter um entendimento dela superior à santos que jejuavam por dias, que rezavam e faziam penitências por horas, que tinham toda uma técnica complexíssima para ler e interpretar uma linha que fosse, que tinham uma cultura e o intelecto infinitamente maior que os maiores gênios de hoje, que usavam as melhores traduções disponíveis que eles tivessem em mãos. É realmente sério que os protestantes são tão pretensiosos a esse ponto? Eles realmente acham que o pastorzinho da esquina, ou o peão-de-obra, ou o Manoel da padaria, ou a Joana cabeleireira têm um conhecimento, não só da palavra bíblica, mas do próprio Deus em si, do que pessoas como Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, São Bernardo de Claraval, Santo Anselmo... Enfim, o Frango pode citar muito mais santos que ajudaram a construir não só a doutrina católica em si, mas toda uma civilização. É sério mesmo isso? Tipo, você se considera um santo que nem eles, você se considera intelectualmente, moralmente e humanamente no mesmo nível desses sujeitos?
  11. danilorf

    Como Ser Alpha?

    "[...] Sou mui infeliz, e não fica decente em casa alheia me pôr a chorar e contar muitas dores, pois causa enfado viver sempre a gente a falar em desgraças." Odeisseia, canto XIX, versos 118 ao 120. HOMERO.
  12. Isso não responde o que eu escrevi sobre a substância do ser humano. Como não tinha direitos? Vc leu o código civil de 1916 alguma vez? A mulher era cheia de privilégios pra contrabalançar a falta de alguns direitos políticos. E outra, a maioria da população como um todo nesse época não tinha direitos políticos. A coisa era baseado na renda do sujeito, e mais ou menos na mesma época que as mulheres conseguiram o direito ao voto, um pouco antes os homens no geral - sem exclusão por faixa de renda - também conseguiram. Como não revela nada? Só o fato de vários órgãos de pesquisa diferentes chegarem a resultados semelhantes já mostra que é muito mais provável que a pesquisa revele sim muita coisa. Só vale uma pesquisa, no seu entender, em que todas as pessoa dizerem ser a favor do aborto então? O fato de uma mulher ser religiosa não a torna mais mulher? É esse o seu argumento pra provar que existe sexismo? Se o cara não é mulher ele não pode se manifestar contra o aborto simplesmente porque ele não fica grávido? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK. Pela sua lógica, nenhuma mulher poderia se manifestar contra qualquer tipo de machismo, porque ela não experimenta as reações fisio-psicológicas de possuir 10x mais testosterona como os homens. E vc também não poderia opinar sobre o aborto porque você não é mulher. E mais ainda, você não teria nenhuma legitimidade pra apoiar o aborto, uma vez que a maioria das mulheres são contra o aborto, logo, elas sendo mulheres, sabem muito mais sobre isso do que você. Sobre o Olavo, se você ver o genocídio dos cristãos no oriente médio não falaria isso. Quanto às questões que você levanta sobre vários pontos já ficou demonstrado que você não sabe do que está falando. Isso é você que está dizendo. O que é um fato é que a idéia de raça usada por Hitler saiu da doutrina biológica de Darwin. Ler Eric Voegelin faz bem pra cabeça. Não só isso, como inúmeras doutrinas científicas foram usadas pra legitimar outros tipos de estados totalitários. Só ver a fusão entre socialismo e cientificismo na década de 20 do século passado. No mais, você não responde nada sobre o que eu escrevi. Tentou escapar pela tangente usando da pose de superioridade pra não responde algo que você não entende porra nenhuma. Animais não fazem juízos de inteligência, não tem consciência da sua própria consciência e não tem acesso à eternidade. Isso Aristóteles já sabia. Querer dizer que animais tem sentimentos como os humanos tem é, no mínimo ridículo, mas vindo de você, nada mais esperado. E não colocar os animais no mesmo patamar de importância que os seres humanos não significa descartá-los, somente ter o senso das proporções. O quando os movimentos de massa perderam os elementos milenaristas que tinham nas guerras religiosas da idade moderna, eles incorporaram elementos ateus e gnósticos pra dentro de suas doutrinas e ideologias. Isso é básico. Os regimes matavam sim quem praticava religião. É só ler a porra do Marx falando que tinha que extinguir a religião, caralho. Tá na porra do livro! Eu não estou tentando justificar nada das mortes causadas pelas guerra religiosas, eu só estou constatando um fato histórico. "O primeiro equívoco é afirmar que, no Brasil, há um milhão de abortos, um milhão e quinhentos mil de abortos. De onde saiu essa estimativa? [Mostrando estatísticas na tela: - Como se chegou ao número de 1.000.000? - Instituto Alan Guttmacher [IPFF]: número de internações hospitalares x 5 - IPAS: número de internações hospitalares x 6 - Qual a explicação para este cálculo? Nunca houve.] O instituto Alan Guttmacher é um braço da IPFF. A IPFF - eu acredito que vários dos senhores já ouviram falar dela - é a grande multinacional do aborto. Ela é proprietária de clínicas de aborto não só nos EUA, mas no mundo todo. E esse instituto (Alan Guttmacher) é um braço da IPFF que faz as análises estatísticas. O outro instituto é o IPAS. Ele foi fundado na década de 70 na Carolina do Norte. E qual foi o papel do IPAS? Foi substituir o papel que a Alzeid (não sei se é a grafia correta) fazia. A alzeid era uma agência norte-americana pro desenvolvimento internacional. Fato é que, quando a fundação Rockfeller começou a trabalhar para diminuir o crescimento populacional do mundo, ela dividiu o início dos seus trabalhos em três fases: a primeira em relação a estudos demográficos, pra mostrar que estava tendo um aumento da população mundial; o segundo foi colocar institutos, centros de planejamento familiar no mundo todo, incentivando a inserção de DIU, esterilização forçada nas mulheres, enfim, isso pode ficar pra uma outra audiência; o terceiro período do conselho populacional que é ligado à fundação Rockfeller pra diminuir o crescimento populacional no mundo foi um lobby junto ao governo norte-americano, na época o presidente era o Nixon, pra dizer que, o aumento da população, principalmente nos países em desenvolvimento, trazia sérios riscos para a segurança interna dos EUA. E aí, o que o presidente faz? Dentro da Alzeid, que é essa agência norte-americana pro desenvolvimento internacional, ele cria um departamento para assuntos populacionais. E esse departamento recebe, aproximadamente em 15 anos, 1,7 bilhões de dólares pra frear o crescimento populacional no mundo todo. Esse plano só perdeu pro plano Marshall, que foi a maior ação da Alzeid que reconstruiu o continente Europeu no pós-guerra. [...] E aí a Alzeid começou os seus trabalhos. Mas, com a troca da presidência, veio o Carter e ele proibiu que fosse usado dinheiro público para financiar aborto fora dos EUA. E aí a Alzeid vê o seu recurso secar. Bom, não tem problema. Com 0,5 milhões de dólares da fundação Scaff (diz-se squêifi, não sei se a grafia está correta), eles criam o IPAS, que passa então a fazer tudo o que a Alzeid fazia, agora com dinheiro privado. É esse instituto que nos dá essa estatística, certo? O instituto Allan Guttmacher fala que precisamos pegar pra estimaro número de abortos, o número de internações hospitalares e multiplicar por 5. E o IPAS vai dizer que a gente precisa multiplicar por 6. Agora, a pergunta que não quer calar: De onde eles tiraram esse fator de multiplicação? Jamais houve uma explicação. Nunca eles explicaram. Eles ensinam que é assim e todo mundo fica fazendo. Aí dá uns números absurdos que é o que a gente vê aqui no Brasil. [...] Vamos ver se a gente consegue estimar o número de abortos. A gente de fato estima o número de abortos por internações hospitalares, obviamente, pois é o indicador que nos chega. Em 2013, e isso são dados do DATA-SUS, aconteceram 206.270 internações hospitalares por aborto - mas aqui, aborto considerando-se tanto espontâneo como o provocado. [Mostrando na tela: - Em 2013 -> 206.270 internações hospitalares devidas a aborto (espontâneo e provocado) -Em 2010 foi realizada a Pesquisa Nacional do Aborto (UNB com a ONG ANIS) -> 1 a cada 2 mulheres que abortam precisam de internação - 20~25% das internações hospitalares são por aborto provacado] Essa pesquisa de 2010 foi citada várias vezes e eu vou usá-la como fundamentação dessa estimativa de abortos. O que ela percebeu, gente? Que pra cada duas mulheres que cometem aborto, uma precisa de internação hospitalar. E a gente sabe - isso também a Dr. Elizabeth Kipman que nos trouxe - que todas as internações hospitalares por aborto, de 20 a no máximo 25% são por aborto provocado. Então, a gente vai fazer o cálculo aqui. [Mostrando na tela: - 206.270 x 0,25 = 51.567 - 51.567 x 2 = 103.134 - No Brasil, são realizados, aproximadamente, 100.000 abortos/ano] Se a gente pegar as internações hospitalares, mais ou menos 206.270, e multiplicar por 0,25 - pois 25% das internações hospitalares são por aborto provacado - a gente tem mais ou menos 50 mil. E aí a gente precisa multiplicar por 2, porque a pesquisa nos mostra que pra cada duas mulheres que faze aborto, uma precisa de internação. Então a gente multiplica por 2 e chega na seguinte estimativa que é a mais fundamentada pra saber o número de abortos no país, que é 100 mil abortos por anos. 1 milhão e 1,5 milhão não encontra uma explicação dessas. Não é verdade, é um equívoco. [Mostrando na tela: Exemplo dos Estados Unidos - Antes da legalização do aborto em todo o território nacional, estimava-se: . 