Supino_RS

Entre 12 a 6 anos atrás eu lia muitos livros sobre treinamento, biomecânica, fisiologia e nutrição. Mas o tempo foi ficando curto e deixei de estudar esses temas. Atualmente apenas jogo umas palavras chave no web of science esporadicamente, pra ver se anda rolando algum artigo interessante (artigo mesmo, não esses textinhos pretensiosos de gurus, cheios de equívocos). Porém, tenho a sensação de que os russos já fizeram o principal do que precisava ser feito no tocante à força. Inovações, se surgirem, estarão mais ligadas à tecnologia, fármacos, síntese de novos compostos estimulantes e anabólicos. Saiu o gabarito do porquê a IPF ser a melhor federação de Powerlifting:

Evolução do Candito de 2011 pra cá. Em torno de 50 kg por ano. Considerando a mobilidade dele e técnica excelente, acho possível ser realmente drug free.

Petkov tava suspenso por doping na IPF por 2 anos desde o final de 2012. Com essa competição por outra federação agora será banido all life. Uma pena. Era um atleta muito promissor para duelar com o mito Olech nos próximos mundiais.

Sim, na verdade já vinha tentando modificar a maioria das coisas que o Nuno comentou há alguns meses, com exceção de forçar a lateral dos pés pra fora, mas meu quadril é muito preso, e tenho dificuldade imensa em ficar na posição. Creio que será preciso no mínimo uns 12 meses para melhorar efetivamente a execução. Tomara que cada milímetro de aproximação pélvica e afastamento de joelhos se convertam em peso na barra, e ao final desse tempo estimado de aprimoramento técnico a máxima esteja acima de 240 kg, pelo menos.

Achei os lits do Igor excelentes. Mais de 320 pontos com 17 anos e drug free é espetacular. O pequeno detalhe no terra é facilmente corrigível. Tomara que ele siga treinando pelos próximos anos e desenvolva esse notório talento que tem para o Powerlifting.

O que o Ben Rice faz não é um erro para viabilizar maiores cargas. É uma execução quase perfeita para o biotipo dele. Esse papinho de agachar com tronco o mais vertical possível é uma das asneiras que mais ouço na academia. Para quem tem tronco longo com relação ao fêmur pode até ser interessante, mas para atletas de tronco curto e fêmur longo, a inclinação é uma vantagem mecânica evidente. Tentar mudar isso além de estragar a execução, iria arregaçar os joelhos dos atletas que possuem esse biotipo de "terreiro" (percebo que eles possuem o terra como carro chefe, também pelas suas particularidades biomecânicas, obviamente).

Há 12 anos eu teria certeza que um cara com as cargas do Hellgod certamente usava drogas. Lembro de ver o pessoal com supinos de 160 kg e pensar: "pqp! Pra chegar nesse nível só com aditivos." Hoje, vejo como estava enganado e ignorava uma infinidade de outros fatores que hj parecem tão óbvios. Não sei há quanto tempo o Candito agacha, mas com certeza tem centenas ou mesmo milhares de horas praticando, pra ter chegado naquela forma. Sobre o aumento de wilks, se trata apenas de resultados em competição, não se sabe o quanto ele poderia já ter feito, na época do meet ruim, caso os possíveis contratempos aventados não tivessem ocorrido. O que torna tão difícil passar de 400 pontos é, principalmente, a falta de treino. E não basta ser qualquer treino, tem de ser algo pensado, periodizado, bem orientado e individualizado. Dedicar muitas horas a isso não é pra qualquer um. E sem dedicar MUITAS horas ao treinamento, durante anos, um natural não vai chegar ao wilks do Candito. É um caminho longo, lento, cheio de empecilhos, que 99% das pessoas não possui sequer a disposição para tentar traçar.

Mas podem haver outros fatores envolvidos nesse pequeno salto, meet 1 ruim e 2 ótimo, devido à alimentação, perda errada de peso, erro técnico em alguma pedida decisiva, etc. Não dá pra ter certeza de nada. Realmente 445 pontos parece algo impossível para um natural, mas quem sabe para alguém muito dedicado, com anos de treino, poucas lesões, técnica apurada, alimentação e descanso perfeitos, talvez seja algo alcançável.

Já tá há quanto tempo usando as duas pausas, Hellgod? Vem sentindo algum ganho? Eu terminei minha periodização com uns 30% dos bp usando 2 pausas e foi sensacional. Nunca foi tão fácil e natural a parte baixa do lift. Amanhã vou testar máximas e espero que o conforto da execução seja refletido num PR, hahha. Próxima periodização vou incrementar com os supinos ucranianos de 3 pausas. (qualquer hora o negócio vai ficar um gesto todo segmentado, com 15 pausas na descida e outras 20 na subida, pqp).

Eu faria front squat no lugar de afundos.

