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FabricioZanchetta

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Tudo que FabricioZanchetta postou

  1. Born, só tem um equívoco no seu carb-load pra prova. Usar fruta (banana). A frutose só pode ser metabolizada pelo fígado, significa que ao ingerir a banana, a frutose dela vai ser metabolizada pelo fígado virando glicogênio hepático, e então durante o exercício será liberada para os tecidos pela corrente sanguínea. Acontece que ao utilizar alimentos com glicose como produto final, o glicogênio que você reestoca, é o muscular, que já está no músculo com disponibilidade imediata. No músculo o glicogênio não é degradado a glicose, vai apenas a piruvato e então gerando energia no próprio músculo. No glicogênio hepático, ele precisa ser liberado na corrente sanguínea para então ser utilizado. Dadas as vias metabólicas, consumir a frutose antes da atividade não é interessante, pois não afeta o glicogênio muscular, que é de maior necessidade para as provas. Alguns suplementos de carb-gel tem um percentual de frutose, pois o atleta repõe a glicose pra manter a glicemia estável, e ao mesmo tempo o fígado sintetiza glicogênio pra liberação tardia. Se lembro bem, tu corre 5km pra menos de 25 minutos, e 10km pra menos de 1h. Então pra uma prova de 5km a frutose é totalmente desprezível pra você, na de 10km pode fazer diferença, mas pouca. Além do mais, algumas frutas acabam por sedimentas outros nutrientes no trato gastro intestinal, como descreveu a própria Academia Canadense de Nutrição Esportiva ao banir a recomendação de frutas pré-treino: http://www.caasn.com/blog/103-banned-fruits-before-exercise-blog
  2. Pra quem não tá lá no seminário: http://instagram.com/p/yzT8osRZUi/ http://instagram.com/p/yzSSJuCmq9/ http://instagram.com/p/yzQ_tnDHFC/ http://instagram.com/p/yzQKNEsvQt/
  3. Quero ver se esses agachos tão dando resultado
  4. Que link o que, comprei.
  5. O Alan Aragon tem uma apresentação em ppt "debulkiando" a paleo. Teve um meet de 3 médicos em um programa americano, um era defensor da paleo, o outro era defensor vegan e o outro era o Mark Hyman, que é "pegan" http://www.mindbodygreen.com/0-14166/is-it-better-to-eat-paleo-or-vegan-dr-mark-hyman-explains.html
  6. Como tu conseguiu isso? o.O
  7. Então, o corpo se regular, é procurar a homeostase. A menos que o déficit calórico seja muito grande, a ponto de não ser capaz de manter nem mesmo metade do metabolismo basal. Nesse caso o indivíduo entrará em estado de desnutrição e não espera-se que viva muito tempo. Essa homeostase inclui perda de massa muscular. Afinal, o ser humano não é feito pra carregar montanhas de músculo e nada de tecido adiposo. É sempre em um equilíbrio. Apenas com drogas é possível alterar essa homeostase, ou melhor, forçar uma nova homeostase. Então se você perdeu 15kg com low-carb tendo feito um déficit calórico, mesmo que fosse obeso, certamente perdeu um pouco de massa muscular, mas que o corpo não julgou mais necessário pra manter o peso atingido de acordo com o novo metabolismo estabelecido, mesmo com a rotina de exercícios. De uma maneira mais grosseira, é basicamente isso. Pra instigar a discussão: Low-carb protein diet causes muscles to grow without training http://www.ergo-log.com/lowcarbwithouttraining.html Ainda não li, mas os mecanismos são os mesmos do jejum, que inclusive já dei palestra sobre.
  8. Terminei de pegar agora. Não comecei a ler e nem ver os vídeos ainda. Só vim causar invejinha. Tu sumiu, cara. Gostava das tuas contribuições.
  9. Não é bem assim. Eu canso de dizer que, em fisiologia nada é óbvio, tudo depende. Repito: em fisiologia nada é óbvio, tudo depende. O principal fator responsável por levar a degradação das proteínas do tecido muscular para que sejam utilizados como energia são os hormônios que regulam o próprio metabolismo. Esses hormônios são regulados tanto pelo exercício físico quanto pela resposta metabólica dos alimentos. Se o indivíduo passar a comer menos, principalmente de proteínas, parar de utilizar os músculos para estimular a produção de tais hormônios, aí sim o indivíduo vai perder massa muscular. Mas veja bem, se ele fizer isso, se o déficit calórico for muito inferior, se ele negligenciar proteínas, se ele parar de se exercitar. É o contexto que vai levar a proteólise. E quando falo contexto, é a soma de diversos fatores. Teste feito com ciclistas em restrição calórica e jejum (3 semanas), não houve perda de massa muscular. Tudo bem, foram apenas 3 semanas, mas é o único artigo que tenho aqui em mãos pra referenciar agora: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19197210 (Não consegui o link pro artigo inteiro pra postar aqui, tenho ele no pc se alguém quiser) Aliás, no próprio estudo que o cara citou ali no meio fala que a perda de peso é 25:75, e não 60:40 como o autor do post colocou: "Several studies have shown that with the use of VLCD, the LBM:fat-mass ratio of the lost mass is approximately 25:75 (7)." No mesmo parágrafo, antes disso ele ainda diz que 50g de proteína são suficientes pra manter a massa muscular: "Through the provision of enough protein (minimal 50g) lean body mass (LBM) is preserved in a way that is comparable with LCDs." http://lib.gen.in/ocean/b206501ce2ec96c1c234eaf991494330/saris2001.pdf
  10. Chorem, suas putinhas
  11. Olha só, o que eu expliquei ali de eficiência do combustível, tá na tabela III no estudo: Olha a diferença de quantidade de corpos cetônicos é utilizada em relação a glicose, medidos por C2.
