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Tudo que danilorf postou
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O método científico, na verdade, já estava dado em Aristóteles. Mas, metafisicamente falando, ele também cria (do verbo crer) numa causa primeira.
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There are three kinds of lies: lies, damned lies, and statistics. Benjamin Disraeli
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Bom, há certo valores morais e princípios de justiça que não são dinâmicos, assim como alguns costumes do povo. O que acontece hoje no Brasil é´uma total inadequação da lei com a realidade social do povo; e, em consequência disso, o poder judiciário tentando usurpar o poder de legislar criando uma espécie de juristocracia no Brasil, chegando muitas vezes a deturpar completamente o sentido das leis para favorecer certos interesses mais velados (sim, o caso Bolsonaro entra aí). A legislação do Brasil é utópica, não tem base na realidade social do povo brasileiro, é imposta desde cima, quer regular as mais mínimas condutas e relações humanas, quer se intrometer em tudo, e por isso é de um tamanho grotesco. Por esses motivos que há o fenômeno generalizado de que a maioria das leis aqui não "pegam". É impossível saber sobre a existência de todas as leis que existem no país (e não me venha com o adágio de que "a ninguém será permitida a alegação do desconhecimento da lei"). As leis, em sua maioria, não são legitimadas pelo povo; e nem sequer são conhecidas. O sistema político do Brasil é uma piada. Tem uma palestra do Scruton que ele fala um pouco da legislação da Inglaterra que eu acho que cabe colocar aqui. Tem um pouco a ver tanto com o tema "liberdade" quanto ao tema "direito":
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Vou me ater a isso, o resto eu respondo depois. Parece que você não entende muito bem o conceito de propriedade, e analisa ele como um mero conceito lógico-formal, sem extrair todas as suas propriedades e acidentes necessários e possíveis que fazem ela [a propriedade] ser o que é. A propriedade implica na relação que uma pessoa tem com poder dispor de certo bem. Só que daí temos duas coisas a considerar: 1) ou a pessoa garante a posse desse bem por si mesma contra a expropriação por terceiros - que era mais ou menos a noção de propriedade do direito romano, ou 2) uma coletividade garante a posse do bem à essa pessoa. No caso 1, um indivíduo A, por ser mais forte, pode roubar o outro indivíduo B. Ou então, uma coletividade C, pode se unir pra roubar outra coletividade D. E disso podemos tirar que o que vale é a lei do mais forte. No caso 2, temos uma coletividade que garante a posse do bem, garantindo assim a sua propriedade para aquele indivíduo qualquer contra a agressão de qualquer coletividade ou indivíduo. Agora, o caso 1 implica em anarquia; e o PNA é uma coisa tão utópica quanto o socialismo, pois imaginar que todo mundo irá viver respeitando os outros é de uma idiotice fora do comum. E historicamente isso já é refutado. E o caso 2 implica que haverá alguma forma de organização social coletiva que irá garantir os bens de cada pessoa da coletividade individualmente. Então, a propriedade em si também não é princípio de organização de nenhuma sociedade, pois 1) ou você tem a anarquia e a lei do mais forte, ou 2) você tem uma certa ordem que delineia aquilo que é passível de ser propriedade de alguém e em que condições, assim como garante que os proprietários não sejam expropriados por terceiros. A questão não é nem moral nesse caso, a questão é de mera aplicação da lei - seja ela positivada, seja consuetudinária; seja ela justa, seja injusta.
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Sobre os bens públicos... Você realmente acredita que não exista bens públicos? Você já estudou alguma coisa de direito civil? Me diga, se pode existir uma coisa como um bem comum em um condomínio, por que não poderia existir um bem compartilhado por um número muito maior de pessoas? Um hall de um andar não é, de certa forma, um bem público dos moradores desse andar? Ou, supondo que o andar tenha 4 apartamentos, o hall será dividido em 4 partes iguais que serão correspondentes a cada um desses 4 apartamentos? SEM OR.