Sobre esses treinos, concordo com o que escreveu o portownz. Treino bom para mim, deve ter mais de 100 reps/sem para cada lift na intensidade média mais elevada que não comprometa a recuperação para as semanas seguintes, pro meu caso, a média sempre cai entre 68-74 % (séries girando de 50 a 85 %, com treinos acima de 90 % somente longe das competições ou testes de máximas). Sobre as competições no RS, como já foi comentado, realmente existem muitos problemas. Porém, creio que devemos ser otimistas e valorizar certos avanços que vem ocorrendo nos últimos tempos. O Rafa Crestani me parece estar afim de melhorar algumas coisas que eram críticas há uns 5 anos, como valorizar os melhores atletas com prêmios por wilks, ser mais rigoroso com alguns detalhes da conduta esportiva (no último campeonato em Veranópolis, por exemplo, foi proibida a presença no tablado de treinadores durante as tentativas dos atletas, parece básico, mas é algo que não lembro de ter sido cuidado antes, e teve levantamento invalidado pq um treinador n seguiu a orientação, logo a coisa está sendo levada a sério), anilhas calibradas (parece brincadeira, mas há alguns anos eram feitas competições com anilhas entre 18 e 19 kg, e foi nesses mesmos campeonatos que saíram alguns supinos famosos de 300 e tantos kg, não levem esses números a sério), desde ano passado o Rafa vem implementando o uso cuidadoso apenas de anilhas calibradas, apesar de algumas reclamações e número elevadíssimo de atletas bombando pela surpresa, a tendência creio ser de cada vez mais usarem equipamentos adequados e o ambiente e confraternização entre os atletas em geral é excelente, especialmente entre as equipes do interior. Resumindo, o panorama está melhorando. Acho muito onerosa uma viagem para SP visando competir sob o padrão ouro da IPF ou ANF, então, ao menos por enquanto, o que temos são essas competições que, apesar de ainda não estarem no formato ideal, ao menos estão caminhando na direção certa.

Jamais! hahhaahh

Manteve os ganhos e fazia/faz uma infinidade de outras coisas. Ele treina 2x por dia, todos os dias, inclusive aos domingos. Tem semanas que faz dl dias consecutivos, acima dos 250 kg. É um dos caras com treino mais frequente e volumoso que já conheci, e obviamente um dos que obtém os melhores resultados e evolui acima da média.

Início do ano estourei alguma coisa na lombar durante a 4ª semana do Smolov. Foram 3 dias sem conseguir levantar da cama. Agora adaptei a progressão dele ao volume do Sheiko e espacei os treinos pesados. Está sendo uma maravilha. Hellgod, um amigo (Cadu, tlvz vc conheça pelo fb tb) usou recentemente o Smolov pra supino. Se não me engano, o aumento da RM dele foi de 120 > 140 em 3 semanas. Pretendo testar tb, em breve.

Sobre o total, o meu é esse 566@82 com faixas, atualmente.

E o melhor é que geral na academia curte bizarrices como hack invertido, agachamento guiado em máquinas, leg press, supino em máquinas, voador, então a área sagrada dos básicos fica sempre disponível. hahahhah

Sempre sai assim. Verdade. Apesar de lá não ter chegado tão perto da falha como agora, com certeza houve uma boa evolução nesses 7 meses.

PR's do primeiro semestre meus e do Guilherme. Ele já validou 100 kg no BP mas não tem vídeo, aí foi esse de 90 kg mesmo. Ele compete na 93/90 Sub-junior e eu 83/82,5 open. Ambos all life drug free. Tem outros integrantes da equipe chegando nos 300 de terra já, espero postar novos PR's ainda esse ano.

Esses tempos um conhecido me pediu "dicas" pra aprimorar o treino. Sugeri sq/bp/dl, remadas, barra fixa e paralelas, com várias séries e intensidade moderada, sem as repugnantes falhas. Em 2 semanas vi ele fazendo umas roscas bíceps, perguntei o que aconteceu e ele mandou na cara dura: "aquele treino que tu sugeriu não tava dando resultado." rsrrsrrsrs, na moral, que se foda essa geração ignorante.

Só sei que se a decadência que venho observando nas academias pelos últimos 12 anos continuar nesse ritmo, as futuras gerações estarão condenadas a não ter um local para treinar de verdade. 99,9% das academias vai se resumir a esse tipo de gente, com essa cultura lixo, superficial, boçal e ridícula.

Sobre o BP, IPF rules ou com 2 pausas e tb fechei um pouco a pegada (coisa de 1 cm, mas continua bem aberta), aparentemente, com uns 80% ficou mais fácil. Talvez tente a próxima tentativa de PR com essa pegada.

Esse debate sobre simplicidade, diferentes métodos, escolas russa ou americana, é muito interessante. Um dos argumentos que mais gosto na filosofia do Sheiko é o de que o Powerlifting é um esporte essencialmente de "skill", e quanto mais vezes o gesto competitivo for realizado, melhor o desenvolvimento da coordenação neural, principal fator nos esportes de skill. Desta peculiaridade, que resulta nos treinos extremamente volumosos do leste europeu, é que acredito surgir a superioridade deles frente aos demais países que, em geral, fazem treinos menos volumosos e provavelmente mais intensos. Porém, não tiro o mérito de outras abordagens. Inclusive, foi com WSB que elevei meu supino há alguns anos a um patamar que hoje, com treinos de volume, não consigo repetir os ganhos de incremento % daquela época. Enfim, Powerlifting é um esporte extremamente complexo para se encontrar um método de treinamento maximizado. Em muitos casos, anos de experimentação podem não ser suficientes para se estabelecer um protocolo ótimo para determinado atleta.

https://www.youtube.com/watch?v=9Z0QNWYhLJE 395@89,9 kgs RAW 326@178,9 kgs RAW

Para todos os atletas que vi o Sheiko orientar no site dele, e que supinavam com pegada fechada como a que vc vem usando, a recomendação foi: abra a pegada, especialmente se tiver braços longos. Esta pode ser a principal mudança num primeiro momento.

Esse não é, mas já tive uma fratura parecida com essa e coloquei a imagem em homenagem. hahahh, pior q estava de All Star mesmo.