  12. Então, o artigo da discussão ali é sobre capacidade cognitiva. Na massa muscular a geração de energia pela glicose é inferior a uma molécula de ácido graxo, afinal, o ácido graxo tem pra lá de 16 carbonos contra 6 da glicose. Mas a glicose é metabolizada muito mais rápido. Se ácidos graxos geram 9cal e a glicose 4cal, o combustível mais econômico é a gordura. Pensa que pra produzir 36cal você utilizou 4g de ácidos graxos e 9g de glicose. Usou muito mais glicose pra gerar a mesma quantidade de energia. Por isso que em repouso utilizamos principalmente a gordura corporal pra produzir a energia do metabolismo basal, porque eu utilizo menos massa pra gerar mais energia. Não entendo muito de veículos motorizados, mas vou tentar fazer uma analogia aqui. O álcool tem uma octanagem superior a da gasolina. Significa que a potência gerada pela octanagem do álcool é maior que a da gasolina, mas no entanto a gasolina torna o motor mais eficiente em termos de gasto. Pra cada litro de álcool o carro faz 10km/L, com a gasolina ele faz 14km/L. Mas a força gerada com o álcool é maior. (Se eu confundi aqui na analogia alguém corrige, por favor.) O princípio de glicose/ácido graxo é o mesmo. A glicose fornece energia muito mais rápido que os ácidos graxos, mesmo que os ácidos graxos forneçam mais energia. Por isso que quando começamos a fazer exercício, quanto maior for a intensidade, mais glicose eu utilizo, porque os ácidos graxos não conseguem ser metabolizados pra fornecer energia na mesma velocidade que a glicose. Lembra, a glicose tem a via aeróbica, que é a mesma via que os ácidos graxos tomam, entrando na mitocôndria e indo pra cadeia respiratória, e tem a via anaeróbica, onde ela gera energia a partir da produção de lactato, rota ausente pros ácidos graxos. Por isso na discussão sobre corrida com o Born4Run comentei que, se for pra correr até uns 70%, low-carb vai dar conta, mas se ele for um atleta de tiro pra correr 100m, ele vai correr em uma intensidade tão alta que a glicose vai ser o principal combustível, nesse caso low-carb fica pra trás. Eu acho que tenho algumas tabelas e gráficos dessas comparações, se achar posto aqui depois. Se eu entendi errado a tua pergunta esclarece aí, porque agora comecei a pensar que tu possa estar questionando sobre perda de massa muscular, que daí não tem nada a ver com o que eu expliquei, rs.
  13. Porra, facilitou muito, rs. Aqui tá o paper completo: http://lib.gen.in/ocean/916fbc0abcc67224b2e8ae096d9c910e/edmond1987.pdf Não li o paper, mas li o abstract e agora dá pra explicar. O que foi mensurado é que aquelas quantidades de cada metabólito gerava 14 CO2, ou seja, pra mesma produção de energia mensurada via CO2, precisava de cada uma das quantidades descritas dos metabólitos. glicose, corpos cetônicos, ácidos graxos e outros intermediários. A oxidação pra corpos cetônicos era de 7-9 vezes maior que a da glicose. Isso significa que eu precisava oxidar 7-9 vezes mais corpos cetônicos que glicose, pra gerar a mesma quantidade de 14CO2 que a glicose gerava, ou seja, 1 de glicose pra 7-9 de corpos cetônicos pra gerar o mesmo trabalho (14 CO2). Isso mostra que a glicose consegue gerar muito mais trabalho do que os corpos cetônicos nos astrócitos. (O que não é novidade) Mas isso também ajuda a explicar porque low-carb ajuda a perder peso rápido, afinal, eu preciso oxidar as gorduras armazenadas (triglicerídeos) pra liberar os ácidos graxos e gerar os corpos cetônicos. Mas pra manter a alta atividade eu oxido muito mais ácido graxo, portanto, mais gordura é mobilizada pra fornecer energia pro sistema nervoso central. Levando a uma depleção maior dos estoques de gordura.