200~300 mortes de mulheres por ano. . 200.000 abortos ilegais - Os que militavam a favor da legalização do aborto afirmavam: . 5.000 a 10.000 mortes de mulheres por ano . 1.000.000 de abortos ilegais eram realizados] Vamos ver nos Estados Unidos. Será que é só aqui no Brasil que as pessoas usam dessa estratégia de colocar o número de abortos lá em cima pra sensibilizar a opinião pública, pra que o aborto seja legalizado? A gente vai ver que não. Nos Estados Unidos, o aborto foi legalizado no começo da década de 70. E a gente sabia que existia lá, de 200 a 300 mortes de mulheres por ano por aborto provocado, e mais ou menos uns 200 mil abortos. Os que militavam pela legalização do aborto, eles diziam que de 5 mil a 10 mil mulheres morriam por ano. E que havia 1 milhão de abortos. Detalhe: nessa época, a população dos EUA era semelhante à nossa - 200 milhões de habitantes. Qualquer coincidência... Né? E eu vou mostrar pros senhores a confissão do Dr. Bernard Nathanson que, no começo da década de 70 e na década de 60, ele já militava ferozmente pela legalização do aborto. Ele foi um dos fundadores da associação nacional pela revogação das leis do aborto. Olha o que ele diz. Eu vou ler na íntegra com os senhores [mostrando na tela e a Isabela lendo]: 'Eu confesso que sabia que os números eram totalmente falsos e suponho que os outros, se parassem pra pensar sobre isso, também sabiam. Mas, na moralidade da nossa revolução, eram número úteis, amplamente aceitos, então por que não usá-los da nossa forma, por que corrigi-los com estatísticas honestas? A principal preocupação era eliminar as leis [contra o aborto], e qualquer coisa que pudesse ser feita para isso era permitida. - Extraído do livro América que aborta.' [...] Vamos lá pro segundo equívoco, que eu tenho 5 pra falar pros senhores. O segundo é afirmar que, com a legalização do aborto, o número de abortos diminui. E aqui a gente vai direto pros dados. Vamos lá. Nos Estados Unidos eu falei pros senhores que o aborto foi legalizado no início da década de 70. Tinha 193 mil abortos para uma população de de 205 milhões. [Mostrando na tela: -Vamos analisar os números de alguns países: -EUA -1970 -> 193.494 abortos -> 205.052.000 população -1975 -> 1.054.170 abortos -> 225.973.000 população -1980 -> 1.553. 890 abortos -> 227.225.000 população -1989 -> 1.566.870 abortos -> 246.829.000 população -1998 -> 1.319.000 abortos -> 275.854.000 população -2000 -> 1.313.000 abortos -> 282.262.411 população -2008 -> 1.212.350 abortos -> 304.093.966 população] 5 anos mais tarde chegou no 1 milhão de abortos e a população nem aumentou tanto assim. 10 anos depois, 1.5 milhão - estamos falando de um aumento de 626%. [...] [Mostrando na tela um gráfico com a proporção de abortos pela quantidade da população] Todo mundo percebe que a curva de abortos está aumentando. Vamos ver um outro país. A Suécia. [Mostrando na tela: 1929 - 439 abortos - sem dados da população 1949 - 5.503 abortos - sem dados da população 1969 - 13.735 abortos - 7.968.072 população 1999 - 30.712 abortos - 8.857.824 população 2010 - 37.698 abortos - 9.378.126 população Mostrando na tela a curva ascendente do número de abortos realizados proporcionalmente com o número da população, utilizando somente os dados de 1969 até 2010.] [...] [Mostrando na tela as estatísticas da Espanha, que legalizou o aborto em 1985: 1987 - 16.766 abortos - 38.630.820 1990 - 37.231 abortos - 38.850.435 1997 - 49.578 abortos (+190%) - 39.582.413 população 2002 - 77.825 abortos - 41.431.558 população 2007 - 112.158 abortos - 45.226.803 população 2011 - 118.359 (+488%) - 46.742.697 Mostrando na tela a curva ascendente do número de abortos realizados proporcionalmente com o número da população.] [...] [Mostrando na tela: -Inglaterra, desde a legalização em 1967, o número de abortos só aumenta. -2007, aumento de 4% em relação a 2006. -Grupo que apresenta um aumento mais rápido durante os anos - adolescentes. -Lord Steel -Ann Furedi (Serviço Britânico de assistência à gravidez)] [...] 40 anos depois [da legalização na Inglaterra], um senhor chamado Lord Steel, que era um militante pela legalização do aborto, ele se assusta quando vê o número de abortos, de como tinha aumentado. E ele fica tão assustado, que ele vai à imprensa. Saíram várias reportagens que ele falava assim, 'Olha, era inimaginável que o número de abortos chegaria a essa proporção. Quando a gente militava pela legalização, a gente não tinha noção de que isso pudesse acontecer. As mulheres estão recorrendo ao aborto quando seus métodos contraceptivos falham'. E é isso que acontece em uma sociedade que legaliza o aborto. Ele passa a ser mais um método contraceptivo. Eu engravido, eu aborto. É isso o que acontece. O aborto se enraiza na cultura da sociedade, tanto que - isso não sou eu que estou falando, são os dados, é a gente olhar pra realidade - lá na Inglaterra, o grupo que apresentou o maior número na prática do aborto foram as adolescentes, porque elas não participaram da discussão. Elas nasceram num mundo onde se mata crianças. Elas nasceram num país que se habituou a assassinar crianças dentro do ventre das mães. Então elas fazem isso. [...] Um exemplo bem perto da gente é a questão do Uruguai. Lá, eles usaram dessa artimanha de colocar o número de abortos lá em cima pra conseguir sensibilizar a opinião pública e legalizar. Pros senhores terem uma noção, eles chegaram a afirmar que, no Uruguai, tinha 150 mil abortos. Daí eles tiveram que se retratar, porque daí eles faziam a conta, e pelo número de mulheres em idade fértil não dava certo, não casava. Daí eles se retrataram, falaram em 50 mil, 33 mil, e chegaram no consenso de 33 mil. Bom, fato é que, em 2012, em dezembro, o aborto foi legalizado no Uruguai, e em 2013, quantos abortos? 4.500. Onde estão os outros 29 mil abortos? E aí, gente, olha, eu vou falar. É verdade. Isso está nos jornais uruguaios. Os senhores procurem, que teve um senhor do Ministério da Saúde que teve a capacidade de ir na imprensa fazer a seguinte afirmação: "Os senhores estão vendo como a legalização do aborto diminui a sua prática?" Como se ninguém tivesse capacidade de raciocinar e de pensar que esses 29.000 abortos não existiam. [...] Bom, o terceiro equívoco é: o Brasil tem maior número de aborto que os países que o legalizaram. Vamos direto para os dados: [Mostrando na tela: -Brasil: 100 mil abortos/ano - população de 200 milhões -França: 200.000 abortos/anos (10x mais que o Brasil) - população 50 milhões -Suécia: 40 mil abortos (8x mais proporcionalmente) - população 10 milhões -Inglaterra: 100.000 abortos (4x mais proporcionalmente) - população 50 milhões -Japão: 200.000 abortos (4x mais proporcionalmente) - população 100 milhões] Portanto, vocês percebem como essa informação é arquitetada, deliberada? E eu esqueci de contar uma coisa pros senhores. Bernard Nathanson dizia que o importante era envolver a mídia, porque daí, em todos os espaços, em todos os jornais, iam aparecer os números deles. E ele fala que nenhum jornalista nunca chegou pra ele e falou: "Olha, então o sr. me mostra por favor aonde é que tem 1 milhão de abortos aqui nos Estados Unidos?" Não! Nunca ninguém perguntou pra ele. E aí as pessoas passavam a reproduzir o discurso. E uma mentira contada mil vezes? Tem a credibilidade de uma verdade. O quarto equívoco é falar que o número de abortos está aumentando no Brasil. [Mostrando na tela: - O número de abortos está diminuindo no Brasil - O número de curetagens diminui ano após ano, chegando a 12% de queda de 2008 para 2009.] Isso não é verdade, por quê? A gente não calcula o número de abortos pelo número de internações hospitalares? Sim, então aí o que a gente vê? Que o número de internações hospitalares vem em queda ano após ano, né? E o número de curetagens também. E aí, gente, isso é coerente com os dados da opinião pública, que mostra... [Mostrando na tela: -IBOPE: 2003 - 90% da população era contra o aborto. -IBOPE: 2005 - a aprovação do aborto de 2003 para 2005 diminui de 10 para 3% - Data Folha: 