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O espaço que seria público na verdade é um espaço privado dos que controlam o aparato estatal? E quem controla o aparato estatal faz concessões às pessoas comuns para que elas possam frequentar e utilizar tais lugares? Você já estudou direito administrativo? Quem "controla" os espaços públicos não tem realmente plena liberdade de fazer o que quiser com eles, nem liberdade plena de fazer concessões a quem ele bem entender. Os "controladores" (ou, mais tecnicamente, a administração pública - que é ramo do poder executivo), só podem agir conforme a lei. Daí você pode dizer que isso também é utopia, visto a corrupção, troca de favores, lobby, etc. e etc. Sim, de fato há isso. Mas, primeiramente, quem decide como os controladores irão controlar o que é público não são os próprios controladores (que fazem parte do poder executivo), são os legisladores. Segundo, os legisladores são eleitos, e, em tese, são legitimados pelo povo para fazer essas leis. Terceiro, os legisladores também estão vinculados a um certo tipo de legislação superior - que seria a constituição -, e qualquer lei desviante desses princípios fundamentais, em tese, não deve ser aplicada pelo executivo. Caso for, o judiciário atua no sentido de extirpar essa norma viciada do sistema. Então, o "controlador" não tem tanta liberdade assim como você pensa. Ele deve agir conforme a lei, mas ele não é ele o criador da lei. Ele pode agir de maneira arbitrária, mas então há órgãos que irão puni-lo e retirar o seu poder de controle do espaço público. Quem faz a lei pode não fazer leis conforme os princípios constitucionais, e isso também pode ser remediado. Também os princípios constitucionais podem estar em desconformidade com os princípios "naturais" - digamos princípios divinos ou sobrenaturais, uma vez que são eternos - e os próprios legisladores podem não ser de fato legítimos para exercerem essa função, o que também pode ser resolvidos por outros meios. Eu acho que a maioria dos libertários são tão desconhecedores do que falam e reduzem tudo de uma maneira tosca a um conjunto de doutrinas assim como os socialistas comunistas. Os libertários partem da idéia de liberdade - que nem mesmo é princípio de nada, é apenas uma regra derivada - e tentam encaixar as situações mais complexas numa posição ideológica tomada de antemão. O libertário é o revolucionário de sinal trocado. PS: Longe de mim querer dar uma solução para o problema. Mas a coisa é muito mais complexa do que apenas dizer que é só aumentar a liberdade, cortar o imposto e foda-se o Estado.
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A "discussão" que tive com esse rapaz parou lá pela página 3, quando eu perguntei sobre a entropia e ele não soube responder. No mais, bjs me liga.
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Pior que eu vim um lesk doido se vestindo à maneira 2016 desse meme. Só que ele possuía um detalhe extra: a calça jeans dobrada até o meio da canela. Tinha umas tiazinhas no ponto de ônibus quando isso aconteceu que se olharam e começaram a dar aquela risadinha disfarçada.
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De facto, desculpe-me o lapso; estava eu a falar, mais especificamente, da 2º.
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Você já aprendeu a Lei da Termodinâmica pra vir aqui debater metafísica? - Parece que, quando eu fico fora alguns por alguns dias, mortos-vivos voltam de suas catacumbas para assombrar a população da seção off-topic com suas digníssimas postagens.
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Lembrei o que eu tinha ouvido sobre a possível existência de um exoterismo e esoterismo no Hinduísmo: como lá as pessoas são divididas por castas, as práticas espirituais dos Vedas só podem ser realizadas pela casta dos sacerdotes. As outras pessoas podem até assistir toda a cerimônia, mas não podem participar.
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E, vejam: todo esse processo de dissolução e dominação intelectual que acontece com uma civilização inteira, é também o mesmo processo que acontece biograficamente e individualmente com cada indivíduo das civilizações cristãs. O cara já nasce num meio em que a cultura cristã já está totalmente enfraquecida. Ele não compartilha do imaginário cristão na sua integralidade, só muito pouco e em pontos acidentais. Daí ele entra nessa coisa de materialismo e acha um sentido pra sua vida. Só que, depois de um tempo - e se o cara for inteligente -, ele vê que o materialismo incorporado nos movimentos revolucionários como o comunismo não é suficiente, não é algo que o satisfaz plenamente intelectualmente e espiritualmente. Logo depois ele descobre todo o lixo oriental: nova era, espiritismo e esse tipo de pseudo-religião. Por um momento aquilo o satisfaz mais do que o materialismo em que ele estava inserido, mas, se o sujeito for inteligente, ele logo acaba se sentindo insatisfeito com isso também e começa a procurar algo superior. Aí cai na mão do sujeito os livros do Guenón e dos perenialistas e ele vê toda a alta cultura genuína oriental ao seu dispor. Daí pra tariqa é um pulo. E é por isso também que, quem geralmente chega nesse ponto, são pessoas extremamente inteligentes; são as pessoas mais inteligentes do mundo; e elas passam a contribuir intelectualmente pra que esse processo continue ocorrendo. Não é coincidência que até mesmo muitos comunistas percorreram esse caminho. Teve um líder do partido comunista francês que de repente apareceu convertido ao Islã e todo mundo ficou sem entender nada. Mas geralmente o pessoal da Tariqa não assume publicamente a conversão.