  14. 4 CO2 é a quantidade de gás carbônico mensurado. Testes pra medir o consumo calórico basal do indivíduo são feitos por calorimetria indireta (medindo consumo de O2 e quando expira de CO2). O [1-14C] deve estar descrito no início do artigo, caso não, significa concentração com 1-14 átomos de carbono na molécula. É possível ver pelas vias metabólicas de onde deriva determinado CO2, mas nunca fui a fundo pra saber se é possível calcular a partir do total onde é produzido cada porcentagem. As demais moléculas é o mesmo esquema [16-14C] 16-14 átomos de carbono. Piruvato desidrogenase e 3-oxoácido-CoA transferase são enzimas. Só por essa parte aí não dá pra falar mais do que isso, porque não sei em qual contexto isso tá. No geral, pra mensurar algo, é necessário avaliar através de marcadores bioquímicos, proteínas/enzimas, intermediários, etc. Mas no estudo eles tem que dar o nome, e é mais ou menos o que acontece nisso aí, eles descrevem exatamente os metabólitos envolvidos no que foi analisado. Manda o paper aí que talvez melhore a minha compreensão e eu possa esclarecer um pouco mais. Essa confusão é bastante comum, e até mesmo diversos profissionais falham nessa interpretação. Alguns se quer entendem a metodologia e apenas ficam com parte dos resultados e a conclusão, não sendo capazes de avaliar a qualidade do estudo a partir da metodologia. Existem metodologias muito boas, mas também existem metodologias muito ruins. Algumas tornam o artigo até mesmo descartável, mas se a pessoa não souber avaliar, de nada adianta.
  15. Tem umas referências em nutrição pra grama por kilo pra cada nutriente. Mas eu e diversos nutricionistas achamos uma grande besteira. Como postei pro Born4Run ali atrás, um documentário de atletas experimentando low-carb pra esportes de endurance e aparentemente funcionando bem pra eles. Os estudos com humanos não conseguem controlar muitas variáveis, isso dá muita margem pra erro de interpretação quando se fala de contextos diferentes.
  16. Acontece que o sistema nervoso central é extremamente ávido por glicose, isso faz com que a glicose seja muito bem aproveitada por ele. Então o indivíduo que consome mais carboidratos pode ter uma atividade neural mais eficiente. Atletas de levantamento de peso consomem muito carboidrato por isso, pois o esporte é mais neural do que muscular propriamente dito. É pela mesma razão que consumir um suplemento a base de glicose intra treino melhora a atividade neural, dá aquela lucidez. Se o seu trabalho mental é extenuante, naturalmente você utiliza mais glicose pra manter essa cognição em melhor desempenho. Do contrário, na falta de glicose as capacidades cognitivas passam a não ter o mesmo desempenho de quando submetido a bons níveis de glicose. Em fim de semana de aula da pós eu aumento o consumo de carboidratos em função disso, como tenho aula das 8h às 18h, acaba cansando um pouco a cabeça, e mesmo consumindo um pouco mais de carboidratos, ao final do dia é comum estar até com um pouco de dor de cabeça. Resultado de uma fadiga central por forçar um trabalho mental a níveis extenuantes sem ter um nível de glicose elevado pra manter essa atividade. Então se o seu trabalho exige raciocínio rápido e maior desempenho das capacidades cognitivas em geral, naturalmente a dieta muito baixa em carboidratos vai afetar esse desempenho. Não que você não consiga realizar o trabalho, apenas não terá as mesmas velocidades de raciocínio.
  17. "Até na China"...
  18. Já parou pra pensar que talvez o problema não sejam os glúteos e sim os referenciais que você tem?
  19. Sou farmacêutico (bioquímico) e faço pós em fisiologia do exercício. Dou palestras voltado pro pessoal de nutrição e educação física. E tenho um pouco de experiência com algumas modalidades esportivas.
  20. Com low carb tu vai correr ali por 70% de bpm, passando disso tu pega limiar de lactato com facilidade, daí não mantém mesmo. Se tu mensurar tua curva de lactacidemia dá pra planejar o treino bem. Porque se tu corre 9/10km no limiar de lactato pra cima, é porque tu termina a prova quebrado. Em prova corri até 10km, a maior foi 10,5km. Em treino cheguei a fazer 12km quando ia me preparar pra meia maratona, mas larguei mão logo em seguida. Um dos problemas é a transição, até o metabolismo acostumar (mudar as respostas) pra baixo consumo de carboidrato, é de se esperar que nesse tempo tu sinta uma boa queda do rendimento, mas depois ela volta bem fácil até. O que quebra o low-carb na corrida é se você faz o tiro no final. Mas se fizer um carb-load uns dias antes da prova é tranquilo.
  21. Quando corria eu era mais low-carb do que hoje, em semana que antecedia a prova eu fazia um carb-load. Meu rendimento sempre foi melhor assim. Alguns atletas já vem experimentando low-carb e a maioria tem relatado benefícios na performance também: http://www.abc.net.au/catalyst/stories/4126228.htm Claro que depende muito do esporte também.
  22. Tu treina corrida?
  23. É a melhor parte. Larga de viadagem aí.
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