2007 - o percentual dos que achavam a prática do aborto muito grave foi de 61% em 1998, para 71% em 2007. Só 3% consideravam moralmente aceitável fazer um aborto] Depois disso não apareceu mais resultado de pesquisas. Eu não vou falar que ninguém está fazendo, está bom? Eu só posso afirmar que ninguém está mostrando. O que eu posso dizer é que Sonia Corrêa, em 2009, disse num congresso de direitos reprodutivos na assembléia legislativa do Estado de São Paulo que, "a rejeição ao aborto está aumentando ano após ano no Brasil". E o quinto equívoco - e o último - é o seguinte. Essa afirmativa de que legalizar o aborto diminui a mortalidade materna. E aí eu vou dizer pros senhores, com toda a experiência que eu tenho em saúde pública e saúde coletiva, com todos os estudos que eu já fiz - já tenho duas especializações na área e estou fazendo o mestrado. [Mostrando na tela: - Não há relação entre a legalização do aborto e a diminuição da mortalidade materna. - Há países com leis extremamente restritas em relação ao aborto, como o Chile, com a mortalidade baixa. Diminuiu de 275 mortes maternas por 100 mil nascidos vivos em 1960 para 18.7 em 2000, a maior redução da América Latina.] Há países onde o aborto é legal e a mortalidade materna é extremamente alta, como é o caso da Índia. [Mostrando na tela: - Há países onde o aborto é legal e a mortalidade materna é alta, como a Índia. 200 mortes em 2010. - Há países onde o aborto era legalizado, foi proibido (com restrições) e a mortalidade materna diminuiu, como a Polônia, 11 em 1993 para 2 em 2010. - Os dados mostram que não há relação entre legalização do aborto e diminuição da mortalidade materna.] [...] Agora, eu vou ser honesta com os senhores, eu não vou usar isso aqui e falar pra vocês que legalizar o aborto aumenta a mortalidade materna. Tem gente que usaria, viu? Então, os dados mostram que não há relação entre legalização do aborto e a diminuição do número de mortes maternas. O que diminui a mortalidade materna? E aí o dr. Henrique trouxe - 92% das causas de morte materna são previníveis. O que diminui é o investimento na assistência ao pré-natal." Fonte: Você ser pró-escolha te torna automaticamente a favor do aborto. Isso é lógica elementar. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK. Acontece que a nossa inteligência, nossas faculdades mentais e espirituais nos colocam numa distância infinita dos animais. Nós somos os únicos que temos consciência da consciência e que temos acesso à eternidade. Isso é dito, em primeiro lugar, por pagões, como Platão e Aristóteles. E nêgo declara não acreditar na existência de uma verdade transcendente e supracósmica que foi descoberta por todas as civilizações anteriores a nossa, e vem me falar de ETs. É de dar pena. Se o aborto é espontâneo não tem que se falar em culpar a mulher, muito menos a criança nascer com alguma deficiência que, na maioria dos casos, acontece por fatores incontroláveis. Esse argumento da cadeia da vida é, no mínimo, ridículo. Você repete o seu argumento como se ele fosse a refutação do meu. Eu digo que o que está em discussão é o surgimento de uma vida humana e concreta, em um período definido no espaço e no tempo, e você repete "HUR DUR, CADEIA DA VIDA, REI LEÃO E O CICLO DA VIDA, HUR DUR". Já está subentendido também nas minhas repostas deste post. Eu não mencionei nada a respeito do feto anencéfalo na questão da vida da mãe e da vida criança. E se você soubesse interpretar texto ou tivesse lido realmente o que eu escrevi, veria qual foi minha conclusão sobre o aborto do feto anencéfalo. Vou colar mais uma vez a transcrição toda da palestra: "O primeiro equívoco é afirmar que, no Brasil, há um milhão de abortos, um milhão e quinhentos mil de abortos. De onde saiu essa estimativa? [Mostrando estatísticas na tela: - Como se chegou ao número de 1.000.000? - Instituto Alan Guttmacher [IPFF]: número de internações hospitalares x 5 - IPAS: número de internações hospitalares x 6 - Qual a explicação para este cálculo? Nunca houve.] O instituto Alan Guttmacher é um braço da IPFF. A IPFF - eu acredito que vários dos senhores já ouviram falar dela - é a grande multinacional do aborto. Ela é proprietária de clínicas de aborto não só nos EUA, mas no mundo todo. E esse instituto (Alan Guttmacher) é um braço da IPFF que faz as análises estatísticas. O outro instituto é o IPAS. Ele foi fundado na década de 70 na Carolina do Norte. E qual foi o papel do IPAS? Foi substituir o papel que a Alzeid (não sei se é a grafia correta) fazia. A alzeid era uma agência norte-americana pro desenvolvimento internacional. Fato é que, quando a fundação Rockfeller começou a trabalhar para diminuir o crescimento populacional do mundo, ela dividiu o início dos seus trabalhos em três fases: a primeira em relação a estudos demográficos, pra mostrar que estava tendo um aumento da população mundial; o segundo foi colocar institutos, centros de planejamento familiar no mundo todo, incentivando a inserção de DIU, esterilização forçada nas mulheres, enfim, isso pode ficar pra uma outra audiência; o terceiro período do conselho populacional que é ligado à fundação Rockfeller pra diminuir o crescimento populacional no mundo foi um lobby junto ao governo norte-americano, na época o presidente era o Nixon, pra dizer que, o aumento da população, principalmente nos países em desenvolvimento, trazia sérios riscos para a segurança interna dos EUA. E aí, o que o presidente faz? Dentro da Alzeid, que é essa agência norte-americana pro desenvolvimento internacional, ele cria um departamento para assuntos populacionais. E esse departamento recebe, aproximadamente em 15 anos, 1,7 bilhões de dólares pra frear o crescimento populacional no mundo todo. Esse plano só perdeu pro plano Marshall, que foi a maior ação da Alzeid que reconstruiu o continente Europeu no pós-guerra. [...] E aí a Alzeid começou os seus trabalhos. Mas, com a troca da presidência, veio o Carter e ele proibiu que fosse usado dinheiro público para financiar aborto fora dos EUA. E aí a Alzeid vê o seu recurso secar. Bom, não tem problema. Com 0,5 milhões de dólares da fundação Scaff (diz-se squêifi, não sei se a grafia está correta), eles criam o IPAS, que passa então a fazer tudo o que a Alzeid fazia, agora com dinheiro privado. É esse instituto que nos dá essa estatística, certo? O instituto Allan Guttmacher fala que precisamos pegar pra estimaro número de abortos, o número de internações hospitalares e multiplicar por 5. E o IPAS vai dizer que a gente precisa multiplicar por 6. Agora, a pergunta que não quer calar: De onde eles tiraram esse fator de multiplicação? Jamais houve uma explicação. Nunca eles explicaram. Eles ensinam que é assim e todo mundo fica fazendo. Aí dá uns números absurdos que é o que a gente vê aqui no Brasil. [...] Vamos ver se a gente consegue estimar o número de abortos. A gente de fato estima o número de abortos por internações hospitalares, obviamente, pois é o indicador que nos chega. Em 2013, e isso são dados do DATA-SUS, aconteceram 206.270 internações hospitalares por aborto - mas aqui, aborto considerando-se tanto espontâneo como o provocado. [Mostrando na tela: - Em 2013 -> 206.270 internações hospitalares devidas a aborto (espontâneo e provocado) -Em 2010 foi realizada a Pesquisa Nacional do Aborto (UNB com a ONG ANIS) -> 1 a cada 2 mulheres que abortam precisam de internação - 20~25% das internações hospitalares são por aborto provacado] Essa pesquisa de 2010 foi citada várias vezes e eu vou usá-la como fundamentação dessa estimativa de abortos. O que ela percebeu, gente? Que pra cada duas mulheres que cometem aborto, uma precisa de internação hospitalar. E a gente sabe - isso também a Dr. Elizabeth Kipman que nos trouxe - que todas as internações hospitalares por aborto, de 20 a no máximo 25% são por aborto provocado. Então, a gente vai fazer o cálculo aqui. [Mostrando na tela: - 206.270 x 0,25 = 51.567 - 51.567 x 2 = 103.134 - No Brasil, são realizados, aproximadamente, 100.000 abortos/ano] Se a gente pegar as internações hospitalares, mais ou menos 206.270, e multiplicar por 0,25 - pois 25% das internações hospitalares são por aborto provacado - a gente tem mais ou menos 50 mil. E aí a gente precisa multiplicar por 2, porque a pesquisa nos mostra que pra cada duas mulheres que faze aborto, uma precisa de internação. Então a gente multiplica por 2 e chega na seguinte estimativa que é a mais fundamentada pra saber o número de abortos no país, que é 100 mil abortos por anos. 1 milhão e 1,5 milhão não encontra uma explicação dessas. Não é verdade, é um equívoco. [Mostrando na tela: Exemplo dos Estados Unidos - Antes da legalização do aborto em todo o território nacional, estimava-se: . 200~300 mortes de mulheres por ano. . 