A elevação em Y com halteres no banco inclinado é um exercício que lembra a elevação frontal, mas com foco no trabalho do trapézio e deltoide posterior.
Neste guia, você verá tudo o que precisa saber sobre o exercício.
Para que serve a elevação em Y?
O exercício elevação em Y, geralmente feito com halteres e em um banco inclinado.
O movimento é uma variação de elevação com halteres onde os braços são levantados para frente e ligeiramente para os lados com o corpo inclinado, formando um movimento que lembra a letra Y.
Apesar do exercício ser conhecido, também, pelo nome elevação frontal em Y, seu foco não é a região frontal do deltoide, mas sim o trapézio e deltoide posterior.
Como fazer a elevação em Y com halteres no banco inclinado
Para fazer o exercício elevação frontal em Y da forma considerada tradicional, use o banco inclinado com halteres.
- Para começar, ajuste um banco inclinado em um ângulo de aproximadamente 30° a 45° (use a ilustração como referência).
- Deite-se de bruços no banco, com o peitoral firme no encosto e os pés bem apoiados no chão para estabilidade.
- Segure um halter em cada mão com os braços estendidos em direção ao chão e com as palmas das mãos voltadas para trás do seu corpo. Esta é a posição inicial do movimento.
- Mantenha os braços levemente flexionados e levante-os para cima e para fora, formando a letra “Y” no topo do movimento até a altura da cabeça.
- Durante a descida, lembre-se de resistir à ação da gravidade até voltar a posição inicial.
Concentre-se em ativar os músculos do trapézio e da parte traseira dos ombros (os deltoides posteriores) para realizar o movimento de subida e descida.
Outros músculos poderão entrar em cena e, em situações normais, isto é esperado, porque o movimento trabalha vários músculos que estabilizam a cintura escapular.
Músculos usados durante a elevação em Y
Durante a elevação em Y, os principais músculos recrutados são trapézio e porção posterior dos deltoides.
Durante o movimento, o trapézio atua como estabilizador e responsável por elevar e controlar a escápula, enquanto o deltoide posterior trabalha como motor principal no movimento de abdução horizontal do braço.
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Os romboides e o serrátil anterior também entram em ação para estabilizar e posicionar as escápulas de forma eficiente.
Estes músculos trabalham em sincronia para estabilizar e facilitar o movimento da escápula, especialmente em exercícios que exigem estabilidade acima da cabeça.
O trapézio superior age na elevação e estabilização das escápulas, permitindo que o braço se mova com liberdade e evitando sobrecarga na articulação do ombro.
Já o deltoide posterior participa ativamente na abdução e extensão horizontal do braço, contribuindo para que a elevação aconteça no plano correto.
Essa combinação de ações é essencial para manter a mecânica saudável do ombro, principalmente quando o foco está na mobilidade e força da cintura escapular.
Benefícios
A elevação em Y é um movimento que muitas vezes passa despercebido, fazendo muitas pessoas abrirem mão dos seus benefícios.
Boa variação para treinar trapézio e estabilizadores do ombro em geral
A elevação em Y ativa bastante músculos como o trapézio superior, médio e inferior, além dos romboides e do posterior de ombro.
Além de gerar os estímulos necessários para o desenvolvimento muscular, treinar esses músculos é importante para a estabilidade dos ombros, o que reduz o risco de lesões, especialmente em exercícios de empurrar ou puxar com carga elevada.
Correção de desequilíbrios posturais
Se você passa muito tempo sentado ou com os ombros caídos para frente, a elevação em Y pode ajudar a corrigir o problema.
O movimento reforça a retração escapular e ajuda a “abrir” o peitoral. Com o tempo, você percebe que sua postura vai ficando mais alinhada e natural, o que pode até aliviar dores na região cervical.
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Melhoria na mobilidade dos ombros
Trabalhar o movimento em sua amplitude máxima é excelente para aumentar a flexibilidade e mobilidade dos ombros.
Isso é particularmente útil para fazer outros exercícios de musculação e outras atividades físicas, onde a mobilidade da articulação é fundamental para a eficiência do treino.
