Cara, eu vejo da seguinte forma...
É fato que, com certeza, o processo digestivo de uma refeição enorme não durará apenas poucas horas. Porém, a parte do processo digestivo onde há o predomínio das ações enzimáticas não será tão demorado. A PREDOMINÂNCIA (eu falei predominância, não totalidade) dessa ação enzimática será nessas primeiras horas, quando o bolo alimentar passar pelo estomago e, posteriormente pelo duodeno. Assim, considerando-se todo o processo digestório, a coisa demora (até a formação das fezes e a eliminação), porém a "parte inicial", onde predominará a atividade enzimática, se dará PREDOMINANTEMENTE nas primeiras horas. O restante daquela refeição que não foi aproveitada logo, nutrirá muito pouco o organismo, no meu ponto de vista. Afinal, o bolo alimentar não ficará estático em pontos do tubo digestório por muito tempo. A maior evidência disso é a fome e as suas consequências fisiológicas (neural e hormonalmente falando). Claro que a atividade gástrica será mais demorada, já que o bolo alimentar foi muito volumoso, porém não tão prolongada ao ponto de fazer com que todos aqueles nutrientes sejam plenamente absorvidos.
Quanto à sequência da digestão, a que primeiro começa são a dos carbos, pela ptialina (presente na saliva), porém a ação dessa enzima não é tão relevante; ela atua no amido (polissacarídeo). No estômago (meio ácido) predomina a ação enzimática das proteases (pepsina), que digerem proteínas. No duodeno, a digestão é amplificada, com a ação de algumas proteases, além de lipases e de carboidrases (como as dissacarases). Vendo dessa forma, a ação enzimática começa pra valer no estômago, com o início da digestão das proteínas, mas quanto à absorção dos nutrientes, não sei te dizer se existe alguma sequência. acredito que se dá de forma simultânea mesmo.
Aless
o meu post acima também dá o meu ponto de vista sobre o seu questionamento.
Em especial, a parte superior (antes da linha pulada).
um resumo de um estudo realizado pela a International Society of Sport Nutrition sobre o assunto.
Alguns pontos (como o 2) aponta uma boa vantagem da boa distribuição calórica. Por isso, no meu ponto de vista essa distribuição é uma ótima estratégia anticatabólica.
Como eu pensava, o ponto 1 aponta que, para sedentários, o que deve ser levado em conta quase que exclusivamente é o saldo calórico (como para eles não há a necessidade extrema de recuperação de miócitos, o fator catabólico não é relevante).
Já o ponto 4 contraria a minha opinião sobre a taxa metabólica basal.
O RESUMO:
Abstract
"Position Statement: Admittedly, research to date examining the physiological effects of meal frequency in humans is somewhat limited. More specifically, data that has specifically examined the impact of meal frequency on body composition, training adaptations, and performance in physically active individuals and athletes is scant. Until more research is available in the physically active and athletic populations, definitive conclusions cannot be made. However, within the confines of the current scientific literature, we assert that:
1. Increasing meal frequency does not appear to favorably change body composition in sedentary populations.
2. If protein levels are adequate, increasing meal frequency during periods of hypoenergetic dieting may preserve lean body mass in athletic populations.
3. Increased meal frequency appears to have a positive effect on various blood markers of health, particularly LDL cholesterol, total cholesterol, and insulin.
4. Increased meal frequency does not appear to significantly enhance diet induced thermogenesis, total energy expenditure or resting metabolic rate.
5. Increasing meal frequency appears to help decrease hunger and improve appetite control.
The following literature review has been prepared by the authors in support of the aforementioned position statement."
Estudo na íntegra:
http://www.jissn.com/content/pdf/1550-2783-8-4.pdf
(não acompanhei o tópico por completo. Se alguém já postou tal estudo, desculpem-me)