200.000 abortos ilegais - Os que militavam a favor da legalização do aborto afirmavam: . 5.000 a 10.000 mortes de mulheres por ano . 1.000.000 de abortos ilegais eram realizados] Vamos ver nos Estados Unidos. Será que é só aqui no Brasil que as pessoas usam dessa estratégia de colocar o número de abortos lá em cima pra sensibilizar a opinião pública, pra que o aborto seja legalizado? A gente vai ver que não. Nos Estados Unidos, o aborto foi legalizado no começo da década de 70. E a gente sabia que existia lá, de 200 a 300 mortes de mulheres por ano por aborto provocado, e mais ou menos uns 200 mil abortos. Os que militavam pela legalização do aborto, eles diziam que de 5 mil a 10 mil mulheres morriam por ano. E que havia 1 milhão de abortos. Detalhe: nessa época, a população dos EUA era semelhante à nossa - 200 milhões de habitantes. Qualquer coincidência... Né? E eu vou mostrar pros senhores a confissão do Dr. Bernard Nathanson que, no começo da década de 70 e na década de 60, ele já militava ferozmente pela legalização do aborto. Ele foi um dos fundadores da associação nacional pela revogação das leis do aborto. Olha o que ele diz. Eu vou ler na íntegra com os senhores [mostrando na tela e a Isabela lendo]: 'Eu confesso que sabia que os números eram totalmente falsos e suponho que os outros, se parassem pra pensar sobre isso, também sabiam. Mas, na moralidade da nossa revolução, eram número úteis, amplamente aceitos, então por que não usá-los da nossa forma, por que corrigi-los com estatísticas honestas? A principal preocupação era eliminar as leis [contra o aborto], e qualquer coisa que pudesse ser feita para isso era permitida. - Extraído do livro América que aborta.' [...] Vamos lá pro segundo equívoco, que eu tenho 5 pra falar pros senhores. O segundo é afirmar que, com a legalização do aborto, o número de abortos diminui. E aqui a gente vai direto pros dados. Vamos lá. Nos Estados Unidos eu falei pros senhores que o aborto foi legalizado no início da década de 70. Tinha 193 mil abortos para uma população de de 205 milhões. [Mostrando na tela: -Vamos analisar os números de alguns países: -EUA -1970 -> 193.494 abortos -> 205.052.000 população -1975 -> 1.054.170 abortos -> 225.973.000 população -1980 -> 1.553. 890 abortos -> 227.225.000 população -1989 -> 1.566.870 abortos -> 246.829.000 população -1998 -> 1.319.000 abortos -> 275.854.000 população -2000 -> 1.313.000 abortos -> 282.262.411 população -2008 -> 1.212.350 abortos -> 304.093.966 população] 5 anos mais tarde chegou no 1 milhão de abortos e a população nem aumentou tanto assim. 10 anos depois, 1.5 milhão - estamos falando de um aumento de 626%. [...] [Mostrando na tela um gráfico com a proporção de abortos pela quantidade da população] Todo mundo percebe que a curva de abortos está aumentando. Vamos ver um outro país. A Suécia. [Mostrando na tela: 1929 - 439 abortos - sem dados da população 1949 - 5.503 abortos - sem dados da população 1969 - 13.735 abortos - 7.968.072 população 1999 - 30.712 abortos - 8.857.824 população 2010 - 37.698 abortos - 9.378.126 população Mostrando na tela a curva ascendente do número de abortos realizados proporcionalmente com o número da população, utilizando somente os dados de 1969 até 2010.] [...] [Mostrando na tela as estatísticas da Espanha, que legalizou o aborto em 1985: 1987 - 16.766 abortos - 38.630.820 1990 - 37.231 abortos - 38.850.435 1997 - 49.578 abortos (+190%) - 39.582.413 população 2002 - 77.825 abortos - 41.431.558 população 2007 - 112.158 abortos - 45.226.803 população 2011 - 118.359 (+488%) - 46.742.697 Mostrando na tela a curva ascendente do número de abortos realizados proporcionalmente com o número da população.] [...] [Mostrando na tela: -Inglaterra, desde a legalização em 1967, o número de abortos só aumenta. -2007, aumento de 4% em relação a 2006. -Grupo que apresenta um aumento mais rápido durante os anos - adolescentes. -Lord Steel -Ann Furedi (Serviço Britânico de assistência à gravidez)] [...] 40 anos depois [da legalização na Inglaterra], um senhor chamado Lord Steel, que era um militante pela legalização do aborto, ele se assusta quando vê o número de abortos, de como tinha aumentado. E ele fica tão assustado, que ele vai à imprensa. Saíram várias reportagens que ele falava assim, 'Olha, era inimaginável que o número de abortos chegaria a essa proporção. Quando a gente militava pela legalização, a gente não tinha noção de que isso pudesse acontecer. As mulheres estão recorrendo ao aborto quando seus métodos contraceptivos falham'. E é isso que acontece em uma sociedade que legaliza o aborto. Ele passa a ser mais um método contraceptivo. Eu engravido, eu aborto. É isso o que acontece. O aborto se enraiza na cultura da sociedade, tanto que - isso não sou eu que estou falando, são os dados, é a gente olhar pra realidade - lá na Inglaterra, o grupo que apresentou o maior número na prática do aborto foram as adolescentes, porque elas não participaram da discussão. Elas nasceram num mundo onde se mata crianças. Elas nasceram num país que se habituou a assassinar crianças dentro do ventre das mães. Então elas fazem isso. [...] Um exemplo bem perto da gente é a questão do Uruguai. Lá, eles usaram dessa artimanha de colocar o número de abortos lá em cima pra conseguir sensibilizar a opinião pública e legalizar. Pros senhores terem uma noção, eles chegaram a afirmar que, no Uruguai, tinha 150 mil abortos. Daí eles tiveram que se retratar, porque daí eles faziam a conta, e pelo número de mulheres em idade fértil não dava certo, não casava. Daí eles se retrataram, falaram em 50 mil, 33 mil, e chegaram no consenso de 33 mil. Bom, fato é que, em 2012, em dezembro, o aborto foi legalizado no Uruguai, e em 2013, quantos abortos? 4.500. Onde estão os outros 29 mil abortos? E aí, gente, olha, eu vou falar. É verdade. Isso está nos jornais uruguaios. Os senhores procurem, que teve um senhor do Ministério da Saúde que teve a capacidade de ir na imprensa fazer a seguinte afirmação: "Os senhores estão vendo como a legalização do aborto diminui a sua prática?" Como se ninguém tivesse capacidade de raciocinar e de pensar que esses 29.000 abortos não existiam. [...] Bom, o terceiro equívoco é: o Brasil tem maior número de aborto que os países que o legalizaram. Vamos direto para os dados: [Mostrando na tela: -Brasil: 100 mil abortos/ano - população de 200 milhões -França: 200.000 abortos/anos (10x mais que o Brasil) - população 50 milhões -Suécia: 40 mil abortos (8x mais proporcionalmente) - população 10 milhões -Inglaterra: 100.000 abortos (4x mais proporcionalmente) - população 50 milhões -Japão: 200.000 abortos (4x mais proporcionalmente) - população 100 milhões] Portanto, vocês percebem como essa informação é arquitetada, deliberada? E eu esqueci de contar uma coisa pros senhores. Bernard Nathanson dizia que o importante era envolver a mídia, porque daí, em todos os espaços, em todos os jornais, iam aparecer os números deles. E ele fala que nenhum jornalista nunca chegou pra ele e falou: "Olha, então o sr. me mostra por favor aonde é que tem 1 milhão de abortos aqui nos Estados Unidos?" Não! Nunca ninguém perguntou pra ele. E aí as pessoas passavam a reproduzir o discurso. E uma mentira contada mil vezes? Tem a credibilidade de uma verdade. O quarto equívoco é falar que o número de abortos está aumentando no Brasil. [Mostrando na tela: - O número de abortos está diminuindo no Brasil - O número de curetagens diminui ano após ano, chegando a 12% de queda de 2008 para 2009.] Isso não é verdade, por quê? A gente não calcula o número de abortos pelo número de internações hospitalares? Sim, então aí o que a gente vê? Que o número de internações hospitalares vem em queda ano após ano, né? E o número de curetagens também. E aí, gente, isso é coerente com os dados da opinião pública, que mostra... [Mostrando na tela: -IBOPE: 2003 - 90% da população era contra o aborto. -IBOPE: 2005 - a aprovação do aborto de 2003 para 2005 diminui de 10 para 3% - Data Folha: 2007 - o percentual dos que achavam a prática do aborto muito grave foi de 61% em 1998, para 71% em 2007. Só 3% consideravam moralmente aceitável fazer um aborto] Depois disso não apareceu mais resultado de pesquisas. Eu não vou falar que ninguém está fazendo, está bom? Eu só posso afirmar que ninguém está mostrando. O que eu posso dizer é que Sonia Corrêa, em 2009, disse num congresso de direitos reprodutivos na assembléia legislativa do Estado de São Paulo que, "a rejeição ao aborto está aumentando ano após ano no Brasil". E o quinto equívoco - e o último - é o seguinte. Essa afirmativa de que legalizar o aborto diminui a mortalidade materna. E aí eu vou dizer pros senhores, com toda a experiência que eu tenho em saúde pública e saúde coletiva, com todos os estudos que eu já fiz - já tenho duas especializações na área e estou fazendo o mestrado. [Mostrando na tela: - Não há relação entre a legalização do aborto e a diminuição da mortalidade materna. - Há países com leis extremamente restritas em relação ao aborto, como o Chile, com a mortalidade baixa. Diminuiu de 275 mortes maternas por 100 mil nascidos vivos em 1960 para 18.7 em 2000, a maior redução da América Latina.] Há países onde o aborto é legal e a mortalidade materna é extremamente alta, como é o caso da Índia. [Mostrando na tela: - Há países onde o aborto é legal e a mortalidade materna é alta, como a Índia. 