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A relação entre o Islamismo e o Comunismo é meio ambígua. De fato houve a mão soviética no meio do terrorismo islâmico; tanto materialmente quanto intelectualmente - no caso de Qutb. E o próprio Comunismo é um dissolvente da cultura superior ocidental. E acontece também que o Comunismo acabou se tornando um movimento político global próprio, que se beneficia da dissolução da cultura cristã do ocidente. Só que o Comunismo nunca produziu e nem vai produzir uma obra intelectual do tamanho ou que chegue ao dedinho do pé do que produziram os perenialistas. E, por isso, se a coisa ficar feia mesmo, o projeto global que vai acabar ganhando vai ser o Islâmico. Mas o projeto Islâmico é muito mais antigo que o projeto Russo-Chinês. E querer comparar o projeto Islâmico com o projeto global ocidental incorporado na ONU é também uma piada.
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Primeiro veio o projeto de dominação intelectual do Ocidente - que é muito antigo-, que fica bem evidente com Guenón e Schuon; depois aconteceu com o Islã o mesmo que aconteceu com a teologia da libertação no Cristianismo: um sujeito publicou um livro chamado À sombra do alcorão - Sayyd Qutb. Então você tem, primeiro, toda uma civilização [a islâmica] que depois de um certo tempo se tornou decadente e uma sombra do que era, e que foi ultrapassada por muito pela civilização cristã e o advento da ciência. Depois há um certo rancor por parte de quem ficou para trás e começa um movimento intelectual para, primeiro, dissolver a cultura dessa civilização superior. Isso se dá pela introdução de elementos orientais nessa civilização estrangeira. Mas não são elementos da cultura superior autêntica das civilizações islâmicas, e sim subprodutos degenerados desta, que até mesmo os orientais sabem que é lixo. Espiritismo, Nova Era e todas essas porcarias estão dentro desse subproduto cultural. Também atuam como dissolventes da cultura superior ocidental o Materialismo e todo esse tipo de produção intelectual inferior que são da própria cultura ocidental. Quando esses elementos dissolventes já atuaram de maneira plena nas culturas cristãs, e essas civilizações já não têm acesso nem à sua produção intelectual anterior e nem à produção intelectual genuína oriental, aí começa-se a introdução desta [a produção intelectual oriental de fato] nas civilizações ocidentais que já estão desestruturadas. Não é mais o ocidente que busca se compreender a si mesmo e nem compreender o oriente com as suas próprias lentes, é o oriente que passa a determinar a própria compreensão do ocidente e do oriente por si mesmo. Esse foi o papel de Guenón e Schuon. A dominação intelectual do ocidente pelo oriente já se deu faz muito tempo. Daí para a dominação política é que nem roubar doce de criança. E, fosse pelo Qutb ou não, independente dessa ou daquela forma de dominação política - que no Islã se dá por meio da imigração em massa e ocupação de territórios -, o ocidente seria/será (ou não?) dominado.
