Você acha que somente outros esportes têm suas polêmicas? O fisiculturismo não fica atrás, ainda mais com histórias que envolvem trapaças, mentiras e até morte. Veja os “causos” mais polêmicos e chocantes que ocorreram na história do fisiculturismo.
5º Lugar: Kal Szkalak, o fisiculturista “crucificado”
Kal Szkalak foi um fisiculturista notável nos anos 70, reconhecido por sua impressionante parte superior do corpo, que se destacava até mesmo entre os maiores nomes da época.
No entanto, suas pernas eram consideradas desproporcionais ao restante de seu físico, o que sempre foi um ponto de crítica.
Apesar de suas limitações, ele conquistou uma posição de destaque no Mr. Olympia, ficando em quinto lugar.
No entanto, Kal ficou profundamente insatisfeito com o resultado, alegando que havia sido injustiçado pelo júri.
Sua indignação culminou em um protesto simbólico no palco: ele adotou uma pose com os braços estendidos e a cabeça inclinada, em uma postura que sugeria crucificação. Essa atitude gerou grande repercussão na comunidade do fisiculturismo.
Após esse evento, Kal nunca mais competiu profissionalmente, marcando o fim de sua carreira de forma dramática.
4º Lugar: Flex Wheeler foi atacado por ninjas
Flex Wheeler era um dos maiores favoritos para o Mr. Olympia de 1997, sendo amplamente considerado como o único capaz de derrotar o então campeão Dorian Yates.
No entanto, sua preparação foi interrompida por um incidente bizarro que ainda divide opiniões.
Dois dias antes da competição, Wheeler apareceu com a mão e o antebraço enfaixados, alegando que havia sido vítima de um assalto.
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Segundo ele, o ataque foi realizado por dois homens, um armado com uma pistola e outro com um nunchaku. Flex, que tinha treinamento em artes marciais, disse ter conseguido nocautear o assaltante armado, mas acabou ferido pelo outro, o que o deixou incapacitado para competir.
Apesar da dramaticidade da história, muitos duvidaram de sua veracidade.
A comunidade do fisiculturismo especulou que Flex poderia ter inventado o incidente para evitar competir em uma forma física inferior ao esperado.
Essa teoria ganhou força quando ele optou por não incluir o evento em sua autobiografia.
Embora nunca tenha sido provado que ele mentiu, o episódio ficou conhecido como “o ataque dos ninjas” e alimentou debates sobre a pressão que os atletas enfrentam para manter seu desempenho. No final, Dorian Yates venceu o Mr. Olympia de 1997, consolidando sua posição como um dos maiores da história.
Gosta do Hipertrofia.org? Siga nosso Instagram e ajude a fortalecer o nosso trabalho! É uma maneira simples e gratuita de se manter informado e apoiar o site.
Siga-nos no Instagram3º Lugar: Arnold ganha o Olympia de 1980
Arnold Schwarzenegger já era uma lenda no fisiculturismo quando, cinco anos após sua aposentadoria, decidiu competir novamente no Mr. Olympia de 1980.
A decisão de última hora surpreendeu o público e os demais competidores, já que Arnold não estava no seu auge físico.
Mesmo visivelmente menor e menos definido do que em suas competições anteriores, ele foi declarado vencedor, o que gerou grande controvérsia. Muitos consideraram o resultado uma afronta à credibilidade do evento, especialmente porque outros competidores, como Mike Mentzer, estavam em forma superior.
A polêmica não ficou restrita aos bastidores. Mike Mentzer, um dos maiores críticos da decisão, teve uma discussão acalorada com Arnold nos bastidores, que culminou em sua aposentadoria precoce.
Esse evento marcou um dos momentos mais controversos na história do fisiculturismo, levantando questões sobre favoritismo e os critérios de julgamento no Mr. Olympia. Até hoje, a vitória de Arnold em 1980 é vista por muitos como um ponto baixo na história do esporte, mostrando como a influência e o prestígio podem superar a performance física.
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2º Lugar: Racismo no fisiculturismo
O racismo no fisiculturismo foi uma realidade sombria durante décadas.
Desde sua criação em 1938, o evento Mr. America excluiu atletas negros de forma sistemática, mesmo quando exibiam físicos superiores aos de seus concorrentes brancos.
Exemplos como George Paine, Melvin Wells, Art Harris e Elmo Santiago mostram como atletas talentosos tiveram suas chances negadas simplesmente por causa de sua cor.
Foi apenas em 1970 que Chris Dickerson, um fisiculturista negro, conseguiu romper essa barreira ao vencer o Mr. America, marcando uma vitória histórica contra o preconceito racial no esporte.
Apesar do marco alcançado por Dickerson, o racismo continuou a ser um problema no fisiculturismo, refletindo uma sociedade que ainda lutava com questões de igualdade. Muitos atletas negros enfrentaram não apenas a discriminação em competições, mas também dificuldades em conseguir patrocínios e reconhecimento no mercado.
A vitória de Chris Dickerson não apagou a história de injustiças, mas simbolizou um passo em direção à igualdade e à valorização de talentos, independentemente da cor da pele.
1º Lugar: A polêmica morte de Andreas Munzer
Andreas Munzer era conhecido por seu físico extremamente definido, que impressionava tanto os fãs quanto os jurados do fisiculturismo. No entanto, esse nível de definição vinha a um alto custo: o uso excessivo de substâncias para alcançar resultados extremos.
Sua morte, em 1996, chocou a comunidade do fisiculturismo. Ele foi levado às pressas ao hospital após sentir fortes dores abdominais, mas não resistiu.
A autópsia revelou danos devastadores ao seu corpo, incluindo tumores no fígado do tamanho de bolas de tênis, um coração hipertrofiado pesando quase 700g (o dobro do normal) e 50 comprimidos de halotestin parcialmente digeridos em seu estômago.
A morte de Munzer expôs os riscos mortais associados ao abuso de esteroides anabolizantes e outras substâncias usadas para alcançar resultados extremos.
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Embora ele fosse admirado por sua dedicação, sua trágica história serviu como um alerta sombrio sobre os perigos do fisiculturismo competitivo.