200 mortes em 2010. - Há países onde o aborto era legalizado, foi proibido (com restrições) e a mortalidade materna diminuiu, como a Polônia, 11 em 1993 para 2 em 2010. - Os dados mostram que não há relação entre legalização do aborto e diminuição da mortalidade materna.] [...] Agora, eu vou ser honesta com os senhores, eu não vou usar isso aqui e falar pra vocês que legalizar o aborto aumenta a mortalidade materna. Tem gente que usaria, viu? Então, os dados mostram que não há relação entre legalização do aborto e a diminuição do número de mortes maternas. O que diminui a mortalidade materna? E aí o dr. Henrique trouxe - 92% das causas de morte materna são previníveis. O que diminui é o investimento na assistência ao pré-natal." Nada a comentar. Idem. Idem.
  13. Atenção, em todos os momentos das minhas respostas nesse post, estou me dirigindo exclusivamente ao autor do texto, retirado, segundo nosso querido e cultíssimo faaps, desta fonte - Biliões e Biliões. Lisboa : Gradiva, 1998, p.180-196. Se vocês quiserem estender os xingamentos para que realmente leva a sério esses argumentos, como certas pessoas por aqui, façam por sua conta e risco. Eu nunca, de maneira alguma, faria isso. Vamos começar: 1 – Legal, já começa citando John Dewey. O cara que começou as reformas educacionais nos EUA na década de 60. Detalhe, a partir dessa data, o índices das escolas de lá despencaram. Leiam Maquiavel Pedagogo e vão entender que tipo de “educação” ele propõe. Apenas indução comportamental por meio de técnicas psicológicas e lavagem cerebral. 2 – Não é necessário fazer nenhum comentário ainda. 3 – Idem 2. 4 – Na verdade os ‘pró-escolha’ argumentam justamente que a vida não se dá na concepção do feto e por isso a liberdade de escolha. Então, sim, só é possível duas posições nessa questão: ou você acha que o início da vida se dá na concepção, ou você diz que não e relativiza o aborto até determinado período com base em alguma das teorias “científicas” existentes sobre o início da vida. Entre algumas dessas teorias temos as seguintes: a) Teoria concepcionista (detalhe, essa não me parece ser a corrente da teoria da concepção filosófica, que eu já falei um pouco sobre, uma vez que se atém apenas aos aspectos legais da lei; também não é uma corrente científica): Para os adeptos dessa teoria, a vida humana é amparada juridicamente desde o momento da fecundação natural ou artificial do óvulo pelo espermatozóide, cujo amparo legal seria encontrado nos artigos 2º, CC/02 (art. 4º CC/16); e 124 a 128 do CP. b.) Teoria embriológica: Por essa teoria, a vida começa na 3ª semana de gestação, quando o embrião adquire individualidade. Essa visão permite o uso de contraceptivos como a pílula do dia seguinte. c) Teoria neurológica: Aplica a definição de morte para marca o início da vida: se a morte é o fim das ondas cerebrais, então vida é o início dessa atividade, o que ocorreria somente após a 8ª semana de gestação. d) Teoria da nidação: A vida começa com a fixação do embrião no útero – o único ambiente em que se poderá desenvolver. Como a nidação só acontece a partir do 40º dia, essa é uma visão bastante defendida por pesquisadores de células-tronco em embriões congelados. e) Teoria ecológica: A vida começa quando o feto pode viver fora do útero. Para isso, é preciso que os pulmões estejam prontos, o que ocorre por volta da 25ª semana de gestação. f) Teoria fisiológica: A vida humana começa quando o indivíduo nasce e se torna independente da mãe, com seu sistema circulatório e respiratório. g) Teoria metabólica (essa já está mais voltada para o aspecto filosófico da coisa, apesar de levar a exageros e absurdos, como a de um certo idiota que eu li por aí, dizendo que punheta é aborto e querer comparar um hipotético inicío da vida em geral – portanto, do ser, filosoficamente – com um início concreto e definido da vida de um ser humano): A vida é um processo contínuo. Portanto, não faz sentido discutir seu início já que o óvulo e o espermatozóide são apenas o meio da cadeia vital. h) Teoria do reconhecimento: A vida começa quando o ser humano reconhece a diferença entre si e os demais, mas o que se daria ao longo dos primeiros meses após o nascimento. Da problematização porca (e que não existe, na verdade) que esse cara quis fazer já dá pra ver o nível do rapaz. Analisemos separadamente cada uma destas posições absolutistas. Um bebê recém-nascido é seguramente o mesmo ser que era imediatamente antes de nascer. Há boas provas de que um feto em fim de período responde ao som — inclusive à música, mas especialmente à voz da mãe. É capaz de chuchar no dedo ou dar uma cambalhota. De vez em quando gera ondas cerebrais de adulto. Há pessoas que se lembram do seu nascimento, ou mesmo do ambiente uterino. Talvez no ventre se pense. É difícil defender que no momento do parto se dá abruptamente uma transformação em pessoa plena. Assim sendo, será aceitável que seja crime matar uma criança no dia a seguir a ter nascido e não no dia antes de ter nascido? 5 – Prestem bem atenção onde ele vai chegar logo no começo do próximo parágrafo. 6 - Ideologia travestida de ciência. Primeiro, mulheres votam nos legisladores e podem se candidatar à serem legisladoras também. Há muito tempo que isso é assim. Portanto, a maioria dos legisladores serem não é nenhum tipo de imposição que possa ser sequer alegada como argumento contrário ao aborto, só visa endossar a narrativa feminista de uma opressão patriarcal inexistente. Veja a forma ridícula que ele argumenta em favor do aborto, portanto “pró-escolha”, mesmo tendo dito que iria analisar a coisa sob uma terceira via que não a “pró-escolha” ou a “pró-vida”, vejam o viés ideológico que o autor do texto não conseguiu esconder logo no início do texto. Segundo, tomando o caso do Brasil, por exemplo, você pode dizer a posição contra o aborto é sexista, uma vez que, segundo pesquisas, 7 em cada 10 pessoas são contra essa prática, e que as classes mais pobres que esse imbecil diz defender são justamente as que são mais avessas à isso, até mesmo nos casos em que há estupro? Vejam: Terceiro, olha só que coincidência. Exatamente esses dias eu copiei um excerto do Olavo comentando a subversão moral e espiritual que acontece em países com regimes democráticos-liberais que não pregam abertamente a intolerância à religião, em oposição ao que ocorreu em países que sofreram nas mãos de governos totalitários que lutaram abertamente contra ela. Vou colar aqui de novo: Continuando com o artigo em questão... 7 – Olha só o salto que o infeliz tenta dar nesse pedaço: ele começa falando que se a pessoa não se opõe ao aborto em uma fase determinada durante a gravidez, uma categoria inteira de seres humanos não estaria protegida (aqueles que não tivessem atingido uma determinada maturidade estariam sujeitos ao aborto). Daí ele interroga se isso não um desprezo imotivado, sexista (já foi comentado sobre a narrativa feminista que o autor tenta usar aqui), racista, nacionalista e fundamentalismo religioso. Ele com certeza quer jogar a questão pra uma falsa oposição entre fé e ciência e colar na religião outros adjetivos como racista, nacionalista e coisas do tipo. Mas se você para pra analisar a coisa, a mesma pseudo-ciência que esse cara usa foi a que foi usada pra criar a teoria de raça que Hitler usou pro extermínio de judeus. Durante a história, a evolução da ciência, em grande parte, apenas criou justificações e meios para que determinados indivíduos controlassem outros. Não lembro se já cheguei a comentar isso aqui, mas algum filósofo escolástico já dizia que o conhecimento da existência de Deus não é matéria de fé; é matéria de conhecimento. Essa oposição inexistente começou na modernidade com o surgimento dos “filósofos” modernos como Newton, Descartes, Galileu, Francis Bacon, Giordano Bruno e etc. Eles confrontaram intelectualmente a igreja dizendo que a sua autoridade (a dos “filósofos”) não se baseava em uma fé irracional e que estaria apenas no campo das idéias. A igreja que já estava ficando debilitada intelectualmente naquele período, simplesmente não conseguiu transcender a situação e compreender o que estava em jogo, e acabaram caindo na besteira de acusar os caras de ateístas – o que não fazia a menor diferença