Realizar séries em pirâmides, onde o número de repetições diminui e a carga aumenta a cada série, é uma ótima maneira para sobrecarregar os músculos e gerar hipertrofia. Bem, pelo menos se a maioria das pessoas não estivessem fazendo pirâmides da pior maneira possível, limitando os ganhos e, às vezes, jogando o treino inteiro no lixo.
Pois é. A teoria por trás das pirâmides é muito simples, você começa um exercício, digamos, com 12 repetições com determinada carga, então aumenta o peso e segue com 10 repetições, aumenta mais uma vez e faz 8 repetições, aumenta pela última vez e faz 6 repetições. Simples, não ?
E o erro também. O intuito de séries em pirâmides é sobrecarregar os músculos cada vez mais no decorrer das séries, o problema é que a esmagadora maioria das pessoas não chegam nem perto de sobrecarregar os músculos nas primeiras séries e quando finalmente conseguem, já estão na última série e o exercício acabou.
Treinar utilizando pirâmides significa fazer desde a primeira série utilizando uma carga que a penúltima repetição é perto da falha e a última é quase a falha. Mas o que vemos nas academias, são pessoas fazendo as primeiras séries da pirâmide usando cargas submáximas que não só permitem que o número desejado seja completado, mas se realmente quisessem, poderiam fazer muito mais tranquilamente.
Uns fazem isso pelo ego, para poder usar o máximo de carga nas últimas séries e outros simplesmente não compreendem a filosofia das pirâmides. Em ambos os casos, estas pessoas estão jogando o exercício fora e apenas perdendo tempo dentro da academia.
Com isto dito, se algum série da sua pirâmide é leve, você, sem dúvidas, está fazendo o método da maneira incorreta. As primeiras séries não são aquecimentos de luxo para que você possa levantar o máximo de carga no final do exercício. Todas as séries deverão chegar perto da falha, e mesmo que no final do exercício você esteja usando a mesma carga que na série anterior, é assim que deve ser.