O turinabol é um esteroide anabolizante de uso oral, conhecido por ser uma versão mais fraca do dianabol, principalmente por compartilhar suas características anabólicas sem alguns de seus efeitos colaterais.
O que é e para que serve o turinabol?
O turinabol (4-clorodesidrometiltestosterona) é um esteroide anabolizante derivado da testosterona e muito semelhante ao Dianabol, projetado para aumentar a atividade anabólica enquanto minimiza os efeitos androgênicos (tanto positivos quanto negativos).
Sua estrutura química única não permite conversão do hormônio em estrogênio, reduz a androgenicidade e permite administração oral.
Essas características, tornam o turinabol em um esteroide eficiente, mas mais fraco do que outros esteroides derivados da testosterona.
Como todo esteroide anabolizante, ele aumenta a síntese proteica, retenção de nitrogênio e produção de glóbulos vermelhos, fatores essenciais para o crescimento muscular e recuperação.
Além disso, suas características reduzem os riscos de efeitos colaterais androgênicos e de aromatização, sendo uma escolha atraente para quem busca uma opção com menos efeitos colaterais.
Como costuma ser um ciclo de turinabol
Turinabol é um esteroide versátil, usado na fase de ganho de massa muscular e na fase de definição, tanto por homens como mulheres.
Para homens, as doses costumam variar entre 20-40mg por dia, com uso limitado a 6-8 semanas para evitar alteração das enzimas do fígado, evitando também o uso de outros esteroides orais ao mesmo tempo.
Para as mulheres, as doses recomendadas geralmente ficam entre 2,5 e 5mg por dia, oferecendo um risco baixo de efeitos de virilização dentro dessa faixa.
No entanto, é importante lembrar que cada organismo reage de maneira única, e algumas mulheres podem apresentar sintomas mesmo com doses menores.
Caso isso aconteça, é essencial interromper o uso imediatamente para evitar complicações.
Além disso, o ciclo de turinabol para mulheres costuma ser curto, durando entre 4 e 6 semanas no máximo.
Quando combinado com outros esteroides, é preciso cuidado redobrado, especialmente para evitar o uso simultâneo de substâncias semelhantes, como o Anavar, devido às características compartilhadas entre eles.
É válido reforçar que não existe uso de esteroides anabolizantes para fins estéticos na medicina e estas informações são baseadas principalmente em evidências empíricas sobre o assunto.
Efeitos colaterais do turinabol
Os possíveis efeitos colaterais do turinabol são:
- Acne
- Queda de cabelo
- Virilização em mulheres (engrossamento da voz, crescimento de pelos corporais, aumento do clitóris)
- Alterações no colesterol
- Supressão da produção natural de testosterona e sintomas de testosterona baixa (desânimo, libido baixa, sintomas físicos, mentais e sexuais)
- Estresse no fígado (hepatotoxicidade)
Turinabol é conhecido por ser um esteroide anabolizante com poucos efeitos colaterais.
Mas continua sendo um hormônio exógeno capaz de gerar efeitos adversos em algum grau e em áreas especificas.
Abaixo iremos mais a fundo na explicação de cada efeito colateral.
Efeitos colaterais estrogênicos
Os efeitos colaterais do turinabol não incluem nada relacionado ao estrogênio.
Esse esteroide não sofre aromatização (conversão em estrogênico) e não possui características associadas à progesterona, o que torna impossíveis efeitos como ginecomastia e retenção excessiva de líquidos.
Isso também reduz o risco de pressão alta, já que a hipertensão causada pelo uso de esteroides geralmente está ligada à retenção severa de líquidos.
Efeitos colaterais androgênicos
Em termos estruturais, o turinabol parece não apresentar atividade androgênica significativa, mas as informações disponíveis sobre ele ainda são inconclusivas.
Ainda assim, sabemos que ele apresenta uma atividade androgênica muito baixa.
Isso significa que este hormônio ainda pode, mas em menor grau, gerar efeitos colaterais de origem androgênica, como acne, queda de cabelo e virilização em mulheres.
No caso das mulheres, embora seja possível usar o turinabol sem apresentar sofrer com virilização, é essencial manter a dose baixa.