para eles, até ajudava – e discutir as “filosofias” deles seriamente. O discurso da modernidade e do iluminismo é de que essa seria uma época de progresso, conhecimento racional, liberdade humana e libertação espiritual do homem frente à igreja. Mas analisando a coisa profundamente, não se atendo ao discurso de auto-justificação dos integrantes desse movimento, vemos que a coisa foi totalmente inversa. O tal do conhecimento racional que eles bradavam aos quatro cantos não passava de uma mistificação. No início da modernidade e com a reforma protestante o ocultismo e o esoterismo se alastraram pela Europa. O protestantismo começou a usar de técnicas astrológicas para tentar interpretas as profecias bíblicas e criar uma tradição religiosa independente a da igreja católica, e daí os estudantes de humanidades (ou seja, de autores da antiguidade, latinos e gregos) gostaram da coisa e também começaram a entrar na putaria. Engraçado que, durante a idade média, a igreja católica condenava abertamente a prática do horoscopismo, apesar de reconhecer que o fenômeno das influências dos planetas (corpos maiores) nos seres da terra (corpos menores) existir, mas não chegando a aprofundar a questão. Newton, que teve contribuições pontuais para a ciência da física com a descoberta da lei da gravidade (a da inércia não, porque ela já estava dada em Aristóteles, e não contradiz em nenhum sentido a teoria do repouso deste), tentou integrar essa e outras descobertas pontuais em um sistema metafísico criado por ele, que buscava justificar a existência de um Deus unitário, mais ou menos aos moldes do Deus islâmico. Para isso, além da física, que foi a menor parte do trabalho dele, ele escreveu muitas coisas mais sobre alquimia, astrologia e tudo o que seria considerado “irracional” hoje. Mais ainda, todo esse sistema metafísico dele era um lixo. Mas uma coisa ele não teve culpa, a filosofia mecanicista não foi ele que criou realmente. Alguns “jênios”, entusiasmados com algumas invenções mecânicas da época como o relógio, começaram a fazer uma analogia do universo como sendo idêntico à uma máquina. Pegaram alguns pedaços do que Newton escreveu, e criaram essa aberração – que é mais ou menos dizer que tudo no universo tem um fundamento físico-mecânico e pode ser analisado atomisticamente. Descartes também cria um monte de aberrações como a “dúvida integral” que é uma experiência impossível de ser realizada – e que foi falsificada; ele tentou dar ares científicos à coisa, mas tudo não passou de um sonho que ele teve com o capeta que fez com que ele duvidasse de tudo; engraçado que nas cartas pessoais dele, ele mesmo diz que Deus não faria uma coisa ruim como um coisa que o capeta sugeriu para ele - e o “cogito ergo sum”, que é a mesma coisa que dizer que se nada existisse além de você pensando isso seria verdade, ainda que nem mesmo o universo existisse. Nele já se tem as raízes do subjetivismo e do relativismo que ainda hoje contaminam as cabeças de certos faaps. Bacon, o suposto inventor da ciência moderna, copia Aristóteles letra por letra, ou então ataca espantalhos deste para depois dizer o que o grego já havia dito e sair com ares de inovação. Galileu no final da vida reconheceu a posição de São Roberto Belarmino de que, realmente, a questão geocentrismo e heliocentrismo era muito relativa e que dependia da escala em que você enfocasse os corpos celestes, uma vez que você não sabe onde há um ponto fixo no universo com a maior massa de todas e na qual tudo gira em torno. Outra coisa, toda a polêmica com a igreja se deu justamente por que ele começou a tirar consequências teológicas disso. A partir do momento que ele reconheceu publicamente o erro, foi deixado em paz para continuar fazendo o que sempre fez. Ele era sobrinho do papa, ninguém acreditava que algo iria acontecer com ele, foi mais uma manifestação pró-forma. Giordano Bruno nunca teve as publicações científicas censuradas mas, a partir do momento em que começou a tirar conseqüências teológicas e querer interferir na doutrina católica e, mesmo advertido não cessou a conduta, acabou sendo queimado na fogueira. Por fim, um dos grandes filósofos da humanidade já disse que a passagem da idade média para a idade moderna foi caracterizada com a queda das discussões filosóficas e intelectuais para um nível pueril. Outra coisa muito interessante de se notar desse período é que os defensores da liberdade da época, principalmente os iluministas franceses, não acreditavam que ela realmente existia. Você percebe que todo mundo acreditava num tipo de determinismo fisiológico e psicológico irrevogável, o que é incompatível com a idéia de liberdade. E também que esses iluministas franceses estavam plenamente conscientes disso, porque em suas cartas pessoais, Voltaire dizia aberta e claramente que ele mentia, e que era preciso mentir sempre e sistematicamente como um diabo. Diderot também rachava o bico nas cartas pessoais dele contando das suas mentiras sobre a estória que ele inventou da monja que supostamente foi presa pela igreja católica num convento. Ele sabia que ela tinha as chaves e poderia sair de lá a hora que quisesse. Depois foi descoberto que durante a revolução, ela ficou no local para defender a igreja e acabou sendo morta pelos revolucionários. Mas acontece que todas essas coisas foram varridas para debaixo do tapete. Uma era que supostamente foi uma era iluminada, foi o oposto disso. Foi uma época em que surgiram diversas pseudo-ciências e teorias pseudo-científicas com base em doutrinas esotéricas e ocultistas como a teoria da evolução do próprio Darwin, que foi baseado em uma doutrina esotérica do tio-avô dele. E gente imbecil como certas pessoas do fórum ficam cagando regra sobre a autoridade da ciência; fé vs. religião; e toda essa baboseira que foi inventada durante aquele período. 8 – Sim, jênio, a questão do aborto gira justamente em torno da vida humana, e não da vida dos animais ou vegetais. Veja o ponto de debilidade mental do sujeito. Nesse parágrafo esta lançado as sementes da relativização da vida humana em comparação com a de animais e vegetais. Não vou entrar em detalhes sobre isso, mas qualquer frentista de posto iria dar risada de um sujeito que falasse isso para ele. 9 – Seguindo o raciocínio desse idiota até as últimas consequências, se o homicídio é lugar-comum na vida, deveríamos legalizar, já que ele acontece. Mas o que ele quis dizer mesmo foi que, “olha só homicídios são normais, acontecem; guerras também acontecem e ninguém fica chocado com isso, as criancinhas pobres também morrem de fome e ninguém fala nada, e por que toda essa polêmica em cima do aborto?” Primeiro, já há penas para o homicídio, e ninguém acredita que ele vá deixar de existir por haver a punição, o que não significa que ele deve deixar de ser punido. Segundo, as maiores guerras que a humanidade teve foram criadas por grupos políticos que basearam suas ideologias com elementos científicos. As guerras religiosas de todas as épocas da história da humanidade não chegaram perto da quantidade de pessoas mortas por regimes ateus em períodos de paz e guerra causadas por esses mesmos regimes. Segundo, ninguém acha que o aborto vai acabar só porque ele é punido criminalmente, mas isso não significa que ele deva ser liberado e deixar de ser punido, assim como no caso de homicídio. Vocês percebam que aqui nesse pedaço é possível distinguir uns traços de gnosticismo, de que a existência é um mal em si mesma, incognoscível e hostil (essa é uma experiência básica que gera várias doutrinas gnósticas, e que com o decorrer dos séculos culminou com a revolta contra a realidade e os movimentos de massa revolucionários); e que, abortando, estaríamos poupando seres humanos que viessem a existir de sofrerem. Essa experiência aparece para nós bem cedo em nossas vidas, mas para explicar isso eu tenho que falar rapidamente de outra coisa. Eu não sei ao certo se foram os escolásticos que disseram isso, mas o ser humano possui três níveis em que ele forma juízos acerca das coisas. O primeiro é o juízo da percepção sensível. Os órgãos sensoriais captam os dados sensíveis do universo (cor, paladar, cheiro, tato, som) e a partir deles eles formam um juízo do objeto ser totalmente agradável e totalmente desagradável (obviamente, estes sendo extremos opostos de uma escala). Poderíamos aprofundar a questão e discutir como o ser humano reconhece a unidade de um objeto por meio dos variados estímulos sensíveis que ele emite, uma vez que cada um deles é percebido por um órgão sensorial diferente e que é incomunicável com o objeto de percepção dos outros órgãos. Por exemplo, você vê um cachorro e ouve ele latir. Como você saberia que o cachorro que você está vendo é o mesmo cachorro que late? Você percebe a figura do cachorro com os