Fortalecimento do trapézio como um todo
Diferente de muitos exercícios isoladores, que focam no trapézio superior, a elevação frontal em Y é uma variação que ativa o músculo inteiro de forma direta ou indireta, em diferentes porções do movimento.
Isso é especialmente benéfico para quem busca melhorar a aparência das costas e também a funcionalidade do trapézio inferior, que é muitas vezes negligenciado, mas crucial para a estabilidade em inúmeros exercícios.
Variedade e menor impacto nas articulações
Apesar de, à primeira vista, não parecer, esse movimento é uma alternativa de baixo impacto para variar o treino sem sobrecarregar articulações.
Ele é executado com cargas geralmente baixas e exige maior controle, o que ajuda a proteger os ombros, especialmente para quem já tem histórico de lesão ou sente desconforto em exercícios como o desenvolvimento.
Melhora na consciência corporal
A elevação em Y exige controle e precisão no movimento, o que estimula a conexão mente-músculo.
Isso melhora sua percepção sobre como você usa a musculatura das costas e dos ombros, ajudando a corrigir padrões de movimento e maximizar os ganhos em outros exercícios.
Principais variações
Elevação em Y na polia baixa
Essa variação da elevação em Y muda a dinâmica do exercício tradicional no banco inclinado, principalmente porque a resistência vem de um cabo conectado a uma polia, e não da gravidade agindo sobre os halteres.
Aqui, a tensão é constante ao longo de todo o movimento, o que aumenta a ativação dos músculos estabilizadores da escápula e dos deltoides posteriores.
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Para executar, posicione-se de frente para a polia, com os pés na largura do quadril, segurando as manoplas ou a barra da polia baixa.
Incline ligeiramente o tronco para frente, mantendo a coluna neutra, e puxe os braços para cima em forma de “Y”, como se estivesse alongando para alcançar algo à sua frente e acima, em direção ao teto.
Elevação em Y no chão
Essa variação é uma excelente alternativa quando você não tem acesso a equipamentos ou quer variar os estímulos.
A diferença principal aqui é que a amplitude do movimento é reduzida devido ao contato do peito com o solo, o que pode limitar o trabalho de mobilidade e alongamento no topo do movimento.
Isso, no entanto, pode ser vantajoso para quem está focando na estabilidade do ombro ou tem limitações na região lombar, já que o chão oferece mais suporte para a coluna.
Para realizar, deite-se de barriga para baixo no chão, com os braços estendidos à frente em formato de “Y”, segurando pesos leves ou mesmo sem carga.
Eleve os braços até onde conseguir sem compensar a postura ou tensionar o pescoço, focando na contração das escápulas.
A ideia é manter o movimento controlado e evitar balanços para que o trabalho realmente foque na musculatura da parte superior das costas e ombros. Esse exercício é ótimo para quem busca melhorar a postura ou trabalha na reabilitação e prevenção de lesões nos ombros.
Perguntas mais frequentes
Treinar elevação em y com qual grupo muscular?
Você pode fazer o exercício tanto no dia de costas como ombros, já que ele ativa estabilizadores importantes dessas regiões. Também pode entrar em treinos de postura ou mobilidade.
Quantas séries e repetições devo usar?
Use 3 a 4 séries de 10 a 15 repetições. O foco deve estar no controle do movimento e na qualidade da execução, não na quantidade de carga.
Em qual momento do treino devo fazer o exercício?
Preferencialmente no final do treino como um exercício acessório, para trabalho focado na contração e qualidade de execução. Pense neste exercício como um detalhamento final para o seu treino.
Eu preciso usar um banco inclinado para fazer a elevação em Y com halteres?
Não necessariamente. Você pode fazer em pé, inclinado para frente com os pés no chão, mas o banco facilita o controle da posição.
Posso usar elásticos?
Sim! Usar elásticos é uma alternativa interessante, pois garante resistência constante e melhora o recrutamento muscular.
Elevação em y é melhor com halteres ou no cabo?
Depende do objetivo. Halteres oferecem liberdade de movimento, enquanto o cabo garante tensão contínua e controle.