Caso contrário, os sintomas de virilização – como o engrossamento da voz, crescimento de pelos corporais e aumento do clitóris – podem ocorrer.
Efeitos colaterais cardiovasculares
O turinabol, assim como quase todos os esteroides orais, pode afetar mais os níveis de colesterol, aumentando o LDL (colesterol “ruim”) e reduzindo o HDL (colesterol “bom”).
Embora não seja o pior esteroide oral nesse aspecto, se você já tem problemas de colesterol, não deve usar este esteroide.
Além disso, se você não consegue manter um estilo de vida que favoreça a saúde cardiovascular, como controlar a dieta e fazer cardio regularmente, usar esteroides orais não é recomendado. Eles são os piores nesse quesito.
Efeitos colaterais relacionados à produção natural de testosterona
O turinabol pode suprimir a produção natural de testosterona, e por isso costuma ser usado em conjunto com testosterona exógena e pode exigir uma TPC após o uso dependendo da saúde testicular do usuário.
Homens que utilizam o esteroide sem esse combinação correm o risco de desenvolver sintomas de testosterona baixa, como desânimo, libido baixa e outros, durante ou após o uso.
O que, em contrapartida, podem causar uma série de sintomas que afetam o físico, o mental e a saúde sexual.
Apesar de considerarmos que estamos falando de um esteroide anabolizante leve e que não causará esses efeitos com tanta frequência, eles precisam ser levados em consideração.
Por isso, é altamente recomendável que homens verifiquem a necessidade de fazer a Terapia Pós-Ciclo após o uso de esteroides anabólicos.
Vale destacar que nenhuma TPC é capaz de restaurar os níveis hormonais no normal instantaneamente.
Mas, quando bem estruturada, pode facilitar o processo e garantir que o corpo tenha testosterona suficiente para suas funções básicas enquanto os níveis naturais aumentam gradualmente.
Por fim, mulheres que utilizam turinabol não precisam de suplementação com testosterona exógena, pois seus organismos têm outras demandas hormonais.
Efeitos colaterais hepáticos
Como um esteroide anabolizante oral que é metabolizado pelo fígado, o turinabol é hepatotóxico, ou seja, pode causar estresse no fígado.
Durante o uso, os níveis das enzimas hepáticas tendem a aumentar, indicando essa sobrecarga.
No entanto, é importante entender que um aumento nos valores das enzimas não significa necessariamente danos ao fígado, mas sim que ele está sendo exigido.
Embora o turinabol não seja o esteroide mais agressivo para o fígado, ele continua sendo um anabolizante oral que força o fígado para ser metabolizado.
Logo, se você já tem problemas relacionados ao fígado, é altamente desaconselhado o uso deste esteroide, além de evitar a combinação com outros que também cause estresse hepático.
Disponibilidade do turinabol
Nenhuma empresa farmacêutica formal produz turinabol atualmente, ou seja, na prática, não existe existe uma versão “original” do hormônio.
No entanto, diversos laboratórios clandestinos (underground) ou que funcionam de maneira não convencional, principalmente em países com baixa regulação governamental, ainda produzem o esteroide.
Ele não costuma ser o mais barato e não há como ter certeza se o produto não sofreu rotulagem incorreta proposital.
Em termos simples, não há como saber se um esteroide oral é aquele esteroide mesmo ou uma versão em menor dosagem de outro esteroide oral mais forte, como Dianabol.
Isso costuma ser feito porque outros esteroides orais mais fortes, e mais comuns, podem ser mais baratos.
Referências
O Hipertrofia.org mantém critérios rigorosos de referências bibliográficas e dependemos de estudos revisados por pares e pesquisas acadêmicas conduzidas por associações e instituições médicas. Para obter mais informações detalhadas, você pode explorar mais lendo nosso processo editorial.
- LLEWELLYN, William. Anabolics. 11. ed. Páginas 384-386.
- Schumann W. The pharmacokinetics of Oral-Turinabol in humans. Pharmazie. 1991 Sep;46(9):650-4
- Franke W.W., Berendonk B. Hormonal doping and androgenization of athletes: a secret program of the German Democratic Republic government. Clinical Chemistry. 1997;43:1262-1279