olhos e o som que ele emite com os ouvidos, mas cada um desses dados captados são incomunicáveis entre si – o olho não pode captar o som, e o ouvido não pode captar uma imagem. A função que capta essa unidade dos objetos do mundo se chama imaginação. Não vou aprofundar aqui, talvez depois em outro tópico. O segundo nível de juízo da estimativa. Ele nos informa sobre presenças que não estão materialmente e presentemente corporificadas num objeto, mas que estão em iminência (ou latência) de acontecer, ou da utilidade que esses objetos podem ter com vistas a determinado fim prático, sem levar em consideração o juízo de agradável-desagradável da percepção sensorial. Como exemplo do juízo da estimativa, podemos citar o exemplo do copo e o do cachorro: quando você vê um copo bem num campo da mesa, você percebe que ele vai cair, mesmo que ele não tenha caído ainda; ou então quando você vê um cachorro vindo em sua direção rosnando, você percebe que ele está na iminência de te atacar, mesmo que não tenha atacado ainda. Como exemplo do juízo da utilidade é só pensarmos em uma ferramenta qualquer: ela não necessariamente é bonita ou agradável em nenhum aspecto sensorial, mas nos é útil para consertar as coisas. Aqui fazemos um juízo de útil ou não-útil, hostil ou não. Por último temos o juízo da inteligência, que se refere ao juízo que fazemos de bom ou mau acerca dos entes do ser, abstratamente. Os dois juízos anteriores se referem a objetos concretos e individuais. Aqui julgamos coisas como a amizade em abstrato. A amizade é boa ou má? A amizade em si é boa, pode ser que você tenha feito um julgamento errado e considerado algum inimigo como amigo. Enxergar é bom ou ruim? Enxergar só pode ser bom. Reparem que todos esses juízos dependem de uma relação entre sujeito e objeto. E que, ainda que em muitos casos, principalmente nos casos do juízo da percepção sensorial e da estimativa, muitas coisas vão ser relativas. No juízos da inteligência há coisas que são relativas também, mas mesmo assim há relações que são universais e imutáveis. Acontece que quando nós nascemos, nós imediatamente começamos a perceber o mundo a nossa volta, e imediatamente fazemos juízos sobre as coisas que nos rodeiam. Mas não possuímos nenhum conceito de bom ou mal, agradável ou desagradável, útil ou não, hostil ou não. Nós percebemos que nós existimos dentro de um universo que não depende de nós, e que existimos junto com outras coisas. Mas ainda que não tenhamos nenhum conceito na cabeça, nós jogamos todas as experiências que temos para a inteligência, e acabamos tendo uma noção de que existir pode ser bom (quando temos experiências agradáveis) ou ruim (quando temos experiências desagradáveis). E, obviamente, isso é errado, mas é uma confusão que todos os bebês, sem exceção fazem e pouquíssimas pessoas conseguem escapar disso durante a vida. Só para deixar claro, quando bebês, percebemos o existir e as coisas que nos afetam de uma maneira agradável ou não, mas por não termos conceitos formados em nossas cabeças, nós fazemos um juízo de inteligência sobre o existir em si. Só depois que percebemos que nem sempre o agradável é bom e o desagradável é ruim, e assim também com a descoberta dos conceitos dos outros juízos. Mas algumas pessoas acabam ficando presas nessa experiência inicial de que a existência em si é má, e isso é a origem de todo o gnosticismo. A existência em si não pode ser boa e nem má, no sentido do juízo da inteligência. Existir é indiferente. Mas em última análise, o existir em si só pode ser bom, porque algo que não existe não pode alcançar as coisas boas que existem. Logo, para você alcançar algo bom que exista, você precisa existir também. Enfim, viajei demais, mas deu para entender. 10 – Olha só, jegue, é realmente preciso dizer o que distingue um ser humano de um animal? Talvez você, por ser um animal, não consiga reconhecer a diferença entre um e outro, mas eu, como ser humano, consigo distinguir perfeitamente. O ser humano é o único ser no universo que tem a consciência da própria consciência e da eternidade, mesmo tendo uma vida limitada dentro dessa eternidade. E que, a causa final de existir do ser humano é exercer suas capacidades intelectuais e espirituais, a dos outros animais, não. Toda e qualquer transformação que ocorre no ser humano já está em sua substância e ela é impulsionada (não no sentido de estar lá empurrando, funcionaria mais como uma via de atração) por essa causa final. Aqui eu vou colar de novo o que eu escrevi sobre Aristóteles e o surgimento da vida humana: Continuando o artigo comentado... 11- Meu deus... ele não consegue nem distinguir que estamos falando do início de uma vida humana concreta no espaço e no tempo ao invés de um suposto surgimento da vida ou da existência como um todo (ou, filosoficamente, do ser). Sugiro o sujeito colocar um espermatozóide num prato e esperar nove meses e ver a evolução dele, ou até mesmo um espermatozóide dentro de um útero, sem ser fecundado com um óvulo. Eles, separadamente, não são nem seres humanos em potência, uma vez que não se desenvolvem espontaneamente, somente a partir do momento em que o óvulo é fertilizado, dando início a um processo que, se não sofrer interferências externas, vai invariavelmente resultar em um bebê. 12 – Ler 9, 10 e 11. 13 – Ler 9, 10, 11. Ainda, sugiro você deixar uma célula se auto-clonar. Ela sozinha e naturalmente não consegue fazer isso. E o próprio processo de clonagem necessita de um óvulo anuclear e de alguém que geste o embrião clonado depois do processo. A célula somática em si nunca vai gerar um clone. Porém, após ela ter sido artificialmente injetada em um óvulo anuclear, podemos sim falar em aborto. 14 – O óvulo em si e o espermatozóide em si não são seres humanos em potencial, uma vez que sozinhos e separados não se desenvolvem espontaneamente. E o único idiota aqui salvador de sêmens é você. Não acredito que nenhum ser humano normal faça as comparações entre espermatozóide e embrião fecundado que você faz. E, tecnicamente, aborto e homicídio são dois crimes diferentes, com penas diferentes, qualificadoras e desqualificadoras diferentes, majorantes e minorantes diferentes, IMBECIL! 15 – Nada a comentar, apenas que ele tenta relativizar e achar uma terceira via que não existe. Como dito no 4), os ‘pró-escolha’ argumentam justamente que a vida não se dá na concepção do feto e por isso a liberdade de escolha. Então, sim, só é possível duas posições nessa questão: ou você acha que o início da vida se dá na concepção, ou você diz que não e relativiza o aborto até determinado período com base em alguma das teorias “científicas” existentes sobre o início da vida. 16 – O ordenamento jurídico brasileiro não pune o aborto de gravidez advinda de estupro. Mas, seguindo nessa linha minha de raciocínio, sim, não há diferença entre um feto e outro. O que se poderia ser feito é a mãe não ser obrigada ao pátrio poder e não sofrer nenhuma sanção penal por isso. Sinceramente, não vejo como escapar disso. Já a questão vida da mãe vs. vida do feto, está em jogo duas vidas de duas pessoas distintas. Se algum bandido te pedir para escolher que seu pai ou sua mãe morra, como você vai decidir isso? Pois então, é a mesma coisa. 17 – Ele tenta pagar de isentão, falando que se houvesse políticas públicas de prevenções o aborto não seria necessário, e vejam mais uma vez, o germe do Eros e Civilização aí no meio. Educação sexual nas escolas. Kit gay. Revolução. Já vi esse filme antes. Não vou nem comentar a parte do aniversário e das astrologia, é muita idiotice em uma pessoa só. 18 – Eu realmente queria que você me mostrasse as fontes disso. Porque eu não acredito que nenhum filósofo escolástico cometeria um deslize desses, e se cometeu, foi por não ter o conhecimento descritivo-científico de todo o processo de fecundação, gestação e concepção do feto. 19 – Gostaria muito de saber como os antigos praticavam o aborto. Ademais, com toda a teoria Aristotélica de forma e matéria, substância e acidente, o sistema de categorias, a dialética e a física; e, ainda, com todo o material científico-descritivo do processo de fecundação, gestação e concepção do feto, é impossível de se chegar a qualquer conclusão diferente da que o próprio Aristóteles chegaria se tivesse todas essas informações novas em mãos – se é que, mesmo sem elas, ele não chegou. 20 – De novo, se eles realmente disseram isso, foi por não terem o conhecimento científico-descritivo do processo de gestação. Eu duvido que, tendo em mãos essas afirmações, eles não chegariam a uma conclusão diferente da minha. 21 – O resto já foi refutado anteriormente aqui nos pontos passados. Comparar a vida humana à animal, falar em homicídio no lugar de aborto, ficar explicando as teorias científicas e usar um caso que foi uma farsa...