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A estrutura metafísica das religiões como o Islam, o Judaísmo, Cristianismo e Hinduísmo é a mesma. A existência de algo divino que possibilita a existência de tudo o mais é simplesmente a estrutura da realidade. Agora, as religiões em si são diferentes umas das outras. No Islam, por exemplo, não há uma relação direta do fiel com Allah como se dá no Cristianismo e no Judaísmo; além de ser uma religião que possui uma forte característica exotérica, que seria a parte mais superficial da religião e que é o culto para as massas, e esotérica, que é a prática espiritual e mística que se dá nas turuq. A sharia em si - que é principalmente um código ordenador de condutas - é o que agrega o islâmico na comunidade muçulmana, e isso por si só já garante, no contexto islâmico, a sua salvação; não há nela uma prática espiritual profunda como se dá nas tariqas. No Hinduísmo não existe essa separação, o que eu não posso explicar direito ainda. No Judaísmo as sociedades esotéricas também não têm a mesma natureza do que têm as tariqas. Valem para eles a lei de Moisés, e são os próprios Rabinos que ensinam a Kaballah. No Islam, esse acúmulo de funções - chefe da ortodoxia e chefe do esoterismo - não é obrigatório, e, na maioria das vezes, também não é o que acontece. E no Cristianismo muito menos: os sacramentos que são dados nas Igrejas, que não tem nada de esotéricos, são a prática espiritual e mística da religião. Além disso, Jesus nunca escondeu seus ensinamentos de ninguém, nem nunca deu ensinamentos que fossem de ordem exclusiva de seitas esotéricas e coisas do tipo - aliás, as notícias de seitas esotéricas Cristãs só são de muitos séculos depois da morte de Jesus. Outra diferença fundamental do Cristianismo para com todas as religiões é que somente nele o Logos universal encarnou na forma humana, tornando essa a religião dos milagres - que não acontecem em nenhuma outra. Quando se fala na religião dos milagres, isso se dá num nível bem mais profundo do que o costumam empregar; o Cristianismo nasceu de um milagre, foi por meio de milagres que Jesus ensinou as pessoas e ganhou seguidores, e a própria história da religião é contada com base em uma sucessão de milagres. Toda a doutrina posterior que veio a ser construída, só o foi depois desses milagres.
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O cético é o que duvida até da dúvida dele; chega ao ponto de duvidar se ele mesmo existe ou não. Volte nas páginas iniciais desse tópico que você vai ver essa posição incorporada na pessoa do Faaps. O ceticismo é, digamos, o MOBRAL da filosofia.
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Nova versão do fórum - Reclame aqui!
danilorf respondeu ao tópico de Hipertrofia.org em Funcionamento do fórum
^ Mesmo problema aqui. -
Nova versão do fórum - Reclame aqui!
danilorf respondeu ao tópico de Hipertrofia.org em Funcionamento do fórum
^ Mesmo problema aqui. -
"punhetão sinistro"
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"Founded in 1540, the Society of Jesus was viewed for centuries as an impediment to the development of modern science. The Jesuit educational system was deemed conservative and antithetical to creative thought, while the Order and its members were blamed by Galileo, Descartes, and their disciples for virtually every proceeding against the new science. No wonder a consensus emerged that little reason existed for historians to take Jesuit science seriously.Only during the past two decades have scholars begun to question this received view of the Jesuit role in the Scientific Revolution, and this book contributes significantly to that reassessment. Focusing on the institutional setting of Jesuit science, the contributors take a new and broader look at the overall intellectual environment of the Collegio Romano and other Jesuit colleges to see how Jesuit scholars taught and worked, to examine the context of the Jesuit response to the new philosophies, and to chart the Jesuits' scientific contributions. Their conclusions indicate that Jesuit practitioners were indeed instrumental in elevating the status of mathematics and in stressing the importance of experimental science; yet, at the same time, the Jesuits were members of a religious order with a clearly defined apostolic mission. Understanding both the contributions of Jesuit practitioners and the constraints under which they worked helps us to gain a clearer and more complete perspective on the emergence of the scientific worldview." Professor of History B.A., Hebrew University of Jerusalem, 1972; M.A., 1976; D.Phil., University of Oxford, 1980. Visiting Associate Professor, Caltech, 1994. Professor, 2002-.
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Brasileiros comem poucas frutas, verduras e legumes, aponta estudo
danilorf respondeu ao tópico de Torf em Dieta e suplementação
Praticamente nunca comi nenhum tipo de fruta, verduras e legumes durante toda minha vida e meus exames de sangue sempre apontam para índices melhores do que o de muita gente da geração saúde comedora de folhas. E olha que não foi nem por falta de tentativa isso, mas tenho algum bloqueio muito forte em relação a esse tipo de comida.