  14. https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=1301252786558029&id=751020531581260
  15. Faaps argumentando com "suas próprias palavras": EM TEMPO, ainda estou aguardando refutarem:
  16. Estou esperando. Só de bônus: "[...]ele acaba se colocando, meio às tontas, a serviço da causa que mais nitidamente caracteriza a política do Anticristo sobre a Terra: investir o Estado de autoridade espiritual, restaurar o culto de César, banir deste mundo a liberdade interior que é o reino de Cristo. Essa causa é geralmente associada ao comunismo. Mas ela foi incorporada pelas três formas do Estado moderno: comunista, nazifascista e liberal. As três procuraram com igual afinco substituir-se à Igreja na condução espiritual dos povos: a primeira, pela violência física e psicológica, proibindo cultos, fuzilando religiosos, institucionalizando nas escolas o ensino do ateísmo, fechando templos, nomeando cardeais biônicos para ludibriar os poucos fiéis restantes. A segunda, de maneira ainda mais ostensiva, pelo culto obrigatório da Nação e do Estado. Mas o Estado liberal, que professa nominalmente a liberdade religiosa, é dos três o mais eficiente no combate à religião, como se vê pelo fato de que as massas, tendo conservado sua fé religiosa sob a opressão nazifascista e comunista, facilmente cedem ao apelo das “novas éticas” disseminadas pela indústria de espetáculos nas modernas democracias, e abandonam, junto com a religião, até mesmo os preceitos mais óbvios do direito natural: exercendo livremente seus “direitos humanos” sob a proteção do Estado democrático, as mulheres que praticam nos EUA um milhão e meio de abortos por ano logo terão superado as taxas de genocídio germano-soviéticas. Muito mais eficiente do que a tirania de Hitler e Stálin é o regime que, legalizando e protegendo todas as exigências tirânicas e autolátricas de cada ego humano, produz milhões de pequenos Stálins e Hitlers. De outro lado, compensando astuciosamente o desequilíbrio que a liberação desenfreada dos desejos poderia causar, o Estado neoliberal produz novos códigos repressivos que, descarregando a reação violenta do superego em alvos moralmente inócuos (o fumo, os beijos roubados, as cantadas de rua, o machismo, o vocabulário corrente, as piadas), dão um Ersatz de satisfação ao impulso natural da moralidade humana, impedindo-o de expressar-se numa condenação frontal de um estado de coisas marcado pela impostura obrigatória e universal. Uma sociedade, com efeito, que pune um olhar de desejo e dá proteção policial ao assassinato de bebês nos ventres das mães é, de fato, a mais requintada monstruosidade moral que a humanidade já conheceu. É claro, ademais, que o Estado neoliberal não faz isso por meios ditatoriais, mas com o apoio e até por exigência dos eleitores no pleno gozo de seu direito de exigir e legislar. Pairando acima de todos, sem nada impor, ele apenas regula sabiamente os conflitos de interesses, que, excitados até à exasperação pelo estímulo incessante ao espírito reivindicatório, só se tornam governáveis mediante o nivelamento por baixo, que termina pela instauração da moral invertida. É claro, ademais, que toda nova reivindicação resulta em novas leis, que cada nova lei resulta em nova extensão da burocracia governante, fiscal e judiciária, e que, assim, passo a passo, movido pela dialética infernal do reivindicacionismo, o Estado, sem deixar de ostentar o prestígio da lenda democrática, acaba por se imiscuir em todos os setores da vida humana, por regulamentar, fiscalizar e punir até mesmo olhares, risos e pensamentos. E, no instante em que regula a vida interior dos indivíduos, eis que o Estado neoliberal, enfim, cumpre à risca o programa hegeliano, instaurando-se como suprema autoridade espiritual, moral e religiosa, reinando sobre as almas e as consciências com o novo Decálogo dos direitos humanos e do politicamente correto. Beaux draps que constituem a essência da herança hegeliana." - Olavo de Carvalho - O jardim das Aflições, 3ª Edição Vide Editorial.
  17. Vale lembrar o relatório do fbi quea aponta que em torno de 75% dos crimes violentos relacionados ao tráfico de drogas nos estados unidos são cometidos por imigrantes ilegais.
  18. Esperando alguém debater no nível aristotélico. Nêgo enche a boca pra falar de ciência, mas não sabe porra nenhuma de história da ciência, filosofia da ciência, sociologia da ciência, método científico, camadas de significação de ciência, epistemologia... O pessoal, na real, só usa essa palavra pra pagar de sabichão e tentar manter uma pose de autoridade e de validade àquilo que falam - o que não é nenhum pouco perto de ser nem verossímil aos que argumentam a favor do aborto nesse tópico. Vide faaps, o rapaz que zoa os outros quando denunciam seus xingos, mas que quando é xingado não pensa duas vezes em denunciar - tanto que me denunciou logo depois de eu ter constatado fatos sobre suas capacidades morais e cognitivas. No mínimo isso mostra a natureza infantil da personalidade do sujeito e a falta de instrumentos cognitivos pra se refletir sobre a coerência da própria conduta, uma coisa muito simples, quem dirá discutir coisas com uma relevância como essa. Ah, já adianto pros abortistas, se forem tentar desqualificar Aristóteles, não usem da ciência, porque o método científico foi inventado por ele e até hoje nada de novo foi descoberto no campo. Vocês não podem impugnar a validade de um pressuposto a partir das consequências lógicas extraídas dele. Então botem essas cabecinhas de vento pra funcionar e inventem alguma coisa nova pra embasarem seus argumentos, se forem seguir nessa linha. Obrigado. De nada.
  19. ^ Um hipócrita mesmo. Pego no pulo do gato, tenta desconversar. Vamos lá, sabichão, refute com todo respeito Aristóteles. Brinde-nos com sua inenarrável inteligência e senso de moralidade.
  20. O faabs fica falando dos outros denunciando ele, mas ele mesmo vive denunciando os outros. Um bostinha mesmo. Todo mundo q lê o que eu escrevo vê q junto com o xingamento vem uma caralhada de coisas escritas, mas recentemente eu tomei gancho por esse sujeito ter ficado ofendidinho. Toma jeito, vacilão! Antes de zoar os outros por te denunciarem, lembra das vezes q vc não aguentou descer pro play e chamou o papai bronco pra te proteger de um xingo. @topic: Até agora não vi ninguém refutando Aristóteles, só discutindo pontos laterais e menos importantes. Teve até um sujeito liberotário q usou uma argumentação tão ridícula q eu me recuso a comentar mais sobre.
  21. danilorf

    Como Ser Alpha?

    E TEM MAIS!11111111111111111111111
  22. Cheio de querer!!!!!!!!!!!! De onde esse cara tirou isso? PQP...
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